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GUIA DEFINITIVO DE ATENDIMENTO PARA PRATICANTES E ATLETAS DE CROSSFIT Escrito por Douglas Muniz e Igor Nimrichter AJUDE O SEU PACIENTE A ATINGIR OS MELHORES RESULTADOS OLÁ PESSOAL, VOCÊ ACABA DE TER ACESSO EXCLUSIVO AO NOSSO MATERIAL FEITO PELO NOSSO GRUPO DE NUTRIÇÃO AVANÇADA EM CROSS. NOSSO OBJETIVO É TRAZER INFORMAÇÕES BASEADAS NAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS MAIS ATUAIS SOBRE NUTRIÇÃO NO MUNDO DO CROSSFIT. AVALIAÇÕES FÍSICAS, CÁLCULOS ENERGÉTICOS, PRESCRIÇÕES DIETÉTICAS, SUPLEMENTAÇÃO, DISCUSSÃO DE CASOS, ENTRE OUTROS. ALÉM DA TEORIA, VAMOS FALAR SOBRE COMO TUDO ISSO PODE SER APLICADO NA PRÁTICA! SE TIVER ALGUMA DÚVIDA ENTRE EM CONTATO CONOSCO NO NOSSO INSTAGRAM. CONVIDEM SEUS AMIGOS NUTRICIONISTAS E ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO PARA FAZER PARTE CLIQUE NO ÍCONE AO LADO E ACESSE A NOSSA PÁGINA https://www.instagram.com/nutriacross/ VIAS ENERGÉTICAS EMPREGADAS NA PRÁTICA DO CROSSFIT VOCÊ SABE O QUE É: METABOLISMO E BIOENERGÉTICA? Para compreendermos melhor as vias energéticas do nosso organismo, precisamos entender um pouco mais sobre esses conceitos. Metabolismo são todas as reações celulares que ocorrem em nosso organismo, incluindo vias bioquímicas que resultam na síntese de moléculas (reações anabólicas) e na quebra de moléculas (reações catabólicas). Enquanto que a bioenergética se refere ao processo no qual as células convertem os nutrientes oriundos da alimentação (carboidratos, proteínas e gorduras) em uma forma de energia biologicamente utilizável, que será aplicada em todas essas reações. 1 CONCEITOS COMPLEMENTARES CÉLULA MUSCULAR ESQUELÉTICA Nossa células funcionam como uma fábrica em nosso organismo, pois é lá que a geração de energia biologicamente utilizável irá de fato ocorrer. Quando correlacionamos com a prática esportiva, devemos focar principalmente nas células musculares, também chamadas de fibras musculares, e em seus compartimentos. 2 UNIDADE FUNCIONAL DO CORPO COMPARTIMENTOS DA CÉLULA MUSCULAR ESQUELÉTICA 1°) Membrana celular; 2°) Citosol; 3°) Núcleo; 3Fisiologia do exercício, 8ª edição TRIFOSFATO DE ADENOSINA (ATP) MOEDA ENERGÉTICA DO ORGANISMO Como foi dito, nosso corpo utiliza os nutrientes dos alimentos para conversão em energia. Essa energia utilizada por nós ocorre na forma de trifosfato de adenosina (ATP), sendo a principal molécula carreadora de energia em nosso organismo. A estrutura do ATP consiste em 3 partes principais: 1)Uma porção adenina; 2)Uma porção ribose; 3)Três fosfatos ligados; 4 Fisiologia do exercício, 8ª edição TRIFOSFATO DE ADENOSINA (ATP) MOEDA ENERGÉTICA DO ORGANISMO A formação de ATP ocorre a partir da combinação de uma molécula de difosfato de adenosina (ADP) e um fosfato inorgânico (Pi). Uma ampla quantidade de energia é utilizada e armazenada para que essa reação ocorra. Quando ocorre a quebra da molécula de ATP, a energia armazenada é liberada e utilizada para trabalho (ex: contração muscular). 5 ATP QUAIS SÃO AS VIAS ENERGÉTICAS? S I S T E M A D O F O S F O G Ê N I O ( V I A A T P - C P ) BIOENERGÉTICA S I S T E M A G L I C O L Í T I C O ( A N A E R Ó B I C O E A E R Ó B I C O ) B E T A - O X I D A Ç Ã O D E Á C I D O S G R A X O S 7 Devemos compreender que todas as vias energéticas atuam ao mesmo tempo, entretanto uma se torna predominante à outra, dependendo primordialmente de dois importantes fatores: • Intensidade • Tempo PREDOMINÂNCIA 8 É a via predominante em exercícios de alta intensidade e curta duração (duração menor que 5 segundos). É uma reação relativamente simples, catalisada pela enzima creatina quinase (CK), na qual uma molécula de ADP receberá um fosfato inorgânico, oriundo da fosfocreatina, resultando em creatina e ATP, que poderá ser quebrado para geração de energia. Esse processo ocorre no citol SISTEMA DO FOSFOGÊNIO Vantagens: rápido fornecimento de energia; Desvantagens: pouco fornecimento de enrgia; 9 VIA ATP-CP Exemplo: crossfit, corridas de curta duração (100 metros), natação, levantamento de peso olímpico, esportes de explosão É a quebra da glicose para geração de energia. A quebra do glicogênio para disponibilização de glicose também é incluída nesse processo. A glicólise ocorre no citsol, a partir do momento em que a via ATP-CP não se torna mais tão eficiente, ou seja, acima de 5-10 segundos. Esse sistema consiste inicialmente em duas fases: 1ª) Fase de pagamento, onde são usadas 2 moléculas de ATP. 2ª) Fase de coleta, onde ocorre a geração líquida de 2 moléculas de ATP, 2 moléculas de NADH e 2 moléculas de PIRUVATO, que irá gerar outros produtos dependendo da disponibilidade de oxigênio. Ausência de oxigênio: 2 moléculas de lactato; Presença de oxigênio: 2 moléculas de Acetil-Coa; VIA GLICOLÍTICA 10 É uma coenzima que apresenta dois estados: • Oxidado: NAD+ • Reduzido: NADH Uma das suas principais funções é de carrear íons hidrogênio e elétrons até a cadeia transportadora de elétrons, isso quando há oxigênio (o que ocorre na grande maioria das vezes). Sua produção é dependende do consumo adequado de vitaminas, em especial Riboflavina (B2). O FADH2 também é uma coenzima com dois estados: • Oxidado: FAD; • Reduzido: FADH2; Abordaremos melhor no ciclo de Krebs, mas essa coenzima também depende do consumo de vitaminas, em especial Niacina (B3) e que também tem como função carrear elétrons até a cadeia transportadora para geração de energia. VIA GLICOLÍTICA 11 O QUE É NAD e FAD? Na ausência de oxigênio ou pouca disponibilidade, a glicólise será anaeróbica, cujo produto de sua reação será o lactato. O NADH gerado na fase de coleta da glicólise precisa doar seus íons hidrogênio para que a reção continue ocorrendo. Como não existe oxigênio, a geração de energia na mitocôndria não ocorre. Com isso, o piruvato receberá esses íons, fazendo com que o NADH retorne a sua forma oxidada para que a glicólise continue. A enzima que catalise essa reação é a lactato desidrogenase (LDH) e que irá resultar em duas moléculas de lactato. VIA GLICOLÍTICA 12 ANAERÓBICA Exemplos clássicos: musculação (momento de realizar as séries de contração rápida) e o crossfit também. Quando o exercício perdura por mais tempo e o oxigênio torna-se disponível, a glicólise será aeróbica. Nesse momento, as moléculas de piruvato conseguem alcançar a mitocôndria e por meio do complexo piruvato desidrogenase dar origem ao Acetil-Coa. A glicólise aeróbica ocorre pela interação de duas vias importantes: ciclo de Krebs e cadeia trasnportadora de elétrons (fosforilação oxidativa). VIA GLICOLÍTICA 13 AERÓBICA Exemplo clássico: esteira de 25-30 minutos ou o próprio período total de musculação (~1 hora). • Processo ocorre na mitocôndria; • Piruvato é convertido em Acetil-Coa pela enzima piruvato desidrogenase; • Enzima citrato sintase forma o citrato, a partir da condensação do acetil-coa com o oxaloacetato, o que dará início ao ciclo; • Objetivo é completar a oxidação do substrato (carboidrato, proteína e/ou gordura), usando NAD+ e FAD como trasnportadores de energia. • Saldo: 3 moléculas de NADH, 1 de FADH2 e 1 ATP, por ciclo; • Processo ocorre na matriz mitcondrial; • Doação de elétrons e íons H+ por parte do NADH e FADH para a cadeia transportadora. • Diferença de potencial entre o espaço intermembranas e a matriz mitocondrial permite o retorno dos íons pelo complexo V da cadeia; • Oxigênio aceptor final de elétrons; • Complexo V (ATP sintase) = produção de ATP; • Saldo: 36 moléculas de ATP; VIA GLICOLÍTICA 14 CICLO DE KREBS FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA AERÓBICA É a utilização dos ácidos graxos para geração de energia. Esse é um processo mais demorado do que as outras vias energéticas, porém o saldo final de ATP é muito superior (mais de 100 moléculas de ATP dependendo do ácido graxo oxidado). Devemos lembrar que a lipólise (quebra dos triglicerídeos) ocorre no citosol, porém a beta-oxidação de fato ocorrena mitocôndria. Esse é um processo dependente da atividade da enzima carnitina palmitoil transferase 1 e 2, que serão as responsáveis por transportar o ácido graxo até a mitocôndria. 15 BETA-OXIDAÇÃO Exemplos clássicos: maratona, prova de ironman (acima de 2 horas de exercícios). O que vai ditar a via energética utilizada será a intensidade e o tempo da atividade, como vimos nos exemplos anteriores. Caso você não conheça o crossfit iremos te explicar um pouco. Consiste em um treinamento intervalado de alta intensidade que mescla movimentos, como levantamento de peso olímpico, pliometria, saltos em caixas, levantamento de kettlebell, calistenia, corrida e pulos de corda. Se destaca por ser um esporte bem competitivo e "gameficado" o que atrai muitas pessoas que acham as academias monótonas. Correr 1,5km 100 barras 200 flexões 300 agachamentos Correr 1,5km *Rendimento medido pelo tempo até o término do exercício 16 QUAIS AS VIAS PREDOMINANTES NO CROSSFIT? Exemplo de um treino: MURPH Sendo assim, a via ATP-CP e a glicolítica anaeróbica são as vias predominantes para fornecer substrato energético de forma mais rápida para a execução das atividades propostas no crossfit. Isso nos dá muitas formações sobre a conduta dietoterápica e os suplementos que podem ser usados para melhorar a performance desses atletas. QUAIS AS VIAS PREDOMINANTES NO CROSSFIT? 17 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO ATLETA OU PRATICANTE É comum recebermos praticante de Crossfit que têm como objetivo ganhar massa muscular, perder gordura, ou os dois ao mesmo tempo. Nesse momento, é fundamental uma avaliação física precisa. Ela servirá como uma base para os próximos passos, incluindo a escolha da melhor estratégia nutricional. AV. NUTRICIONAL Caso ela não seja feita da melhor forma, isso pode comprometer o cálculo dos gastos energéticos, a divisão de macronutrientes, e consequentemente, os resultados do paciente. 19 POR QUE É TÃO IMPORTANTE? D E X A QUAIS SÃO AS FORMAS DE AVALIAR A COMPOSIÇÃO CORPORAL ? B I O I M P E D Â N C I A D O B R A S C U T Â N E A S ( A D I P Ô M E T R O ) 20 DEXA O QUE É DEXA? Densitometria por emissão de raio x de dupla energia é um método utilizado para se obter a avaliação da composição corporal, tanto massa magra quanto massa gorda, além da densidade óssea do indivíduo. O DEXA normalmente é realizado de corpo inteiro, no qual o paciente deve deitar sobre o apoio do equipamento, enquanto que o leitor passa por todo o seu corpo, como de fato um raio x. É o método padrão ouro para avaliação da composição corporal. 21 Não é comum nos consultórios devido ao seu alto custo e tamanho. BIOIMPEDÂNCIA BIOIMPEDÂNCIA A Bioimpedância elétrica é um método que têm como objetivo avaliar a composição corporal e o nível de hidratação de um indivíduo. Ela consiste em um aparelho com eletrodos acoplados, onde os mesmos entrarão em contato com as extremidades do corpo humano. Através desses eletrodos, será emitida uma corrente elétrica de baixa intensidade que irá percorrer todos os tecidos corporais. ELETRODOS O QUE É BIOIMPEDÂNCIA? 23 Eickember, 2011 BIOIMPEDÂNCIA Tecidos magros são altamente condutivos por conta da presença de grande quantidade de água e eletrólitos, apresentando baixa resistência à passagem de corrente elétrica. Tecidos como a gordura, ossos e a pele são meios de baixa condutividade, por isso, possuem uma alta resistência a passagem da corrente elétrica. Através dessa diferença de condutividade dos tecidos, o aparelho de bioimpedância consegue fazer a leitura da composição corporal do indivíduo, TIPOS DE TECIDO 24 Eickember, 2011 BIOIMPEDÂNCIA 25 Além de conseguir avaliar o estado nutricional do paciente como percentual de gordura e de massa livre de gordura, a bioimpedância também consegue avaliar o nível de hidratação. Os aparelhos mais avançados conseguem avaliar o nível de água intra e extracelular, inclusive. BIOIMPEDÂNCIA Existem bioimpedâncias de diversos valores, podendo variar de R$ 600,00 até R$ 100.000. Obviamente, elas não são iguais, aquelas mais caras vão apresentar um valor mais fidedigno do que modelos mais baratos. Atualmente, a linha InBody é considerada a melhor marca com venda nacional (modelo mais básico da marca custa em torno de R$ 30.000) Outro ponto importante é que por esse método utilizar a água contida em nossos tecidos para mensurar a composição corporal, caso o paciente esteja desidratado ou retendo líquidos, isso poderá influenciar diretamente no resultado do exame. Estima-se que essa variação pode ser de 1-3% nos parâmetros, comprometendo a leitura das evoluções do paciente. BIOIMPEDÂNCIA BIOIMPEDÂNCIA E HIDRATAÇÃO Por conta disso, é imprescindível uma padronização para manter o estado de hidratação do paciente estável no dia do exame. Esse protocolo deve ser enviado e seguido pelo paciente da forma mais rigorosa possível. Entre os fatores a serem padronizados, podemos citar: uso de diuréticos, ciclos mentruais, exercícios físicos, etc. Mais detalhes na próxima tabela. 26 BIOIMPEDÂNCIA PADRONIZAÇÃO PARA UMA AVALIAÇÃO Também devemos considerar que podem existir fatores que vão influenciar na perda ou retenção de líquidos e que dificilmente poderemos controlar, como a temperatura do ambiente, umidade relativa do ar, etc. Para casos como esses, o ideal seria utilizarmos outra forma de avaliação como parâmetro, como as dobras cutâneas, por exemplo. Alimentação Realização de atividades físicas Ingestão de álcool e líquidos nas horas próxima ao exame Uso de diuréticos farmacológicos e fitoterápicos Estado de desidratação e retenção de líquidos Ciclos menstruais (Realizar o exame em outra data) 27 OUTRAS VARIÁVEIS BIOIMPEDÂNCIA 28 - 114 lutadores foram avaliados para determinação da composição corporal pelos métodos de bioimpedância e dobras cutâneas, durante os estados de hidratação e desidratação. - Por bioimpedância: Durante o estado de desidratação, os atletas apresentaram um percentual de gordura 1,8% maior do que no estado de hidratação. HIDRATADOS DESIDRATADOS BIOIMPEDÂNCIA DOBRAS CUTÂNEAS DOBRAS CUTÂNEAS COMO FUNCIONA? O objetivo da avaliação nutricional por dobras cutâneas é estimar o percentual de gordura corporal do paciente. Para isso, é necessário o uso de um instrumento para medir a espessura da pele aferida em alguns pontos corporais estratégicos. O principal instrumento para avaliação por dobras cutâneas é o adipômetro. As dobras cutâneas são: axilar medial, abdominal, bicipital, coxa, suprailíaca, tricipital, subescapular, torácica e panturrilha medial. 30 ADIPÔMETRO DOBRA TORÁCICA DOBRAS CUTÂNEAS PADRONIZANDO A AVALIAÇÃO Para um bom acompanhamento do progresso dos nossos pacientes, é importante que haja também a padronização do avaliador, das dobras utilizadas e também da equação para estimar o percentual de gordura. Algumas equações e dobras são mais indicadas para públicos específicos. Falaremos mais sobre isso nas próximas páginas. Padronização da equação e dobras: É fundamental utilizarmos sempre as mesmas ao longo de todo acompanhamento para não interferir na leitura dos resultados. 31 CONSULTAS DOBRAS CUTÂNEAS Padronizando o avaliador: É comum que ocorra variações entre as avaliações de profissionais, por mais que eles utilizem a mesma metodologia e os mesmos equipamentos. Por isso, a padronização do avaliador também será importante. Interprete o desenvolvimento do seu paciente através das avaliações de um mesmo avaliador, de preferência, que seja você mesmo(a). PADRONIZANDO A AVALIAÇÃO 32 CONSULTAS DOBRAS CUTÂNEAS SOMATÓRIO DE DOBRAS 33 1ª Consulta Somatório das dobras: axilar medial + abdominal + bicipital + coxa + suprailíaca + tricipital + subescapular + torácica + panturrilha medial = 100mm 2ª Consulta Somatório das dobras:axilar medial + abdominal + bicipital + coxa + suprailíaca + tricipital + subescapular + torácica + panturrilha medial = 92mm Podemos concluir que o nosso paciente perdeu gordura corporal. O somatório de dobras funciona muito bem como um método complementar, Um outro excelente parâmetro para comparação é o somatório das dobras cutâneas. Desta forma, é possível analisar o paciente de forma geral, sem o uso equações. Por exemplo: EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO DE DOBRAS CUTÂNEAS DC: EQUAÇÃO DE FAULKNER 35 DOBRAS MEDIDAS Tricipital Subescapular Suprailíaca Abdominal FÓRMULA Fórmula: G% = Σ4 medidas x 0,153 + 5,783 Σ = Somatório das dobras avaliadas PARA QUEM É INDICADA Homens jovens e treinados PARA QUEM NÃO É INDICADA Mulheres, idosos e crianças DC: POLLOCK 7 DOBRAS 36 DOBRAS MEDIDAS Subescapular Axilar medial Tricipital Coxa FÓRMULA H: [1.112- 0.00043499 x (Σ 7 dobras) + 0.00000055 x (Σ 7dobras)2 - 0.00028826 x (idade)] M: 1,097 - 0,00046971 (Σ 7 dobras) + 0,00000056 (Σ 7 dobras²) - 0,00012828 (idade) Σ = Somatório das dobras avaliadas PARA QUEM É INDICADA Mulheres treinadas e destreinadas, homens sedentários e idosos PARA QUEM NÃO É INDICADA Homens jovens e treinados Suprailíaca Abdominal Peitoral ENTENDENDO CADA UMA A equação de Faulkner vai apresentarum resultado mais fidedigno para homens jovens e treinados. Isto acontece, pois leva em consideração dobras cutâneas em regiões do corpo onde os homens tendem a ter um maior acúmulo de gordura (abdômen, costas, etc). Quando usamos a equação de Pollock, que leva em consideração a coxa (local do corpo onde homens no geral têm um baixo acúmulo de gordura), o resultado poderá subestimar o percentual de gordura, apresentando um valor menor do que o real. QUAL A DIFERENÇA? 37 Faulkner x Pollock Neto, 2007 ENTENDENDO CADA UMA O mesmo erro acontece quando usamos a equação de Faulkner para mulheres. Fisiologicamente, mulheres tendem a armazenar maior quantidade de tecido adiposo na região glúteo- femural. Logo, quando usamos a equação de Faulkner (que não leva em consideração a dobra da coxa), existe uma enorme chance de subestimar o percentual de gordura, apresentando um valor menor do que o real. Logo, para mulheres a equação mais indicada será a de Pollock 7 dobras. 38 Faulkner x Pollock QUAL A DIFERENÇA? Neto, 2007 BIA X DC MAIS BARATO NÃO DEPENDE DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO É POSSÍVEL AVALIAR PACIENTES OBESOS INVIÁVEL EM PACIENTES OBESOS DEPENDE DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO 39 BIOIMPEDÂNCIA X DOBRAS CUTÂNEAS MAIS CARO OBSERVAÇÕES FINAIS ENTENDENDO O NOSSO GASTO ENERGÉTICO Consumo de calorias maior do que o gasto. Ganho de peso. Quando a dieta for bem planejada, maior ganho de massa magra do que gordura. Pode melhorar a performance do atleta/praticante. Consumo de calorias menor do que o gasto. Perda de peso. Quando a dieta for bem planejada, maior perda de gordura em relação a massa muscular. Pode prejudicar a performance do atleta/praticante. CONCEITO DE BALANÇO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO SUPERÁVIT CALÓRICO DÉFICIT CALÓRICO 41 - TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) - EFEITO TÉRMICO DOS ALIMENTOS (ETA) - NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA (AF) COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO COMO NOSSO CORPO GASTA ENERGIA? ENTENDENDO O BÁSICO 42 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 Representa a energia gasta por um indivíduo em repouso, em um ambiente termicamente neutro, pela manhã, ao acordar após 12 horas de jejum. A quantidade de massa magra desse indivíduo também irá interferir no gasto. Em menor extensão, outros fatores como idade, sexo e genética também podem influenciar. TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) Esse gasto representa 60% a 75% do custo energético diário e inclui a energia gasta com a bomba de sódio- potássio, síntese dos componentes do organismo, a energia necessária para o funcionamento dos sistemas cardiovascular e respiratório e a energia despendida pelos mecanismos termorregulatórios para manter a temperatura corporal. 43 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 A condição basal não é encontrada nas situações clínicas habituais. Para isso, usamos o cálculo de Taxa Metabólica de Repouso (TMR). É o gasto energético em um ambiente que não é termicamente neutro, enquanto o indivíduo está recebendo medicamentos ou alimentado. Essa taxa é em média 10% maior do que a TMB. TAXA METABÓLICA DE REPOUSO (TMR) Basicamente, podemos considerar a TMR como a Taxa Metabólica Basal + Efeito Térmico dos Alimentos (ETA) TMR = TMB + ETA 44 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 É a energia gasta na digestão, transporte, transformação e armazenamento dos substratos energéticos inclui um componente de termogênese obrigatória e um componente de termogênese facultativa ou regulatória. Para uma dieta mista habitual, o efeito térmico em teoria é de 5-7% do seu conteúdo energético. EFEITO TÉRMICO DOS ALIMENTOS (ETA) Ou seja, em uma dieta mista padrão, gastamos de 5-7% do seu conteúdo energético para sua própria metabolização. Alguns alimentos podem apresentar um maior gasto para ser metabolizado, por exemplo, aqueles ricos em proteína. 45 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 Proteínas: 20 - 30% Carboidratos: 5 - 10% Lipídeos: 0 - 3% TABELA DE PONTECIAL TERMOGÊNICO DOS MACRONUTRIENTES 46 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 Já a energia empregada para realizar trabalho mecânico externo representa 15% a 30% do gasto energético diário e varia com o nível de atividade física do indivíduo. Para essa variação, devemos considerar trabalho mecânico como locomoção, serviço, transporte de cargas, etc. NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA (AF) Em caso de atletas, é importante considerarmos quantas são as horas de treino diários e sua intensidade. 47 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO ENTENDENDO O BÁSICO J.R.C. Diener, 1997 NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA (NAF) 15 - 30% EFEITO TÉRMICO DOS ALIMENTOS (ETA) 10% TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) 60 - 75% (ETA) 10% OBSERVAÇÃO: (TMB) 60 - 75% (TMR) 70 - 85% 48 COMO CALCULAR O GASTO ENERGÉTICO DO ATLETA OU PRATICANTE IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FÍSICA ENTENDENDO O CÁLCULO J.R.C. Diener, 1997 Uma boa avaliação física é fundamental para um cálculo de gasto energético preciso. Tecidos musculares e tecidos adiposos demandam quantidades diferentes de energia. Por isso, antes de calcular o gasto energético total do nosso paciente, precisamos saber sua composição corporal. AVALIAÇÃO FÍSICA E GET Tecido muscular: Gasto de 13 kcal/kg Tecido adiposo: Gasto de 4,5 kcal/kg Logo, indivíduos com mais massa muscular apresentarão um gasto energético total (GET) um pouco mais elevado do que aqueles com menos. 50 CALORIMETRIA INDIRETA - PADRÃO OURO CALCULANDO A TMR J.R.C. Diener, 1997 Exame para medir a taxa metabólica de repouso. Nosso organismo consome uma quantidade fixa de oxigênio para cada caloria oxidada. Pela diferença entre a quantidade de oxigênio no ar inspirado e expirado, o aparelho calcula com precisão quantas calorias estão sendo oxidadas. CÁLCULO DE TMR - CALORIMETRIA INDIRETA PADRÃO OURO 51 CALORIMETRIA INDIRETA - PADRÃO OURO CALCULANDO A TMR J.R.C. Diener, 1997 A duração do exame depende da obtenção de um estado de equilíbrio metabólico e respiratório, caracterizado pela estabilidade da leitura dos valores. Esta condição de equilíbrio é reconhecida quando o volume de oxigênio (VO2) e a produção de gás carbônico (VCO2) variam menos de 10% em um intervalo de tempo de cinco minutos. CÁLCULO DE TMR - CALORIMETRIA INDIRETA PADRÃO OURO 52 O dispêndio energético medido nesse intervalo de cinco minutos é extrapolado para 24 horas, dessa forma é possível representar o gasto energético de repouso diário. Custo em média de um bom aparelhode Calorimetria Indireta: R$ 75,000. CALORIMETRIA INDIRETA - PADRÃO OURO CALCULANDO A TMR Devido ao alto custo em sua aquisição, nem todos os profissionais nutricionistas poderão ter acesso ao método padrão ouro para aferição do gasto energético. Sendo assim, o profissional deverá usar equações preditivas para se obter uma estimativa do gasto do paciente. CÁLCULO DE TMR - CALORIMETRIA INDIRETA AUSÊNCIA DO MÉTODO PADRÃO OURO 53 Em casos de atletas ou indivíduos que seguem de fato o planejamento alimentar, ou que apresentam certa constância nos hábitos alimentares, o consumo usual (anamnese) se torna um preditivo mais interessante do valor energético diário quando comparado ao uso de equações previamente prontas. FÓRMULAS DE PREDIÇÃO Fórmulas de predição são fórmulas dedutivas da taxa metabólica de repouso de um determinado grupo de indivíduos. Sua elaboração leva em conta diversas variáveis como idade, sexo, altura, peso total ou massa livre de gordura, cujo objetivo é estimar de forma mais fidedigna possível quanto aquele grupo gasta de energia, sem levar em conta gastos energéticos por atividade física. QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO O cálculo da taxa metabólica em repouso (TMR) é de grande importância para se saber o quanto o indivíduo deve ingerir parar alcançar seus objetivos. Com base nisso, Tinsley e colaboradores (2018) realizaram uma pesquisa para se determinar quais fórmulas de predição seriam mais interessantes para o cálculo da TMR em comparação com o método padrão ouro (calorimetria indireta). 55 QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO 56 O estudo utilizou 27 atletas de fisiculturismo* na faixa de 25 anos, dos quais 17 eram homens (aproximadamente 12,5% de gordura corporal) e 10 mulheres (aproximadamente 19,2% de gordura corporal). A referência da TMR foi obtida por meio de 3 equipamentos de calorimetria indireta: ParvoMedics, Cosmed e Breezing. As equações de predição foram baseadas em peso corporal ou DEXA* e massa livre de gordura. ATLETAS DE FISICULTURISMO OBSERVAÇÃO FISICULTURISTAS Devemos lembrar que fisiculturistas apresentam um menor percentual de gordura, ou seja, a proporção de tecido magro é maior quando comparada ao tecido gordo. Consequentemente sua taxa metabólica em repouso tende a ser elevada (tecido muscular = 13kcal/kg e tecido gordo = 4,5kcal/kg). O esperado é que a fórmula preditiva mais assertiva apresente um resultado mais elevado e próximo do padrão ouro. 57 Em alguns casos, a composição corporal de fisiculturistas pode se assemelhar muito com a de atletas de Crossfit de elite: Alta proporção de massa magra para um baixo percentual de gordura. QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO • 27 atletas de fisiculturismo; • Homens e mulheres de aproximadamente 25 anos; • Média de 94 e 63kg respectivamente; • Métodos utilizados: • DEXA; • Calorimetria indireta (3 aparelhos diferentes); • Equações prontas; • Avaliar qual seria a mais assertiva para o cálculo da TMB dos participantes 58 59 Fórmulas de predição avaliadas Co m b as e no p es o liv re d e go rd ur a Co m b as e no p es o to ta l 60 Taxas metabólicas de repouso estimadas em homens Ca lo rim et ria In di re ta Fó rm ul as ba se ad as e m pe so to ta l Fó rm ul as ba se ad as e m m as sa l iv re d e go rd ur a Taxas metabólicas de repouso estimadas em mulheres QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO As equações que não diferenciaram massa gorda de massa livre de gordura, ou seja, utilizaram peso total, subestimaram a TMR dos homens e apenas em algumas mulheres. Isto é, apresentaram um valor menor do que o da calorimetria indireta. 61 RESULTADOS As equações que utilizaram massa livre de gordura apresentaram os resultados mais próximos do padrão ouro, ou seja, da calorimetria indireta. QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO 62 • Cunninghan e Tinsley - utilizando a massa livre de gordura; • Tinsley - utilizando o peso total; Equações mais assertivas para o cálculo da TMR dos fisiculturistas do estudo: QUAIS SÃO AS MAIS EFICIENTES? FÓRMULAS DE PREDIÇÃO 63 PODEMOS CORRELACIONAR ATLETAS DE FISICULTURISMO E CROSSFIT? Por que a fórmula de tinsley/cunnighan também pode ser usada para atletas de crossfit? Atletas ou indivíduos muito ativos costumam realizar mais de 1 treino por dia, os quais predominantemente ocorre de forma intensa. Normalmente apresentam IMC de eutrofia ou sobrepeso, isso porque a massa muscular desses Indivíduos costuma ser alta. De forma resumida, atletas ou indivíduos mais fisicamente ativos normalmente apresentam um alto gasto energético pela sua rotina de treino e composição corporal, logo as fórmulas de tinsley/cunnighan são as mais interessantes. A T L E T A S QUAL FÓRMULA USAR ? E para outros públicos? Qual seria a fórmula mais indicada? S O B R E P E S O / O B E S I D A D E E U T R Ó F I C O S RESUMINDO FÓRMULAS DE PREDIÇÃO Para atletas ou indivíduos que treinam de forma intensa e se alimentam de maneira adequada: 64 • Peso total (PT): Tinsley = (24,8 x PT) + 10 • Massa livre de gordura (MLG): Tinsley = (25,9 x MLG) + 284 Cunningham (1980) = (22 x MLG) + 500 PARA ATLETAS Tinsley, 2018 RESUMINDO FÓRMULAS DE PREDIÇÃO Para pessoas com sobrepeso e/ou obesidade uma outra fórmula se mostrou mais interessante: • Mifflin-St Jeor Homens: (9,99 x peso) + (6,25 x altura em cm) - (4,92 x idade) + 5 Mulheres: (9,99 x peso) + (6,25 x altura em cm) - (4,92 x idade) - 161 65 PARA PESSOAS COM SOBREPESO E OBESIDADE Tinsley, 2018 RESUMINDO FÓRMULAS DE PREDIÇÃO PARA EUTRÓFICOS (PESO DE ACORDO COM A ALTURA) Já para os eutróficos: • OMS/FAO Homens: 15,3 x peso + 679 Mulheres: 14,7 x peso + 496 66 Tinsley, 2018 FATOR ATIVIDADE Já a energia empregada para realizar trabalho mecânico externo, representa 15% a 30% do gasto energético diário e varia com o nível de atividade física do indivíduo. Para essa variação, devemos considerar trabalho mecânico como locomoção, serviço, transporte de cargas, etc. MENSURANDO AS ATIVIDADES 68 METs: MÉTODO DE EQUIVALENTE METABÓLICO Método de equivalente metabólico, no qual existem valores tabelados para cada tipo de atividade física. Para 1 MET temos: (1 kcal x peso do Indivíduo x tempo em horas da atividade realizada) Os valores podem variar bastante. Um treino de musculação pode apresentar um MET = 6, enquanto o Crossfit MET = 8. MENSURANDO AS ATIVIDADES METs: MÉTODO DE EQUIVALENTE METABÓLICO Exemplo prático: 1 hora de academia MET = 6 Peso do paciente = 80kg 6 x 80kg x 1 (tempo em horas Resultado = 480 kcal Porém, o método de equivalente metabólico não é muito indicado pois superestima na maioria das vezes o gasto energético. Isto é, apresentar um valor de gasto maior do que o real. 69 MET tabelado para academia = 6 MENSURANDO AS ATIVIDADES NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA Fator atividade são fatores também tabelados que levam em conta o quão ativo o indivíduo é, sendo: Sedentário, pouco ativo, moderadamente ativo e muito ativo (tabela brasileira). Existem tabelas que levam apenas em conta sedentário, moderadamente ativo e muito ativo. 70 Sedentário ou atividades leves: 1,0 - 1,4 Pouco ativo: 1,4 - 1,6 Ativo ou moderadamente ativo: 1,6 - 1,9 Muito ativo: 1,9 - 2,5 MENSURANDO AS ATIVIDADES NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA Devemos levar em consideração também o NEAT (termogênese de atividade sem exercício). Essa variável é bem negligenciada por boa parte dos profissionais, mas que deve ser considerada para se ter uma aproximação mais fidedigna do GET do paciente. 71 O NEAT compreende atividades como dançar, passar o dia trabalhando em pé, brincar, ir a péao mercado, varrer a casa. Essa variável é importante pois através dela podemos considerar se o indivíduo tem um dia mais tranquilo ou mais agitado, o que reflete no fator atividade física. CALCULANDO O GET Cálculo do gasto energético total (GET) é realizado por meio da taxa metabólica em repouso (TMR), a qual representa 50-70% das calorias que necessitamos, mais o gasto energético por atividade (GAF), o qual representa 20-30% das calorias necessárias. CALCULANDO O GET COMO FUNCIONA O CÁLCULO DO GET Com a escolha adequada da fórmula preditiva de acordo com o indivíduo, o valor obtido deverá será multiplicado pelo GAF (gasto por atividade física). A fórmula pode ser expressa da seguinte maneira: 73 No gasto por atividade física podemos levar em consideração a tabela de fator de atividade por ser mais fidedigna quando comparada aos MET's. Lembrando que não devemos levar apenas em consideração o tipo e intensidade do exercício em conta, mas todas as atividades do dia daquele indivíduo (NEAT). GET = TMR x FA CALCULANDO O GET Exemplo: Indivíduo que treina com intensidade e regularidade, se alimenta de forma saudável, mas no restante do dia permanece em um escritório trabalhando. Seu gasto não deve ser considerado como muito elevado, mas sim provavelmente moderadamente ativo. COMO FUNCIONA O CÁLCULO DO GET 74 Gasto por atividade muito elevados podem ser utilizados para atletas que treinam mais de 1 vez por dia (2-3 horas de treino), professores de educação física, trabalhadores braçais, etc. HORA DE APLICAR C A L C U L A N D O O G E T J.D.S.T: Homem, 27 anos, relata que têm facilidade em ganhar peso. Atividade física: Faz um treino completo pela amanhã, incluindo um W.O.D com cargas e movimentos de nível avançados. De noite treina novamente, seguindo uma planilha individualizado com cargas e movimentos menos intensos. No resto do dia, costuma trabalhar sentado em um escritório de administração, porém tem o hábito de ir ao trabalho de bicicleta. CASO 1 P E S O : 8 0 K G % D E G O R D U R A E S T I M A D O : 1 2 Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 8 2 M M A S S A G O R D A : 9 , 6 K G M A S S A L I V R E D E G O R D U R A : 7 0 , 4 K G 76 1º Passo: Calculando a Taxa Metabólica de Repouso (TMR). Fórmula de predição para Atletas e indivíduos ativos: CASO 1 Tinsley (massa livre de gordura) (25,9 x 70,4) + 284 --> 2107 kcal Cunnighan (massa livre de gordura) (22 x 70,4) + 500 --> 2048 kcal P E S O : 8 0 K G % D E G O R D U R A E S T I M A D O : 1 2 Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 8 2 M M A S S A G O R D A : 9 , 6 K G M A S S A L I V R E D E G O R D U R A : 7 0 , 4 K G Valores parecidos. Como o indivíduo relata facilidade para ganhar peso, podemos nos guiar pela fórmula de Cunnighan: TMR: 2048 kcal/dia. Cunnighan ou Tinsley 77 Fator atividade (F.A) Podemos classifica-lo como moderadamente ativo, pois além de treinar duas vezes ao dia, costumar andar de bicicleta e caminhar. FA = 1,6-1,9 P E S O : 8 0 K G % D E G O R D U R A E S T I M A D O : 1 2 Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 8 2 M M A S S A G O R D A : 9 , 6 K G M A S S A L I V R E D E G O R D U R A : 7 0 , 4 K G Sedentário ou atividades leves: 1,0 - 1,4 Pouco ativo: 1,4 - 1,6 Ativo ou moderadamente ativo: 1,6 - 1,9 Muito ativo: 1,9 - 2,5 2º Passo: Definindo FA CASO 1 GET = TMR x FA GET = 2048 x FA Cunnighan ou Tinsley 78 P E S O : 8 0 K G % D E G O R D U R A E S T I M A D O : 1 2 Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 8 2 M M A S S A G O R D A : 9 , 6 K G M A S S A L I V R E D E G O R D U R A : 7 0 , 4 K G Sedentário ou atividades leves: 1,0 - 1,4 Pouco ativo: 1,4 - 1,6 Ativo ou moderadamente ativo: 1,6 - 1,9 Muito ativo: 1,9 - 2,5 3º Passo: Calculando o GET CASO 1 GET = TMR x FA GET = 2048 x FA GET = 2048 x 1,7 GET = 3480 kcal Está definido o Gasto Energético Total diário do nosso paciente! 3480 kcal/dia Cunnighan ou Tinsley 79 C.B.T: Homem, 26 anos, com sobrepeso. Atividade física: Treina crossfit uma vez ao dia, todos os dias, durante 30 minutos. Porém, no restante do dia trabalha em home office. Não se locomove muito e raramente realiza caminhadas ou passeios. CASO 2 P E S O : 8 7 K G I M C : 2 8 K G / M ² Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 7 6 M 80 1º Passo: Calculando a Taxa Metabólica de Repouso (TMR). Fórmula de predição para indivíduos com sobrepeso: CASO 2 Para homens: (9,99 x 87kg) + (6,25 x 176 altura em cm) - (4,92 x 26) + 5: 1846 kcal Mifflin P E S O : 8 7 K G I M C : 2 8 K G / M ² Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 7 6 M 2º Passo: Definindo FA Podemos classificá-lo como pouco ativo. FA: 1,4 Sedentário ou atividades leves: 1,0 - 1,4 Pouco ativo: 1,4 - 1,6 Ativo ou moderadamente ativo: 1,6 - 1,9 Muito ativo: 1,9 - 2,5 81 3º Passo: Calculando o GET CASO 2 P E S O : 8 7 K G I M C : 2 8 K G / M ² Avaliação Física: A L T U R A : 1 , 7 6 M Sedentário ou atividades leves: 1,0 - 1,4 Pouco ativo: 1,4 - 1,6 Ativo ou moderadamente ativo: 1,6 - 1,9 Muito ativo: 1,9 - 2,5 Mifflin GET = TMR x FA GET = 1846 x FA GET = 1846 x 1,4 GET = 2584 kcal Está definido o Gasto Energético Total diário do nosso paciente! 2584 kcal/dia 82 MUITO OBRIGADO POR TER LIDO NOSSO MATERIAL ATÉ O FINAL! QUER TER ACESSO A MAIS MATERIAIS COMO ESSE? ACESSE NOSSO GRUPO DO TELEGRAM! CLIQUE NO ÍCONE ABAIXO PARA SER ENCAMINHADO PARA O GRUPO. https://t.me/nutricaoemcross
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