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04 - Asma brônquica

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Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
DEFINIÇÃO 
A asma é uma doença heterogênea e geralmente se 
caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, 
sendo definida pela história de sintomas respiratórios 
(ex. sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse), que 
variam em tempo e intensidade, e podem vir junto a 
limitações variável ao fluxo expiratório de ar 
Pontos chaves 
• Doença heterogênea (várias apresentações e 
processos de fisiopatologia que dependem do 
nível de inflamação) 
• Inflamação crônica das vias aéreas (genético) 
• História de sintomas respiratórios 
• Variação no tempo e na intensidade 
• Limitação variável ao fluxo expiratório 
Inflamação crônica das vias aéreas 
Ao inalar um alérgeno (asma clássica), ele é fagocitado 
por APCs (ex. macrófago, célula dendrítica), que 
reconhecem uma proteína estranha, sinalizam TCD4 a 
induzirem uma resposta TH2 (humoral) e então esses 
dois tipos de células começam a produzir citocinas (IL-
4, IL-5, IL-13), cujo papel é recrutar mastócitos (via 
plasmócitos que secretam IgE), que produzem 
leucotrienos, histamina e PGE-D2, e eosinófilos, que 
produzem citocinas e leucotrienos, além de alguns 
neutrófilos, para desencadear uma inflamação que 
acaba destruindo epitélio respiratório, além de 
aumentar produção de muco (hiperplasia de glândulas 
submucosas) e fazer vasodilatação (perda de líquido e 
edema), resultando em obstrução brônquica por 
secreção e edema, que dificultam a passagem de ar e 
desencadeia os sintomas típicos 
• A expressão de inflamação com eosinófilos na 
asma pode resolvida com corticoide (pessoas 
se tornam assintomáticas) 
o Na DPOC, o predomínio de neutrófilos faz 
com que o corticoide não atue tão bem 
 
*Vê-se, na 1ª imagem da biópsia de via aérea, a camada epitelial 
desordenada pela inflamação (sem cílios, glândulas submucosas 
inflamadas por processo intenso na camada subepitelial, que 
acomete vasos e musculo liso) e, já na 2ª imagem, com tratamento 
feito por 3 meses, o epitélio respiratório se recupera 
Inervações 
Há dois tipos de inervação na via aérea, que atuam na 
musculatura lisa do brônquio, cuja contração provoca 
o broncoespasmo (diminui tamanho do brônquio, 
levando à sintomas como dificuldade de respirar) 
• Beta-adrenérgica: Faz conexão do epitélio 
respiratório com o musculo liso do brônquio 
o Ao bloquear o receptor beta-adrenérgico, 
produz-se broncoespasmo 
• Colinérgica: Produz acetilcolina, mas também 
inerva o músculo liso 
o Ao estimular essa inervação, produz-se 
mais acetilcolina, que age nos receptores 
muscarínicos e causa broncoespasmo 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico é clínico, uma vez que a asma é definida 
pela história dos sintomas, que abrangem tosse seca, 
sibilância, dispneia e aperto no peito ou desconforto 
torácico à noite ou nas primeiras horas da manhã 
Perguntas a serem realizadas 
• Você tem ataques ou episódios recorrentes de 
sibilância? 
• Você tem tosse persistente, particularmente à 
noite ou ao acordar? 
• Você acorda por tosse ou falta de ar? 
• Você tem tosse, aperto no peito ou sibilância 
após atividade física? 
• Você tem tosse aperto no peito, chiado após 
contato com mofo, poeira, animais ou 
irritantes (ex. cigarro)? 
• Você usa algum remédio quando os sintomas 
ocorrem? 
Avaliação funcional 
Ratifica diagnóstico e tratamento, mensurando a grau 
de gravidade (não é preciso no diagnóstico de asma) 
• Espirometria (avalia ventilação pulmonar para 
saber se houve melhora após o tratamento) 
• Teste de broncoprovocação (queda de 20% no 
VEF1 após inalação) 
• Pico de fluxo seriado (“radar” de velocidade 
do sopro de ar – reduzido na asma) 
o Variabilidade menor que 20% nos adultos 
e 30% nas crianças 
• Teste de exercício (menos de 10% de suspeita 
e menos de 15% de diagnóstico de asma) 
• Teste de hipersensibilidade imediata (positivo 
se surgir eritema/pápula maior que 3mm após 
10 a 15 minutos de aplicação) 
o Correspondência com a clínica, mas 20% 
positivo em pessoas sem sintomas 
• Outros exames 
o Hemograma (eosinófilos) 
o Dosagem do IgE sérica (alérgenos 
específicos): RAST 
o Lavado nasal 
Diagnóstico diferencial 
• Doenças obstrutivas pulmonares (obstrução 
das vias aéreas centrais, DPOC, bronquiolites, 
fibrose cística e bronquiectasia) 
• Rinites, sinusites e DRGE (broncoaspiração 
com ácido em via aérea provocando espasmo) 
• ICC aguda (edema de via aérea por aumento 
da pressão hidrostática e não por inflamação) 
• Embolia pulmonar 
• Discinesia de laringe 
• Síndrome de hiperventilação, IECA, etc 
AVALIAÇÃO DA ASMA 
 
Asthma Control Test (ACT) 
O escore do questionário é calculado a partir da soma 
dos valores de cada questão (1 a 5 pontos), sendo que 
as respostas indicativas de maior controle devem 
receber maior pontuação (asma controlada > 20) 
• O escore varia entre 5 a 25 pontos e, quanto 
maior o escore, mais controlada é a asma 
Se o estímulo (alérgeno) ao processo inflamatório 
for constante, o consequente broncoespasmo 
(contração) leva à hipertrofia da musculatura do 
brônquio, que o torna capaz de realizar contrações 
cada vez mais fortes, até que um broncoespasmo 
muito forte leva o paciente ao óbito 
 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
TRATAMENTO DA ASMA 
Avaliação o controle da asma, ajustam a terapia em 
geralmente 3 meses e revisam 
Objetivos 
• Controlar os sintomas 
• Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo 
• Permitir atividades normais (trabalho, escola 
e lazer) 
• Manter a melhor função pulmonar possível 
• Evitar crises, idas a serviços de emergências e 
hospitalizações 
• Reduzir a necessidade do uso de 
broncodilatador para alívio 
• Minimizar efeitos adversos dos 
medicamentos 
• Melhorar a qualidade de vida 
• Reduzir o risco de morte 
GINA 2020 
O controle alternativo funciona melhor no SUS, visto 
que o paciente consegue adquirir gratuitamente ICS e 
SABA (não consegue LABA) 
• STEP 1: Sintomas menos que 2x/mês 
o Preferência: ICS-LABA 
o Alternativo: ICS com SABA se preciso 
• STEP 2: Sintomas mais que 2x/mês e menos 
que 4-5 dias/semana 
o Preferência: ICS-formoterol 
o Alternativo: ICS contínuo 
• STEP 3: Sintomas na maioria dos dias (acorda 
com asma pelo menos 1x/semana) 
o Preferência: ICS-formoterol contínuo 
o Alternativo: ICS-LABA contínuo 
• STEP 4: Sintomas diários (acorda com asmas 
mais de 1x/semana) e espirometria anormal 
o Preferência: Dose média de IC-formoterol 
o Alternativo: Dose média de IC-LABA 
• STEP 5: Se ainda apresentar piora, exceções 
são usadas (LAMA, anticorpo monoclonal) e 
aumenta-se as medidas de IC para dose alta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A medicação de alívio, na via preferencial, é ICS-
formoterol, enquanto na via alternativa, é SABA 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC

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