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Maria Accioly – Odontologia CESMAC 2022.1 “Se uma criança experimentar dor durante qualquer procedimento, seu futuro como paciente odontológico será prejudicado”. MCDONALD&AVERY, 2001. 1. Indicações para Anestesia Local em Odontopediatria • Qualquer procedimento que provoque dor. (O limiar à dor é menor em crianças e adolescentes); • Bebês geralmente não apresentam contraindicações ao uso de anestésicos locais. 2. Contraindicações para Anestesia Local em Odontopediatria • Pacientes alérgicos; • Cirurgias maiores. (devem ser encaminhados para centros cirúrgicos). 3. Anestésico Local *Classificação: Éster (Cocaína e Procaína) Importante: Reações alérgicas Efeito colateral: Vasodilatação (associada ao vaso constrictores). *Classificação: Amida Mais estável; Menos hipersensibilidade. Exemplos: a. Lidocaína; b. prilocaína; c. mepivacaína; d. bupivacaína. a. Lidocaína: Boa capacidade de penetração; efetividade clínica. b. Prilocaína (Citanest): Absorção lenta; menos dependente de vasoconstrictores; efetividade clínica; rapidamente degradada pelo fígado. 4. Mecanismo de Ação Base Fraca + Ácido Forte = Sal Sal – Estável e Hidrossolúvel Difusão Tecidual • Dissociam em pH>7 (alcalino) Inflamação (pH ácido): dificulta a dissociação do sal anestésico e evita a liberação da base alcalina e penetração na fibra – Técnica distante. 5. Toxidade Anestésica *Fatores: a. Saúde geral do paciente; b. Rapidez da injeção; c. Via de administração (intravenosa) – aspiração; d. Vascularização da área; e. Condição emocional; f. Quantidade de droga. 6. Dose pediátrica MÁXIMA por consulta por criança *Fórmula de Young (1 – 12 anos) Dose Ped. = Idade (anos) x dose do adulto Idade + 12 • Dose máxima do adulto: Citanest 3% 5.5 tubetes Lidocaína 2% 8,3 tubetes Alguns cuidados: a. Reduzir a 1/3 da dose em pacientes debilitados; b. Vaso (reduz absorção); Anestesia Local em Odontopediatria ODONTOLOGIA INFANTIL I – Prof. Patrícia Mendes Maria Accioly – Odontologia CESMAC 2022.1 c. Aspirar antes de injetar; d. Injetar lentamente. 7. Vasoconstrictores Menor absorção dos anestésicos; Menor toxicidade; Menor volume necessário; Maior duração; Maior eficácia. i. Adrenalina: + Potente e -Tóxica ii. Noradrenalina: - Potente. 8. Aspectos Psicológicos a. Anamnese; b. Procedimentos mais simples; c. Não desconsiderar o paciente; d. Atento aos sinais (verbais ou não); e. Explicar sequências e sensações; f. Cuidado com os termos; g. Sempre repetir o que vai fazer; h. Não ficar em silêncio; i. Adolescentes: podemos consultá-los. j. Não deixar seringa/agulha/etc. no campo de visão dos pacientes. Crianças com experiência negativa: • Colher todos os dados; • Primeiro contato agradável; • “perder tempo”; • Pode fazer comparações (éticas). 9. Técnicas Anestésicas em Odontopediatria • Osso + poroso e – calcificado; • De 3’ a 5 minutos antes do procedimento. A. Anestesia Tópica • Agente ativo concentrado; • Reduz ou suprime a dor da puntura; • Indicada antes de toda anestesia em mucosa; • Ação farmacológica e psicológica; • PRÉ anestésico; • Cuidado: remoção de decíduos (em alguns casos, só necessitará do anestésico tópico). • Contraindicada: lesões. Evitar aplicar: bolinha de algodão na ponta do dedo; gaze ou rolinho de algodão e/ou cabo de pinça. Instruções de Utilização: ➔ Secar área de aplicação (saliva dilui e isola); ➔ Pequena quantidade (cotonete/algodão em pinça); ➔ Área limitada; ➔ Aguardar 2 a 3 minutos; ➔ Sugador (sensação assusta). Desvantagens: Sabor desagradável; tempo adicional. Apresentação comercial: Solução, gel, creme* e spray (cuidado: 10% área). *Creme à base de Lidocaína 5% ou Prilocaína 5%. *Emla: Lidocaína 2,5% + Prilocaína 2,5%. B. Anestesia Infiltrativa Indicação: Decíduos e permanentes superiores e ântero-inferiores; Molar decíduo de criança que ainda não tenha 1º molar permanente em boca. • Técnica: • Estira o lábio; • Agulha no fundo do vestíbulo; • Insere e aprofunda delicadamente. *Cuidado com periósteo e bisel; *Agulha extra curta (10mm) C. Anestesia Pterigomandibular Indicação: decíduos e permanentes; Maria Accioly – Odontologia CESMAC 2022.1 Técnica: Parecida com a do adulto, mas com adaptações. • Seringa para baixo, pois espinha de Spix na criança encontra-se abaixo. • Criança: Agulha curta (20mm) • Adolescentes: Agulha longa (32mm) Alveolar inferior; Lingual. D. Anestesia por Bloqueio Regional Superior Bloqueio do nervo alveolar superior; 2º Molar decíduo; 1º Molar permanente. E. Anestesia Interpapilar/transpapilar Não deve ser realizada sem anestesia infiltrativa ou supraperióstea previamente; (risco do paciente sentir dor). É uma técnica complementar da anestesia local infiltrativa ou troncular, podendo ser utilizada em dentes anteriores ou posteriores, idealmente com agulha extra curta. *Indicações: Procedimentos restauradores menos invasivos; Colocação de grampos no isolamento; Exodontias de dentes decíduos com grau de rizólise avançado. *A técnica consiste em realizar a inserção da agulha na papila vestibular nas regiões mesial e distal, mantendo a agulha em 90º com a papila, onde deve ser feita a penetração da agulha em direção à região da papila palatina ou lingual, ao mesmo tempo em que é injetada lentamente a solução anestésica. Com algumas gotas da solução anestésica na mucosa ocorrerá a isquemia no local. Quando constatada a isquemia da papila palatina, complementa-se a anestesia neste local, para que a mucosa palatina/lingual fique efetivamente anestesiada. 10. Acidentes relacionados à Anestesia • Úlceras Traumáticas: Mais comum em Odontopediatria; *Lábio inferior e bochecha; *Alertar pais e crianças; *Não mastigar e não comer quente. *Orientar os pais – vigiar criança cuidadosamente; - Mordiscamento voluntário ou involuntário. • Infecção: Agulha em lugar inflamado; Excesso de anestésico (isquemia). • Hematoma: Extravasamento de sangue. • Paralisia temporária: Ptose labial, paralisia hemi-face. 11. Acidentes relacionados à Odontopediatria Injeção Intravascular: Aspiração; Fratura de Agulha: *Não forçar sob obstáculo; *Não esterilizar; *Não inserir total; *Não surpreender paciente. Em Odontopediatria devemos estar atentos aos movimentos bruscos, principalmente na punção inicial, durante a injeção do líquido ou se tocar o periósteo. O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 1 Jo 5:4
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