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Osteologia- Sistema Esquelético parte 3- Ossos do tronco e pescoço

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Osteologia
Sistema Esquelético- Ossos do tronco e pescoco
Coluna Vertebral
A coluna vertebral (coluna espinhal ou espinha dorsal) é uma estrutura curva composta por uma série de ossos individuais (chamados de vértebras ósseas) que são conectadas através de discos intervertebrais cartilaginosos, e constituem o eixo central esquelético do corpo. É flexível porque as vértebras são móveis, mas sua estabilidade depende principalmente dos músculos e ligamentos.
Embora seja uma entidade puramente esquelética, do ponto de vista prático, quando se refere a coluna vertebral, estamos nos referindo ao seu conteúdo e aos seus anexos, que são os músculos, nervos e vasos com ela relacionado, neste resumo iremos focar apenas na anatomia dos ossos da coluna.
Seu comprimento é de aproximadamente dois quintos da altura total do corpo, se estendendo da base do crânio até a ponta do cóccix. Dividida em 5 regiões com 33 vértebras interligadas no total:
· 7 Cervicais
· 12 torácicas
· 5 lombares
· 5 vértebras fundidas que formam o sacro
· 4 vértebras fundidas que formam o cóccix
Não existe duas vértebras idênticas. Elas variam em tamanho e características, especialmente de uma região para outra, porém elas possuem uma estrutura básicas:
Corpo vertebral - a grande parte cilíndrica localizada anteriormente que dá força à coluna. Estão envolvidos na sustentação de peso. Seu tamanho aumenta à medida que se desce na coluna vertebral. Os corpos vertebrais adjacentes são separados por discos intervertebrais.
Arco vertebral - a estrutura localizada posteriormente ao corpo. Consiste em dois pedículos e duas lâminas. Os pedículos contêm incisuras vertebrais (superiores, inferiores) que formam o forame intervertebral. Este permite a passagem dos nervos espinhais que saem da medula espinhal. Os pedículos, as lâminas e o corpo de cada vértebra formam uma cavidade (forame vertebral). O canal vertebral é o espaço através da coluna vertebral que é delimitado pelos forames vertebrais.
Processos vertebrais - no total há sete processos vertebrais se projetando a partir do arco vertebral: um processo espinhoso (pósteroinferior), dois processos transversos (pósterolaterais) e quatro processos articulares. Estes últimos contêm facetas articulares. Os processos vertebrais servem como pontos de fixação para ligamentos e músculos do dorso. Eles também participam das articulações.
A coluna vertebral do adulto apresenta quatro curvaturas sagitais: cervical, torácica, lombar e sacral. As curvaturas torácica e sacral, convexas posteriormente, são denominadas primárias porque apresentam a mesma direção da coluna vertebral fetal e decorrem da diferença de altura entre as partes anteriores e posteriores dos corpos vertebrais.
As curvaturas cervical e lombar, côncavas posteriormente, formam-se após o nascimento e decorrem da diferença de espessura entre as partes anteriores e posteriores dos discos intervertebrais. 
· Cervical: constitui o esqueleto axial do pescoço e suporte da cabeça.
· Torácica: suporta a cavidade torácica.
· Lombar: suporta a cavidade abdominal e permite mobilidade entre a parte torácica do tronco e a pelve.
· Sacral: une a coluna vertebral à cintura pélvica.
· Coccigea: é uma estrutura rudimentar em humanos, mas possui função no suporte do assoalho pélvico.
Vértebras cervicais
As 7 vértebras cervicais formam a coluna cervical no pescoço., estão localizadas entre o crânio e as vértebras torácicas, e têm os discos intervertebrais menores e mais finos. Entretanto são os mais móveis de toda a coluna vertebral. 
 
O primeiro, o segundo e o sétimo possuem formato único, enquanto do terceiro ao sexto ossos observa-se formatos semelhantes.
Vértebras C3 a C6
As vértebras C3 a C6 possuem corpos pequenos, com pedículos posteriores e laterais.
Os curtos processos espinhosos possuem forma bífida, enquanto os forames vertebrais possuem formato triangular. 
Dentro de cada processo transverso existe um forame transverso e ao nível de C6 a artéria vertebral entra no forame correspondente. Os tubérculos anterior e posterior são as porções anterior e posterior do processo transverso.
Vértebra C1- Atlas
C1, também conhecida como atlas é a 1ª vértebra cervical, bem como a 1ª vértebra da coluna vertebral, suporta o crânio que se encontra diretamente sobre ela, e possui somente um arco anterior e um arco posterior sem corpo ou processo espinhoso.
Lateralmente grandes massas ósseas ajudam a suportar os côndilos occipitais do crânio superiormente, e equilibram o atlas sobre o áxis inferiormente. Como nas outras vértebras, o forame transverso está localizado no interior de um grande processo transverso.
C2- Áxis
Possui um processo odontoide (dente), localizado em sua superfície superior. 
Possui um grande processo espinhoso bífido e, em contraste com C1, um pequeno processo transverso que abriga seu forame transverso.
Vértebra C7
É a única vértebra cervical que possui um processo espinhoso que não é bífido. Também é chamada de vértebra proeminente pois seu longo processo espinhoso protrude sob a pele e é visível a olho nu.
Possui um grande processo transverso como o atlas, que também abriga um forame transverso, através do qual cursam as veias vertebrais e ocasionalmente as artérias vertebrais.
Vértebras torácicas
As 12 vértebras torácicas formam a segunda região da coluna vertebral, a coluna torácica (dorso superior). Elas têm um papel na formação da caixa torácica.
As vértebras torácicas contêm várias características específicas: facetas costais que articulam como as costelas, corpos vertebrais em formato de coração, forames vertebrais menores e processos transversos e espinhosos longos e resistentes que apontam para baixo.
Existem 12 vértebras torácicas (denominadas como T1 a T12) encontradas em adultos humanos, distribuindo-se entre as vértebras cervicais e lombares, com um tamanho em geral maior do que as vértebras cervicais, mas menor do que as lombares.
Existe um par de costelas correspondente ligado a cada uma das 12 vértebras torácicas. Isso é único, já que nenhuma outra vértebra possui costelas ligadas a elas. As vértebras torácicas aumentam de tamanho conforme elas descem em direção às vértebras lombares; isso é devido ao fato de que as vértebras lombares devem ser capazes de suportar mais peso corporal quando a pessoa está de pé, graças aos efeitos da gravidade.
Em resumo, os principais componentes anatômicos das vértebras torácicas são:
· Corpo
· Processo espinhoso
· Facetas costais: faceta costal transversa, faceta costal superior e faceta costal inferior
· Processo transverso
· Facetas articulares superior e inferior
· Lâmina
· Forame intervertebral
· Forame vertebral
Características únicas das vértebras torácicas incluem a presença de facetas de cada lado dos corpos para se articular com as cabeças das costelas, e facetas nos processos transversos de todas, exceto a décima primeira e décima segunda vértebras, para se articular com os tubérculos das costelas. Além disso, os processos espinhosos são relativamente mais pontiagudos do que em outras vértebras, e formam ângulos agudos inferiormente.
O corpo de uma vértebra torácica possui um formato que lembra um coração, e é maior do que o das vértebras cervicais, porém menor do que o das lombares. O corpo possui ainda facetas costais pequenas, lisas e levemente côncavas, para ligação das costelas. As costelas geralmente se inserem entre duas vértebras, de forma que cada vértebra contribui para a articulação com metade da superfície articular. Cada vértebra possui, portanto, um par de facetas articulares superiores que se voltam posteriormente e um par de facetas inferiores que se voltam anteriormente (exceto T12). Isso quer dizer que uma costela irá articular com a faceta costal inferior da vértebra superior e com a faceta costal superior da vértebra inferior.
· T1: Possui uma face articular inteira para a primeira costela, de cada lado, e uma semi-faceta para a metade superior da cabeça da segunda costela. O processo espinhoso é espesso, longo e quase horizontal. Os processos transversossão longos, com as incisuras vertebrais superiores mais profundas do que as encontradas nas outras vértebras torácicas. O nervo espinhal 1 passa sob T1.
· T2: A vértebra T2 é maior que a vértebra T1. O nervo espinhal torácico 2 passa sob T2.
· T3: O nervo espinhal torácico 3 passa sob T3.
· T4: As vértebras T4 e T5 se encontram no mesmo nível que o ângulo do esterno. O nervo espinhal torácico 4 passa sob T4.
· T5: As vértebras T5 e T4 encontram-se no mesmo nível que o ângulo do esterno. A traqueia se ramifica em seus brônquios principais ao nível de T5. O nervo espinhal torácico 5 passa sob T5.
· T6: O nervo espinhal torácico 6 passa sob T6.
· T7: O nervo espinhal torácico 7 passa sob T7.
· T8: As vértebras T8 e T9 se encontram no mesmo nível que o processo xifoide. O nervo espinhal torácico 8 passa sob T8.
· T9: A vértebra T9 pode não possuir hemi-facetas inferiores, mas algumas pessoas possuem duas hemi-facetas de cada lado, o que consequentemente significa que T10 não terá facetas inferiores. O processo xifoide do esterno encontra-se ao mesmo nível que T9 no plano axial. O nervo espinhal torácico 9 passa sob T9.
· T10: T10 possui uma faceta articular completa (não hemi-faceta) de cada lado, que está localizada na superfície lateral do pedículo. Entretanto, não haverá nenhuma faceta inferiormente, uma vez que as costelas seguintes possuem somente uma faceta em suas cabeças. O nervo espinhal torácico 10 passa sob T10.
· T11: Nesse nível, a vértebra T11 começa a lembrar as dimensões e a estrutura de uma vértebra lombar. As facetas articulares para as cabeças das costelas são grandes e visibilizadas primariamente nos pedículos, que são mais espessos e mais fortes em T11 e T12, em relação a T1 a T10. O processo espinhoso de T11 é curto e quase horizontal. Os processos transversos são muito curtos, tuberculados em suas extremidades, e não contêm facetas articulares. O nervo espinhal torácico 11 passa sob T11.
· T12: T12 é semelhante a T11, mas pode ser distinguida por suas superfícies articulares inferiores, que são convexas e direcionadas lateralmente, semelhante às das vértebras lombares. Essa vértebra é a que mais se assemelha às vértebras lombares, também por seus processos transversos que são subdivididos em três elevações – os tubérculos superior, inferior e lateral. Os tubérculos superior e inferior correspondem aos processos mamilares e acessórios das vértebras lombares. T12 é uma vértebra de progressão anatômica lógica para as vértebras lombares, de acordo com sua estrutura e função. O nervo espinhal torácico 12 passa sob T12.
Vértebras lombares
As vértebras lombares estão localizadas na parte inferior da coluna vertebral, inferiormente ao tórax, e superiormente à pelve e ao sacro. Como essas vértebras são as principais responsáveis por sustentar o peso da metade do corpo (e permitir o movimento), elas são logicamente os maiores segmentos da coluna vertebral.
São caracterizadas pela ausência de forame transversos, e também pela ausência de facetas ao lado de seus corpos.
Existem 5 vértebras lombares (chamadas de L1 a L5) em seres humanos adultos, e elas se situam sob as vértebras torácicas. Elas são as maiores, em termos de dimensões, de todas as vértebras, já que as vértebras lombares devem ser capazes de suportar o peso do corpo quando a pessoa está de pé, devido aos efeitos da gravidade.
Para resumir, os principais componentes anatômicos das vértebras lombares são:
· Corpo vertebral
· Arco vertebral
· Processo espinhoso
· Pedículos e lâmina
· Forame vertebral
· Processos/facetas articulares superiores e inferiores
· Processos transversos
Características distintas das vértebras lombares incluem um espesso e robusto corpo vertebral, um processo espinhoso pontiagudo e quadrilateral, para o ligamento de fortes músculos lombares, e processos articulares que são orientados diferentemente dos encontrados em outras vértebras. O corpo vertebral é grande, mais largo lateralmente do que longitudinalmente, e mais espesso na frente que atrás. Ele também é achatado ou levemente côncavo superiormente e inferiormente, côncavo posteriormente, e limitado profundamente anterior e lateralmente.
Cada vértebra lombar possui um corpo vertebral e um arco vertebral. O arco vertebral consiste de um par de pedículos e um par de lâminas, que envolvem o forame vertebral que por sua vez suporta sete processos. Os pedículos são muito fortes e direcionados posteriormente desde sua origem na parte superior do corpo vertebral.
O forame vertebral é uma forma triangular no interior do arco, de dimensões maiores que nas vértebras torácicas, mas menores do que as vértebras cervicais. Os processos articulares superior e inferior são bem definidos, e se projetam superior e inferiormente das junções dos pedículos e das lâminas, respectivamente. 
Os processos superiores são côncavos e voltados medialmente (como quando as palmas das mãos são voltadas uma para a outra quando prestes a bater palmas), enquanto os processos inferiores são convexos e voltados lateralmente, em direção ao processo superior da próxima vértebra. Essa conformação anatômica permite resistência contra a rotação da parte inferior da coluna.
L1 – L1 está grosseiramente alinhada com a extremidade anterior da nona costela, no nível chamado de plano transpilórico (já que o piloro do estômago é encontrado neste nível).
L5 – L5 é significativamente diferente em morfologia, com seu corpo sendo muito mais profundo anteriormente do que posteriormente, o que permite a articulação com as proeminências sacrovertebrais. O processo espinhoso é menor, existe um intervalo mais largo entre os processos articulares inferiores e os processos transversos são mais espessos e emergem do corpo, bem como dos pedículos.
Sacro
O sacro consiste em cinco vértebras sacrais fundidas. Está localizado entre a coluna lombar (ângulo lombossacral) e o cóccix e faz parte da pelve. Seu principal papel é transmitir todo o peso da parte superior do corpo à pelve para que daí alcance os membros inferiores.
O sacro tem uma base, um ápice e três superfícies (pélvica, posterior, lateral). Dentro de seu centro está o canal sacral que é a continuação do canal espinhal. O canal sacral contém a cauda equina da medula espinhal. Os forames sacrais (anterior, posterior) permitem a saída dos nervos espinhais. As cristas sacrais (média, intermédia, lateral) representam os processos fundidos das vértebras sacrais.
Cóccix
O cóccix se articula com o sacro e é composto por três a quatro vértebras coccígeas fundidas. Tem duas superfícies (pélvica, posterior), processos transversos curtos e cornos coccígeos. 
O cóccix é um ponto de fixação para os músculos glúteo máximo e coccígeo. O filum terminale da medula espinhal termina ao nível da primeira vértebra coccígea (Co1).
Tórax
O tórax é a parte superior do tronco, constituído por uma caixa musculoesquelética externa, a parede do tórax, e por uma cavidade interna que contém o coração, os pulmões, o esôfago, a traqueia, o timo, os nervos vago e frênico, os troncos simpáticos direito e esquerdo, o ducto torácico e os principais vasos sanguíneos sistêmicos e pulmonares.
Costelas
São finos arcos ósseos de convexidade externa que formam o gradil costal.
Há doze de cada lado, existindo particularidades entre elas.
· As sete primeiras são verdadeiros, pois estão unidas ao esterno por cartilagem costal. 
· A 8º, a 9º e a 10º são chamadas de falsas, pois só alcançam o esterno através da 7º cartilagem costal. 
· A 11º e 12º são flutuantes, pois não se articulam anteriormente e por isso flutuam.
Primeira costela: é a menor e a mais encurvada. Além disso, é chata e larga.
Décima primeira e décima segunda: não possuem colo nem tubérculo e se estreitam em sua extremidade anterior.
A décima segunda é menor e não possui ângulo nem sulco costal.
Esterno
É uma placa óssea alargada que forma a porção média da parede ventral do tórax.
Consiste de três partes:
· Manúbrio: é a porção mais superior e tem formato quadrangular.
· Corpo: é mais longo, mais fino e mais achatadoque o manúbrio.
· Processo Xifóide: é a menor das três partes. No jovem é uma peça cartilaginosa que se ossifica ao longo do desenvolvimento.
Clavícula
A clavícula é um osso longo em forma da letra “S” que repousa horizontalmente no esterno, na parte superior da caixa torácica e na extremidade acromial da escápula. É uma parte importante do sistema esquelético, pois desempenha um papel essencial no movimento funcional diário, atuando como a conexão entre o esqueleto axial e a cintura escapular.
Extremidades: A orientação da clavícula pode ser distinguida por suas extremidades: uma extremidade acromial larga e plana (terço lateral) e uma extremidade esternal arredondada, semelhante a uma pirâmide (dois terços mediais). Cada extremidade possui marcos ósseos únicos nas suas superfícies superior e inferior.
Superfície superior: A superfície superior da clavícula tem uma aparência lisa. A faceta acromial pode ser vista na borda posterior da extremidade acromial. Ela aparece como uma pequena superfície oval achatada e permite que a clavícula se articule com o acrômio da escápula, na articulação acromioclavicular.
Superfície inferior: A superfície inferior da clavícula, por sua vez, é bastante irregular e tem muitas linhas proeminentes, indicando locais onde músculos e ligamentos se fixam ao osso. Há três marcos importantes na superfície inferior da clavícula:
· A faceta esternal, encontrada bem na borda da extremidade esternal. Tem a forma de um triângulo, com uma extremidade posterior e uma base anterior, e forma a articulação esternoclavicular.
· A tuberosidade costal, localizada na extremidade esternal do osso. Distingue-se como uma superfície ampla e irregular com mais de 2 cm de comprimento. É o local onde se insere o ligamento costoclavicular.
· O tubérculo conoide, que se encontra mais lateralmente em direção à extremidade acromial. Ele aparece como uma eminência irregular na região onde a porção plana da clavícula encontra a extremidade da extremidade esternal piramidal. É o local de inserção do ligamento conoide.
Escápula
A escápula, também conhecida como omoplata, é um osso triangular, achatado, localizado na parte posterior do tronco, sobre a superfície posterior das costelas 2 a 7. A escápula, juntamente com a clavícula e o manúbrio do esterno, constitui a cintura escapular (ombro), que conecta o membro superior do esqueleto apendicular ao esqueleto axial.
A escápula é um osso importante, uma vez que fornece ponto de inserção para vários músculos do braço e do ombro. Ela se articula também com o úmero e com a clavícula, formando a articulação glenoumeral (ombro) e a articulação acromioclavicular, respectivamente. No entanto, a escápula movimenta-se livremente através da parede torácica posterior (articulação escapulotorácica), visto que o aspecto medial da escápula não está diretamente conectado ao esqueleto axial, mas conectado ao tórax e à coluna vertebral por músculos. Isso permite que o braço se movimente juntamente com a escápula, proporcionando uma grande amplitude de movimento e mobilidade para o membro superior em comparação com o membro inferior.
Bordas e ângulos
Como qualquer triângulo, a escápula é composta por três bordas: superior, lateral e medial. A borda superior é a borda mais curta e mais fina das três. A borda medial é fina e cursa paralela à coluna vertebral e, portanto, é frequentemente chamada de borda vertebral. A borda lateral é frequentemente chamada de borda axilar, pois cursa superolateralmente, em direção ao ápice da axila. É a mais espessa e mais forte das três bordas, servindo como local de inserção muscular. A cavidade glenoidal também se localiza ao longo dessa borda. Ela é uma fossa rasa que se articula com a cabeça do úmero, formando a articulação glenoumeral.
A escápula também tem três ângulos. A borda superior se encontra com a borda lateral no ângulo lateral e com a borda medial no ângulo superior. O terceiro ângulo é o ângulo inferior, onde as bordas medial e lateral se encontram.
Superfícies
A escápula tem duas superfícies; na face anterior encontramos a superfície costal, lisa e de formato côncavo. Ela é principalmente representada pela fossa subescapular. Na parte posterior da escápula está a superfície posterior, convexa e irregular, que tem uma crista óssea saliente (espinha da escápula) que a separa em duas divisões: a fossa supraespinal, superior, e a fossa infraespinal, inferior, maior do que a superior.
Processos
Além da espinha, a escápula possui mais dois processos ósseos: o processo coracoide e o acrômio. O processo coracoide é uma curvatura em forma de bico que se projeta anterolateralmente a partir da borda superior.
Forame: Qualquer abertura para passagem de músculos, vasos, artérias, veias e outras estruturas, através de ossos ou entre ligamentos, permitindo a conexão de uma parte do corpo a outra.

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