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Resumo - Dermatites Parasitárias - Flávia Care

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1 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
▪ Dermatites parasitárias a serem abordadas: 
o Sarna notoédrica ou Escabiose Felina 
o Sarna demodécica ou Demodiciose Felina 
o Otocaríase 
o Linxacariose 
o Queiletielose 
▪ Sarna sarcóptica felina 
▪ Etiologia: 
o Notoedris cati 
 
 
 
▪ Transmissão: 
o Direta (para cães, humanos, outros gatos) – 
contato direto; 
o Indireta – através de fômites (caminha, escovas 
etc); 
 
▪ Zoonose: 
o Infecta o homem, mas não completa seu ciclo no 
ser humano. 
o Então, se uma pessoa suspender o contato com o 
gato infectado, a infecção terá resolução 
espontânea. Porém, se mantiver contato com esse 
gato infectado, haverá persistência da infecção no 
ser humano também. 
 
▪ Predisposição racial/etária: Não há! 
o Porém dados da USP relatam mais casos em filhotes 
(63,5%) 
 
▪ Sinais clínicos: 
o Prurido intenso (escala de 8 a 10) 
o Chamado de prurido epicrítico, por ser muito 
intenso 
o Prurido de manhã, tarde e noite, acorda para se 
coçar 
o Não é sazonal, ocorre o ano inteiro 
o As lesões antecedem o prurido 
 
 
 
 
 
 
o Tutor pode não perceber esse prurido no início dos 
sinais por causa do hábito de grooming, então 
inicialmente pode ser apresentar com uma 
lambedura mais frequente 
o O gato não se coça apenas porque o ácaro forma 
galerias enquanto se alimenta de queratina na 
epiderme, o ácaro também vai liberando produtos 
altamente antigênicos que causam 
hipersensibilidade 
o Alopecia parcial a generalizada 
o Inicialmente vai acometer as extremidades (bordas 
das orelhas, face, pescoço, jarretes, cotovelos, 
extremidades das patas, região periocular, períneo) 
o Nos gatos, além das lesões pápulo crostosas, há 
evolução para queratose (formação de crostas 
densas amarelo-acinzentadas) 
o Eritema e escoriações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dermatites Parasitárias em Felinos 
Curso de Dermatopatias em Felinos 2021 
Prof. Flávia Care 
 
2 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Diagnósticos diferenciais: 
o Alergopatias (DAPP, alergia alimentar, síndrome 
atópica felina) 
o Dermatopatias parasitárias (demodiciose felina, 
otocaríase, lixacaríose) 
 
Diagnóstico 
 
▪ História clínica: 
o Investigar o contato desse gato com outros 
animais; 
o Perguntar se alguém da casa apresenta lesões 
(lesões no abdômen e face interna dos membros 
superiores – prurido, pápulas); 
 
▪ Raspado cutâneo superficial: 
o Diferente dos cães, o raspado nos gatos pode ser 
superficial; 
o Fazer raspado profundo quando se quer descartar 
sarna demodécica; 
o Coleta em extremidades (principalmente bordas 
das orelhas e região cefálica – cabeça) 
o Retirar as crostas e coletar o material por baixo; 
o Boa sensibilidade – 70 a 80% de positividade; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Metodologia da coleta (Flávia Care): 
o Raspado com lâmina de bisturi pinçando a região 
do raspado, vai depositando o material na lâmina; 
o Faz o raspado até sangrar (procurar também sarna 
demodécica); 
o Quando sangrar, aplicar fita de acetato na mesma 
região, pinçando a pele e depois colocar a fita 
sobre a mesma lâmina com o material do raspado; 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
 
▪ Banhos: 
o Objetivos – melhorar a qualidade da pele para que 
o tratamento tenha uma resposta melhor; 
o O intuito é retirar essas crostas; 
 
 
 
 
 
 
Corticoterapia 
q Animais em corticoterapia para prurido 
e que são portatores de sarna, podem 
ter melhora do prurido mas ela não 
para. 
Can immunosuppressive therapy 
facilitate the diagnosis and affect the 
clinical signs of canine scabies? 
 
3 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Tratamento Sistêmico: 
o Ivermectina (Ivomec) – 0,2 a 0,4 mg/kg, SC (a 
cada 15 dias, 3 aplicações) ou VO (1 dose semanal) 
o Doramectina (Dorax Pet) – 0,3 mg/kg, SC (1 
aplicação a 15 dias) ou VO (1 dose semanal) 
o Moxidectina (Cydectin) – 0,2 a 0,4 mg/kg, VO ou SC 
o Afoxolaner (off label) 
o Sarolaner (off label) 
o Fluralaner (Bravecto) – via transdérmica. 
 
▪ Profilaxia: 
o Lavar camas, cobertores, higiene; 
o Resistem pouco tempo no ambiente; 
o Tratar contactantes; 
 
▪ Prognóstico: bom! 
 
▪ Etiologia: Otodectes cynotis. 
 
 
 
 
 
▪ Afeta cães e gatos; 
▪ Ele não fica restrito ao ouvido, ele caminha e pode ficar 
também na região dorsal; 
▪ É visível a olho nú (maior do que o Notoedris cati) 
 
▪ Sinais Clínicos: 
o Prurido auricular moderado a grave; 
o Lesões – ao redor das orelhas, pescoço, periocular 
e cauda; 
o Otite ceruminosa (secreção enegrecida a 
amarronzada em grande quantidade) a otite 
eczematosa (hipersensibilidade); 
o A otocaríase pode evoluir para uma otite 
bacteriana/fúngica; 
 
▪ Diagnóstico: 
o Exame clínico – observação de cera abundante e 
escura, prurido; 
o Otoscopia – observação direta do ácaro; 
o Coleta do cerúmen para observação em 
microscópio; 
 
▪ Tratamento: 
o Vide tratamento para Sarna Notoédrica. 
o Se optar por produto acaricida otológico, o 
período mínimo de tratamento são 21 dias. 
o Corticoterapia: 
q Benéfica nos pacientes que possuem 
muito prurido (hipersensibilidade a 
presença do ácaro). 
q Traz conforto ao paciente, maior adesão 
do tutor. 
q Prednisolona – 2 mg/kg/SID/5 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
Produtos para Banho 
q Clorexidine (prof. Flávia Care prefere 
essa opção) 
q Peróxido de Benzoíla – apesar de ser 
possível utilizar em gatos, é mais 
agressivo para a pele; A prof. relatou um 
caso de farmacodermia com esse 
produto. 
q 1 a 2x por semana, 15 minutos, nas 3 
primeiras semanas. 
 
Banhos Acaricidas 
q Enxofre 2 a 3% (semelhante ao lime-
sulfur) – 10 minutos na pele, massagear 
e enxaguar; 
q Piretroides 
q Monossulfiran 
q Amitraz (NÃO) – altamente tóxico; 
q Já existem no mercado produtos mais 
seguros e eficazes. 
Tópicos 
q Selamectina (Revolution) – 3 aplicações 
com intervalo de 15 dias. 
q Fipronil (Frontline) – 3 aplicações com 
intervalo de 15 dias. 
q Moxidectina e Imidacloprida (Advocate) 
– 3 aplicações com intervalo de 15 dias. 
q Fluralaner (Bravecto) – dose única. 
q Medicações seguras com excelentes 
resultados no tratamento de ácaros em 
felinos. 
Otológico 
q Natalene pomada – 21 dias; 
q Ceruminolítico – K-Treat Oto Micelar, 
Surosolve – mínimo de 21 dias; 
q Se eu não tenho bactéria e fungo 
associado a essa otite, faço uso apenas 
do ceruminolítico e um antiparasitário. 
 
4 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
▪ Prognóstico: bom! 
▪ Demodiciose felina 
▪ Etiologia: 
o Demodex gatoi 
q Mais curto 
q Ocorrência mais regional (é 
transmissível) 
q Sinais clínicos diferentes (extremamente 
pruriginoso) 
 
 
 
 
o Demodex cati 
 
 
 
 
o Existe uma 3ª espécie, sem nome até o momento 
 
 
 
 
 
▪ Epidemiologia: 
o Dermatopatia rara (representa 1% das dermatites 
parasitárias em felinos em SP). 
o Bom prognóstico 
 
▪ Etiopatogenia: 
o Demodex spp faz parte da microbiota residente da 
pele dos gatos habitando o interior dos folículos. 
o Demodex cati é um ácaro comensal – região 
pliosebácea, pele e meatos acústicos. 
o O estado de imunodeficiência pode gerar 
manifestações da doença; 
o Persas podem ser mais suscetíveis; 
o O demodex gatoi não se relaciona com o status 
imunológico. 
o Demodex gatoi – se transmite entre gatos. 
o Diferenciais a serem pesquisados nos gatos com 
Demodex cati: 
q Doenças imunossupressoras (lúpus 
eritematoso sistêmico) 
q Doenças metabólicas 
q Doenças imunomediadas 
q Doenças neoplásicas 
q Doenças infecciosas (FIV, FeLV, 
toxoplasmose) 
q Doenças endócrinas (Cushing, diabetes 
mellitus) 
q Corticoterapia 
 
▪ Sinais clínicos – Demodex cati: 
o Doença localizada ougeneralizada 
o Prurido variável a intenso 
o Eritema 
o Hipotricose/alopecia 
o Escama 
o Pode ter lesões semelhantes a acne felina 
o Relato de Demodex presente dentro das lesões 
alopécicas escamosas de carcinoma in situ. 
 
 
 
 
 
▪ Sinais clínicos – Demodex gatoi: 
o Ácaro contagioso que habita o estrato córneo 
(como os Sarcoptes) 
o Prurido leve a muito intenso (manifestação mais 
comum) 
o Alopecia autoinduzida 
o Escama 
o Hiperpigmentação secundária 
o Erosão superficial e ulceração 
o Alterações predominantemente tronculares, 
abdome ventral relatado como local de predileção 
 
 
 
 
 
 
 
Estudos 
q Efficay of afoxolaner in the treatment of 
otodectic mange in naturally infested 
cats – 1 dose foi segura e eficaz em 
gatos; 
 
 
5 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Diagnóstico 
o Histórico e anamnese; 
o Exame físico; 
o Tricografia; 
o Raspado de pele profundo e por fita de acetato 
(são as técnicas mais recomendadas); 
o Biópsia de pele. 
 
▪ Tratamento 
o Tópico e sistêmico; 
o Banhos acaricidas (citado anteriormente); 
o Banhos para remoção de crostas 
q Clorexidine ou Peróxido de Benzoíla 
q 2x por semana, 15 minutos 
o Acaricidas 
q Ivermectina (aplicações semanais) – 0,2 
a 0,4 mg/kg/SC ou VO; 
q Milbemicina Oxima 
q Moxidectina + Imidacloprida (1x por 
semana, por 10 semanas) 
q Isoxazolinas – Fluralaner 
q Doramectina (aplicações semanais) – 0,6 
mg/kg off label; 
q Afoxolaner – off label; 
q Sarolaner – off label; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Agente etiológico: Lynxacarus radovskyi; 
▪ Pode estar associado à pediculose por Felicola 
subrostratus; 
 
 
 
 
 
 
▪ Sinais clínicos: 
o Pode causar graus variados de prurido. 
o Alopecia, disqueratinização, pelagem opaca e pelos 
aparentemente com sujidades; 
o Tradicionalmente com aspecto de “sal e pimenta”; 
o Algumas vezes, a manifestação clínica da doença 
pode ser confundida com outras dermatopatias, 
não sendo corretamente diagnosticada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Diagnóstico: 
o Visualização direta do ácaro (visível a olho nu); 
o Microscopia óptica. 
 
▪ Tratamento: 
o Fipronil spray e pipeta; 
o Sarolaner – off label. 
 
 
 
 
▪ Agente etiológico: ácaro Cheyletiella (C. blakei nos felinos, 
C. yasguri nos caninos e C. parasitivorax nos leporinos). 
▪ Sobrevivem na camada queratínica, sem envolvimento dos 
folículos pilosos. 
▪ Transmissão de forma direta e indireta (fômites). 
▪ Zoonose. 
▪ Predisposição racial e etária – não existe. 
 
 
 
 
 
 
Observação 
q Não associar terapias! 
q Exemplo: Bravecto +Ivermectina. 
Atenção 
q Não utilizar glicocorticoides – 
imunossupressão! 
q Escolher um acaricida eficaz, seguro e 
que tem indicação de bula! 
 
6 Ariana Tavares Resumos em Medicina Veterinária 
▪ Sinais clínicos: 
o Graus variados de prurido, na maioria das vezes 
epicrítico (grau 9 a 10). 
o Podem ser assintomáticos. 
o Alopecia, descamação, escamas furfuráceas ou 
laminares em região dorsal. 
o Dermatite esfoliativa. 
o Pápulas. 
o Crostas. 
o Dermatite miliar. 
o Hipersensibilidade: diagnóstico diferencial de 
escabiose. 
 
 
 
 
▪ Diagnóstico: 
o Lupa; 
o Lâmpada de Wood (sem usar a luz); 
o Escovação com pente fino e visualização no exame 
direto; 
o Fita de acetato; 
o Diagnóstico é dado pela visualização direta do 
ácaro e microscopia óptica. 
 
▪ Tratamento: 
o O mesmo já descrito para as outras doenças; 
o Banhos acaricidas (Lime súlfur, amitraz, 
piretroides); 
o Selamectina; 
o Fipronil; 
o Moxidectina + Imidacloprida; 
o Fluralaner.

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