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TEXTO-COMPONENTES DO PAISA E REDE DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS

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COMPONENTES DO PAISA E REDE DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM DOENÇAS 
CRÔNICAS 
 
O Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto – PAISA tem como foco principal a atuação de 
agravos “específicos” ao adulto, entre os quais, citam-se: 
 
 Hipertensão arterial 
 Diabetes Mellitus 
 Tuberculose 
 Hanseníase 
 Saúde do homem 
 
A execução dessas ações pelo PAISA se constitui como uma das iniciativas do Ministério 
da Saúde que priorizam condições pautadas no perfil epidemiológico desta população, com o 
intuito de articular ações de caráter individual e coletivo. 
 
A promoção da saúde é uma estratégia de produção de saúde, que deve estar articulada às demais 
políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, contribuindo para a 
construção de ações que possibilitem responder às necessidades sociais em saúde. 
Os pressupostos apresentados pelo PAISA consideraram o fato de que a promoção de programas 
educativos para doenças crônicas e degenerativas pode reduzir bastante o número de 
hospitalizações, melhorar significativamente as complicações agudas e crônicas, além de prevenir 
ou retardar o aparecimento de enfermidades. 
 
São objetivos principais do PAISA: 
 Abordar o adulto enquanto indivíduo produtivo para a sociedade 
 Prevenir complicações agudas e crônicas do diabetes mellitus e da hipertensão arterial; 
 Minimizar fatores de risco para doenças degenerativas; 
 Conscientizar sobre a importância da adesão e da assiduidade ao tratamento farmacológico. 
 
A Atenção Integral à Saúde do Adulto possui um caráter transversal nas políticas públicas de saúde 
e está presente sob diferentes perspectivas, como nas políticas de promoção da saúde e de 
atenção às doenças, exigindo de gestores, profissionais (saúde, educação, etc.) e comunidade um 
esforço coletivo para o fortalecimento da rede de serviços de saúde, para a melhoria das condições 
de vida. 
A fim de organizar a atenção à saúde do adulto no Brasil, o Ministério da Saúde estruturou-se em 
diferentes áreas técnicas, entendendo a proposição de políticas específicas. 
Em virtude dessa transversalidade, as políticas públicas direcionadas à saúde do adulto estão 
fortemente presentes na estruturação da Atenção Básica Ampliada, em que diferentes áreas 
estratégicas são entendidas como prioritárias e, por isso, possuem políticas próprias, como: 
 Saúde da Mulher, 
 Saúde do Homem, 
 Saúde do Idoso, 
 Saúde Bucal, 
 Saúde Mental, 
 Saúde da Criança, 
 Saúde do Adolescente e Jovem, 
 Saúde do Trabalhador. 
 Outras áreas estratégicas são trabalhadas em programas e projetos especiais, como os 
dirigidos para a 
 saúde indígena, 
 hipertensão e diabetes, 
 alimentação e nutrição, 
 para as urgências, 
 hepatites, 
 ISTs/AIDS. 
 
 
 
É importante que a equipe de saúde esteja atenta às especificidades da população adulta de 
seu território e promova com esta o estímulo a hábitos saudáveis dentro da política de promoção 
de saúde, objetivando reduzir a incidência de doenças crônicas. 
Além disso, a equipe de saúde tem um importante papel também na atenção às doenças 
transmissíveis, com ações de educação em saúde e medidas de prevenção, monitoramento e 
controle. 
 
Diretrizes para organização dos pontos norteadores do PAISA 
O Ministério da Saúde tem investido em diretrizes que orientam: 
 a reorganização das Redes de Atenção à Saúde 
 a reorganização linhas de cuidado às doenças crônicas 
 as ações para vigilância das doenças infecciosas mais prevalentes 
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) --> ressalta-se a 
importância da PNAISH, sendo essa uma das últimas políticas implementadas no âmbito do SUS 
e evidencia os principais fatores de morbimortalidade na saúde do homem. 
Este documento reconhece os determinantes sociais que resultam na vulnerabilidade da população 
masculina aos agravos à saúde, considerando que representações sociais sobre a masculinidade 
comprometem o acesso à atenção primária, bem como repercutem de modo crítico na 
vulnerabilidade dessa população a situações de violência e de risco para a saúde. 
A mobilização da população masculina brasileira para a luta pela garantia de seu direito social à 
saúde é um dos desafios desta política, que pretende politizar e sensibilizar os homens para o 
reconhecimento e a enunciação de suas condições sociais e de saúde, para que advenham sujeitos 
protagonistas de suas demandas, consolidando seu exercício e gozo dos direitos de cidadania. 
 
ATENÇÃO INTEGRAL AOS USUÁRIOS COM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS 
As ações de atenção integral à saúde do adulto em condição crônica de saúde constituem um tema 
cuja reflexão remete à necessidade de compreensão dos diversos fenômenos que pertencem ao 
processo saúde doença. Um complexo conjunto de fatores sociais, culturais e emocionais mescla-
se nesse processo, os quais devem ser enfatizados para além do diagnóstico e do tratamento das 
doenças. 
Em 2011 o Ministério da Saúde publicou o plano de ações estratégicas para o enfrentamento das 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil para a década de 2011-2022. 
O objetivo do Plano de Enfrentamento de DCNT é o de promover o desenvolvimento e a 
implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências 
para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde 
voltados às doenças crônicas. 
Para tanto, foi proposto em 2012, a construção da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças 
Crônicas, instituída pela Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013 e redefinida pela Portaria nº 
483, de 1 de abril de 2014. 
 
A abordagem de DCNT em todo o ciclo vital: A abordagem de DCNT estende-se por todo o ciclo 
da vida. As ações de promoção da saúde e prevenção de DCNT iniciam-se durante a gravidez, 
promovendo-se os cuidados pré-natais e a nutrição adequada, passam pelo estímulo ao 
aleitamento materno, pela proteção à infância e à adolescência quanto à exposição aos fatores de 
risco (álcool, tabaco) e quanto ao estímulo aos fatores protetores (alimentação equilibrada, prática 
de atividade física), e persistem na fase adulta e durante todo o curso da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas 
 
Diante da relevância das doenças crônicas, em 2011, o Brasil elaborou o Plano de Ações 
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que tem 
como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, 
integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção, o controle e o cuidado das 
DCNT e seus fatores de risco (BRASIL, 2011). 
 
Para tanto, foi proposto em 2012, a construção da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças 
Crônicas, instituída pela Portaria nº 252, de 19 de fevereiro de 2013. 
 
 
 
Esta rede corresponde ao terceiro eixo (cuidado integral) do plano, sendo seus principais 
objetivos: 
 
I. Realizar a atenção integral à saúde das pessoas com doenças crônicas, em todos os pontos de 
atenção, através da realização de ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção 
de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde; 
 
II. Fomentar a mudança no modelo de atenção à saúde, por meio da qualificação da Atenção 
Integral às Pessoas com Doenças Crônicas e da ampliação das estratégias para promoção da 
saúde da população e para prevenção do desenvolvimento das doenças crônicas e suas 
complicações. 
 
Princípios e diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças 
Crônicas, bem como seus componentes, estabelecidas pela PORTARIA Nº 483, DE 1º DE ABRIL 
DE 2014 
Redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suaslinhas de cuidado. 
 
São princípios da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas: 
 
I - Acesso e acolhimento aos usuários com doenças crônicas em todos os pontos de atenção; 
 
II - Humanização da atenção, buscando-se a efetivação de um modelo centrado no usuário, 
baseado nas suas necessidades de saúde; 
 
III - respeito às diversidades étnico-raciais, culturais, sociais e religiosas e aos hábitos e cultura 
locais; 
 
IV - Modelo de atenção centrado no usuário e realizado por equipes multiprofissionais; 
 
V - Articulação entre os diversos serviços e ações de saúde, constituindo redes de saúde com 
integração e conectividade entre os diferentes pontos de atenção; 
 
VI - Atuação territorial, com definição e organização da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas 
com Doenças Crônicas nas regiões de saúde, a partir das necessidades de saúde das respectivas 
populações, seus riscos e vulnerabilidades específicas; 
 
VII - monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços por meio de indicadores de estrutura, 
processo e desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção; 
 
VIII - articulação Inter federativa entre os diversos gestores de saúde, mediante atuação solidária, 
responsável e compartilhada; 
 
IX -participação e controle social dos usuários sobre os serviços; 
 
X - Autonomia dos usuários, com constituição de estratégias de apoio ao autocuidado; 
 
XI - equidade, a partir do reconhecimento dos determinantes sociais da saúde; 
 
XII -formação profissional e educação permanente, por meio de atividades que visem à aquisição 
de conhecimentos, habilidades e atitudes dos profissionais de saúde para qualificação do cuidado, 
de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Educação 
Permanente em Saúde; 
 
XIII - regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas 
com Doenças Crônicas. 
 
 
A Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas é estruturada pelos 
seguintes componentes: 
 
I - Atenção Básica: constitui-se como o centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde, com 
papel chave na sua estruturação como ordenadora e coordenadora do cuidado, com a 
responsabilidade de realizar o cuidado integral e contínuo da população que está sob sua 
responsabilidade e de ser a porta de entrada prioritária para organização do cuidado. 
 
II - Atenção Especializada: constitui um conjunto de pontos de atenção com diferentes densidades 
tecnológicas para a realização de ações e serviços de urgência e emergência e ambulatoriais 
especializados e hospitalares, apoiando e complementando os serviços da Atenção Básica de 
forma resolutiva e em tempo oportuno, que se divide em: 
 
a) ambulatorial especializado; 
 
b) hospitalar; e 
 
c) urgência e emergência; 
 
III - Sistemas de Apoio: constituem sistemas de apoio diagnóstico e terapêutico, tais como 
patologia clínica e imagens e de assistência farmacêutica. 
 
IV - Sistemas Logísticos: constituem soluções em saúde, em geral relacionadas às tecnologias 
de informação, integradas pelos sistemas de identificação e de acompanhamento dos usuários, o 
registro eletrônico em saúde, os sistemas de transporte sanitários e os sistemas de informação em 
saúde. 
 
V – Regulação: constitui o componente de gestão para qualificar a demanda e a assistência 
prestada, otimizar a organização da oferta e promover a equidade no acesso às ações e serviços 
de saúde, especialmente os de maior densidade tecnológica, e auxiliar no monitoramento e 
avaliação dos pactos Inter gestores. 
 
VI – Governança: constitui a capacidade de intervenção que envolve diferentes atores, 
mecanismos e procedimentos para a gestão regional compartilhada da Rede de Atenção à Saúde 
das Pessoas com Doenças Crônicas. 
 
 
PROMOÇÃO DE PROGRAMAS EDUCATIVOS PARA DC E DEGENERATIVAS 
 
A promoção de programas educativos para doenças crônicas e degenerativas pode reduzir 
bastante o número de hospitalizações, melhorar significativamente as complicações agudas e 
crônicas, além de prevenir ou retardar o aparecimento de enfermidades. 
Seus objetivos principais são: 
 
 Abordar o adulto enquanto indivíduo produtivo para a sociedade; 
 Prevenir complicações agudas e crônicas do diabetes mellitus e da hipertensão arterial; 
 Minimizar fatores de risco para doenças degenerativas; 
 Conscientizar sobre a importância da adesão e da assiduidade ao tratamento farmacológico.

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