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Sindromes Crigler-Najjar, Gilbert, Dubin-Johnson e Rotor

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC - MEDICINA 1º PERÍODO 
TIC’S: TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 
MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE 
 
SEMANA 16 
Quais são as diferenças entre as Síndromes: Crigler-Najjar, Gilbert, Dubin-
Johnson e Rotor? 
 
As síndromes de Gilbert, Crigler-Najjar, Dubin-Johnson e Rotor são quatro doenças que 
ocorrem por uma alteração do fígado de origem genética, interferindo no metabolismo 
normal das bilirrubinas e levando ao surgimento da icterícia. 
 
 Síndrome de Gilbert 
A síndrome de Gilbert, também chamada de disfunção hepática constitucional, é uma 
doença genética que acomete cerca de 5 a 10% da população mundial. A síndrome de é 
Gilbert uma doença benigna que não causa maiores problemas de saúde. Ela é causada 
por um defeito em um gene chamado UGT1A, responsável pela produção da enzima 
glucoronil transferase, que por sua vez é responsável pela transformação da bilirrubina 
indireta em direta. Na síndrome de Gilbert, esta enzima apresenta uma redução na sua 
atividade em até 80%, acarretando em um acúmulo de bilirrubina indireta no sangue. Para 
se ter a síndrome de Gilbert é preciso receber uma cópia defeituosa do gene UGT1A tanto 
da mãe quanto do pai. Quem recebe uma cópia defeituosa e outra normal, costuma 
apresentar apenas uma discreta alteração das bilirrubinas e não desenvolve a síndrome 
completamente. Cerca de 30% da população carrega apenas um gene UGT1A defeituoso 
e, na maioria das vezes, nem sequer desconfia deste fato. 
 
 Síndrome de Crigler-Najjar 
A síndrome de Crigler-Najjar é outra doença genética causada por defeitos no 
metabolismo das bilirrubinas, ao contrário da síndrome de Gilbert que é benigna e 
relativamente comum, a Crigler-Najjar é muito rara pode levar a complicações sérias. 
Estima-se que ocorra em 1 a cada 1 milhão de nascimentos. O mecanismo é semelhante 
ao Gilbert, devido a um defeito na produção da enzima glucoronil transferase, porém, na 
Crigler-Najjar a sua deficiência é muito mais grave. Na síndrome de Crigler-Najjar tipo 
1 há praticamente 0% de glucoronil transferase funcionante, enquanto que na síndrome 
de Crigler-Najjar tipo 2, a sua função é de apenas 10%. 
 
 Síndrome de Dubin-Johnson 
A síndrome de Dubin-Johnson também é uma doença genética que cursa com aumento 
das bilirrubinas e icterícia sem outras alterações nas análises do fígado. Porém, ao 
contrário das síndromes de Gilbert e Crigler-Najjar, neste caso a bilirrubina que se 
acumula é direta (conjugada). Na síndrome de Dubin-Johnson o fígado consegue 
conjugar normalmente a bilirrubina indireta em direta, porém, ele é incapaz de secretá-la 
através da bile para ser eliminada nas fezes. A síndrome de Dubin-Johnson também é 
benigna e os níveis de bilirrubinas costumam ser baixos. Não há tratamento específico e 
o fenobarbital pode ser usado em casos de icterícia mais clinicamente visível. 
 
 Síndrome de Rotor 
A síndrome de Rotor é uma doença rara, relativamente benigna, na qual há um distúrbio 
metabólico que provoca a elevação dos níveis de bilirrubina direta no 
sangue. Habitualmente é diagnosticada em crianças e adolescentes, mas é frequentemente 
notada icterícia ligeira desde o nascimento. Os principais sintomas consistem em icterícia 
ligeira a moderada recorrente sem prurido. Podem ocorrer ataques de dor abdominal e 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC - MEDICINA 1º PERÍODO 
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MARIA FERNANDA SANTOS ANDRADE 
febre baixa, mas são raros. A bilirrubina sérica total (principalmente na forma conjugada: 
50-80%) está elevada, normalmente entre 2 e 5 mg/dl. Os testes hematológicos (incluindo 
as quantificações das atividades das enzimas hepáticas) e a histologia hepática estão 
normais. Contudo, as concentrações absolutas e relativas da coproporfirina I urinária 
estão elevadas. A hemólise não é uma característica da síndrome; contudo, foi descrita a 
co-hereditariedade de patologias hemolíticas, como a deficiência da G-6-PD e beta 
thalassemia. A RT parece ser transmitida de forma autossómica recessiva, com os pais e 
os irmãos dos indivíduos afetados mostrando um padrão de excreção de coproporfirina 
urinária que é intermédio entre os doentes da RT e os controlos. 
 
Referências: 
 BISHOP, M.L.; FODY, E.P.; SCHOEFF, L.E. Química Clínica: Princípios, 
Procedimentos, Correlações. Editora Manole, 2010. 
 Orphanet - portal de doenças raras 
https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/OC_Exp.php?lng=PT&Expert=3111

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