Buscar

Material da aula de riscos quimicos modulo 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Inserir Título Aqui 
Inserir Título Aqui
Higiene do Trabalho: 
Riscos Químicos
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Fernanda Anraki Vieira
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Metodologia de Avaliação;
• Reconhecimento ou Caracterização Básica;
• Avaliação Qualitativa e Priorizações;
• Estratégia de Avaliação Quantitativa;
• Metodologia Analítica;
• Interpretação de Resultados e Análise Estatística;
• Periodicidade dos Monitoramentos –Reavaliações.
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Capacitar a realização da avaliação quantitativa de agentes químicos.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Contextualização
Como você já sabe, a Norma Regulamentadora 15 (NR-15), que trata das atividades e 
operações insalubres, em seus anexos 11, 12 e 13, relaciona os agentes químicos e ati-
vidades e operações envolvendo agentes químicos que podem ocasionar danos à saúde 
dos trabalhadores. Os anexos 11 e 12 são de caráter quantitativo, enquanto o anexo 13 
é qualitativo (BRASIL, 2014).
Para atender aos requisitos de avaliação quantitativa dos agentes relacionados nos 
Anexos 11 e 12 e outros agentes químicos não especificados nas normas nacionais, é 
necessário ter domínio sobre as estratégias de coleta e análise de agentes químicos.
Uma avaliação de agentes químicos bem realizada e registrada adequadamente serve 
como base para a elaboração de diversos documentos de segurança, inclusive, para 
apresentação aos órgãos fiscalizadores e outros aos quais interessar.
De modo contrário, uma avaliação de agentes químicos mal feita pode acarretar di-
versos prejuízos às partes interessadas, resultando em doenças e acidentes envolvendo 
os trabalhadores, comprometimento da imagem e credibilidade da empresa e do profis-
sional responsável pela avaliação, entre outras possibilidades.
Todas as etapas que compõem as estratégias de amostragem e análises são determi-
nantes para que o resultado obtido seja confiável e possa guiar o profissional de seguran-
ça na tomada de medidas de controle mais adequadas ao caso em questão.
6
7
Metodologia de Avaliação
A avaliação quantitativa de riscos químicos contempla o conjunto de ações necessá-
rias para a caracterização de um ambiente de trabalho ou da exposição ocupacional a 
determinado agente químico.
Segundo a Norma Regulamentadora 09 (NR-09), que trata do Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais (PPRA):
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para:
a) comprovar o controle da exposição ou a inexistência de riscos iden-
tificados na etapa de reconhecimento;
b) dimensionar a exposição dos trabalhadores;
c) subsidiar o equacionamento das medidas de controle. (BRASIL, 2014)
São etapas da avaliação quantitativa:
• Reconhecimento ou caracterização básica:
 » Referentes ao processo produtivo e ao local;
 » Referentes aos trabalhadores e aos processos de trabalho;
 » Referentes a avaliações anteriores;
• Avaliação qualitativa e priorizações;
• Estratégia de avaliação quantitativa;
 » Amostra ou coleta pessoal;
 » Amostra ou coleta estacionária;
 » Amostras por duração;
 » Critérios NIOSH e AIHA para grupos de trabalhadores;
 » Avaliação inicial;
 » Distribuição de amostras no tempo;
• Metodologia analítica;
• Interpretação de resultados e análise estatística;
• Periodicidade dos monitoramentos – reavaliações (BRASIL, 2018).
As etapas da avaliação quantitativa devem ser minuciosamente executadas e devida-
mente registradas para que tenha validade legal e possa retratar efetivamente as condi-
ções avaliadas.
7
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Reconhecimento ou Caracterização Básica
A etapa de reconhecimento ou caracterização básica consiste no levantamento ini-
cial de dados relativos ao que se deseja avaliar. Contempla a visita ao local de trabalho, 
observação dos processos e atividades envolvidas e a participação dos trabalhadores 
(BRASIL, 2018).
Referentes ao local e ao processo produtivo
Com relação ao local avaliado, deve-se buscar:
• Descrição física do local (ambiente aberto, fechado, área, pé direito, ventilação na-
tural ou artificial, existência de equipamentos de proteção coletiva etc.);
• Dados climáticos (temperatura ambiente, umidade relativa do ar, direção e veloci-
dade dos ventos etc.);
• Se existe interferência de áreas vizinhas (BRASIL, 2018).
Com relação ao processo produtivo, deve-se buscar:
• Descrição do processo produtivo;
• Relação dos equipamentos que processam agentes químicos e sua localização 
no processo;
• Relação das possíveis fontes de emissão e geração de agentes químicos;
• Informações relativas aos agentes químicos (propriedades físico-químicas, parâ-
metros relativos à segurança, parâmetros de saúde e higiene ocupacional etc.), 
geralmente obtidas através das Fichas de Informações de Segurança de Produtos 
Químicos – FISPQ;
• Quantidade de agentes químicos processados (matérias-primas, insumos, produtos etc.).
• Parâmetros de operação (temperatura, pressão etc.) (BRASIL, 2018).
Referentes aos trabalhadores e aos processos de trabalho
Com relação aos trabalhadores, deve-se buscar:
• Duração da jornada e regime de trabalho;
• Descrição das funções, procedimentos e atividades que envolvam trabalhadores, 
com respectivos locais, frequências e tempos de execução;
• Levantamento do número de trabalhadores expostos, possíveis grupos homogêne-
os de exposição e trabalhadores com maior risco de exposição, se houver;
• Identificação das zonas de trabalho, posição ou distâncias dos trabalhadores em 
relação às fontes dos agentes químicos;
8
9
• Dados indicativos de possíveis danos à saúde originados pela exposição a agentes 
químicos (BRASIL, 2018).
Referentes a avaliações anteriores
Deve-se reunir os resultados de medições já realizadas, sejam elas amostras pessoais, 
estacionárias, nas fontes de emissão, situações de emergência ou o que houver de inte-
resse para a análise (BRASIL, 2018).
Avaliação Qualitativa e Priorizações
A avaliação qualitativa precede a quantitativa e busca constituir e priorizar a seleção das 
medidas de controle para as situações identificadas como de risco para a saúde, em espe-
cial as de risco grave e iminente. Ainda, serve para auxiliar na determinação dos agentes 
químicos e situações que serão submetidos à avaliação quantitativa (BRASIL, 2018).
Estratégia de Avaliação Quantitativa
A estratégia de avaliação quantitativa é o planejamento das amostragens e das medições. 
Nela se definem os métodos de coleta e medições, a duração da amostragem e medição, 
o número mínimo de medições, a escolha dos períodos e momentos para a realização das 
coletas e das medições e a realização do diagnóstico inicial (BRASIL, 2018).
A estratégia a ser adotada deve considerar:
• A capacidade de coleta do dispositivo coletor (volume máximode ar admitido pelo 
método analítico);
• O tempo necessário para realizar cada medição com o instrumento de leitura direta;
• O tipo de valor de referência para ambientes de trabalho (VRAT) que está sendo ava-
liado (média ponderada no tempo para 08h; curta duração – 15min; ou valor teto);
• O objetivo da avaliação (ex.: conhecer o perfil da exposição; verificar a eficiência de 
medidas de controle adotadas etc.) (BRASIL, 2018).
Quantidade mínima de resultados
Como é inviável monitorar as condições de trabalho diariamente, é necessário reali-
zar um número mínimo de medições cujos resultados sejam representativos da exposi-
ção avaliada. Para a American Industrial Hygiene Association (AIHA), uma estimativa 
válida do perfil de exposição é obtida a partir de seis a dez resultados. A partir daí, no 
Brasil, o número mínimo de resultados (n) necessários para o julgamento da exposição 
ou da contaminação dos ambientes de trabalho é de seis (n ≥ 6) (BRASIL, 2018).
9
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Amostra ou coleta pessoal
A amostra ou coleta pessoal é uma amostra de ar coletada com o equipamento po-
sicionado na zona respiratória do trabalhador (Figura 1). O resultado obtido representa 
uma estimativa da exposição via inalação. Nos casos onde o trabalhador se movimen-
ta nos locais de trabalho, os resultados podem não refletir a contaminação do local
(BRASIL, 2018).
Figura 1 – Coleta de amostra pessoal
Fonte: BRASIL, 2018
Amostra ou coleta estacionária
A amostra ou coleta estacionária é realizada em um ponto fixo do local avaliado. 
O dispositivo geralmente é posicionado à altura média da zona respiratória, a 1,60m do 
chão (Figura 2) (BRASIL, 2018).
Figura 2 – Coleta de amostra estacionária
Fonte: BRASIL, 2018
10
11
A amostra ou medição pessoal pode ser considerada estacionária quando o trabalha-
dor permanece parado no ponto de medição, durante todo o período de coleta. A amos-
tra ou medição estacionária é a mais apropriada para avaliar as condições ambientais. 
Os pontos de coleta de amostras ou medições estacionárias devem ser determinados 
considerando o número e localização das fontes do agente químico, direção dos ventos, 
zonas ou locais de trabalho e arranjo físico do local (BRASIL, 2018).
Amostras por duração
As amostras podem ser classificadas em amostra única, amostras consecutivas, 
amostras consecutivas em período parcial e amostras aleatórias, conforme sua duração 
(Figura 3). O Quadro 1 resume algumas das características de cada tipo de amostra.
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DE
DADOS PARA A UTILIZADO
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO
TI
PO
 D
E A
M
OS
TR
A
0 1 2 3 4 5 6 7 8
A B
A B C
PERÍODO COMPLETO
AMOSTRA ÚNICA
A
A B C D
A B C D E
(ALEATÓRIA)
AMOSTRAS ALEATÓRIAS
A B
AMOSTRAS CONSECUTIVAS
EM PERÍODO PARCIAL
A B
A B
A B C
PERÍODO COMPLETO
AMOSTRA
CONSECUTIVAS
Figura 3 – Quadro de referência dos tipos de medições de exposição que
poderiam ser tomadas para um padrão de exposição média de 08 horas
Fonte: NIOSH, 1977
11
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Quadro 1 – Características das amostras
Amostra Características
Única
 · Menor custo;
 · Menos incômodo para o trabalhador;
 · Não registra variações de concentração;
 · Pode saturar o amostrador.
Consecutiva
 · Úteis em casos com atividades variadas;
 · Permite avaliar variações de concentração;
 · Reduz o risco de saturação do amostrador;
 · Maior custo;
 · Mais incômodo para o trabalhador.
Período parcial
 · Pode ser única ou consecutiva;
 · Deve registrar, no mínimo, 70% do período de avaliação;
 · Deve-se atentar à representatividade da amostra.
Aleatória
 · Utilizada para avaliações de exposições de curta duração;
 · Deve ser realizada na pior condição de trabalho;
 · Pode ser única ou consecutiva de amostras instantâneas. 
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2018
Critérios NIOSH e AIHA para grupos de trabalhadores
Na seleção de quais trabalhadores serão avaliados, pode-se utilizar os critérios 
do Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional (National Institute for 
Occupational Safetyand Health – NIOSH) ou da Associação Americana de Higiene 
Industrial (American Industrial Hygiene Association – AIHA). O NIOSH propõe que 
o trabalhador mais exposto ou de maior risco seja avaliado, ainda que dentro de um 
grupo homogêneo de exposição. Já a AIHA propõe que o grupo de trabalhadores deve 
ser o mais similar possível, inclusive quanto ao perfil de exposição. Logo, caso sejam 
identificados trabalhadores de funções ou cargos idênticos, mas visivelmente identificados 
como mais expostos, estes devem ser separados dos demais (BRASIL, 2018).
Saiba mais sobre as aplicações de cada tipo de amostra e sobre os critérios NIOSH e AIHA 
para grupo de trabalhadores no Guia Técnico sobre Estratégia de Amostragem da Funda-
centro, páginas 45-65, disponível em: http://bit.ly/2wh019w
Avaliação inicial
As avaliações iniciais devem contemplar, obrigatoriamente, os locais de trabalho, as 
situações e os grupos de exposição classificados como críticos. As avaliações devem ser 
realizadas nos dias de exposição efetiva ou mais críticos (BRASIL, 2018).
Distribuição de amostras no tempo
Não existe uma regra para distribuição das amostras no período de avaliação. A dis-
tribuição deve ser definida considerando as características do processo analisado (contí-
nuo ou intermitente), características das atividades realizadas (repetitiva ou concentrada
12
13
em determinado momento), objetivos da avaliação, quantidade de jornadas a serem ava-
liadas e se há dispersão das concentrações do agente químico ao longo do período.
A escolha das jornadas de trabalho a serem avaliadas devem ser aleatórias, sendo 
excluídos os dias atípicos ou não representativos da condição que se deseja avaliar
(BRASIL, 2018).
Equipamentos de Medição
Os equipamentos de medição utilizados para a avaliação de riscos químicos são co-
nhecidos por “bombas de amostragem”. Trata-se de um instrumento portátil e leve, 
que utiliza bateria recarregável, onde se ajusta a vazão definida pelo método analítico.
As bombas de amostragem devem ser intrinsecamente seguras e possuir um sistema 
automático de controle de vazão com capacidade para mantê-la constante, dentro de um 
intervalo de ±5%, durante o tempo de coleta (BRASIL, 2018).
As figuras a seguir mostram um modelo de bomba de amostragem – Gillian BDX-II.
• Bomba de amostragem Gillian BDX-II: http://bit.ly/2Q8mgYa
• Posicionamento da bomba de amostragem Gillian BDX-II: http://bit.ly/2Q8CwbC
Saiba mais sobre o funcionamento da bomba Gillian BDX-II em: http://bit.ly/2wekewr
Metodologia Analítica
A metodologia analítica é composta pelos procedimentos de coleta, medição e análises 
laboratoriais. Alguns conceitos devem ser esclarecidos para compreensão da metodologia.
• Volume amostrado [m³], conforme equação 1:
 V = Q × T (Eq. 1)
Sendo Q a vazão [m³/min] e T o tempo de amostragem [min].
Obs.: Se a vazão Q da bomba for dada em litros por minuto, deve-se proceder a 
conversão de unidades através da equação 2.
 
1.000
Q xTV = (Eq. 2)
13
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
• Concentração [mg/m³], conforme equação 3:
 
mC
V
= (Eq. 3)
Sendo m a massa da amostra [mg] e V o volume amostrado [m³].
• Concentração ppm, conforme equação 4:
 
3 3
3 3
1 11
1 1.000.000
cm cmppm
m cm
= = (Eq. 4)
• Conversão de unidades mg/m³ para ppm (equação 5) e de ppm para mg/m³ (equação 6):
 
324,45 /x mg m
ppm
PM
é ùê úë û= (Eq. 5)
 
[ ]
3 24,45
ppm x PMmg
m
= (Eq. 6)
Sendo PM o peso molecular da substância em questão.
• Brief & Scala: os limites de tolerância brasileiros são referentes à exposição de 
48 horas semanais. Caso sejam utilizados os limites de exposição ocupacional da 
American Conference of Governmental Industrial Higyenists (ACGIH), baseados 
na exposição de 40 horas semanais, estes devem ser corrigidos através do fator de 
redução (FR) Brief & Scala exposto na equação 7. Após determinar FR, o limite 
de tolerância reduzidoserá resultado da multiplicação de FR pelo limite da ACGIH.
 
40 168
128
hFR x
h
-
= (Eq. 7)
Sendo h a jornada de trabalho em horas.
Ainda, algumas recomendações devem ser seguidas para garantir a qualidade dos 
dados obtidos, tais como:
• Utilizar uma bomba de amostragem devidamente calibrada para realizar a coleta;
• Após a coleta, medir a vazão final da bomba, sendo que amostras realizadas em 
bombas que apresentem variações nas vazões inicial e final superiores a 5% devem 
ser descartadas;
• Analisar as amostras em laboratórios confiáveis, que possuam equipamentos de 
análise calibrados e controle de qualidade etc. (BRASIL, 2018).
14
15
Comumente são utilizadas as metodologias analíticas de organismos e instituições 
internacionais de renome como NIOSH (EUA), OSHA (EUA), ACGIH (EUA), ASTM 
(EUA), EPA (EUA), HSE (UK), entre outras (BRASIL, 2018). 
Para ilustrar os métodos analíticos, segue parte do método NIOSH 7602, para análi-
se de sílica cristalina (Figura 4). Nos métodos analíticos é possível verificar as condições 
que a amostra deve ser coletada, tais como tipo do amostrador, vazão, volumes mínimo 
e máximo de ar coletado, entre outras informações (destaque em vermelho na Figura 4). 
Também é possível verificar as condições da análise da amostra (destaque em verde na 
Figura 4) dentre outras referências pertinentes ao método.
Figura 4 – Parte do método analítico NIOSH 7602
Fonte: Adaptado de NIOSH, 2003
Explore a técnica de amostragem NIOSH 7602 em: http://bit.ly/2wh1QmS
Na dúvida, o laboratório que realizará a análise deve ser consultado. O resumo do 
método analítico realizado pelo Laboratório SGS Group para análise de sílica. 
15
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Resumo do método analítico para análise de sílica
SÍLICA LIVRE DE CRISTALINA
Método: NIOSH 7602 - Espectrofotometria de Infravermelho
Amostrador: cassete com filtro de PVC com porosidade de 5,0 μm pré-pesado em 
microbalança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg referência SKC 225-8-01
Vazão de amostragem: 1,7 L/min
Volume de ar amostrado: mínimo de 600 L (nota 3) e máximo de 800 L
Brancos de Campo recomendados: 10% do número de amostras
Condicionamento: de rotina
Estabilidade: não determinada
Valor de Análise: CONSULTAR
Limite de quantificação: 5μg
OBSERVAÇÃO: A fim de determinar o limite conforme a NR15, é necessária a deter-
minação de Poeira Respirável e Poeira Total.
NOTAS: 1) O solicitante deve informar se a amostra pode conter os seguintes ma-
teriais que constituem interferentes e deverão ser removidos durante a análise: ci-
mento, sílica amorfa (este interferente não pode ser removido), calcita (acima de 
20% da massa de poeira), grafite e silicatos. A falta dessa informação implica no não 
tratamento da amostra com possível prejuízo do resultado.
2) A presença de material particulado colorido em alta concentração poderá impos-
sibilitar a leitura no espectrofotômetro de infravermelho e o resultado não será rela-
tado. O custo de análise neste caso será de CONSULTAR.
3) Para atender ao nível de ação para o TLV da ACGIH, é necessário pelo menos vo-
lume de 600 L.
Fonte: SGS Group, 2016
• Explore o resumo completo de métodos analíticos do SGS Group.
Disponível em: http://bit.ly/2VVzOwi
• Explore a 4ª Edição do Manual de Métodos Analíticos do NIOSH.
Disponível em: http://bit.ly/2JA0Pie
Interpretação de Resultados
e Análise Estatística
Comparar os resultados obtidos nas medições com os valores de referência para os 
ambientes de trabalho pode não ser suficiente para se chegar a uma conclusão confiável. 
Também é necessário avaliar a probabilidade e a confiança de que os limites estabele-
cidos não serão ultrapassados em momentos não monitorados. Para isso, é necessário 
demonstrar a confiabilidade estatística do seu julgamento através da realização de testes 
de conformidade com os valores de referência (BRASIL, 2018).
16
17
Se os resultados obtidos se situam no, ou abaixo do, nível de ação (metade do limite 
de exposição ocupacional) e a dispersão é razoavelmente baixa (Desvio Padrão Geomé-
trico – DPG<2), a análise estatística validará as medições realizadas (BRASIL, 2018).
Análise preliminar dos dados
Em posse dos resultados (n ≥ 6) deve-se:
• Verificar se um ou mais resultados ultrapassaram os limites de tolerância ou de ex-
posição ocupacional. Se sim, medidas de controle deverão ser tomadas para reduzir 
as concentrações e posteriormente novas medições deverão ser realizadas (n ≥ 6);
• Se não, os resultados deverão ser submetidos ao procedimento estatístico para 
serem validados.
Tratamento estatístico dos dados para jornada integral 
Quando se tratar de dados que representam a média ponderada no tempo para
08h, deve-se:
• Calcular a Média Aritmética (MA) pela equação 1:
 1 2 nC C CMA
n
+ +
=
 (Eq. 1)
Sendo C1 a Cn os resultados das concentrações obtidos e n o número de resultados.
• Calcular o Desvio Padrão (DP) da Média Aritmética (MA) pela equação 2:
 ( )2
1
1
1
n
i
i
DP c MA
n =
= -
- å (Eq. 2)
• Calcular o logaritmo neperiano (ou natural) de cada resultado de concentração 
obtido (Y = lnCi), a MA dos logaritmos (MA(lnCi), ou MAY) e o respectivo desvio 
padrão (DP(lnCi), ou DPY); 
• Calcular a Média Geométrica (MG) e o Desvio Padrão Geométrico (DPG) a partir 
dos resultados da média dos logaritmos (MAY) e do desvio padrão da média dos 
logaritmos (DPY), obtendo-se o exponencial (ou função inversa) de cada um deles, 
conforme equações 3 e 4:
 MG = exp(MAY) = eMAY (Eq. 3)
 DPG = exp(DPY) = eDPY (Eq. 4)
• Obter o Limite Superior de Confiança Land’s Exato (LSCLE, 95%) para um inter-
valo de confiança a partir da equação 5:
17
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
 
2 2
2 1
,95%
DPY CPYMAY C
n
LELSC e
æ ö÷ç ÷ç + + ÷ç ÷ç ÷ç =è ø= (Eq. 5)
Em que C é o fator obtido no gráfico da Figura 5 como função do número de re-
sultados (n) e o desvio padrão da média dos logaritmos das concentrações (DPY), 
identificado como S.
Figura 5 – Fator C do LSCLE,95% (95% UCL), como função do número de resultados (n) e do DPY (S)
Fonte: BRASI L, 2018, apud HEWETT & GANSER, 1997
• A partir do LSCLE,95%, calcular o índice de julgamento para a média verdadeira do 
perfil de exposição (IMV) pela equação 6:
 ,95%LEMV
MPT
LSC
I
VRAT
= (Eq. 6)
Sendo VRATMPT o valor de referência para ambiente de trabalho média podenrada 
no tempo.
• Se IMV > 1,0, a situação é de não conformidade, pois não é possível garantir que 
a média verdadeira dos dados observados esteja abaixo do VRATMPT, com 95% de 
confiança. É necessário rever a caracterização básica (tarefas executadas, procedi-
mentos operacionais, fontes de emissões fugitivas, falhas ou vazamentos nos equi-
pamentos do processo etc.), adotar medidas de controle que eliminem ou reduzam 
as concentrações de modo a atingir a conformidade e reavaliar (n ≥ 6 resultados);
• Se IMV ≤ 1,0, a situação é de conformidade, pois é possível afirmar que a concen-
tração média verdadeira do perfil de exposições é inferior ao VRATMPT, com 97,5% 
de confiança (BRASIL, 2018).
18
19
Tratamento estatístico dos dados de curta duração ou 
instantâneos (curta duração – 15 min ou valor teto)
Quando se tratar de dados que representam curta duração – 15 min ou valor teto, 
deve-se:
• Calcular a Média Aritmética (MA), Desvio Padrão (DP), Média Geométrica (MG) e 
Desvio Padrão Geométrico (DPG), conforme as equações 1 a 4;
• Calcular o percentil 95% (P95%) do Limite Superior de Tolerância (LSTP95%,95%,n) 
através das equações 7 e 8:
 P95% = MG × (DPG)1,645 (Eq. 7)
 LSTP95%, 95%, n = MG × (DPG)k (Eq. 8)
Sendo K = K(0,95,0,95,n), obtido na Figura 6, para uma proporção igual a 95% (P=0,95), 
um nível de confiança de 95% (γ = 0,95) e n resultados.
Figura 6 – Fatores K de tolerância para cálculo do LST(P95%,95%,n)
Fonte: BRASIL, 2018, apud BULLOCK & IGNACIO, 2006
19
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
• Calcular os índices de julgamento do Percentil 95% (IP95%) e do Limite Superior de 
Tolerância(ILST), através das equações 9 e 10:
95%
95%,95%
95%
,
,
P
CD TETO
P
LST
CD TETO
PI
VRAT VRAT ouVMP
LST
I
VRAT VRAT ouVMP
=
=
Sendo: VRATCD – valor de referência para ambientes de trabalho, curta duração; 
VRATTETO – valor de referência para ambientes de trabalho, valor teto e VMP -valor 
máximo permissível;
• Se IP95% ou ILST > 1,0, a situação é de não conformidade, pois não é possível garantir 
que 95% da distribuição das concentrações ou exposições estejam abaixo do limite, 
com 95% de confiança. É necessário rever a caracterização básica (tarefas executa-
das, procedimentos operacionais, fontes de emissões fugitivas, falhas ou vazamen-
tos nos equipamentos do processo etc.), adotar medidas de controle que eliminem 
ou reduzam as concentrações de modo a atingir a conformidade e reavaliar (n ≥ 6 
resultados). Por se tratar de exposições agudas, configura-se uma situação de risco 
grave e iminente à saúde;
• Se ILST ≤ 1,0, a situação é de conformidade, pois é possível garantir que 95% 
da distribuição das concentrações estão abaixo do limite, com 95% de confiança 
(BRASIL, 2018).
Para saber mais sobre o tratamento estatístico, estude o Apêndice I do Guia Técnico sobre
Estratégia de Amostragem da Fundacentro, páginas 92-98, disponível em: http://bit.ly/2wh019w
Periodicidade dos Monitoramentos –
Reavaliações
Na ausência de orientação específica na legislação, sugere-se que as condições de 
trabalho sejam reavaliadas conforme segue:
• IMV, ou IP95% ou ILST > 1,0: Situação de não conformidade. Deverá ser monitorada 
conforme necessidade para avaliação das medidas de controle adotadas;
• 0,50 < IMV, ou IP95% ou ILST ≤ 1,0: Após 4 meses;
• 0,25 < IMV, ou IP95% ou ILST ≤ 0,50: Após 8 meses;
• 0,10 < IMV, ou IP95% ou ILST ≤ 0,25: Após 12 meses;
• IMV, ou IP95% ou ILST ≤ 0,10: Após 24 meses (BRASIL, 2018).
20
21
Saiba mais sobre a exposição ocupacional a agentes químicos e a instrumentação para ava-
liação destes em: https://youtu.be/hnIjys-Cmxg
• Método de ensaio da coleta e análise de fibras na Norma de Higiene Ocupacional 04 – 
NHO 04, disponível em: http://bit.ly/2wi7lS0
• Procedimento técnico de coleta de materiais particulados sólidos suspensos na Norma de 
Higiene Ocupacional 08 – NHO 08, disponível em: http://bit.ly/2weEHkL
• Método de ensaio da análise gravimétrica de aerodispersoides sólidos na Norma de Hi-
giene Ocupacional 03 – NHO 03, disponível em: http://bit.ly/2weEXQL
21
UNIDADE 
Avaliação Quantitativa de Riscos Químicos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Instrumentação Agentes Químicos
https://youtu.be/hnIjys-Cmxg
 Leitura
Guia técnico sobre estratégia de amostragem e interpretação de resultados de avaliações 
quantitativas de agentes químicos em ambientes de trabalho
http://bit.ly/2wh019w
Norma de Higiene Ocupacional 03 – NHO 03
Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados Sobre 
Filtros e Membrana.
http://bit.ly/2weEXQL
Norma de Higiene Ocupacional 04 – NHO 04
Método de Ensaio: Método de Coleta e a Análise de Fibras em Locais de Trabalho.
http://bit.ly/2wi7lS0
Norma de Higiene Ocupacional 08 – NHO 08
Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho.
http://bit.ly/2weEHkL
NIOSH Manual de métodos analíticos – 4ª Edição
http://bit.ly/2JA0Pie
NIOSH 7602
http://bit.ly/2wh1QmS
SGS GROUP – Resumo dos métodos
http://bit.ly/2VVzOwi
22
23
Referências
BRASIL. Guia técnico sobre estratégia de amostragem e interpretação de resultados 
de avaliações quantitativas de agentes químicos em ambientes de trabalho. São 
Paulo: Fundacentro, 2018.
BRASIL. Leis e Decretos. Segurança e medicina do trabalho. 73.ed. São Paulo: 
Atlas, 2014.
BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J.; SPINELLI, R. Higiene ocupacional: agentes 
biológicos, químicos e físicos. 6.ed. São Paulo: Senac, 2011. 452 p.
EDITORA SABERES - Saúde e segurança do trabalho (livro eletrônico). São Paulo, 
2014. (e-book)
INSTRUTHERM. Bomba de amostragem BDX-II. Disponível em: <https://www.
instrutherm.net.br/seguranca-e-medicina-do-trabalho/bombas-de-amostragem-de-
gases-e-poeira/2000.html>. Acesso em: 16/12/2018.
JUNIOR, A. S. M. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier Campus, 2011.
NIOSH. Exposição profissional. Manual de estratégia de amostragem. Cincinnati: 
1977. Disponível em: <http://www.abho.org.br/wp-content/uploads/2015/02/
Manual_NIOSH_Estrategia_Amostragem.pdf>. Acesso em: 16/12/2018.
ROSSETE, C. A. – Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Person Education 
do Brasil, 2014. (e-book) 
SALIBA, T. M. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA: avaliação e controle 
dos riscos ambientais. 4. ed. São Paulo: LTr, 2018.
SGS GROUP. Resumo dos Métodos. 2016. Disponível em: <https://www.sgsgroup.
com.br/~/media/Local/Brazil/Documents/Technical%20Documents/Technical%20
Guidelines%20and%20Policies/SGSOIL4709SAMBRENVFD10042013VxxResumo
Met.pdf>. Acesso em: 16/12/2018.
STELLMAN, J. M.; DAUM, S. M. Trabalho e saúde na indústria: riscos físicos e quí-
micos e prevenção de acidentes. São Paulo: EPU, 1975.
23

Outros materiais