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Direito Das Famílias

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• O casamento irradia múltiplos efeitos e consequências, que se refletem em três âmbitos: 
 
 
O principal efeito pessoal do casamento consiste no estabelecimento de uma “comunhão plena de vida, 
com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges” (CC, art. 1.511). Esse princípio é salientado, no tocante 
à eficácia do casamento, por várias legislações contemporâneas, como o BGB (§ 1.353, n. 1) e o Código francês 
(art. 215, n. 1, com a redação que lhe foi dada pela Lei de 4-6-1970), que mencionam o dever recíproco, que 
surge para os cônjuges em decorrência do casamento, à comunhão matrimonial de vida. 
 
• Efeitos pessoais = direitos e deveres dos cônjuges entre si + dos pais em face dos filhos. 
A) Comunhão plena de vida (art. 1511, CC) = união exclusiva - Debitum conjugale = fidelidade 
recíproca = proibida a prática de relações sexuais fora do casamento (art. 1566, CC + 1573, I, CC) 
B) Status de casados provoca várias consequências com respeito às relações jurídicas com a prole e com 
terceiros. 
C) Mudança do nome = art. 1565, § 1º, CC permite aos cônjuges acrescer ao seu o sobrenome do outro. 
D) Ambos assumem igualdade de direitos e deveres = cogestão da entidade familiar (arts. 1565 e 1567, 
CC) 
Em casos excepcionais, a direção da família cabe apenas a um dos cônjuges (art. 1570, CC). 
 
 
Os efeitos do casamento, em razão de sua relevância, projetam-se no ambiente social e irradiam as suas 
consequências por toda a sociedade. O matrimônio legaliza as relações sexuais do casal, proibindo a sua prática 
com outrem e estabelecendo o debitum conjugale. O seu principal efeito, no entanto, é a constituição da família 
legítima ou matrimonial. Ela é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado, conforme estatui o art. 226 
da Constituição Federal, que reconhece também a união estável e a família monoparental como entidades 
familiares (§§ 3º e 4º). 
 
A) O principal é a livre constituição da família (arts. 226, § § 1º e 2º, CF + art. 1513, CC) 
B) Surgimento do vínculo de afinidade entre cada cônjuge e os parentes do outro (art. 1595, § § 1º e 
2º, CC) 
C) Planejamento familiar sem interferência do Estado ou da sociedade (art. 226, § 7º, CF + art. 1565, 
§ 2º CC) 
 
 
O casamento gera, para os consortes, além dos efeitos pessoais, consequências e vínculos econômicos, 
consubstanciados no regime de bens, nas doações recíprocas, na obrigação de sustento de um ao outro e da prole, 
no usufruto dos bens dos filhos durante o poder familiar, no direito sucessório etc. 
A lei cria para os cônjuges, com efeito, o dever de sustento da família, a obrigação alimentar e o termo 
inicial da vigência do regime de bens. Este, segundo dispõem os §§ 1º e 2º do art. 1.639 do Código Civil, “começa 
a vigorar desde a data do casamento” e pode ser alterado “mediante autorização judicial em pedido motivado de 
ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros”. 
O regime de bens é, em princípio, irrevogável, só podendo ser alterado nas condições mencionadas. Antes 
da celebração, podem os nubentes modificar o pacto antenupcial, para alterar o regime de bens. Celebrado, porém, 
o casamento, ele torna-se imutável. Mesmo nos casos de reconciliação de casais separados judicialmente, o 
restabelecimento da sociedade conjugal dá-se no mesmo regime de bens em que havia sido estabelecida. Se o 
casal se divorciar, poderá casar-se novamente, adotando regime diverso do anterior. 
 
A) Regime de bens = em princípio é irrevogável após celebrado o casamento (art. 1639 e § 1º, CC). 
Exceções apreciadas pelo judiciário (art. 1639, § 2º, CC), com anuência dos dois cônjuges. 
B) Dever recíproco de socorro (art. 1694, CC). 
C) Direitos sucessórios 
I - Assegura ao cônjuge sobrevivo direitos sucessórios integrais caso ausentes descendentes e ascendentes 
(art. 1838, CC). 
II - CC 2002 INOVA, incluindo o cônjuge como herdeiro necessário (art. 1845, CC). 
III - Art. 1831, CC assegura ao cônjuge supérstite, direito real de habitação do imóvel destinado a 
residência da família. (Vide arts. 1414 a 1416, CC e Leis 8971/94 e 9278/96) 
D) Usucapião conjugal (por abandono do lar) - Art. 1240-A, CC. O cônjuge que abandona o lar por 
mais de 2 anos perde o direito sobre o único imóvel pertencente ao casal. 
 
 
O art. 1.566 do Código Civil impõe deveres recíprocos aos cônjuges, a saber: 
“I – fidelidade recíproca; 
II – vida em comum, no domicílio conjugal; 
III – mútua assistência; 
IV – sustento, guarda e educação dos filhos; 
V – respeito e consideração mútuos”. 
 
• Art. 1566, CC = preceitos necessários à estabilidade conjugal. 
 
o Inciso I - Fidelidade recíproca caracteriza a família monogâmica. Além de norma jurídica tem 
caráter social e moral. Adultério agrava a honra do outro cônjuge e pode ensejar indenização por dano moral. 
 
o Inciso II - Vida em comum no domicílio conjugal decorre da união plena = dever de coabitação. 
Na convivência sob o mesmo teto está implícita a compreensão do débito conjugal (satisfação das necessidades 
sexuais). 
 
o Inciso III - Mútua assistência = dever de prestar alimentos ao outro. 
 
o Inciso IV - Sustento, guarda e educação dos filhos é elemento fundamental da existência 
conjugal. A omissão a esse dever caracteriza abandono material e intelectual, CP, 244 e 246. 
 
o Inciso V - Respeito e consideração mútuos. Infidelidade ou abandono do lar conjugal ocasiona 
dever de indenizar por danos morais/materiais.

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