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Unidade 5 _ Riscos Quimicos UNICSUL

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Higiene do Trabalho 
Riscos Químicos
Exemplo de Avaliação de Agente Químico e Prevenção de Acidentes 
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Fernanda Anraki Vieira
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Exemplo de Avaliação de Agente Químico;
• Acidentes Químicos;
• Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação 
e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS).
Fonte: Getty Im
ages
Objetivos
• Demonstrar, através de um exemplo, como realizar a avaliação de um agente químico;
• Examinar a ocorrência de acidentes envolvendo produtos químicos, apresentando alguns 
meios de prevenção (sistema GHS e cuidados gerais na armazenagem e transporte de 
produtos químicos).
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
Contextualização
Para fixar o conteúdo exposto nas unidades anteriores, vamos estudar um exemplo 
de avaliação de um agente químico. Com relação aos acidentes de trabalho, examinare-
mos a ocorrência de acidentes envolvendo produtos químicos e apresentaremos alguns 
meios de prevenção.
Segundo a Previdência Social (2018), foram registrados 549.405 acidentes de traba-
lho em todo o Brasil no ano de 2017. O transporte rodoviário de cargas foi a atividade 
econômica que registrou o maior número de óbitos, com 252 casos; a construção de 
edifícios, por sua vez, apresentou maior número de casos de invalidez permanente, com 
364 registros.
A indústria química engloba muitos tipos de indústrias e, por isso, está entre as que 
mais registram acidentes e óbitos. Para o ano de 2014, segundo a Previdência Social 
(2015), ocorreram 35.487 acidentes. Os ramos químicos em que mais ocorreram aci-
dentes foram:
• plásticos: 10.935 acidentes e 19 óbitos;
• papel e celulose: 5.443 acidentes e 11 óbitos;
• borracha: 3.007 acidentes e 8 óbitos;
• químicos para fins industriais: 2.942 acidentes e 15 óbitos;
• vidro: 1.737 acidentes e 6 óbitos;
• farmacêutico: 1.646 acidentes e 7 óbitos;
• adubos e fertilizantes: 1.044 acidentes e 6 óbitos.
Sabendo que as substâncias químicas representam um grande perigo ao trabalhador 
e ao meio ambiente, é muito importante discorrer acerca das estratégias de prevenção 
de acidentes, seja nas atividades de transporte, armazenamento, produção industrial, ou 
qualquer outra em que estes perigos sejam reconhecidos.
6
7
Exemplo de Avaliação de Agente Químico
Agora que você já conhece a metodologia de avaliação de um agente químico, é hora 
de praticar através do estudo de um exemplo prático. Considere que a empresa em 
questão é uma marmoraria que executa o corte de rochas diversas.
Deseja-se avaliar se há exposição ocupacional a agentes químicos.
Reconhecimento ou caracterização básica
• Referentes ao local: local semiaberto, com área de 200m², pé direito de 5m com 
cobertura, iluminação natural e artificial e ventilação natural. A temperatura e umi-
dade relativa do ar são ambientes. Não há equipamentos de proteção coletiva e não 
existe interferência de áreas vizinhas;
• Referentes ao processo produtivo: o processo consiste no corte de rochas di-
versas com o uso de cortadeiras tipo serra. Na atividade de corte pode ocorrer 
exposição ocupacional à poeira através da projeção de partículas na direção do 
trabalhador devido alta rotação do disco de corte;
• Referentes aos trabalhadores e aos processos de trabalho:
 » Atuam 6 trabalhadores (GHE) na função de “Cortador”, em jornada de 44 horas 
semanais, sendo 08h00 x 17h00 de segunda a sexta-feira, com 01 hora de inter-
valo, e 08h00 x 12h00 aos sábados, sem intervalo;
 » As atividades de Cortador consistem em fazer o posicionamento da peça em 
bancada (altura da cintura) e, em seguida, seu corte. Estima-se que 30% do tem-
po seja gasto na movimentação das peças e 70% em seu corte. Durante o corte, 
observa-se proximidade do trabalhador em relação à peça, sendo possível visuali-
zar a projeção de partículas na altura das vias respiratórias e tronco dos trabalha-
dores. Não há dados indicativos de possíveis danos à saúde.
• Referentes a avaliações anteriores: não há resultados de medições realizadas 
anteriormente;
• Avaliação qualitativa e priorizações: não é possível realizar a avaliação qualitati-
va visto que o método é limitado a produtos químicos nas formas de líquidos ou pós;
• Estratégia de avaliação quantitativa:
 » Quantidade mínima de resultados: n = 6;
 » Amostra ou coleta pessoal de período completo realizada em trabalhadores e 
dias aleatórios.
• Equipamento de medição: Bomba de amostragem modelo Gillian BDX-II (calibra-
da há 2 meses) com ciclone separador de partículas para fração respirável;
• Metodologia analítica: Método NIOSH 7602 para análise de sílica cristalina. 
A bomba de amostragem foi ajustada com uma vazão de 1,7L/min;
• Interpretação de resultados e análise estatística:
 » Segundo o Anexo 12 da NR-15, o limite de tolerância para a sílica cristalina res-
pirável na forma de quartzo como poeira na fração respirável é (Equação 1):
7
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
8
2 2
LT 
%SiO
=
+
(Eq. 1)
 » Considerando que a análise do laboratório apontou uma porcentagem de 12% de 
quartzo, o limite de tolerância a ser considerado é LT = 0,57 mg/m³;
 » Os resultados obtidos estão relacionados na Tabela 1:
Tabela 1 – Resultados das amostras
Amostra 1 2 3 4 5 6
Resultado (mg/m³) 0,35 0,24 0,56 0,18 0,06 0,48
 » Análise preliminar dos dados:
 Nenhum resultado ultrapassou o limite de tolerância, assim, os dados deverão ser 
submetidos ao procedimento estatístico para serem validados;
 » Tratamento estatístico dos dados para jornada integral utilizando-se a Planilha 
IHStat-AIHA (Tabela 2):
Tabela 2– Interface da Planilha IHStat-AIHA
OEL Descriptive Statistics 
0,57 Number of samples (n) 6
Maximum (max) 0,56
Sample Data
(max n = 50)
No less-than (<)
or greater-than (>)
Minimum (min) 0,06
Range 0,5
Percent above OEL (%>OEL) 0,000
Mean 0,312 MA
0,35 Median 0,295
0,24 Standard deviation (s) 0,188 DP
0,56 Mean of logtransformed data (LN) -1,386 MAY
0,18 Std. deviation of logtransformed data (LN) 0,817 DPY
0,06 Geometric mean (GM) 0,250 MG
0,48 Geometric standard deviation (GSD) 2,263 DPG
 Test For Distribution Fit 
 W-test of logtransformed data (LN) 0,922
 Lognormal (a = 0.05)? Yes
 W-test of data 0,986
 Normal (a = 0.05)? Yes
 Lognormal Parametric Statistics
 Estimated Arithmetic Mean – MVUE 0,327
 LCL1,95% – Land’s “Exact” 0,196
 UCL1,95% – Land’s “Exact” 1,268 LSCLE
 95th Percentile 0,958
 UTL95%,95% 5,161
 Percent above OEL (%>OEL) 15,641 IMV
 LCL1,95% %>OEL 3,478
8
9
 Lognormal Parametric Statistics
 UCL1,95% %>OEL 44,877
 Normal Parametric Statistics 
 Mean 0,312
 LCL1,95% – t statistics 0,157
 UCL1,95% – t statistics 0,467
 95th Percentile – Z 0,621
 UTL95%,95% 1,01Percent above OEL (%>OEL) 8,504
Fonte: Adaptado de aiha.org
PlanilhaIHStat-AIHA– Disponível para download no seu ambiente virtual de aprendizagem.
Para usar a planilha, basta inserir o limite de tolerância no campo “OEL”, os dados em 
“ Sample Data” e fazer sua leitura. Os dados necessários estão assinalados em negrito na 
última coluna à direita. 
Da planilha, obteve-se os seguintes resultados:
• Média Aritmética (MA): 0,312;
• Desvio Padrão (DP) da Média Aritmética (MA): 0,188;
• Média dos logaritmos neperianos (MAY): -1,386;
• Desvio Padrão dos logaritmos neperianos (DPY): 0,817;
• Média Geométrica (MG): 0,250;
• Desvio Padrão Geométrico (DPG): 2,263;
• Limite Superior de Confiança Land’s Exato (LSCLE, 95%): 1,268;
• Índice de julgamento (IMV): 15,641.
Neste caso, IMV = 15,641> 1,0. Ou seja, a situação é de não conformidade (não 
é possível garantir que a média verdadeira dos dados observados esteja abaixo do 
VRATMPT, com 95% de confiança). Sendo assim, é necessário rever a caracterização 
básica (tarefas executadas, procedimentos operacionais, fontes de emissões fugitivas, 
falhas ou vazamentos nos equipamentos do processo etc.), adotar medidas de controle 
que eliminem ou reduzam as concentrações de modo a atingir a conformidade e reava-
liar (n ≥ 6 resultados).
• Periodicidade dos monitoramentos – reavaliações:
 » IMV, ou IP95% ou ILST> 1,0: Situação de não conformidade. Deverá ser mo-
nitorada conforme necessidade para avaliação das medidas de controle adotadas.
9
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
Acidentes Químicos
A ocorrência dos acidentes químicos está diretamente relacionada ao aumento da 
produção e consumo de substâncias químicas no mundo. Como consequência do au-
mento da produção, ocorre também o aumento de trabalhadores expostos aos perigos 
originados pelas substâncias químicas (FREITAS, C. M. et al, 1995).
Acidentes ampliados, tais como explosões, incêndios ou emissões acidentais, indivi-
dualmente ou combinados, envolvendo uma ou mais substâncias químicas, marcaram a 
história devido ao seu grande potencial de causar danos aos trabalhadores, à comunida-
de local e ao meio ambiente. A Tabela 3 apresenta uma síntese dos acidentes químicos 
ampliados em nível global desde o início do século XIX até o ano de 1984 (FREITAS, 
C. M. et al, 1995).
Saiba mais sobre acidentes químicos ampliados disponível em: http://bit.ly/2IbMCX0 
Não menos importantes, as atividades que podem ocasionar acidentes menores, 
que atingem a um ou poucos trabalhadores e não comprometem a comunidade lo-
cal ou o meio ambiente, também devem ser acompanhadas pelos profissionais de 
segurança. É comum o relato de acidentes envolvendo falta de conhecimento dos 
riscos oriundos da manipulação do agente químico, reação de substâncias químicas 
incompatíveis, armazenamento de agentes químicos em embalagens não identifica-
das, entre outras situações que podem ocasionar acidentes de trabalho (incluam-se 
as doenças ocupacionais).
Uma das etapas para a prevenção de acidentes envolvendo agentes químicos con-
templa a Norma Regulamentadora 26 (NR-26) que trata da Sinalização de Segurança. 
A NR-26 estabelece critérios para a classificação e rotulagem de produtos químicos em 
conformidade com o Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação e Rotula-
gem de Produtos Químicos (GHS) (BRASIL, 2014).
Tabela 3 – Acidentes químicos ampliados em nível global
com mais de 20 óbitos do início do século passado até 1984
Data País Tipo de Acidente Substância Mortes
1917 Escócia Explosão de navio Explosivos militares 1.800
1921 Alemanha Explosão em fábrica de Nitrato >500
1926 EUAEUA
Explosão em depósitode munições
Vazamento de tanques 
Trinitrotoluol
Cloro
21
40
1929 EUA Incêndio com gases tóxicos em Nitrogênio, monóxido e dióxido de carbono 119
1930 Bélgica Gases tóxicos na atmosfera Fluoreto de hidrogênio 92
1933 Alemanha Explosão em fundição Gás 65
1934 China Incêndio em gasômetro Gás 42
1935 Alemanha Explosão em fábricade explosivos Dinitrotoluol, Trinitrotoluol 82
1939 Romênia Vazamento em indústria química Cloro 60
1942 Bélgica Explosão Nitrato de amônia 60-80
10
11
Data País Tipo de Acidente Substância Mortes
1943 Alemanha Explosão de caminhão em indústria Butadieno 60-80
1944 EUA Explosão de nuvem de gás GLN 130
1947
França
EUA
Explosão de navio cargueiro
Explosão de navio
Nitrato de amônia
Nitrato
21
552
1948
Alemanha
Alemanha
Explosão de caminhão em indústria
Explosão em metalúrgica
Éter dimetílico
Poeira de carvão
209
50
1950 México Vazamento em fábrica Sulfeto de hidrogênio 22
1959 EUA Explosão de caminhão em rodovia Gás líquido de petróleo 26
1966 França Explosão em refinaria Propano e butano 21
1968
Alemanha
Japão
Explosão em indústria
Contaminação de água por
Cloreto
Cádmio
24
100
1970 Japão Explosão Gás 92
1972
EUA
Japão
Brasil
Explosão em coqueria
Vazamento de 6 indústrias
Explosão em refinaria
Propano
Desconhecido
Propano
21
76
38
1973 EUA Incêndio em GLP 40
1974 Inglaterra Vazamento seguido de explosão Ciclohexano 26
1976 Finlâdia Explosão Explosivos 43
1977
Coréia do Sul
Colômbia
Explosão de trem
Vazamento em indústria de 
Explosivos
Amônia, nitrato e carbamida
56
30
1978
Espanha
México
México
–
Acidente de transporte rodoviário
Explosão
Explosão de gasoduto
Explosão de um vagão tanque
Propileno
Butano
Gás
GLP
216
100
58
25
1979
URSS
Irlanda
Turquia
China
EUA
Acidente em fábrica
Explosão de tanque de óleo
Explosão de transporte marítimo
Naufrágio de um navio de
Explosão e incêndio em tanque
Produtos químicos
Óleo
Óleo
Óleo
Óleo cru
300
50
55
72
32
1980
Índia
Irã
Espanha
Tailândia
Explosão em 2 fábricas
Explosão em depósito de explosivos
Explosão
Explosão de armamentos
Explosivos
Nitroglicerina
Explosivos
Explosivos
40-80
80
51
54
1981
Venezuela
México
Explosão
Descarrilamento de trem
Hidrocarbureto
Cloro
145
28
1982
Canadá
EUA
Noruega
Espanha
Tailândia
Venezuela
Naufrágio em navio de óleo
Incêndio em navio de óleo
Naufrágio de navio de
Explosão
Explosão de munições
Explosão
Óleo
Óleo
Óleo
Explosivos
Explosivos
Hidrocarbonos
84
51
123
51
54
145
1983 Brasil Explosão de trem Diesel 45
1984
Brasil
Brasil
México
Índia
Paquistão
Romênia
Índia
Explosão de oleoduto
Explosão em plataforma de petróleo
Explosão de reservatório
Vazamento em indústria química
Explosão de gasoduto
Explosão em fábrica
Transporte rodoviário
Petróleo
Petróleo
Gás líquido
Metil-isocianato
Gás natural
-
Petróleo
508
40
550
>2.500
60
100
60
Fonte: FREITAS, C.M. et al (1995)
11
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
Sistema Globalmente Harmonizado 
para Classificação e Rotulagem 
de Produtos Químicos (GHS)
O Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos (GHSA) é um sistema de padronização que aborda a classificação de pro-
dutos químicos por tipos de perigos e propõe elementos de comunicação dos perigos 
harmonizados, incluindo rótulos e fichas de dados de seguranca. Os princípios do GHS 
foram publicados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em um manual chamado 
Purple Book (DEVINCENTIS, 2017).
A adesão dos países ao GHS é voluntária. O Brasil aplicou o GHS na norma ABNT NBR 
14725/2009, incluindo as partes 1 – Terminologia, 2 – Sistema de classificação de perigo, 
3 – Rotulagem e 4 – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). 
Ainda, através da Portaria MTE 229/2011, tornou obrigatório o uso do GHS na classifi-
cação e rotulagem de produtos químicos perigosos (DEVINCENTIS, 2017). Diz a NR-26:
26.2 Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com Dados de Se-
gurança de Produto Químico
26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser 
classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos tra-
balhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema 
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos (GHS), daOrganização das Nações Unidas.
...
26.2.2 A rotulagem preventiva do produto químico classificado como 
perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores deve utilizar proce-
dimentos definidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Clas-
sificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização 
das Nações Unidas.
26.2.2.1 A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com 
informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto 
químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que 
contém o produto.
26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares. (BRASIL, 2014)
Classificação de produtos químicos conforme o GHS
A classificação dos produtos químicos envolve a identificação do(s) perigo(s) da subs-
tância ou mistura. Uma categoria de perigo é estabelecida a partir de critérios previa-
mente definidos pelo sistema de classificação. Esta etapa envolve três estágios:
12
13
• identificar as informações relevantes sobre os perigos das substâncias ou misturas;
• revisar essas informações para verificar os perigos associados com a substância 
ou mistura;
• decidir se a substância ou mistura será classificada como uma substância ou mistura 
perigosa e o grau de perigo, através da comparação das informações obtidas com 
critérios de classificação de perigos aceitos (DEVINCENTIS, 2017).
Os produtos químicos são classificados quanto:
• Perigos físicos, conforme as classes e categorias da Figura 1;
Figura 1 – Critérios de perigos físicos segundo o GHS
Fonte: UNITED NATIONS, 2015
• Perigos à saúde humana, conforme as classes e categorias da Figura 2;
Figura 2 – Critérios de perigos à saúde humana segundo o GHS
Fonte: UNITED NATIONS, 2015
13
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
• Perigos ao meio ambiente, conforme as classes e categorias da Figura 3.
Figura 3 – Critérios de perigos ao meio ambiente segundo o GHS
Fonte: UNITED NATIONS, 2015
Após a classificação do produto químico, os perigos são comunicados aos públicos-
-alvo, geralmente através dos rótulos e as Fichas de Informações de Segurança de Pro-
dutos Químicos (FISPQ) (DEVINCENTIS, 2017).
Rotulagem de produtos químicos conforme o GHS
A rotulagem adequada da substância química permite que o público-alvo entenda 
facilmente os perigos aos quais estão expostos. O GHS utiliza pictogramas (Tabela 4), 
palavras de advertência (“Perigo” ou “Aviso”), frases de perigo e precaução (frases pa-
drão atribuídas a uma classe e categoria de perigo que descreva a natureza do perigo) 
para a identificação das classes de perigos dos agentes químicos (DEVINCENTIS, 2017).
Tabela 4 – Pictogramas e classes de perigo conforme GHS
Oxidantes Inflamáveis
Autorreativos
Pirofóricos
Autoaquecimento
Emite gás inflamável
Peróxidos orgânicos
Explosivos
Autorreativos
Peróxidos orgânicos
Toxicidade aguda (grave) Corrosivos Gases sob pressão
Carcinogênico
Sensibilizador respiratório
Toxicidade reprodutiva
Toxicidade de órgãos-alvo
Mutagenicidade
Toxicidade por aspiração
Toxicidade ambiental Irritante
Sensibilizador dérmico
Toxicidade aguda
Efeitos narcóticos
Irritação do trato respiratório
Fonte: Adaptado de UNITED NATIONS, 2015
14
15
Saiba mais sobre o sistema GHS e a classificação e rotulagem de produtos químicos.
Disponível em: http://bit.ly/2IcP8w0 
Armazenagem de produtos químicos
Qualquer local de armazenagem de produtos químicos deve seguir critérios rígidos 
para armazenamento, principalmente quando se tratam de agentes químicos perigosos 
(voláteis, tóxicos, corrosivos, inflamáveis, explosivos, peroxidáveis etc.) ou agentes quí-
micos em grandes quantidades (VERGA FILHO, 2009). Deve-se observar as exigências 
legais para cada produto armazenado.
A norma ABNT NBR 14725, parte 4, que trata da Ficha de Informações de Segu-
rança de Produtos Químicos (FISPQ), informa que a subseção 7 da FISPQ – manuseio 
e armazenamento, deve descrever medidas técnicas de armazenagem apropriadas e ina-
propriadas, sendo que as recomendações estabelecidas devem estar em acordo com as 
propriedades físicas e químicas do produto. Ainda, se pertinente, a FISPQ deve fornecer 
informações sobre:
• como evitar incompatibilidade, atmosferas explosivas, inflamabilidade, corrosivida-
de, evaporação e fontes de ignição;
• condições ambientais de armazenagem, tais como temperatura, pressão, umidade 
e exposição à luz solar;
• como manter a integridade da substância ou mistura pelo uso de estabilizadores 
e antioxidantes;
• exigências de ventilação;
• projetos específicos para os locais de armazenagem, por exemplo, instalação elétri-
ca, sistema de drenagem etc.;
• projetos específicos para recipientes de armazenagem;
• embalagens compatíveis;
• qualquer outra recomendação que se fizer necessária (ABNT,2009).
Também são boas práticas no armazenamento de produtos químicos:
• desenvolver procedimentos técnicos adequados para a armazenagem do produto 
químico em questão;
• treinar adequadamente os trabalhadores que terão acesso ao local para realização 
de atividades diárias;
• manter o ambiente limpo e organizado;
• garantir que os produtos químicos estejam armazenados em embalagens íntegras;
• não estocar produtos não identificados;
• estocar os líquidos mais perigosos próximos ao chão;
• manter o controle sobre os prazos de validade dos produtos;
15
UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
• descartar produtos químicos vencidos;
• não fumar no local de armazenagem;
• desenvolver procedimentos técnicos adequados para situações de emergência en-
volvendo produto químico em questão;
• treinar adequadamente os trabalhadores que realizarão atividades em caso 
de emergência.
Transporte de produtos perigosos
O Decreto n° 96.044/1988, que aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviá-
rio de Produtos Perigosos e dá outras providências, exige que:
• os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso portem 
rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com as NBR-7500 e 
NBR- 8286;
• os veículos utilizados no transporte de produto perigoso portem o conjunto de 
equipamentos para situações de emergência indicado por Norma Brasileira ou, na 
inexistência desta, o recomendado pelo fabricante do produto;
• não ocorra o transporte conjunto de produtos incompatíveis (produtos que, em con-
tato entre si, apresentem alterações das características físicas ou químicas originais 
de qualquer deles, gerando risco de provocar explosão, desprendimento de chama 
ou calor, formação de compostos, misturas, vapores ou gases perigosos);
• os veículos portem Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos 
pelo expedidor, de acordo com as NBR-7503, NBR-7504 e NBR-8285, preen-
chidas conforme instruções fornecidas pelo fabricante ou importador do produto 
transportado, contendo:
 » a) orientação do fabricante do produto quanto ao que deve ser feito e como fazer 
em caso de emergência, acidente ou avaria; e
 » b) telefone de emergência da corporação de bombeiros e dos órgãos de poli-
ciamento do trânsito, da defesa civil e do meio ambiente ao longo do itinerário 
(BRASIL, 1988).
Já a Resolução n° 420/2004 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) 
aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Pro-
dutos Perigosos, prevendo critérios de classificação, bem como informações sobre os 
produtos e especificações de embalagens (BRASIL, 2004).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece as Normas Brasileiras 
(NBR) com as diretrizes e normatizações para as atividades de transporte, dentre elas:
• NBR 7500: Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e 
armazenamento de produtos;
• NBR 7501: Transporte de produtos perigosos – Terminologia;• NBR 7503: Fichas de emergência e envelope para transporte terrestre de produtos 
perigosos, características, dimensões e preenchimento;
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• NBR 9735: Conjunto de equipamentos para emergência no transporte terrestre 
de produtos perigosos;
• NBR 14619: Incompatibilidade química.
A Figura 4 mostra os pictogramas utilizados na identificação de substâncias perigosas 
no transporte terrestre conforme a ABNT 7500. A Tabela 5 mostra os pictogramas para 
transporte em conformidade com o GHS.
Saiba mais sobre o sistema GHS e a legislação brasileira de transporte terrestre de produtos 
perigosos disponível em: http://bit.ly/2IdswvB 
Figura 4 – Pictogramas para transporte conforme ABNT 7500
Fonte: BRASIL, 2003
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UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
Tabela 5 – Pictogramas para transporte conforme GHS
Líquido inflamável
Gás inflamável
Aerossol inflamável
Sólido inflamável
Substâncias autorreativas
Pirofóricos
(espontaneamente combustíveis)
Substâncias autoaquecidas
Substâncias que em contato com a 
água emitem gases inflamáveis 
(perigoso quando molhado)
Gases oxidantes
Líquidos oxidantes
Sólidos oxidantes
Explosivo
Divisões 1.1, 1.2, 1.3
Divisão explosiva 1.4 Divisão explosiva 1.5 Divisão explosiva 1.6
Gases comprimidos Toxicidade aguda (veneno): oral, 
dérmica, inalação
Corrosivo
Poluente marinho Peróxidos orgânicos
Fonte: Adaptado de UNITED NATIONS, 2015
Quanto ao transporte de produtos perigosos em malha ferroviária, aérea ou maríti-
ma, as legislações específicas devem ser observadas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
PlanilhaIHStat-AIHA
Disponível para download no seu ambiente virtual de aprendizagem.
Acidentes químicos ampliados: um desafio para a saúde pública
http://bit.ly/2IbMCX0
Aplicação do sistema globalmente harmonizado de classificação e rotulagem de produtos quí-
micos (GHS): análise do conteúdo de fichas de dados de segurança para substâncias produzidas 
em larga escala
http://bit.ly/2IcP8w0
O sistema globalmente harmonizado de classificação e rotulagem de substâncias químicas – 
GHS e a legislação brasileira de transporte terrestre de produtos perigosos
http://bit.ly/2IdswvB
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UNIDADE 
Exemplo de Avaliação de Agente Químico 
e Prevenção de Acidentes
Referências
ABNT. NBR 14725-4 Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde 
e meio ambiente. Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos químicos 
(FISPQ). Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
AIHA. Planilha IHStat-AIHA. Disponível em: <https://www.aiha.org/get-involved/ 
VolunteerGroups/Documents/EXPASSVG-IHSTATmacrofree.xls>. Acesso em: 18/12/2018.
BRASIL. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para 
o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. Acesso em: 
18/12/2018.
BRASIL. Leis e Decretos. Segurança e medicina do trabalho. 73.ed. São Paulo: Atlas, 2014.
BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 420, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2004. Aprova as Ins-
truções Complementares aoRegulamento do Transporte Terrestre deProdutosPerigo-
sos. (*). Disponível em: <http://www.sbpc.org.br/upload/conteudo/320110405154556.
pdf>. Acesso em: 18/12/2018.
BREVIGLIERO, E.; POSSEBON, J.; SPINELLI, R. Higiene ocupacional: agentes bio-
lógicos, químicos e físicos. 6.ed. São Paulo: Senac, 2011. 452 p.
DEVINCENTIS, C. H. B. Aplicação do sistema globalmente harmonizado de clas-
sificação e rotulagem de produtos químicos (GHS): análise do conteúdo de fichas 
de dados de segurança para substâncias produzidas em larga escala. São Paulo, 2017.
Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/acervodi-
gital/detalhe/2017/7/aplicacao-do-sistema-globalmente-harmonizado-de-classificacao-
-e-rotulagem-de-produtos>. Acesso em: 18/12/2018.
EDITORA SABERES. Saúde e segurança do trabalho (livro eletrônico). São Paulo, 
2014. (e-book)
FREITAS, C. M., PORTE, M. F., GOMEZ, C. M. Acidentes químicos ampliados: um 
desafio para a saúde pública. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v29n6/
12.pdf>. Acesso em: 18/12/2018.
MELO JUNIOR, A. da S. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier 
Campus, 2011.
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 harmonized system of classification and labeling of chemicals (GHS). Produced 
by United Nations. Disponível em: <https://www.osha.gov/dsg/hazcom/ghsguideoct05 .
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ROSSETO, C. A. Segurança e Higiene do Trabalho / Celso Augusto Rossete, orga-
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dos riscos ambientais. 4. ed. São Paulo: LTr, 2018.
STELLMAN, J. M.; DAUM, S. M. Trabalho e saúde na indústria: riscos físicos e quí-
micos e prevenção de acidentes. São Paulo: EPU, 1975.
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of Chemicals (GHS). 6th ed. Rev. New York/ Geneva: United Nations, 2015. 527 p. 
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2009. Disponível em: <https://www.crq4.org.br/sms/files/file/mini_seg_lab_2009.
pdf>. Acesso em: 18/12/2018.
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