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2021.2 – MED UNIFTC Laís Sena Turma A | TUT 03 | 5º Semestre Definição Hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário (atração) pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades. Etiologia o Devemos lembrar que além dos vírus A, B, C, D e E, existem outros vírus que podem gerar um quadro de hepatite virais como: o CMV, EBV, parvovírus, herpes e febre amarela. o No quadro abaixo está demonstrado as principais causas de hepatites agudas, sendo elas virais ou não-virais. Diagnósticos Diferenciais o Nem toda elevação de TGO e TGP corresponde a uma hepatite viral! As hepatites se confundem na maioria das vezes com outras doenças que também apresentam manifestações clínicas semelhantes, sejam elas infecciosas ou não. No quadro a seguir estão listadas algumas patologias que devemos levar em consideração durante a investigação. Epidemiologia o As hepatites virais têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e de médio e longo prazo quando da cronificação. o Elas virais são doenças de notificação compulsória, basta suspeitar dela que tem que ser preenchida a guia notificando a suspeita ou a confirmação da doença. o A hepatite C é a responsável pela maioria dos óbitos por hepatites, seguida pela Hepatite B. o Com relação a sua distribuição no Brasil, há uma variação da proporção de acordo com a região. Nota- se que quanto mais desenvolvida é a região, maior a quantidade das hepatites que tendem a cronificar. Nesse sentido é importante salientar que essa diferença talvez tenha relação com a falta de notificação, principalmente na região Norte e Nordeste. Hepatite A o O vírus da hepatite A (HAV) é do tipo RNA, classificado entre os picornavírus. o As principais vias de transmissão são a fecal-oral, por contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. o O período de incubação dura em média 28 dias, podendo variar de 15 a 45 dias. → O HAV é excretado nas fezes por 1 a 2 semanas antes do início dos sintomas e mantém-se por uma semana após o aparecimento do quadro clínico. Esta é, portanto, a fase de maior transmissibilidade da doença. o É uma doença autolimitada e de caráter benigno, ou seja, independente do tratamento médico a doença vai evoluir para a cura na grande maioria das vezes. → Os pacientes mais velhos costumam apresentar doença sintomática e de resolução mais lenta. o A insuficiência hepática aguda grave ocorre em menos de 1% dos casos. Este percentual é maior em pacientes acima dos 65 anos. o Em regiões menos desenvolvidas, as pessoas são expostas ao HAV em idades mais precoces, apresentando formas subclínicas ou anictéricas, que ocorrem, mais Gastroenterologia Gastroenterologia Hepatites Virais frequentemente, em crianças em idade pré-escolar. Muito provavavelmente, a maioria dos adultos já teve contato com ela por conta da forma de transmissão. o Possui esquema vacinal (vírus inativado) em duas doses, a partir dos 12 meses e a dose seguinte após 6 meses. Analise o gráfico a seguir: o Essa curva é de um paciente que teve o contato com o vírus da hepatite A e desenvolveu imunidade. Podemos perceber que primeiro houve o período de incubação após o contágio. o Há a eliminação do vírus nas fezes e quando aumenta essa eliminação começa a produção dos anticorpos de infecção aguda Anti-HAV IgM e de cronicidade/cura Anti-HAV IgG. A eliminação fecal do vírus termina quando o título de IgM aumenta. o Embora sejam produzidos no mesmo momento o IgM atinge um pico de produção mais rapidamente e então cai quando o IgG já está em uma porcentagem parecida com o nível de pico dela. O IgG permanece no indíviduo e após muitos anos a tendência é que diminua a sua concentração. Hepatite B o O vírus da hepatite B (HBV) é do tipo DNA, classificado entre os hepaDNAvírus. O período de incubação da infecção é de 45 a 90 dias, podendo se estender até 180 dias. o Pode ser transmitido por via parenteral, vertical (materno-infantil) e, sobretudo, pela via sexual, sendo considerada uma infecção sexualmente transmissível. → Na transmissão vertical, o risco de cronificação dessa doença nos RNs de gestantes com evidências de replicação viral (HBEAg reagente e/ou HBV DNA > 104) é de cerca de 70 a 90%. Evidenciando, a importância de pedir corretamente as sorologias para hepatite no pré-natal; → Ele pode ser detectado no sangue, saliva, semen, secreção vaginal, exsudatos serosos de ulceras cutâneas (importante transmisão na infância), liquor e leite materno. Ele permanece estável em superfícies inanimadas (mesas, bancadas...) por 7 dias. o O HBV é divido em 8 genomas, com características específicas, que vão do A ao H. No Brasil o A,D e F possuem uma maior prevalência. o Cerca de 5-10% dos adultos infectados chegam a fase crônica da doença. A grande maioria evolui para a cura. • Mecanismo de ação viral: É realizada por meio de agressão não direta ao hepatócito. Essa agressão é feita pelo sistema imunológico. Há a ativação de células natural-killers e células citotóxicas que vão promover a agressão no hepatócito. o No envoltório externo se encontra o antígeno de superfície HBsAg, quando ele está presente indica infecção pelo HBV. Contudo não informa se é aguda ou crônica. O anticorpo relacionado a esse antígeno é o Anti-HBsAg. o Na porção central do vírus (core), se encontra o genoma viral (DNA), o HBcAg e o HBeAg. Os anticorpo relacionado a esses antígenos são o Anti-HBcAg e o Anti-HBeAg, respectivamente. o Quem tem a hepatite B aguda pode permanecer com AgHBs reagente por até 24 semanas (6 meses). Após esse período de tempo, o indíviduo passa a ser classificado com portador crônico de hepatite B. ● Padrão sorológico o AgHBs: Primeiro a aparecer –> já no período de incubação o AgHBe: Marca a replicação viral –> presente na fase aguda E na infecção crônica. o Entenda o anti-HBc como o IgG. Então o paciente foi infectado e começou a produzir muito HBsAg até o momento que ele chega no pico de produção. Pouco depois do início da produção do antígeno o corpo reconhece a presença do antígeno e passa a responder com a produção dos anticorpos maracdores de infecção aguda (Anti-HBc IgM) e de cronificação/cura (anti-HBc IgG). A partir de 32 semanas após a exposição, é desenvolvido o anti-HBs, a presença desse anticorpo, junto ao Anti-HBc IgG reagente, confirma a cura dos pacientes que tiveram contato com o VHB. O perfil sorológico do paciente curado é: AgHBs -, anti-HBc IgG +, anti-HBc IgM -, anti-HBs +. Padrão sorológico de infecção aguda pelo VHB com recuperação. Padrão sorológico de infecção crônica pelo VHB. o Paciente é infectado e tal qual o primeiro paciente, inicialmente surge o AgHBs, em seguida os anticorpos IgM e IgG. Todos atingem o seu pico e o IgM então diminui, pois é marcador de infecção recente. Diferente do primeiro paciente, não há a queda do AgHBs de maneira que o anti-HBc se mantem com uma concentração próxima para tentar controlar esse antígeno. Nesse paciente não surge o anti-HBs. O perfil sorológico do paciente crônico é: AgHBs +, anti-HBc IgG +, anti-HBc IgM -, anti-HBs -. ● Triagem sorológica o Sabendo que 90-95% dos pacientes evoluem para a cura, deve-se triar os pacientes: → Com história de hemotransfusão; → Comunicantes sexuais (se um dos dois tem, testaremos tbm o parceiro) → Comunicantes domésticos (pois a transmissão se dá tbm por exsudatos) → Filhos de mães portadoras do VHB (transmissão vertical) → Pacientes HIV + → Pacientes renais crônicos, dialíticos (possibilidade de contaminação pois mesmo com todos oscuidados, a máquina não é exclusiva do paciente). → Gestantes (em todas as gestações que essa mulher tiver) ● Vacinação: o Dependente de idade: A imunização contra a hepatite B é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses). → Em recém-nascidos, a primeira dose da vacina deve ser aplicada logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso não tenha sido possível, iniciar o esquema, o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita ao Posto de Saúde e crianças/ adolescentes entre 1-19 anos. o Esse esquema de vacinação foi implementado em 1992, nesse sentido pessoas que nasceram antes desse ano não foram beneficiadas por esse programa de vacinação. Dessa maneira, pessoas com vida sexual ativa devem ser vacinadas. o A vacina, após administração do esquema completo, induz imunidade em 90% a 95% dos casos. o Independente de idade: → Vitimas de abuso sexual; → Acidentes com materiais biológicos; → Comunicantes sexuais de VHB; → Profissionais de saúde (mesmo que tenham sido previamente vacinados, se a titulação estiver baixa devem ser feitas 3 doses de reforço); → Hepatopatas crônicos; → Nefropatas crônicos; → Transplantados de orgãos sólidos; → Receptores de politransfusões; → Familiares que convivem com os portadores, ente outros. ● Imunoglobulina: o A imunoglobulina humana anti-hepatite tipo B (IGHAHB) deve ser aplicada por via intramuscular, dose única. É indicada para pessoas não vacinadas, após exposição ao VHB, nas seguintes situações: → Prevenção da infecção (Mãe portadora do VHB = Vacina + imunoglobulina); → Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por HBV, sem vacinação para hepatite B (Vacina + imunoglobulina); → Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B; → Vítimas de abuso sexual (Vacina + imunoglobulina); Imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados Hepatite C o O vírus C da hepatite (HCV) é do tipo RNA, semelhante aos flavivírus e classificado atualmente como um hepacivírus. Ele foi descoberto recentemente (1989). → Possui 6 genótipos (1-6), além de 50 subtipos (A,B,C ...). o É altamente mutante e tem a pior resposta ao tratamento, atualmente temos a capacidade de tratar 40% dos portadores do HCV, que irão receber as medicações mais modernas. o É o principal agente etiológico da hepatite crônica (=comorbidades, ex.: varizes exofágicas, hipertensão portal...), anteriormente chamada de não-A não-B. o O período de incubação da hepatite C é variável, podendo ir de 30 a 180 dias. o Mesmo com a crescente taxa de diagnósticos de esteatohepatite não-alcóolica que gera cirrose hepática, o maior responsável pela cirrose e transplante hepático no mundo ocidental. o Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral. → A transmissão sexual é pouco frequente – menos de 1% em parceiros estáveis – e ocorre principalmente em pessoas com múltiplos parceiros e com prática sexual de risco (sem uso de preservativo), sendo que a coexistência de alguma DST – inclusive o HIV – constitui-se um importante facilitador dessa transmissão. Não é considerada uma IST. → A transmissão por instrumentos que entram em contato com sangue ainda é questionada, como alicates e palitos. → A transmissão vertical é rara. o Populações de risco acrescido para infecção pelo HCV por via parenteral: → Indivíduos que receberam transfusão de sangue ou hemoderivados antes de 1993; → Usuários de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) ou pipadas (crack) que compartilham os equipamentos de uso; → Pessoas com tatuagens, piercings ou que apresentem outras formas de exposição percutânea (p. exs. consultórios odontológicos, podólogos, manicures, etc., que não obedecem às normas de biossegurança -> não estão estéreis). o Nem sempre o paciente consegue identificar quando foi infectado, e não importa muito pro tratamento esse conhecimento, então procuramos na anamnese algum indicio da época de contágio, levando em consideração as formas de transmissão. Se na história clínica ele relata sobre o comportamento sexual de risco, nós passamos a contar a partir desse momento a infecção. ! A cronificação corresponde a 70-85% dos casos. Não possue vacinação! o O exame é o Anti-HCV. Ele estando reagente pode ser interpretado de 3 maneiras: → Contato prévio com HCV e está em infecção aguda; → Contato prévio com HCV e está em infecção crônica; → Contato prévio com HCV e foi curado espontâneamente; o Como ele só demonstra o contato prévio com o HCV, faz-se necessário a solicitação da carga viral do paciente. Hepatite D o O vírus da hepatite Delta (HDV) é do tipo RNA, defectivo (“incompleto”), que necessita do vírus B para sua sobrevivência. É o único representante da família Deltaviridae. o Ele é satélite do HBV, então se encontrar esse vírus em um paciente, já se imagina que ele também está infectado pelo HBV. o A infecção delta crônica é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens em áreas endêmicas da Itália, Inglaterra e na região amazônica do Brasil. o Tem mecanismos de transmissão idênticos aos do HBV, ou seja, Parenteral, sexual e pode ocorrer a transmissão vertical, mas depende da replicação do HBV. o Os portadores crônicos inativos do vírus B são reservatórios importantes para a disseminação do vírus da hepatite delta em áreas de alta endemicidade de infecção pelo HBV. o A infecção aguda pelo HDV pode ocorrer de duas formas: coinfecção e superinfecção. → Na coinfecção adquirem-se, a um só tempo, o HBV e o HDV. → Na superinfecção o portador crônico de HBV adquire a infecção aguda pelo Delta. Hepatite E o O vírus E da hepatite (HEV) também é do tipo RNA, classificado como único membro da família Hepeviridae. o Sua transmissão fecal-oral. A interpessoal não é comum. o É uma doença autolimitada e pode apresentar formas clínicas graves, sobretudo em gestantes. o Exames solicitados: Anti-HEV total ou IgG e anti-HEV IgM. ● Janela imunológica: o A janela imunológica diz respeito ao tempo entre a infecção e o aparecimento do vírus nos testes sorológicos, nesse período o paciente mesmo infectado pode negativar o resultado. Então se o contato foi com o HBV os testes sorológicos são feitos após 60 dias e se foi com HCV após 120 dias (se o teste for o Elisa da 2ª geração). o Ex.: Um estudante da área da saúde relata ter entrado em contato com o HBV, mas está devidamente vacinado, o que se pode fazer? Pode- se usar a imuniglobulina (se a titulação estiver baixa) e aguardar 60 dias pra fazer a sorologia ou 25 dias pelo teste de biologia molecular. Quadro clínico o Geralmente tem boa evolução, principalmente as agudas. o Incubação: é o período que se estende desde o momento da contaminação até o aparecimento do primeiro sintoma. É variável conforme o tipo de vírus responsável. o Podrômico: Manifestações de quadro viral inespecífico (não sabe se é hepatite viral aguda, dengue,febre amarela, lepstospirose na fase inicial, entre outros). Geralmente dura 1 semana e o paciente pode ter sintomas como fadiga, anorexia, náuseas, mal-estar geral e adinamia, elevação da ALT/TGP geralmente é maior que da AST/TGO. o Estado: → Forma ictérica (4-6 semanas): Colúria (1º sintoma) seguida de ictericia, acolia fecal, melhora dos sintomas podrômicos, hepatomegalia dolorosa (70% dos casos) e esplenomegalia. → Forma anictérica (70% dos casos): Diagnóstico não chega a ser estabelecido o Convalescença: Sintomas desaparecem e laboratoriais tendem a normalidade; a maioria até o 4º mês. Para dizer que o paciente evoluiu para a cronicidade só depois de 6 mesesou 24 semanas! Níveis mais elevados de transaminases não guardam correlação direta com gravidade da doença, só o quadro clínico tem. Tratamento Geral o Remédios sintomáticos/Repouso/ Hidratação; o Aumento da ingestão de carboidratos simples e proteínas: tem apenas o valor de maior palatabilidade em paciente que cursa com hiporexia. o Evitar emprego de drogas que tenham potencial hepatotóxico, como o Paracetamol; o As drogas consideradas “hepatoprotetoras”, associadas ou não a complexos vitamínicos, não têm nenhum valor terapêutico; o Suspender ingestão de álcool por 6 meses; o A administração de corticosteróide é totalmente contra- indicada; o Vitamina K durante 1-3 dias pode ser recomendada nos casos de queda da atividade de protrombina; o Hepatite C aguda, particularmente, necessita de avaliação para indicação ou não de tratamento visto que o anti-hcv só indica a infecção e não o estado do quadro, então tem que pedir o exame de HCV-RNA qualitativo, se identificar material genético quer dizer que a doença tá aguda. → A importância disso é que é possível tratar o paciente com HCV aguda, existem drogas que fazem o tratamento e aumenta a chance de não evoluir para a cronicidade. → Soroconversão anti-HCV documentada, em pacientes com quadro clínico de hepatite aguda = Era crônico e virou agudo, daí pode até curar. → Quadro laboratorial de anti-hcv negativo com detecção do hcv-rna por biologia molecular (qualitativo). ● Critérios de cura: o Remissão dos sintomas, podendo persistir discreta adinamia e sintomas digestivos vagos; o Normalização das bilirrubinas, do tempo de protrombina, das aminotransferases (com pelo menos duas dosagens normais com intervalo de quatro semanas, devido à possibilidade de recrudescência). o Na HB o antígeno HBs tem tbm que desaparecer (geralmente é até 4 meses, mas podemos esperar até 6 meses) e na HC tbm tem negativar o HCV-RNA (carga viral). ! Não se esqueça! Logo após o recebimento do exame de anti-HCV reagente, solicita-se a investigação sérica do material genético do HCV. Não pode acompanhar paciente com hepatite C pelo anti-HCV porque uma vez positivo, fica sempre positivo. Hepatite B crônica o Doença necroinflamatória causada pelo VHB, com os seguintes critérios: → AgHBS + por mais de 6 meses; → DNA do VHB > 20.000 UI/mL → Elevações de transaminases e histologia compatível. → Pode ser AgHBe + ou AgHBe –. ● Quadro clínico: o Fase de tolerância: → Assintomáticos (porque o vírus não lesa diretamente o hepatócito); → Sem elevação de TGO/TGP; → Infância e adulto jovem; → Replicação intensa de VHB, elevada viremia, elevados níveis séricos de dna do VHB, expressão do AgHBe; → Limitada reatividade imunológica. o Fase de clareamento: Perda de tolerância = resposta imune celular com eliminação (morte) dos hepatócitos, flare de exacerbação ou pico de exacerbação (TGO/TGP > 10X lsn) e inicio da seroconversão (Surge antiHBe). → Paciente crônico pode apresentar durante a vida vários períodos de exacerbação e muitas vezes é em um desses períodos que há o diagnóstico de hepatite B crônico. → Quando há esse aumento exagerado do TGO/TGP ele tem sintomas de infecção aguda, como adinamia e mal-estar. o Fase de Integração e tolerância: → Os hepatócitos contendo DNA do VHB integrado continuam a expressão do AgHBs.(Uma característica desse vírus é que como ele é de DNA, ele consegue se integrar ao nosso DNA e utilizar da maquinária celular para produzir os antígenos dele). o Fase aguda: Faz os exames da imagem acima. IgM dá +, AgHBe- e AntiHBe + o Fase crônica: Faz-se a avaliação da função hepática também. Alguns pacientes precisam da biópsia, mas não são maioria. Utiliza esse exame mais em HCV do que na HBV. → A endoscopia é pra fazer acompanhamento da síndrome da hipertensão portal, que eles estão sujeitos. • Tratamento: Vai ser feito por 24 semanas. Não vão ser cobradas as drogas para o tratamento, estão listadas apenas a título de conhecimento. Hepatite C crônica o Anti HCV reagente por mais de 6 meses: é controverso porque dificilmente o paciente vai saber há quanto tempo tem o anti HCV. o Evolui de forma arrastada durante décadas. o Acarreta cirrsose, morbimortalidade alta, CHC. o Ausência de medidas profiláticas (ex.: imunoglobulinas ou vacinas) o Reversibilidade da cirrose: sem retração hepática ou HP; → Por isso é importante diagnosticar na fase aguda ou quem descobriu ao acaso e é assintomas. o Primeiro passo: Estadiar o paciente; → A biópsia hepática continua sendo o padrão-ouro para o estadiamento da hepatite crônica. o Os métodos não inavsivos são quando a biópsia não pode ser realizada, por exemplo quando o paciente tem uma coagulopatia importante: → A elastograma hepática transitória avaliada através do fibroscan (vê o grau de fibrose hepática); → A elastograma pela acoustic radiation dorce (ARFI); → A elastograma por ressonância nuclear magnética o Testes bioquímicos: mais validados; → O APRI (índice da relação AST/Plaquetas) → Fibrotest e Fibrometer → A genotipagem é importante porque alguns genótipos respondem melhor ao tto do que outros. ● Padrão sorológico: Nesse primeiro gráfico o paciente evoluiu para cura. Nesse segundo gráfico há a cronificação. As falhas nas placas dos HCV-RNA indicam os flares, a transaminase atinge os picos no momento de exacerbação e depois cai. ● Tratamento: o Os objetivos são: → Reduzir a progressão da doença; → Prevenir as complicações da cirrose; → Reduzir o risco de CHC o Orientações: → Não-consumo de bebidas alcoólicas, → Prevenção de co-infecção com HIV, → Controle de ISTs e metabólicos como hiperlipidemia, obesidade e DM. o O genótipo mais comum no Brasil é o 2,3.
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