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@veterinariando_ Definição “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial “– (IASP, 2020) A dor não é apenas uma experiência unicamente física, mas ela também tem um aspecto emocional de vivenciar a dor A dor é subjetiva Objetivo da dor Mecanismo de proteção do organismo Aprimoramento do reflexo de retirada (arco reflexo) Educação fisiológica Fuga de predadores Efeitos no organismo • Taquicardia • Aumento da pressão arterial • Aumento do catabolismo de proteínas – perda de massa muscular • Hiperglicemia • Aumento de cortisol que afeta o sistema imunológico • Aumento do risco de contrair infecções • Processos de hipercoagulabilidade • Retardo do esvaziamento gástrico e redução do peristaltismo • Alteração do sono-vigília • Pode acarretar ansiedade e depressão • Causa alterações afetivas como nas interações sociais e de comportamento • Causa alterações neurovegetativas como dos sinais vitais, presença de tremores • Causa alterações motoras com presenças de estereotipias e posição antálgica • Alterações comportamentais como agressividade, quietude entre outros comportamentos PARTE I Classificação da dor Geralmente resultado de lesões em tecidos Causada por irritação do nervo Envolvimento da dor nociceptiva e neuropática Sentida rapidamente em resposta à doença ou lesão É uma dor que geralmente desaparece dentro de um curto período Dor duradoura, que pode começar como dor aguda que se prolonga além do curso natural → São terminações nervosas livres que detectam informações nocivas ao organismo → Possui limiar de excitabilidade elevado e baixa sensibilidade → Há 2 tipos de fibras: fibras A delta (dor rápida) e fibras C (dor lenta) Fibras A delta – mielinizada, impulsos são mais rápidos Fibras C – não mielinizada, impulsos são mais lentos I. Transdução – o impulso doloroso é recebido pelo nociceptores e é transformado em potencial de ação II. Transmissão – o impulso é conduzido até a coluna posterior (medula espinhal) III. Percepção – o impulso é integrado e percebido como dor IV. Modulação – na medula espinhal o impulso é modulado antes de chegar a níveis superiores do SNC Num estímulo doloroso há liberação de glutamato Receptor AMPA – está relacionado com a recepção e condução da dor nociceptiva (dor de músculo, osso, pele e víscera) Receptor NMDA – está relacionado com a dor neuropática, esse receptor está fechado pelo magnésio, porém numa dor persistente o magnésio é expelido e o receptor é aberto a receber o estímulo doloroso Dor nociceptiva • Há estímulo de receptores AMPA • Relacionado muitas vezes a danos teciduais Dor de pele, músculo e osso É uma dor bem localizada, se apresenta com pontadas é contínua e aumenta ao pressionar o local da dor Dor nos órgãos internos É uma dor difusa, mal localizada é inespecífica, tipo cólica ou espasmos Dor neuropática • Há estímulo de receptores NMDA • Relacionado a degeneração de nervos (inflamação, infecção, autoimune) • Pode ocorrer também pela compressão de nervos • Acontece com frequência em pacientes que realizam quimioterapia ou radioterapia • É uma dor de forte intensidade é descrita como: queimação, choque, formigamento • Ocorre a diminuição da sensibilidade ao frio e ao calor e há uma percepção exagerada de dor naquela região Dor mista • É caracterizada pela junção da dor nociceptiva com a dor neuropática • Decorrente de lesão tecidual acompanhada de lesão de nervos adjacentes • É uma dor geralmente associada com a dor oncológica • A dor ciática é caracterizada como mista Dor aguda • Decorrência de lesões traumática, infecciosas ou inflamatórias • Tem como característica um início súbito ou recente e com duração limitada • É uma dor que tende a desaparecer com a resolução da lesão tecidual • Possui uma etiologia clara e bem definida • É fácil de manejar podendo ser resolvida com o uso de fármacos convencionais • Tem uma função biológica de alerta Dor crônica • Geralmente está associada a lesões persistentes e repetidas de origem inflamatória e/ou autoimune, que tem duração maior do que 3 semanas • Tem como características ser mal referida e de diagnóstico difícil → AINES + terapia não farmacológica → AINES + opioide fraco + terapia não farmacológica → AINES + opioide forte + terapia não farmacológica • Possui forte componente efetivo • É uma dor que está associada a diversas alterações, como: sono, apetite, libido e humor • Não possui função biológica de alerta, por isso é considerada doença – decorre em estresse físico, emocional, econômico e social Escada analgésica da oms É o principal parâmetro na definição do tratamento medicamentoso Ela é responsável por organizar e padronizar os esquemas analgésicos mais comuns Indica as classes medicamentosas e não os fármacos específicos: há liberdade de ajustes de acordo com o critério clínico → Intubação → Esofagite → Sutura de pele → Tratamento periodontal → Extração dentária → Cistite → Orquiectómica → OSH → Parto → Úlceras de córnea → Osteoartrite → Ortopedia → Toracotomia → Laparotomia Tratamento da dor neuropática Utilização de antidepressivos tricíclicos, como: amitriptilina, nortriptilina – atualmente não é recomendado como padrão ouro, devido aos seus efeitos adversos Utilização de gabapentinóides são o padrão ouro de tratamento, como: gabapentina e pregabalina Uso de quetamina Dor irruptiva/episódica É caracterizada como um dor prevê, frequentemente um surto intenso que pode acontecer durante o tratamento de uma dor crônica Pode durar 1h É feita dose de regaste da analgesia, geralmente é feito 10% da dose diária já administrada de opioide Qual o melhor fármaco? A escolha deve ser baseada na experiência do veterinário Escolher com base no histórico e reações do paciente Analisar as vias de acesso para administrar as medicações Promover conforto ao paciente Terapias não farmacológicas Laserterapia Acupuntura Ozônioterapia Desafios → Diversas fisiologias, devido a diversidade de pacientes atendidos → Diagnóstico difícil → Ausência de evidência cientificas → Medo no uso de opioides → A cultura do sofrimento Desafios do diagnóstico → Animais que são presas apresentam os parâmetros vitais alterados mesmo sem a presença de dor, o que acaba dificultando a avaliação clínica → Paralização mesmo com estímulo doloroso → Muitos animais mascaram os sinais clínicos Dor x nocicepção • Dor – experiência dolorosa que pode ser física ou emocional • Nocicepção – estímulo físico da dor, capacidade de sentir o quadro doloroso Répteis • Alguns estudos apontam que os répteis são capazes de produzir mais COX-1 que COX-2 em processos inflamatórios • Mito de que o único opioide que funciona nesses animais é o Butorfanol • Identificar dor: redução de comportamento normais, postura curvada, diminuição da ingestão de alimentos, letargia, alterações de coloração em pele, coceira em área afetada, aerofagia entre outros
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