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consciencia e sono neuro resumo

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Consciência neurologia
REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
Estado de vigília: Percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo -> Resultante da atividade de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticular ativador ascendente. 
Entre o estado de vigília ou plena consciência e o estado comatoso - onde paciente perde completamente a capacidade de identificar seu mundo interior e os acontecimentos do meio que o circunda - é possível distinguir diversas fases intermediárias em uma graduação -> O principal elemento indicativo é o nível da consciência. 
A consciência pode ser perdida de modo agudo e breve (síncopes, convulsões e na concussão cerebral por traumatismo de crânio leve) até situações em que o nível de consciência está completamente reduzido, como no coma. 
CONSCIENCIA: Consciência refere-se à percepção do eu e da sua relação com o ambiente e consiste em alerta e percepção.
Para manter a consciência normal o cérebro requer um fluxo constante de informações sensoriais e a capacidade de processar essas informações -> Dados visuais, auditivos, olfativos, gustativos, viscerais e somatossensoriais são sintetizados e interpretados pelo cérebro simultaneamente. A interrupção desse fluxo de informações ou a incapacidade de processá-lo pode levar ao rebaixamento do nível de consciência. Pode ocorrer em 2 níveis: 1) Nível cortical 2) Nível subcortical
A consciência depende da função cortical intacta. O córtex é responsável pelo conteúdo da consciência ou percepção. O alerta é iniciado pelas estruturas subcorticais - incluindo os núcleos do tronco encefálico, tálamo, prosencéfalo basal, hipotálamo e, mais notavelmente, o sistema reticular ativador ascendente (SRAA).
SARA - SISTEMA RETICULAR DE ATIVAÇÃO ASCENDENTE: Rede de neurônios originários do tegmento da ponte superior e do mesencéfalo - parte integrante da indução e manutenção do estado de alerta. Esses neurônios se projetam para estruturas no diencéfalo, incluindo o tálamo e o hipotálamo, e daí para o córtex cerebral. Alterações no estado de alerta podem ser produzidas por lesões focais no tronco cerebral superior, danificando diretamente o SARA.
Os danos nos hemisférios cerebrais - como AVC isquêmico, também podem produzir coma, mas, neste caso, o envolvimento é necessariamente bilateral e difuso; ou, se unilateral, grande o suficiente para exercer efeitos remotos no hemisfério contralateral ou tronco cerebral - mais comum no AVC hemorrágico.
O mecanismo do coma nas etiologias tóxicas, metabólicas, infecciosas e na hipotermia é específico da causa. -> Essas condições prejudicam a entrega de oxigênio ou substrato -> o que altera o metabolismo cerebral ou interfere na excitabilidade neuronal e/ou na função sináptica.. 
A maioria dos casos de estupor e coma na emergência ocorre devido à trauma, doença cerebrovascular, intoxicações, infecções, convulsões (incluindo status não convulsivo epiléptico [NCSE]) e distúrbios metabólicos.
EXAME NEUROLOGICO 
Os principais objetivos do exame neurológico são determinar a profundidade do coma, identificar déficits lateralizantes e avaliar a disfunção do tronco encefálico. O exame ser sistematico e incluir uma avaliação do nível de consciência, dos nervos cranianos, reflexos do tronco encefálico e respostas motoras. 
O nível de consciência do paciente deve ser avaliado com estímulos de intensidade crescente.
Estímulos auditivos (chamado verbal ou um som alto) podem ser usados primeiro. Se o paciente não apresentar resposta -> estímulos dolorosos podem ser aplicados (fricção do esterno, compressão do leito ungueal ou pressão na face medial da crista supraorbitária)
ESCALAS DE COMA: Avaliam o nível de consciência. As duas escalas mais utilizadas são:
1) Escala de Coma de Glasgow (ECG) - Na prática, a Escala de Glasgow é usada para avaliar rapidamente o nível de consciência de qualquer paciente, clínico ou cirúrgico, principalmente no pronto-socorro. Existe uma correlação contínua entre a pontuação na escala e o prognóstico do paciente: quanto mais baixo o escore, maior a mortalidade - Em um paciente politraumatizado, o escore de Glasgow pode indicar ou contraindicar sua intubação (politraumatizado com ECG < 8 indica intubação). Em um paciente febril, o escore de Glasgow pode indicar a abertura do protocolo de sepse (ECG < 15 vale um ponto no Quick SOFA).
2) Escala FOUR (Full Outline of UnResponsiveness) 
A escala FOUR foi validada em uma variedade de contextos clínicos e tem maior confiabilidade interavaliadores do que a ECG. Ela incorpora uma avaliação mais detalhada dos reflexos do tronco encefálico e tem maior valor preditivo do que a ECG em pacientes intubados e em aqueles com escores na ECG muito baixos.
3) Escala de Coma de Jouvet 
Nessa escala são avaliados dois parâmetros: –perceptividade e reatividade. (dentro do parâmetro reatividade é considerada a reatividade inespecífica; específica e autonômica.)
Os indicadores utilizados para essa avaliação são os apresentados por Jouvet para realização da avaliação clínica e incluem: execução de ordem escrita; orientação no tempo e espaço; execução de ordem verbal e reflexo de "blinking" na avaliação da perceptividade. .
Perceptividade: Para avaliação desse parâmetro são aplicados os seguintes testes: O 1º teste consiste em solicitar ao paciente para obedecer a uma ordem escrita: "feche os olhos" ou "ponha a sua língua para fora". O 2º teste é elaborado para testar a orientação no tempo e espaço: "Você sabe onde está? Você sabe que dia estamos? Que mês? Que ano?". No 3º teste é analisada a habilidade do paciente em obedecerum comando oral "feche seus olhos" ou "ponha a sua língua para fora". O 4º teste é para verificar e reflexo de "blinking" que consiste no fechamento dos olhos aos estímulos visuais de ameaça (5).
No parâmetro perceptividade o indivíduo é classificado em cinco categorias: P1– indivíduos com nenhuma perda de consciência, neurologicamente normais no que se refere ao nível de consciência. Estes pacientes devem receber pontuação máxima também nos itens referentes aos 3 tipos de reatividade; P2– representa "obnubilação "; estes pacientes estão desorientados no tempo e no espaço ou são incapazes de obedecer a um comando escrito, porém executam ordens verbais; P3– representa o que tem sido reconhecido classicamente como "torpor". Inclui indivíduos com pobre compreensão da linguagem. Para eles, uma ordem verbal precisa ser repetida muitas vezes antes de ser obedecida e mesmo assim o faz lentamente. Apresenta o reflexo de "blinking" normal; P4– refere–se a pacientes que apresentam somente resposta a "blinking"; P5– para aqueles incluídos nessa categoria, toda a percepção está ausente, indicando um distúrbio orgânico ou funcional dos neurônios corticais.
Reatividade - Na reatividade inespecífica é considerado reação orientada positiva, aquela reação do indivíduo que quando tem seus olhos abertos, volta o olhar para o lado da cama onde ocorreu o barulho forte ou chamaram o seu nome; e a reação de despertar é considerada presente quando o indivíduo abre os olhos pelo estímulo de alguma manobra que é realizada.
Quanto a reatividade inespecíficapode–se designar o indivíduo em três grupos: R1– inclui os indivíduos que mostram uma reação orientada positiva com seus olhos abertos e uma reação positiva de despertar com os olhos fechados; R2– inclui aqueles que perdem a reação orientada com os olhos abertos, mas puderam ainda abrir seus olhos quando desafiados; R3– inclui indivíduos que perdem a capacidade de apresentar reação de despertar.
Na reatividade à dor pode–se dividir os pacientes em quatro grupos: D1– é o grupo que apresenta reação normal. Há mímica característica, o choro e a retirada do membro; D2– ocorre perda da reação facial e vocal para dor, apresenta reação de despertar quando estimulado durante o sono e pode ainda retirar o membro; D3– os indivíduos incluídos nesses grupo apresentam como reação à dor somente a retirada do membro; D4– neste grupo são incluídos os pacientes com perda de todas as formas de reação à dor.
Na reatividade autonômica é avaliada a resposta do sistema nervoso autônomo à estimulação dolorosa. A reação à dor causa um período de apnéia seguido por uma mais duradoura taquipnéia. O ritmo cardíaco pode acelerar ou diminuir, é freqüente mudanças vasomotoras ocasionando rubor, sudorese. Midríase também é muito comum. Neste indicador os pacientes são incluídos em dois grupos:
V1– inclui aqueles indivíduos que apresentam reações neuro–vegetativas ao estímulo doloroso; V2– são classificados nesse grupo aqueles que nenhuma reação autonômica à dor pode ser notada.
A pontuação final nessa escala é dada pela somatória dos números que seguem as letras de cada item avaliado.
EXAME NEUROLOGICO 
Os nervos cranianos devem ser testados -> Especial atenção aos olhos - O tamanho, a reatividade e a simetria das pupilas podem fornecer pistas diagnósticas. 
Pupilas puntiformes: minimamente reativas ou não reativas à luz -> sugerem danos à ponte - geralmente por hemorragia ou infarto. 
Dilatação pupilar - com perda de reatividade pupilar em paciente comatoso -> probabilidade de ser uma massa intracraniana em expansão com herniação transtentorial -> compressão do nervo oculomotor com lesão no mesencéfalo.
Miose (diminuição da pupila) - Drogas e outras toxinas podem ser a causa causar (p. ex., opioides, clonidina, organofosforados) 
Midríase (aumento da pupila) - Anfetaminas, antidepressivos tricíclicos). 
Pupilas fixas, de tamanho médio -> Sugerem lesões graves do mesencéfalo e podem ser o primeiro sinal de morte cerebral.
As estruturas centrais envolvidas nos movimentos extra-oculares (núcleos oculomotor, troclear, abducente e fascículo longitudinal medial) estão no tegmento do tronco cerebral e são controladas pelos campos oculares frontais. Por este motivo, a posição dos olhos deve ser observada.
Lesões cerebrais grandes = produzem um desvio conjugado persistente dos olhos em direção ao lado da lesão (contralateral à paralisia do membro,se presente). 
Desvios oculares persistentes, especialmente se acompanhados de nistagmo, também podem sugerir convulsões – o desvio ocular está longe do lado dal esão. 
Desvio ocular lateral e para baixo (geralmente com envolvimento pupilar) -> sugere envolvimento oculomotor do núcleo do nervo ou do mesencéfalo 
Desvio medial -> sugere paralisia do sexto nervo. 
Paciente em coma -> movimentos oculares conjugados bilaterais que parecem cheios indicam um tronco cerebral intacto, e não são necessários testes reflexos adicionais..
SONO
O sono é um processo fisiológico caracterizado por um conjunto de alterações comportamentais fisiológicas que ocorrem de forma conjunta: fechamento dos olhos, redução da atividade motora, postura tipicamente relaxada e em decúbito, atividades elétricas características elevado limiar para resposta a estímulos externos.
As principais funções do sono são a) relacionadas ao descanso e a regeneração orgânica -> essenciais para o funcionamento do corpo e mente, b) conservação da energia diária c) consolidação do aprendizado e memória d) função imunológica - auxiliando processos de defesa do organismo frente a estímulos externos ou do próprio corpo.
SONO FIISIOLOGICO
O sono e o estado de vigília ocorrem em alternância circadiana - sendo regulado nas 24 horas pela interferência da luz. Esse ciclo não é semelhante em todos os indivíduos porque diversos processos estão associados como idade, sexo, características individuais como estados de humor e questões culturais relacionadas aos horários de descanso e trabalho. É também influenciado por substâncias - como álcool e drogas, além de citocinas e hormônios justificando a variedade natural pela idade e também em indivíduos que utilizam substâncias exógenas.
O sono dura em média de 7:30 horas ou 8 horas - a vontade é o principal controlador desse horário de sono.
Dormidores curtos = tem noites de sono menores que 6 horas Dormidores longos = sono ultrapassando 10 horas por noite.
A distribuição habitual do horário de dormir também não é um elemento fixo - em geral se dá entre o período das 22h ou 23h da noite e o despertar ocorre entre as 6/7 horas da manhã..
Relação sono e memória A transição da vigília para o sono tende a produzir um comprometimento transitório de memória e durante o sono ocorre inativação da transferência de memória entre o armazenamento de curto prazo e longo prazo.
· Memória de longo prazo - o sono tem papel essencial, visto que é no período do sono que ocorre a consolidação da memória e aprendizado que obtivemos durante o dia a partir da ativação do hipocampo.
Sono REM X Sono Não REM
REM significa: movimento rápido dos olhos –> ocorre durante a fase mais profunda do sono. 
O sono não REM - é característico pela fase inicial de sonolência - com diminuição progressiva do tônus, cérebro em estado tranquilo e com baixa atividade psicológica.
O Eletroencefalograma (EEG) = é sincrônico, com ondas características de complexos K, fusos de sono e ondas lentas de alta voltagem. 
Ele é subdivido em três fases N1, N2 e N3 ou SWS (S3 + S4).
• Estágios de vigília ou estágio 0 - registra ondas rápidas, de baixa amplitude (curtas e pequenas) - indicam alto grau de atividade dos neurônios corticais. Também faz parte desse estágio o movimento aleatório dos olhos e um acentuado tônus muscular.
Após 5 a 15min -> o indivíduo já atinge o primeiro estágio do sono.
• Estágio 1: É o estágio entre a vigília e o sono, quando a melatonina (o hormônio do sono) é liberada, induzindo-o. Há uma redução do tônus muscular.
• Estágio 2: Ocorre a redução da atividade dos neurônios corticais -> com isso diminuem o ritmo cardíaco e respiratório e começa o sono leve. Relaxam-se os músculos e a temperatura corporal cai. 
Os estágios 1 e 2 podem se alternar com a vigília antes que entre em sono profundo.
• Estágios 3 e 4: São os estágios de sono profundo -> quando começam as ondas delta e o tônus muscular diminui ainda mais. Praticamente não há movimentação dos olhos.
No sono REM = ocorre total atonia -> com movimento periódico rápido dos olhos + atividade intensa cerebral e EEG ativado, dessincronizado. Os sonhos noturnossão originados nessa fase do sono. Logo, há um cérebro ativo em corpo completamente paralisado.
É comum que ocorram despertares noturnos - estes são pouco lembrados pela manhã...
O ciclo do sono não ocorre de forma simétrica e regular, mas com predominância do sono REM ou não REM em determinados momentos da noite e sempre mesclados com períodos de despertar que também são variáveis.
NEUTROTRANSMISSORES E SONO Existe a correlação direta com neurotransmissores no processo de sono.
Durante a vigília predominam cinco neurotransmissores - que fazem parte do sistema reticular ativador ascendente -> histamina, dopamina, noradrenalina, serotonina e acetilcolina. 
Outros neurotransmissores ativadores são orexina e hipo-cretina. 
Dentre os neurotransmissores inativadores destacam-se o Gaba e a melatonina.
HIPOTÁLAMO: Estão na região dele as principais regiões envolvidas na transmissão de mecanismos ativadores e inativadores.
HISTAMINA -> é um neurotransmissor que estimula o estado de vigília - anti-histaminérgicos ou antialérgicos são medicamentos que promovem sono.
Neurônio GABAérgico -> é o principal estimulador do sono.
Regiões do hipotálamo lateral e núcleo supraquiasmático -> produzem substâncias como orexina e melatonina e regulam o estado de sono-vigília.
Grexina = Estimula a vigília 
Melatonina = Estimula o sono.
Noites mal dormidas tem efeitos adversos como fadiga, cansaço, indisposição, alteração de sintomas cognitivos como atenção e memória, baixo rendimento escolar e em atividades de trabalho + fator de risco para acidentes. Ainda tem relação independente com complicações cardiovasculares sendo fator de risco para obesidade, diabetes, hipertensão arterial e doenças psiquiátricas.

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