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05 - Espirometria

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Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
N O Ç Õ E S 
VOLUMES E CAPACIDADE DO PULMÃO 
A espirometria mede o funcionamento, ou seja, a 
ventilação dos pulmões e, por isso, o ar precisa sair da 
boca, passar por um tubo e chegar ao computador 
para ser avaliado 
• Capacidade pulmonar total (CPT): Quantidade 
de ar que cabe no pulmão, incluindo traqueia, 
brônquios e o próprio tecido pulmonar, se o 
indivíduo inspirar completamente (soma de 
VR, VC, VRI e VRE ou apenas VR e CV) 
o Volume residual (VR): Ar restante de uma 
expiração até o máximo, que fica em 
alvéolos, traqueia, brônquios (o pulmão 
não murcha 100% e esse é o ar que nunca 
é expirado para o ambiente) 
o Capacidade vital (CV): Ar que consegue 
entrar e sair do pulmão na respiração, 
isto é, após uma inspiração completa e 
durante uma expiração até o final (é o 
que se mede na espirometria – o início da 
CV é o termino da inspiração completa) 
→ Volume corrente (VC): Ar inspirado 
e expirado normalmente 
→ Volume de reserva inspiratório 
(VRI): Ar inspirado forçadamente 
→ Volume de reserva inspiratório 
(VRE): Ar expirado forçadamente 
Indicações de espirometria 
• Presença de sintomas respiratórios 
• Paciente assintomático com risco de vir a ter 
problemas pulmonares (ex. fumante, trabalho 
inóspito – pedreira) 
o Cirurgia do abdome exige espirometria 
para checar se, durante a anestesia geral, 
haverá algum problema (se o respirador 
precisa de uma programação especial) 
Curva volume-tempo 
Na espirometria, o início da CV é o marco zero (basal) 
e, com o pulmão cheio de ar da inspiração forçada, 
põe-se a boca no tubo e começa a expirar até o seu 
máximo, formando um gráfico, cuja amplitude marca 
a CV forçada, pois foi um sopro forçado 
• Na espirometria, o gráfico é “deitado”, pois a 
altura se dá pelo volume de ar que sai dos 
pulmões 
o Inspiração a baixo e a expiração a cima 
• A partir, mais ou menos, do 6º segundo a linha 
se estabiliza, o que indica que o tempo está 
passando, mas não está tendo saída de ar 
o Critério de qualidade: Expiração durando 
pelo menos 6 segundos 
• VEF1: Volume expiratório forçado, isto é, ar 
que saiu forçadamente do pulmão no 1º 
segundo 
Curva fluxo-volume 
Gráfico de velocidade do fluido pela quantidade de ar 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
• Critério de qualidade: No início da expiração, 
a velocidade sobe rapidamente (pico) e, com 
o tempo, a velocidade do fluxo vai caindo a 0 
CURVAS PATOLÓGICAS NA ESPIROMETRIA 
Só se pode avaliar a espirometria se as curvas forem 
bem feitas, isto é, seguirem os critérios de qualidade 
Curva fluxo-volume alterada 
O pontilhado é o resultado esperado, isto é, normal 
Tosse 
O resultado do exame é interrompido e, por isso, não 
se avalia os números dessa espirometria 
 
 
 
 
*Vê-se que, a tosse faz 
com que o fluxo cresça, 
mas seja interrompido 
Início lento 
A velocidade de saída do ar, no início, é muito baixa e, 
por isso, não se pode avaliar o exame pois um 
parâmetro importante é saber quanto ar saiu no 1º 
segundo 
 
 
 
*Vê-se que o sopro foi 
começado bem 
devagar e só teve sua 
velocidade aumentada 
no meio da expiração 
Sem pico do fluxo 
Quando o paciente não faz pico de velocidade (fluxo), 
forma-se uma curva lentificada, que prejudica a saída 
de ar mais precoce (VEF1), reduzindo-o falsamente, e, 
por isso, a curva não pode ser avaliada 
 
 
 
*Vê-se o sopro feito 
pelo paciente não exige 
contração “forte”, ou 
seja, não entendeu o 
exame 
Término precoce da expiração 
Exame voluntário, no qual o sopro não se estende até 
o final e então o fluxo deixa de ser gradual, porque o 
paciente interrompe o exame precocemente e então 
o resultado não pode ser avaliado (CVF falsamente 
reduzido) 
 
 
 
*Vê-se a expiração, mas 
abruptamente a 
velocidade cai para 0 
(ex. língua no tubo) 
INTERPRETAÇÃO DE ESPIROMETRIA 
Inicialmente, é preciso que as curvas de fluxo-volume 
estejam bem feitas para que possa avaliar o resultado 
• Avaliação do CVF: Normal se for maior ou igual 
a 80% do resultado previsto 
• Avaliação do VEF1/CVF: Normal se for maior 
ou igual a 80% do resultado previsto 
Exemplo normal 
A curva de fluxo-volume mostra o pico de fluxo 
expiratório marcou 8L/s, que seria a velocidade 
prevista para o paciente, e vê-se também que a 
expiração tem duração maior que 6 segundos na curva 
de volume-tempo 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
*As curvas foram bem feitas e comparam a espirometria antes e 
depois do uso de broncodilatador, tendo linhas pretas para indicar 
a normalidade do pico do fluxo expiratório (PEF) e da CVF 
Quanto aos números, vê-se os 3 primeiros parâmetros 
(CVF, VEF1 e VEF1/CVF), sendo indicados em negrito 
pelo resultado do paciente enquanto o “Normal 
Range” indica o intervalo da normalidade o “Pred” diz 
o esperado para o tipo de paciente, considerando 
altura, sexo e idade (indica tamanho do pulmão) 
*Nesse caso, a fração VEF1/CVF indica que o paciente expirou 
83,3% do ar da CV no 1º segundo 
Obstrução brônquica 
Nesse caso, a CVF está normal (≥ 80% do previsto), 
mas o VEF1/CVF está reduzido (< 80% do previsto), 
indicando uma espirometria com padrão obstrutivo 
• Causas comuns: Bronquiectasia, bronquiolite, 
DPOC e asma (espirometria normal é comum 
– asma controlada) 
• Grau de obstrução 
o Leve: VEF1 de 60% até o normal (Linf)% 
o Moderado: VEF1 entre 41 e 59% 
o Grave: VEF1 ≤ 40% 
• Resposta positiva ao broncodilatador 
o CVF: Variação absoluta (L) ≥ 0,35 
o VEF1: Variação absoluta (L) ≥ 0,2 e 
variação percentual > 12% 
Exemplo 
O gráfico de fluxo-volume está bem feito, mas, após o 
pico de fluxo expiratório, a curva faz concavidade para 
dentro, e o gráfico de volume-tempo também está 
bem feito, durando mais do que 6 segundos, apesar de 
que a linha, que deveria se estabilizar, continua 
crescente 
• Curva de fluxo-volume: A concavidade para 
baixo indica queda de velocidade 
o À medida que o ar é expirado, o paciente 
tem dificuldade devido a uma obstrução 
brônquica (natureza variável) 
• Curva de volume-tempo 
 
A CVF encontra-se normal, mas a relação VEF1/CVF 
está reduzida (57/80,8 = 71%) 
• O VEF1 é igual a 77% (Pred %) e então se trata 
de uma obstrução leve 
• O CVF reduziu 0,08L e então não há resposta 
positiva ao broncodilatador 
o Pelo outro critério, o VEF1 reduziu 0,02L 
(0%), ratifica-se que não houve resposta 
*Vê-se que, após o uso de broncodilatador, o CVF reduziu um 
pouco (mudança negativa de 0,08L) e o VEF1 também (mudança 
negativa de 0,02L), mas a fração VEF1/CVF aumentou (mudança 
positiva de 0,5%) 
Restritiva 
Nesse caso, a CVF está reduzida (< 80% do previsto), 
mas o VEF1/CVF está normal (≥ 80% do previsto), 
indicando uma espirometria restritiva 
Se esse paciente fosse fumante e tivesse dispneia, 
o critério diagnóstico de DPOC se baseia na fração 
VEF1/CVF pós-BD, que deve estar abaixo de 70% na 
medição (negrito) 
Marianna Lopes – 6° semestre FTC 
• Causas comuns: Doenças pulmonares 
intersticiais, derrame pleural, IC 
descompensada e obesidade 
• Grau de restrição 
o Leve: CVF de 60% até o normal (Linf) % 
o Moderado: CVF entre 51 e 59% 
o Grave: CVF ≤ 50% 
Exemplo 
O gráfico de fluxo-volume está bem feito, mas é uma 
proporção reduzida do normal (velocidade e volume 
reduzidos) 
A CVF está reduzida (2,38/3,07 = 77%), mas a relação 
VEF1/CVF encontra-se normal 
• O CVF é igual a 77% (Pred %) e então se trata 
de uma restrição leve 
*Vê-se que, após o uso de broncodilatador, o CVF reduziu um 
pouco (mudança negativa de 0,08L) e o VEF1 também (mudança 
negativa de 0,02L), mas a fração VEF1/CVF aumentou (mudança 
positiva de 0,5%) 
Resumo da curva volume-tempo e alterações

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