Buscar

Defesa contra agentes infecciosos - fungo e parasita

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

MAD II – 5° período júlia colognezi 
Defesa contra agentes infecciosos 
 
Fungos e parasitas são MO eucariotos, se 
assemelhando com a célula do hospedeiro. Têm 
um mecanismo especial para reconhecimento e 
ação sobre eles, pois senão o corpo faria um 
mecanismo de destruição contra ele próprio 
 
• A defesa contra MO é mediada pelos 
mecanismos efetores da imunidade inata e 
adaptativa; os dois têm mecanismos específicos 
e efetivos para controle eliminação desses 
patógenos microbianos 
• O SI responde de maneira especializada e 
distinta a diferentes tipos de MO – aumento da 
eficácia; 
Ex: isotipos de Igs, subgrupos de LT CD4+ 
Cada tipo de MO tem uma resposta diferente, 
garantindo uma resposta mais particular e 
efetiva - depende de patógeno, fatores de 
virulência e antígenos presente 
Ex2: IgE -> eosinófilos -> grânulos -> parasitas 
• Sobrevivência e patogenicidade dos MO 
dependem de evasão ou resistência aos 
mecanismos efetores da imunidade 
Ex: vírus DNA (herper) e tuberculose 
Capacidade de evasão = escapar do sistema 
imune 
• MO podem estabelecer infecções latentes ou 
persistentes com controle da RI mas sem sua 
eliminação – propagação sem a infecção (o SI 
pode ser competente e não permitir o 
desenvolvimento da infecção, apenas controla, 
mas a infecção pode estar no organismo 
ainda) - até ocorrer uma imunossupressão e 
essas infecções latentes podem voltar a se 
tornar ativas e se tornarem graves de novo 
• Lesões teciduais podem ser decorrentes da 
ação imunológica – não exclusivamente pelo 
MO 
• defeitos hererditários e adquiridos na 
imunidade são causas de susceptibilidade a 
infecções 
Ex: HIV/AIDS 
 
 
Sistema complemento: principais proteínas 
antimicrobianas 
 
Fungos: eucariontes, 
geralmente unicelulares, 
apresenta parede e núcleo 
A maior parte dos fungos 
patogênicos são unicelulares 
Ex: criptococose e cândida 
albicans 
 
 
A primeira célula a ser recrutada nas infecções 
fúngicas é o netrófilo 
Fungo dimórfico: fungo que consegue alterar 
sua forma de acordo com a temperatura – no 
ambiente se encontra na forma de hida, mas 
dentro do corpo se encontra na forma de 
levedura 
 
 
 
Micoses 
Causada por fungos 
Micose superficial 
Pele (acesso mais fácil para tratamento) 
O fungo consegue ser facilmente eliminado 
 
 
 
Micose sistêmica 
Fungo se disseminou pelo corpo, sendo uma 
condição mais difícil de ser tratada e revertida; 
geralmente nos casos de pacientes 
imunodeprimidos, quando a resposta sistêmica 
ao antígeno se encontra ineficiente 
MAD II – 5° período júlia colognezi 
Precisa da RI como forma de controle e 
eliminação 
 
 
Patogenicidade dos fungos 
Patógeno que causa doença é verdadeiro 
(primário) ou oportunista 
 
Doenças fúngicas 
• alérgicas 
Interação do hospedeiro sensibilizado com 
antígenos fúngicos imunologicamente reativos -
relacionada à exposição anterior à esporos 
fúngicos; quando ocorre o desenvolvimento de 
uma resposta maior do que deveria ser – novo 
contato com fungo gera nova resposta 
exacerbada 
 
• tóxicas (micotoxicoses) 
- ingestão de alimentos contaminados por 
fungos produtores de micotoxinas 
 
• infecciosas 
- agente com propriedade de agir como 
patógeno primário ou aportunista 
Infecção fúngica sistêmica – pensar em 
imunossupressão 
- micoses: principal foco da micologia médica 
 
Infecções fúngicas 
Infecção: fungos presentes no ambiente ou 
oportunistas 
Capazes de sobreviverem dentro e fora da 
célula, dependendo do tipo de fungo 
Ação do sistema imunológico intra e 
extracelular: fungos conseguem viver dentro 
dos fagócitos 
Características protetoras básicas da pele e 
flora comensal normal também são importantes 
na resistência ao fungo 
 
Imunidade comprometida é o fator 
predisponente para infecções clinicamente 
significativas: 
• HIV - pneumonia por Pneumocystis jiroveci 
• Terapia para o câncer disseminado 
• Dano à medula óssea 
• Transplantados - uso de imunossupressores 
 
 
Imunidade inata 
PRRs (receptores de reconhecimento padrão – 
reconhece o patógeno) - estão nas células de 
defesa e reconhecem os PAMPs (padrões 
moleculares associados a patógenos) 
presentes no antígeno 
 
- Neutrófilos, macrófagos e células dendríticas; 
apresenta, PRRs, conseguindo identificar o 
antígeno 
- Reconhecimento TLRs e receptores lectina 
(lectina é uma substância que se encontra nos 
fungos); 
A partir do momento que tem o reconhecimento 
– ativação das células para eliminar o 
patógeno: neutrófilos 
– liberação de substâncias fungicisas (ROS, 
enzimas lisossomais) + fagocitose com morte 
intracelular 
TLR’s: receptores tipo Toll - TLR 2 e 4 
 
 
 
Pós Covid-19: mucomicose devido à 
imunossupressão e uso de corticoides 
 
 
 
Imunidade adaptativa 
Os fungos podem estar intra ou extracelular, 
ativando diferentes tipos de resposta 
- fungos intracelulares: ativação do LTh1 
(como o anticorpo não entra na celular o 
corpo não produz Ig para fungo intracelular -> 
foca em destruir a célula por MHC I – ativa 
CD8) 
ex: histoplasmose 
 
Imunidade celular (LT) > humoral (Ig) 
Fungos intracelulares – LTh1 
 Ex: Histoplasmose 
Fungos extracelulares – LTh17 
 Ex: Candida 
 
As infecções fúngicas tendem a ativar a 
resposta imune celular ao invés da resposta 
MAD II – 5° período júlia colognezi 
imune humoral, tendo maior ativação de LT do 
que LB. Isso porque a maior parte das vezes, o 
fungo é intracelular -> MHC I -> LTh1. 
E a principal célula ativada pela resposta 
imune celular é o macrófago 
LTh1 migra para o local da infecção, liberando 
citocinas e aumenta ainda mais a capacidade 
do macrófago 
Quando o LT interage com a APC, ocorre a 
liberação de INF gama, resultando na ativação 
clássica do macrófago para patógenos 
intracelulares 
Quando o fungo se encontra no espaço 
extracelular, ocorre a ativação do Th17, que 
estimula os neutrófilos a se tornarem mais 
efetivos 
 
- fungos extracelulares: ativação do LTh17 
Ex: cândida 
MHC classe II 
Se o fungo está fora da célula, o Ig chega 
nele, mas não tem uma super ativação humoral. 
A resposta celular continua sendo maior 
O LTh 17 age em neutrófilo e faz ele se tornar 
mais efetivo para destruir o fungo 
 
 
Fungos intracelulares 
Nas infecções intracelulares existem duas 
respostas: 
- a APC reconhece o patógeno, processa, 
apresenta via MHC classe I ao LTh1. O MHC I 
conjugado ao antígeno é reconhecido pelo 
LTR (da célula Th1) -> ativando o INF gama 
(atrai macrófagos), que ativa ainda mais a 
resposta dos macrófagos e mata o patógeno 
- menos frequente: CD4 ativa o CD8 e gera a 
ativação do LT citotóxico, que mata os fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
Fungos extracelulares 
 
 
Quando o fungo é extracelular, ele vai ser 
fagocitado por uma APC (célula dendrítica, 
nesse caso). Elas liberam duas citocinas: IL6 
(mediador da resposta inflamatória) e IL23. Elas 
ativam linfócito T e faz com que ele se 
diferencie em LTh17, capaz de ativar neutrófilo 
e monócito, os tornando mais efetivo contra 
patógeno e estimulam a inflamação 
 
Estratatégia de evasão 
A evasão por um antígeno ocorre quando este 
possui mecanismos para fugir do sistema imune 
- Cryptococcus neoformans produz uma 
cápsula de polissacarídeo que inibe a 
fagocitose; 
- Candida esconde as β-glicanas da sua 
parede celular - difícil reconhecimento; 
- Histoplasma capsulatum é um patógeno 
intracelular obrigatório que evade a 
eliminação por macrófagos através de sua 
entrada na célula e altera as vias normais de 
maturação de fagossomos – não deixa o 
fagossomo ligar no lisossomo; 
- Características protetoras básicas da pele e 
flora comensal normal também são importantes 
na resistência ao fungo – passam 
despercebidos 
Pode haver interação dos microrganismos com 
a microbiota normal, tornando o antígeno 
parecido com o microrganismo da microbiota 
normal, causando infecção 
Os parasitas apresentam mecanismos especiais 
de evasão: variação antigênica (altera o 
antígeno por sua mudança de forma duranteseu ciclo de vida ou pela pressão da resposta 
imune, alterando a expressão de suas proteínas 
e consequentemente alterando os antígenos 
expostos e seus respectivos antígenos), 
resistência adquirida ao sistema complemento, 
inibição das respostas imunológicas ao 
hospedeiro, expulsão do antígeno 
 
Cepas virulentas de Cryptococcus neoformans 
inibem a produção de citocinas pró 
inflamatórias pelos macrófagos (TNF, IL-12) e 
estimulam a produção de IL-10 (principal 
citocina anti-inflamatória) - O fungo penetra 
no corpo e através disso 
vai ter a proliferação do fungo por 
inativação da resposta, dificultar a 
MAD II – 5° período júlia colognezi 
resposta contra ele promovendo 
mecanismo de latência, e eventualmente 
eliminação e controle pelo organismo de 
defesa. 
 
IL-12 é a principal célula anti-inflamatória 
Dependendo do local, da intensidade e do 
grau do antígeno, o sistema imune não dá 
conta de controlar o processo, sendo 
necessária a utilização de medicamentos para 
ajudar na resposta por causa da virulência, 
patogenicidade e mecanismos de evasão dos 
microrganismos 
 
 
O fungo penetra no corpo e através disso vai 
ter a proliferação do fungo por inativação da 
resposta, dificultar a resposta contra ele 
promovendo mecanismo de latência, e 
eventualmente eliminação e controle pelo 
organismo de defesa. 
 
Terapêutica – agentes antifúngicos 
 
Anfotericina B: age na membrana e é utilizada 
em infecções fúngicas sistêmicas; porém, é muito 
tóxica contra as células do corpo, pois a 
membrana desses fungos é parecida com a 
membrana das células humanas – esse 
medicamento deve ser administrado apenas em 
UTI 
Ergosterol: molécula presente apenas nos 
fungos, em sua membrana plasmática 
Os medicamentos antifúngicos agem 
principalmente na função da membrana, na 
síntese de ergosterol, na síntese da parede 
celular e na síntese de ácidos nucleicos 
 
 
Patógeno eucarioto 
Dividido em helmintos (pluri) e protozoários (uni) 
Anticorpo contra parasitas: IgE 
Principal célula ativada contra parasitas é o 
eosinófilo 
 
- Ciclos de vidas complexos e diferentes; assim, 
para cada conformação do parasita, existem 
antígenos diferentes, o que pode ser um 
problema, pois há a necessidade de produção 
de anticorpos específicos para cada tipo de 
antígeno – se o parasita muda de 
conformação e se torna em um diferente 
antígeno, o anticorpo que foi produzido já não 
se encontra mais válido e eficaz 
- Estruturas e mecanismos patogênicos 
diferentes 
- Capazes de sobreviver e se replicar nos 
hospedeiros – são adaptados para resistir às 
defesas ao hospedeiro 
 
Imunidade inata – protozoário 
O protozoário é pequeno e o principal 
mecanismo do organismo para seu controle é a 
fagocitose, por causa de seu tamanho – alguns 
protozoários conseguem sobreviver dentro do 
fagossomo, tendo capacidade de se replicar 
dentro dos macrófagos (resistência) – 
fagocitose acontece principalmente por causa 
dos PRR (receptores de reconhecimento de 
padrões) e TRL (tipo 2 e 4) – se encontram na 
membrana e reconhecem os PAMPs 
 
Plasmodium e Toxoplasmose gondii – moléculas 
de superfície (PAMP’s) reconhecidas pelas TRLs 
(tipo 2 e 4) 
 
Imunidade inata – Helmintos 
Tentativa de ação pelos fagossomos, porém 
são muito grandes; Ocorre então a secreção 
de substâncias microbicidas para fora da 
célula pelos fagócitos – possuem uma camada 
espessa formada por proteínas que é resistente 
às substâncias liberadas pelo fagócito – ocorre 
também a ativação do sistema complemento 
na tentativa (ativação alternativa) de eliminar 
o MO, com a formação da MAC – o poro 
MAD II – 5° período júlia colognezi 
também pode ser feito no helminto para 
tentativa de eliminação 
 
Imunidade adaptativa 
Parasitas intracelulares 
– Ativação do LTh1 e LTc (CD4 e CD8) 
- Produção de IFN – ativação de macrófagos 
- Ação do LTc (malária - hepatócitos) 
LTh1 – produz interferon, ativando macrófago 
LTc – ativa a proteínas FAS e libera enzimas 
degradaroras do tipo perforina; elimina a 
célula infectada 
 
CD8 elimina o antígeno pela estimulação da 
apoptose pela ativação das proteínas FAS, 
além da liberação de enzimas que fazem 
degradação tipo perforina, levando à 
formação de poros – aumento da produção de 
IgE pelo LB – o IgE consegue reconhecer o 
patógeno, resultando na ativação do sistema 
complemento pela via clássica, estimulando a 
fagocitose, fazendo a opsonização, gerando 
aumento de eosinófilos (possui receptor que se 
liga ao IgE – eosinófilo possui proteína em sua 
superfície que reconhece qualquer parte do 
IgE) 
 
Extracelulares 
Produz muito Ig (aumenta produção de IgE) 
- LTh2 - IL-4, IL-5 & IL-13. 
- IL-4: Estimulo de IgE —> aumento da ação de 
eosinófilos e mastócitos. Gera troca de isotipos 
- IL-5: estimula desenvolvimento e ativação de 
eosinófilos. 
- IL-13: aumenta a peristalse e secreção 
intestinal, pois a grande maior parte dos 
parasitas passam pelo intestino durante seu 
ciclo, resultando em sua eliminação 
 
 
 
Os eosinófilos liberam proteínas que, quando 
chegam à superfície da célula ou do parasita, 
resultam em sua morte – proteína catiônica dos 
grânulos 
Dentro dos grânulos dos eosinófilos, existem 
enizmas peroxidases que causam lesão tecidual 
 - O eosinófilo tem um receptor que liga no IgE. 
O IgE gruda no patógeno, o Eosinófilo que tá 
passando grua no IgE - degranula, libera os 
compostos tóxicos e mata o parasita. - 
 
 
 
Em alguns casos, o corpo não consegue 
eliminar os ovos dos parasitas; assim, ocorre o 
isolamento desses ovos pelo corpo através da 
formação de granulomas em volta dele, 
resultando no seu isolamento e impedindo com 
que o processo infeccioso se dissemine pelo 
corpo 
 
 
A ação dos antiparasitários acontece através 
da inibição de captação de glicose, o que 
gera falta de energia, pois estes não 
conseguem mais produzir ATP, gerando sua 
destruição 
 
Parasita é reconhecido pelo SI inata, parte é 
reconhecida, APC apresenta o antígeno via 
MHC (extra II, intra I), promovendo ativação de 
LT naive, se diferenciam e ativam. Se tiver a 
presença de infecção que necessita de 
produção em larga escala de Ig, ativação de 
L4 - O anticorpo produzido pelo LB ativado, 
MAD II – 5° período júlia colognezi 
se liga ao parasito. O eosinófilo vai lá e se liga 
ao IgE -> degranulação -> mata o parasita. 
 
L4 é principalmente liberado por Th2 
O eosinófilo reconhece a porção constante do 
IgE 
 
Formas de evasão 
 
 
Muda o antígeno – variação antigênica – 
muda a forma do parasita durante o ciclo de 
vida e a própria presença da resposta imune 
faz com que modifique a expressão de suas 
proteínas 
 
Terapêutica 
Antiparasitários 
Principal mecanismo: impossibilita o parasita de 
captar glicose

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes