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Resumo Completo Anatomia e Fisiologia Respiratória

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1 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
Cirurgia Torácica 
ANATOMIA E FISIOLOGIA 
RESPIRATÓRIA 
Anatomia Torácica: 
A cavidade torácica apresenta os seguintes 
limites anatômicos: 
- Superior: abertura superior do tórax 
(delimitada por manúbrio do esterno, 1º arco 
costal, clavícula e T1). 
- Inferior: abertura inferior do tórax 
(delimitada por 12º arco costal e T12) e 
diafragma. 
- Anterior: esterno. 
- Posterior: coluna torácica (T1-T12). 
- Lateral: 12 arcos costais. 
Os espaços intercostais são formados por 
pele, tecido celular subcutâneo, músculos 
intercostais (externo, interno e íntimo), fáscia 
endotorácica e pleura parietal. Na borda 
superior do espaço intercostal (sulco inferior 
de cada arco costal), transitam veia 
intercostal, artéria intercostal e nervo 
intercostal e, na borda inferior do espaço 
intercostal, transitam ramos colaterais de 
artérias, veias e nervos intercostais. 
 
Mecânica Ventilatória: 
- Inspiração (processo ativo): contração do 
diafragma → aumento de volume da 
cavidade torácica → diminuição da pressão 
intratorácica → gradiente de pressão 
(pressão atmosférica > pressão 
intratorácica) → entrada do ar. 
- Expiração (processo passivo): 
relaxamento do diafragma → diminuição de 
volume da cavidade torácica → aumento da 
pressão intratorácica → gradiente de 
pressão (pressão atmosférica < pressão 
intratorácica) → saída do ar. 
Os principais músculos responsáveis pela 
inspiração são o diafragma e os músculos 
intercostais externos. Os principais músculos 
responsáveis pela expiração forçada são os 
músculos intercostais internos e os músculos 
intercostais íntimos. 
O CO2 apresenta maior capacidade de 
difusão que o O2 no organismo, sendo capaz 
de ser transportado com maior facilidade por 
meio dos fluidos e dos tecidos corporais. A 
mecânica ventilatória é regulada por pH, 
concentração de O2 no sangue (PaO2) e 
concentração de CO2 no sangue (PaCO2). 
Na acidose metabólica, há aumento da 
concentração de H+, redução do pH e, 
consequentemente, aumento da FR 
(hiperventilação) para aumentar a 
eliminação de CO2, que, no organismo, 
produz ácido carbônico. O aumento da FR é 
eficaz na compensação da acidose 
metabólica, pois o CO2 é altamente difusível, 
sendo eliminado do sangue durante a 
expiração. 
Pressão Alveolar X Pressão Pleural: 
Pressão Alveolar: 
- Repouso com glote aberta: 0 cm de H2O 
- Inspiração: - 1 cm de H2O 
- Expiração: + 1 cm de H2O 
Pressão Pleural: 
- Repouso: - 5 cm de H2O 
- Inspiração: - 7,5 cm de H2O 
A pressão pleural é sempre negativa, devido 
ao vácuo existente no espaço entre a pleura 
parietal e a pleura visceral. 
No derrame pleural, a pressão pleural 
permanece negativa, exceto nos casos de 
derrame pleural hipertensivo, quando a 
pressão pleural torna-se positiva, resultando 
em colabamento do parênquima pulmonar. 
 
 
2 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
Pressão Transpulmonar: 
A pressão transpulmonar é definida como a 
diferença entre a pressão alveolar e a 
pressão pleural, sendo determinada pelas 
forças elásticas do parênquima pulmonar. 
 
Complacência Pulmonar e Espaço Morto: 
A complacência pulmonar é definida como a 
capacidade do parênquima pulmonar de 
aumentar o seu volume com o aumento da 
pressão transpulmonar. A complacência 
pulmonar é a capacidade do pulmão de 
alterar o volume pulmonar com a alteração 
da pressão imposta a ele. 
A tensão superficial da água é 3 vezes maior 
que a força elástica do tecido pulmonar. Se 
não houver nada que vença a tensão 
superficial da água, o alvéolo pulmonar não 
abre, ou seja, o pulmão permanece 
colabado. Assim, há necessidade de 
surfactante para vencer a tensão superficial 
da água para que o alvéolo pulmonar 
expanda e o pulmão não permaneça 
colabado. 
O espaço morto é definido como o espaço do 
trato respiratório até alcançar o espaço 
alveolar. A transmissão de pressão desde o 
respirador/ventilador até o espaço alveolar 
depende da extensão do espaço morto. 
Quanto maior o espaço morto, maior a 
pressão necessária para ocorrer o transporte 
de ar e as trocas gasosas no espaço 
alveolar. O volume de ventilação alveolar é 
definido como o volume efetivo de ar que 
chega ao alvéolo pulmonar. 
Capacidades e Volumes Pulmonares: 
- Volume corrente (VC): volume de ar 
inspirado ou expirado em cada respiração 
normal. 
- Volume de reserva inspiratória (VRI): 
volume máximo de ar que pode ser inspirado 
após uma inspiração espontânea, ou seja, 
volume extra de ar inspirado além do volume 
corrente normal. 
- Volume de reserva expiratória (VRE): 
máximo volume extra de ar que pode ser 
expirado em uma expiração forçada após a 
expiração espontânea, ou seja, volume extra 
de ar expirado além do volume corrente 
normal. 
- Volume residual (VR): volume de ar que 
permanece nos pulmões após uma 
expiração forçada máxima. 
 
- Capacidade pulmonar total (CPT): 
volume máximo a que os pulmões podem ser 
expandidos com o maior esforço, ou seja, 
representa a quantidade total de ar presente 
nos pulmões na inspiração máxima; 
corresponde à soma dos 4 volumes 
pulmonares. 
- Capacidade residual funcional (CRF): 
quantidade de ar que permanece nos 
pulmões ao final da expiração normal; 
corresponde à soma do volume residual com 
o volume de reserva expiratória. 
- Capacidade inspiratória (CI): volume total 
de ar que pode ser inspirado a partir da CRF; 
 
3 Bruno Herberts Sehnem – ATM 2023/2 
corresponde à soma do volume corrente com 
o volume de reserva inspiratória. 
- Capacidade vital (CV): quantidade total de 
ar que pode ser mobilizado entre a 
inspiração máxima e a expiração máxima, ou 
seja, corresponde à soma entre o volume de 
reserva inspiratória, o volume de reserva 
expiratória e o volume corrente.

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