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PROTOCOLO 2015/532562-2 O Sistema Portal do Processo Eletrônico, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, registrou recebimento dos documentos descritos abaixo: Data e Hora do Recebimento 16/12/2015 15:42:42 (horário de Brasília) Local de Recebimento Portal da Internet Novo Número de Protocolo 2015/532562-2 Número do Processo 9000484-89.2015.8.21.0157 Local de Tramitação Comarca de Parobé - Vara Adjunta do JEC Responsável pelo Envio Fabio Nikolay RS/67787 Tipo de Petição Petição Inicial Classe Procedimento do Juizado Especial Cível Substituição do Produto :: Competência do Juizado Especial CívelAssunto Principal Documento(s) Recebido(s) Petição Procuração Outros Nota Fiscal Contrato Peticionante(s) Evaldo Schwarz Junior - ME Senhor(a) Advogado(a): 1. Enquanto a petição inicial estiver no estado "Em Processamento", a consulta do andamento processual ainda não está acessível. 2. A data e horário da primeira audiência constam no andamento processual, ficando Vossa Senhoria intimado(a) para comparecimento e ciente de que também deverá trazer a parte autora para a solenidade; 3. Caso existam outros documentos, além dos eventualmente juntados nesta oportunidade, deverá apresentá-los na audiência; 4. Vossa Senhoria fica ciente, ainda, da necessidade de comparecimento pessoal do(a) autor(a) em todas as audiências, sob a pena de extinção do processo. Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088028017. Página 1/2 FL. 2 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088028017 16/12/2015 15h42minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO Página 2/2 FL. 3 1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO TITULAR DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PAROBÉ, RS. EVALDO SCHWARTZ JUNIOR – ME, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida em Parobé, RS, na Avenida das Nações, n.º 533, apto 04, CNPJ nº 13.701.133/0001-37, neste ato representada por seu administrador EVALDO SCHWARTZ JUNIOR, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado em Taquara, RS., na Rua Marechal Floriano, n.º 778, por sua procuradora firmatária, vem, com fundamento no art. 6º, VI do Código de Defesa do Consumidor e art. 186 do Código Civil, para propor ação de AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de TIM CELULAR S.A, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida em Porto Aleg e, R“., a Ave ida A da aí, .º 9, ai o Passo d’a eia, CEP 9 -110 e MICROSOFT, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida em Porto Alegre, na Avenida Carlos Gomes, n.º 300, sala 1401, Edifício Trust Business Center, bairro Boa Vista, CEP 90.480-000, pelos seguintes e relevantes fundamentos: DOS FATOS: Em 19 de dezembro de 2014, a Requerente adquiriu junto a primeira Requerida, através de Contrato de Comodato, dois aparelhos de telefone celular sendo um modelo NOKIA LUMIA 635, no valor de R$ 329,00 (trezentos e vinte e nove reais), fabricado pela segunda Requerida, conforme Nota em anexo. Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 1/11 FL. 4 2 Ocorre que, em meados de setembro do ano em curso o referido aparelho de telefone celular começou a apresentar defeitos, inviabilizando completamente a realização e recebimentos de chamadas. Surpreso com o ocorrido, já que se tratava de aparelho novo, fabricado por empresa conceituada no ramo de telefonia celular, a Requerente se viu obrigada a procurar a empresa Help Assistência Técnica Ltda, na cidade de Porto Alegre, prestadora de assistência técnica dos aparelhos celulares da Microsoft indicada pela primeira Requerida, ocasião em que foi i fo ado ue: Para atendimento em garantia Microsoft exige que a natureza da nota fiscal deve ser de venda”, conforme informação constante de próprio punho por uma funcionária da empresa mencionada, no verso da Nota Fiscal. Objetivando evitar maiores transtornos e resolver rapidamente a situação e agindo sempre de boa fé a Requerente contatou com a primeira Requerida, diversas vezes, a fim de obter uma solução, tendo sido informada de que a segunda Requerida deveria sim, fornecer a garantia. A Requerente contatou inúmeras vezes com a primeira Requerida, conforme protocolos n.º: 2015461389101, 2015571980562, 2015565889700, 2015590453204, 2015635765004 e 2015602115851, sendo sempre informada que a responsabilidade pela garantia é a segunda Requerida. A primeira Requerida em todos os momentos informa que a segunda Requerida é responsável pela garantia, já a segunda Requerida informa que não há garantia para contrato de comodato, ou seja, uma joga a responsabilidade para outra sem que a Requerente tenha uma solução até a presente data. Diante de tamanho desrespeito, desprezo e descaso demonstrado por meio de todas as informações relatadas acima, cenário comum em situações semelhantes nas relações de consumo, não vê a Requerente outra alternativa a não ser socorrer-se da Justiça para ver o seu caso solucionado e reparar os danos sofridos em virtude da ausência de seu aparelho de telefone celular. Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 2/11 FL. 5 3 DO FUNDAMENTO JURÍDICO Quando um consumidor efetua uma compra, inconscientemente ele exige do fornecedor que o produto esteja pronto para uso, e que este não possua nenhuma avaria ou algum vício que lhe diminua o valor ou que o impossibilite de utilizá-lo normalmente. É sabido que a responsabilidade por qualquer vício no produto refere-se a qualquer defeito no próprio produto, seja ele de quantidade ou qualidade. Desta forma, sempre que o produto adquirido se torne impróprio ou inadequado ao consumo à que se destina, ou tenha o seu valor diminuído em virtude de eventual defeito, caberá a exigência de substituição das partes viciadas, em 30 (TRINTA) dias. Não sendo sanado tal defeito pelo fornecedor, nos termos do art. 18, § 1º, do Código de Defesa do Consumidor, ao consumidor será possível optar por qualquer das três alternativas que a lei lhe assegura, a saber: 1) a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 2) a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 3) o abatimento proporcional no preço. Deste modo, diante do que estabelece a lei, o consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas mencionadas, a seu exclusivo critério, sempre que o vício apresentado pelo produto não for sanado no período de 30 (trinta) dias. No caso em tela, a assistência técnica, informa que não há garantia dos aparelhos telefônicos que não tenha a nota fiscal a natureza de venda. O texto da lei é bastante claro ao dispor que caberá ao CONSUMIDOR, e somente a ele a escolha alternativamente das possibilidades abertas pelos incisos do art. 18, § 1° não cabendo ao fornecedor opor a este. Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 3/11 FL. 6 4 Ora, no caso em tela, as Requeridas colocam a responsabilidade uma paraa outra, de modo que a única medida legal cabível é facultar-se a Requerente a opção por uma das alternativas retrocitadas, previstas no dispositivo supra mencionado. Vale frisar, que o Requerente estando todo esse tempo sem seu parelho de telefone celular – que, aliás, é essencial para o deslinde positivo de seu trabalho e contato com seus clientes – não houve alternativa senão adquirir outro aparelho até que a requerida resolva honrar com a sua obrigação. A relação entre fornecedor e consumidor, que antigamente caracterizava-se por uma relação igualitária, com a sociedade de consumo torna-se cada vez mais discrepante, com grandes fornecedores e consumidores, vulneráveis nas relações de consumo, seja por práticas comerciais abusivas ou por odiosos recursos de propagandas enganosas ou distorcidas da realidade. Desta forma, para qualquer estudo na seara de defesa do consumidor, devemos possuir em mente sempre a vulnerabilidade do consumidor nas relações de consumo, característica essencial consagrada pelo Código de Defesa do Consumidor, estando no atual CDC, elencado como princípio básico, ex vi do art. 4º, I, da Lei 8.078/90. DO DANO MORAL Cumpre-nos esposar em breves linhas a respeito do dano moral: A personalidade é um bem extrapatrimonial resguardado, acima de tudo, pela Constituição Federal, dentre os direitos fundamentais e princípios da República Federativa do Brasil, essencialmente por meio da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III). A dignidade da pessoa humana abarca toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. Tanto que dela decorrem os direitos individuais e dentre eles Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 4/11 FL. 7 5 encontra-se a proteção à personalidade, cabendo indenização em caso de dano, conforme estabelece o art. 5º, inc. V: Art. 5º (...) V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; Privilegiando os aludidos dispositivos está o Código Civil: Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Consoante a este diploma legal encontra-se o Código de Defesa do Consumidor: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Todos estes dispositivos vêm demonstrar que a proteção à personalidade está plenamente presente em nosso ordenamento jurídico pátrio, privilegiando o Estado Democrático de Direito e o indivíduo como sujeito principal da proteção estatal. Ante todo aparato legal de proteção à personalidade dos indivíduos, necessário se faz tecer algumas poucas linhas sobre o dano moral. O ilustre professor Carlos Alberto Bittar, ao se referir aos danos morais acentua que: Diz-se, então, morais os danos experimentados por algum titular de direito, seja em sua esfera de consideração pessoal (intimidade, honra, afeição, segredo), seja na social (reputação, conceito, consideração, identificação), por força de ações ou omissões, injustas de outrem, tais como agressões infamantes ou humilhantes, discriminações atentatórias, divulgação indevida de fato íntimo, cobrança vexatória Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 5/11 FL. 8 6 de dívida e outras tantas manifestações desairosas que podem surgir no ela io a e to so ial. No caso vertente, é cristalino o grande abalo moral que sofreu o demandante diante dos fatos narrados, haja vista que, como é cediço por todos, o aparelho de telefone celular, constitui bem indispensável ao deslinde positivo das atividades profissionais, que necessita fazer uso diário do referido aparelho para contatar com os seus clientes. Ora, a recusa no conserto do bem, ou no fornecimento de outro, como é o caso, privou a Requerente de usufruir de seu telefone celular adquirido, notadamente ficando impedido de receber algumas informações úteis e necessárias seja relativa ao seu trabalho, seja relativas a sua vida privada. É certo também, que os aparelhos eletroeletrônicos são passíveis de vícios e defeitos. Entretanto, o aparato consumerista prevê de forma expressa que, em ocorrendo o vício, o produto deve ser consertado dentro de 30 dias, sob pena de o consumidor optar por uma das soluções legais, como já bem explanado. Entretanto, apesar de toda proteção que recai sobre a Requerente, o mesmo se vê, até a presente data, de mãos atadas, necessitando, pois, a propositura da demanda a fim de ter o seu direito restaurado, tanto que, se viu obrigado a adquirir outro aparelho de telefone celular, a fim de evitar maiores prejuízos, já que o pleno exercício de seu trabalho de forma satisfatória estava se tornando inviável. Ag ava ai da ais a situação, o fato de u a e p esa taxada de idô ea, p eo upada o os o su ido es, o espo sa ilidade so ial , fez do CDC tabula rasa não reconhecendo a sua vigência e eficácia, pois passado o prazo de 30 dias para sanar o problema do vício do produto não sanou o problema ou entregou-lhe aparelho novo. Toda essa situação de frustração, somada ao período já transcorrido, causou grave abalo a Requerida. Os motivos geradores de tamanho transtorno são inúmeros: Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 6/11 FL. 9 7 a) adquiriu por um produto que usara por tempo ínfimo até que começasse a apresentar defeitos; b) o fato de o aparelho ter ido para a Assistência Técnica e lá ter sido informada que não há garantia da Microsoft tendo em vista que a natureza da nota fiscal não é de venda, é causa de enorme prejuízo para a Requerida; c) experimenta a Requerida uma atitude insuportável de desídia e descaso que a assola, pois mesmo após inúmeras insistências para ver o seu problema resolvido administrativamente, sempre fora tratado de forma inferiorizada e com total descaso; d) é inconcebível que uma empresa fique sem aparelho de telefone celular, pois dele necessita para ser encontrado por seus clientes, ser contatado por seus familiares, dentre outras pessoas, e também o pleno exercício de outros atos de sua vida privada. Isto, por si só, induvidosamente, enseja danos morais a Requerida, colocando-o em condições de merecer uma reparação moral. É sabido, Excelência, que o mero aborrecimento não causa qualquer dano moral. Porém, no caso, longe está de se configurar um mero aborrecimento o sentimento de impotência, raiva e descaso que aflige a Requerente, pois, é certo que, quando alguém adquire um aparelho de telefone celular novo, o faz confiando de que o mesmo funcionará adequadamente, atendendo aos fins mínimos a que se destina, sem apresentar qualquer problema. Entretanto, caso ocorra qualquer evento danoso ou defeito no referido bem, espera que o mesmo seja solucionado, seja da forma que for, dentro do prazo legal, o que, em hipótese alguma ocorreu na presente situação. Além disso, após a frustração de ver que o bem apresentara vício, o qual decorreu por culpa exclusiva das Requeridas, a demandante depositou sua confiança nos serviços prestados pelas Requeridas, o qual se demonstrou totalmente ineficaz, pois não sanaram Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 7/11 FL. 10 8 o problema, mas,longe de tal solução, tampouco se apresentou propícia a restituir-lhe um novo aparelho. Ora, a Requerente, ficou por certo tempo sem poder usufruir os benefícios t azidos po seu apa elho de telefo e elula ue, aliás, possui u a o ta o plano fixo e, po isso, teve su sta iais prejuízos por ter ficado todo o período demonstrado sem ter como utilizar do aparelho e, ao mesmo tempo, pagando a conta no tocante a sua parcela fixa, já que possui contrato de 02 (dois) a cumprir com a operadora e menos de um não de uso do referido aparelho. Somando-se a todos esses percalços que frustram a demandante, está o sentimento de impunidade que a empresa aparenta demonstrar, tendo em vista que, mesmo diante dos avisos da Requerente em procurar os meios judiciais para sanar o problema, e mesmo diante do conhecimento inequívoco da legislação pátria, as Requeridas queda-se inerte em não cumprir com a sua obrigação de fornecedora, o que vem gerando, como já dito, grave dano à moral do demandante. Não se trata de empresas de pequeno porte, sem estrutura econômico-financeira para, de imediato dar solução ao problema, seria, a certo ponto, até compreensível a demora em saná-lo. Em virtude disso, inadmissível aceitar os atos, pode se dizer, ilícitos que elas vêm causando a requerente. Cumpre esclarecer que, no CDC, a garantia de segurança do produto ou serviço deve ser interpretada enquanto reflexo do princípio geral do mesmo diploma legal, de proteção da confiança (§ 1º, do art. 12), o qual possui estreita relação com a boa-fé objetiva do CCB. Desse modo, ao adquirir um aparelho de telefone celular, põe-se o fabricante submisso às conseqüências jurídicas, quando, na concretude do uso, frustrar- se aquela perspectiva de maneira sucessiva/sequêncial. Segundo o Prof. Zelmo Denari (Cód. Bras. De Proteção do Consumidor, Forense Universitária, 95, p. 103): Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 8/11 FL. 11 9 e te de-se por defeito ou vício de qualidade, a qualificação de desvalor atribuída a um produto ou serviço por não corresponder à legítima expectativa do consumidor, quanto à sua utilização ou fruição (falta de adequação), bem como por adicionar riscos à integridade física (periculosidade) ou patrimonial (insegurança) do o su ido ou de te ei o . Esclareça-se, também, que os constrangimentos de que foi vítima a Requerente, não representam aborrecimentos naturais do cotidiano, posto que, conforme vastamente demonstrado, as Requeridas vêm agindo de forma irresponsável, desrespeitosa, inconsequente, recusando-se a cumprir o dever imposto pelo ordenamento jurídico consistente em reparar o aparelho celular. Assim, não se pode admitir que um consumidor, vendo-se privado do seu patrimônio, não mereça ser ressarcido pelo constrangimento sofrido, em que pese o caráter punitivo da condenação por danos morais, visando-se, assim, a evitar que as Requeridas reeditem o desrespeito observado no caso dos autos, pelo que, o valor da condenação deve ser suficiente para esse fim específico. A indenização consiste numa compensação, numa tentativa de substituir o sofrimento por uma satisfação, além do aspecto retributivo e verdadeiramente punitivo no tocante ao causador do dano que, vendo-se obrigado a indenizar os danos causados, certamente entenderá que ainda se faz valer as normas editadas e vigentes em nosso ordenamento jurídico. Isto tudo revela que o ser humano tem uma esfera de valores próprios que são postos em sua conduta não apenas em relação ao Estado, mas, também, na convivência com os seus semelhantes. Respeitam-se, por isso mesmo, não apenas aqueles direitos que repercutem no seu patrimônio material, de pronto aferível, mas aqueles direitos relativos aos seus valores pessoais, que repercutem nos seus sentimentos, postos à luz diante dos outros homens. Assim sendo, restam fartamente configurados os danos morais sofridos pela Requerente, razão ante a qual se requer a condenação das Requeridas. Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 9/11 FL. 12 10 Cumpre ressaltar que a Requerente é Pessoa Jurídica e que também pode sofrer dano moral, conforme preceitua a Súmula 277 do STJ. Presentes os requisitos ensejadores do dano moral, quais sejam, o dano sofrido, a culpa exclusiva das rés e o nexo causal, hão de ser arbitrados, a bem da Requerente e como forma de fazer valer o Estado Democrático de Direito, ressarcimento por danos morais a ser fixado por Vossa Excelência. DO PEDIDO Diante do exposto, requer a: a) a citação das Requeridas, para que, querendo, responda aos termos da presente, sob pena de revelia e confissão; b) seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC; c) seja julgada totalmente procedente a presente demanda, a fim de que condenar as empresas requeridas na substituição do produto adquirido; d) a condenação das Requeridas por dano moral; e) a condenação das Requeridas no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial pelo depoimento pessoal do representante legal da requerida, oitiva de testemunhas, prova documental e pericial e outras cabíveis a espécie. Dá à causa o valor provisório de R$ 20.000,00. Nestes termos, Pede deferimento. Taquara, 14 de dezembro de 2015. Dra. Juliana da Silva Nikolay OAB/RS 84.629 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026224. Página 10/11 FL. 13 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088026224 16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY Página 11/11 FL. 14 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026235. Página 1/2 FL. 15 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088026235 16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY Página 2/2 FL. 16 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026246. Página 1/2 FL. 17 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDEDO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088026246 16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY Página 2/2 FL. 18 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026257. Página 1/3 FL. 19 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026257. Página 2/3 FL. 20 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088026257 16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY Página 3/3 FL. 21 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026268. Página 1/5 FL. 22 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026268. Página 2/5 FL. 23 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026268. Página 3/5 FL. 24 Assinado eletronicamente por Fabio Nikolay Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs , informando 0000088026268. Página 4/5 FL. 25 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088026268 16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY Página 5/5 FL. 26 Réu: Microsoft Processo: Local e Data: Parobé, 18 de Dezembro de 2015 Autor: Evaldo Schwarz Junior - ME (CNPJ 13.701.133/0001-37) Tipo de Ação: Responsabilidade do Fornecedor :: Substituição do Produto CARTA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA - JEC Senhor(a): Vossa Senhoria fica citado(a) para se defender no processo acima referido, bem como intimado(a) para comparecer à audiência de conciliação no dia, hora e local abaixo especificados, portando esta carta e seu documento de identidade. O pedido formulado pela parte autora está disponível para visualização na internet, no endereço e código de acesso acima indicados. Em caso de dificuldade de acesso à internet, a cópia do pedido poderá ser obtida no cartório do Juizado Especial Cível, no endereço abaixo. Se deixar de comparecer serão considerados verdadeiros os fatos alegados pela parte autora e será proferido julgamento. 9000484-89.2015.8.21.0157 Microsoft, réu. Avenida Carlos Gomes, 300, sala 1401, Auxiliadora, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 90.480-000 Thiago Dos Santos Amaral - Servidor Avenida Taquara, 470, Guarujá, Parobé, Rio Grande do Sul, 95.630-000 Observação: Dia, hora e local da audiência: A pessoa jurídica e o titular de empresa individual poderão ser representados por preposto credenciado. Caso não haja acordo, será imediatamente designada audiência de instrução e julgamento, ocasião em que Vossa Senhoria poderá apresentar contestação e provas. Destinatário: Juízo: Vara Adjunta do JEC de Comarca de Parobé 16/03/2016 às 19:10, Avenida Taquara, 470 Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565501. Página 1/2 FL. 27 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088565501 18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO Página 2/2 FL. 28 Réu: Tim Celular S.A. Processo: Local e Data: Parobé, 18 de Dezembro de 2015 Autor: Evaldo Schwarz Junior - ME (CNPJ 13.701.133/0001-37) Tipo de Ação: Responsabilidade do Fornecedor :: Substituição do Produto CARTA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA - JEC Senhor(a): Vossa Senhoria fica citado(a) para se defender no processo acima referido, bem como intimado(a) para comparecer à audiência de conciliação no dia, hora e local abaixo especificados, portando esta carta e seu documento de identidade. O pedido formulado pela parte autora está disponível para visualização na internet, no endereço e código de acesso acima indicados. Em caso de dificuldade de acesso à internet, a cópia do pedido poderá ser obtida no cartório do Juizado Especial Cível, no endereço abaixo. Se deixar de comparecer serão considerados verdadeiros os fatos alegados pela parte autora e será proferido julgamento. 9000484-89.2015.8.21.0157 Tim Celular S.A., réu. Avenida Andaraí, 549, Passo D'Areia, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 91.350-110 Thiago Dos Santos Amaral - Servidor Avenida Taquara, 470, Guarujá, Parobé, Rio Grande do Sul, 95.630-000 Observação: Dia, hora e local da audiência: A pessoa jurídica e o titular de empresa individual poderão ser representados por preposto credenciado. Caso não haja acordo, será imediatamente designada audiência de instrução e julgamento, ocasião em que Vossa Senhoria poderá apresentar contestação e provas. Destinatário: Juízo: Vara Adjunta do JEC de Comarca de Parobé 16/03/2016 às 19:10, Avenida Taquara, 470 Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565521. Página 1/2 FL. 29 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088565521 18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO Página 2/2 FL. 30 Thiago Dos Santos Amaral - Servidor 9000484-89.2015.8.21.0157(CNJ) - Evaldo Schwarz Junior - ME (Juliana da Silva Nikolay, Fabio Nikolay) . AUDIÊNCIA DE CONCILIACAO DESIGNADA PARA 16/03/2016 19:10 Vara Adjunta do JEC CERTIDÃO Parobé, 18 de Dezembro de 2015 CERTIFICO expedição desta nota em 18 de Dezembro de 2015, foi disponibilizada na edição nº 5706 no Diário da Justiça Eletrônico do dia 07/01/2016 considerando-se publicada no primeiro dia útil que se seguir, em conformidade com o art. 4º da Lei nº 11.419/2006. Dou fé. Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565543. Página 1/2 FL. 31 DOCUMENTO ASSINADO POR DATA www.tjrs.jus.br Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte número verificador: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 0000088565543 18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO Página 2/2 FL. 32 FL. 33
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