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Pet inicial defeito aparelho

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PROTOCOLO 2015/532562-2
 O Sistema Portal do Processo Eletrônico, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, registrou recebimento
dos documentos descritos abaixo:
Data e Hora do Recebimento 16/12/2015 15:42:42 (horário de Brasília)
Local de Recebimento Portal da Internet Novo
Número de Protocolo 2015/532562-2
Número do Processo 9000484-89.2015.8.21.0157
Local de Tramitação Comarca de Parobé - Vara Adjunta do JEC
Responsável pelo Envio Fabio Nikolay RS/67787
Tipo de Petição Petição Inicial
Classe Procedimento do Juizado Especial Cível
Substituição do Produto :: Competência do Juizado Especial CívelAssunto Principal
Documento(s) Recebido(s) Petição
Procuração
Outros
Nota Fiscal
Contrato
Peticionante(s) Evaldo Schwarz Junior - ME
Senhor(a) Advogado(a):
1. Enquanto a petição inicial estiver no estado "Em Processamento", a consulta do andamento processual ainda não está acessível.
2. A data e horário da primeira audiência constam no andamento processual, ficando Vossa Senhoria intimado(a) para comparecimento e ciente
de que também deverá trazer a parte autora para a solenidade;
3. Caso existam outros documentos, além dos eventualmente juntados nesta oportunidade, deverá apresentá-los na audiência;
4. Vossa Senhoria fica ciente, ainda, da necessidade de comparecimento pessoal do(a) autor(a) em todas as audiências, sob a pena de extinção
do processo.
Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
0000088028017
16/12/2015 15h42minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO TITULAR DO JUIZADO 
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE PAROBÉ, RS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EVALDO SCHWARTZ JUNIOR – ME, pessoa jurídica de direito privado, 
estabelecida em Parobé, RS, na Avenida das Nações, n.º 533, apto 04, CNPJ nº 
13.701.133/0001-37, neste ato representada por seu administrador EVALDO SCHWARTZ 
JUNIOR, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado em Taquara, RS., na Rua Marechal 
Floriano, n.º 778, por sua procuradora firmatária, vem, com fundamento no art. 6º, VI do 
Código de Defesa do Consumidor e art. 186 do Código Civil, para propor ação de 
AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO 
POR DANOS MORAIS 
em face de TIM CELULAR S.A, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida em Porto 
Aleg e, R“., a Ave ida A da aí, .º 9, ai o Passo d’a eia, CEP 9 -110 e 
MICROSOFT, pessoa jurídica de direito privado, estabelecida em Porto Alegre, na Avenida 
Carlos Gomes, n.º 300, sala 1401, Edifício Trust Business Center, bairro Boa Vista, CEP 
90.480-000, pelos seguintes e relevantes fundamentos: 
 
DOS FATOS: 
 
Em 19 de dezembro de 2014, a Requerente adquiriu junto a primeira Requerida, 
através de Contrato de Comodato, dois aparelhos de telefone celular sendo um modelo 
NOKIA LUMIA 635, no valor de R$ 329,00 (trezentos e vinte e nove reais), fabricado pela 
segunda Requerida, conforme Nota em anexo. 
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Ocorre que, em meados de setembro do ano em curso o referido aparelho de 
telefone celular começou a apresentar defeitos, inviabilizando completamente a 
realização e recebimentos de chamadas. 
 
Surpreso com o ocorrido, já que se tratava de aparelho novo, fabricado por 
empresa conceituada no ramo de telefonia celular, a Requerente se viu obrigada a 
procurar a empresa Help Assistência Técnica Ltda, na cidade de Porto Alegre, prestadora 
de assistência técnica dos aparelhos celulares da Microsoft indicada pela primeira 
Requerida, ocasião em que foi i fo ado ue: Para atendimento em garantia Microsoft 
exige que a natureza da nota fiscal deve ser de venda”, conforme informação constante 
de próprio punho por uma funcionária da empresa mencionada, no verso da Nota Fiscal. 
 
Objetivando evitar maiores transtornos e resolver rapidamente a situação e 
agindo sempre de boa fé a Requerente contatou com a primeira Requerida, diversas 
vezes, a fim de obter uma solução, tendo sido informada de que a segunda Requerida 
deveria sim, fornecer a garantia. 
 
A Requerente contatou inúmeras vezes com a primeira Requerida, conforme 
protocolos n.º: 2015461389101, 2015571980562, 2015565889700, 2015590453204, 
2015635765004 e 2015602115851, sendo sempre informada que a responsabilidade pela 
garantia é a segunda Requerida. 
 
A primeira Requerida em todos os momentos informa que a segunda Requerida é 
responsável pela garantia, já a segunda Requerida informa que não há garantia para 
contrato de comodato, ou seja, uma joga a responsabilidade para outra sem que a 
Requerente tenha uma solução até a presente data. 
 
Diante de tamanho desrespeito, desprezo e descaso demonstrado por meio de 
todas as informações relatadas acima, cenário comum em situações semelhantes nas 
relações de consumo, não vê a Requerente outra alternativa a não ser socorrer-se da 
Justiça para ver o seu caso solucionado e reparar os danos sofridos em virtude da 
ausência de seu aparelho de telefone celular. 
 
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 DO FUNDAMENTO JURÍDICO 
 
Quando um consumidor efetua uma compra, inconscientemente ele exige do 
fornecedor que o produto esteja pronto para uso, e que este não possua nenhuma avaria 
ou algum vício que lhe diminua o valor ou que o impossibilite de utilizá-lo normalmente. 
 
É sabido que a responsabilidade por qualquer vício no produto refere-se a 
qualquer defeito no próprio produto, seja ele de quantidade ou qualidade. 
 
Desta forma, sempre que o produto adquirido se torne impróprio ou inadequado 
ao consumo à que se destina, ou tenha o seu valor diminuído em virtude de eventual 
defeito, caberá a exigência de substituição das partes viciadas, em 30 (TRINTA) dias. 
Não sendo sanado tal defeito pelo fornecedor, nos termos do art. 18, § 1º, do Código de 
Defesa do Consumidor, ao consumidor será possível optar por qualquer das três 
alternativas que a lei lhe assegura, a saber: 
 
1) a substituição do produto por outro da mesma 
espécie, em perfeitas condições de uso; 
2) a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
3) o abatimento proporcional no preço. 
 
Deste modo, diante do que estabelece a lei, o consumidor poderá fazer uso 
imediato das alternativas mencionadas, a seu exclusivo critério, sempre que o vício 
apresentado pelo produto não for sanado no período de 30 (trinta) dias. 
 
No caso em tela, a assistência técnica, informa que não há garantia dos aparelhos 
telefônicos que não tenha a nota fiscal a natureza de venda. 
 
O texto da lei é bastante claro ao dispor que caberá ao CONSUMIDOR, e somente 
a ele a escolha alternativamente das possibilidades abertas pelos incisos do art. 18, § 1° 
não cabendo ao fornecedor opor a este. 
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Ora, no caso em tela, as Requeridas colocam a responsabilidade uma paraa outra, 
de modo que a única medida legal cabível é facultar-se a Requerente a opção por uma 
das alternativas retrocitadas, previstas no dispositivo supra mencionado. 
 
Vale frisar, que o Requerente estando todo esse tempo sem seu parelho de 
telefone celular – que, aliás, é essencial para o deslinde positivo de seu trabalho e 
contato com seus clientes – não houve alternativa senão adquirir outro aparelho até que 
a requerida resolva honrar com a sua obrigação. 
 
A relação entre fornecedor e consumidor, que antigamente caracterizava-se por 
uma relação igualitária, com a sociedade de consumo torna-se cada vez mais discrepante, 
com grandes fornecedores e consumidores, vulneráveis nas relações de consumo, seja 
por práticas comerciais abusivas ou por odiosos recursos de propagandas enganosas ou 
distorcidas da realidade. 
 
Desta forma, para qualquer estudo na seara de defesa do consumidor, devemos 
possuir em mente sempre a vulnerabilidade do consumidor nas relações de consumo, 
característica essencial consagrada pelo Código de Defesa do Consumidor, estando no 
atual CDC, elencado como princípio básico, ex vi do art. 4º, I, da Lei 8.078/90. 
 
 
DO DANO MORAL 
 
Cumpre-nos esposar em breves linhas a respeito do dano moral: 
 
A personalidade é um bem extrapatrimonial resguardado, acima de tudo, pela 
Constituição Federal, dentre os direitos fundamentais e princípios da República 
Federativa do Brasil, essencialmente por meio da dignidade da pessoa humana (CF, art. 
1º, III). 
 
A dignidade da pessoa humana abarca toda e qualquer proteção à pessoa, seja 
física, seja psicológica. Tanto que dela decorrem os direitos individuais e dentre eles 
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encontra-se a proteção à personalidade, cabendo indenização em caso de dano, 
conforme estabelece o art. 5º, inc. V: 
 
Art. 5º (...) 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
 
Privilegiando os aludidos dispositivos está o Código Civil: 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, 
fica obrigado a repará-lo. 
 
Consoante a este diploma legal encontra-se o Código de Defesa do Consumidor: 
 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; 
 
Todos estes dispositivos vêm demonstrar que a proteção à personalidade está 
plenamente presente em nosso ordenamento jurídico pátrio, privilegiando o Estado 
Democrático de Direito e o indivíduo como sujeito principal da proteção estatal. 
 
Ante todo aparato legal de proteção à personalidade dos indivíduos, necessário se 
faz tecer algumas poucas linhas sobre o dano moral. O ilustre professor Carlos Alberto 
Bittar, ao se referir aos danos morais acentua que: 
 
Diz-se, então, morais os danos experimentados por algum titular de direito, seja 
em sua esfera de consideração pessoal (intimidade, honra, afeição, segredo), seja 
na social (reputação, conceito, consideração, identificação), por força de ações ou 
omissões, injustas de outrem, tais como agressões infamantes ou humilhantes, 
discriminações atentatórias, divulgação indevida de fato íntimo, cobrança vexatória 
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de dívida e outras tantas manifestações desairosas que podem surgir no 
ela io a e to so ial. 
 
No caso vertente, é cristalino o grande abalo moral que sofreu o demandante 
diante dos fatos narrados, haja vista que, como é cediço por todos, o aparelho de 
telefone celular, constitui bem indispensável ao deslinde positivo das atividades 
profissionais, que necessita fazer uso diário do referido aparelho para contatar com os 
seus clientes. 
 
Ora, a recusa no conserto do bem, ou no fornecimento de outro, como é o caso, 
privou a Requerente de usufruir de seu telefone celular adquirido, notadamente ficando 
impedido de receber algumas informações úteis e necessárias seja relativa ao seu 
trabalho, seja relativas a sua vida privada. 
 
É certo também, que os aparelhos eletroeletrônicos são passíveis de vícios e 
defeitos. Entretanto, o aparato consumerista prevê de forma expressa que, em 
ocorrendo o vício, o produto deve ser consertado dentro de 30 dias, sob pena de o 
consumidor optar por uma das soluções legais, como já bem explanado. 
 
Entretanto, apesar de toda proteção que recai sobre a Requerente, o mesmo se vê, 
até a presente data, de mãos atadas, necessitando, pois, a propositura da demanda a fim 
de ter o seu direito restaurado, tanto que, se viu obrigado a adquirir outro aparelho de 
telefone celular, a fim de evitar maiores prejuízos, já que o pleno exercício de seu 
trabalho de forma satisfatória estava se tornando inviável. 
 
Ag ava ai da ais a situação, o fato de u a e p esa taxada de idô ea, 
p eo upada o os o su ido es, o espo sa ilidade so ial , fez do CDC tabula rasa 
não reconhecendo a sua vigência e eficácia, pois passado o prazo de 30 dias para sanar o 
problema do vício do produto não sanou o problema ou entregou-lhe aparelho novo. 
 
Toda essa situação de frustração, somada ao período já transcorrido, causou grave 
abalo a Requerida. Os motivos geradores de tamanho transtorno são inúmeros: 
 
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a) adquiriu por um produto que usara por tempo ínfimo 
até que começasse a apresentar defeitos; 
 
b) o fato de o aparelho ter ido para a Assistência 
Técnica e lá ter sido informada que não há garantia da Microsoft tendo em vista que a 
natureza da nota fiscal não é de venda, é causa de enorme prejuízo para a Requerida; 
 
c) experimenta a Requerida uma atitude insuportável 
de desídia e descaso que a assola, pois mesmo após inúmeras insistências para ver o seu 
problema resolvido administrativamente, sempre fora tratado de forma inferiorizada e 
com total descaso; 
 
d) é inconcebível que uma empresa fique sem aparelho 
de telefone celular, pois dele necessita para ser encontrado por seus clientes, ser 
contatado por seus familiares, dentre outras pessoas, e também o pleno exercício de 
outros atos de sua vida privada. Isto, por si só, induvidosamente, enseja danos morais a 
Requerida, colocando-o em condições de merecer uma reparação moral. 
 
É sabido, Excelência, que o mero aborrecimento não causa qualquer dano moral. 
Porém, no caso, longe está de se configurar um mero aborrecimento o sentimento de 
impotência, raiva e descaso que aflige a Requerente, pois, é certo que, quando alguém 
adquire um aparelho de telefone celular novo, o faz confiando de que o mesmo 
funcionará adequadamente, atendendo aos fins mínimos a que se destina, sem 
apresentar qualquer problema. 
 
Entretanto, caso ocorra qualquer evento danoso ou defeito no referido bem, 
espera que o mesmo seja solucionado, seja da forma que for, dentro do prazo legal, o 
que, em hipótese alguma ocorreu na presente situação. 
 
Além disso, após a frustração de ver que o bem apresentara vício, o qual decorreu 
por culpa exclusiva das Requeridas, a demandante depositou sua confiança nos serviços 
prestados pelas Requeridas, o qual se demonstrou totalmente ineficaz, pois não sanaram 
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o problema, mas,longe de tal solução, tampouco se apresentou propícia a restituir-lhe 
um novo aparelho. 
 
Ora, a Requerente, ficou por certo tempo sem poder usufruir os benefícios 
t azidos po seu apa elho de telefo e elula ue, aliás, possui u a o ta o plano 
fixo e, po isso, teve su sta iais prejuízos por ter ficado todo o período demonstrado 
sem ter como utilizar do aparelho e, ao mesmo tempo, pagando a conta no tocante a sua 
parcela fixa, já que possui contrato de 02 (dois) a cumprir com a operadora e menos de 
um não de uso do referido aparelho. 
 
Somando-se a todos esses percalços que frustram a demandante, está o 
sentimento de impunidade que a empresa aparenta demonstrar, tendo em vista que, 
mesmo diante dos avisos da Requerente em procurar os meios judiciais para sanar o 
problema, e mesmo diante do conhecimento inequívoco da legislação pátria, as 
Requeridas queda-se inerte em não cumprir com a sua obrigação de fornecedora, o que 
vem gerando, como já dito, grave dano à moral do demandante. 
 
Não se trata de empresas de pequeno porte, sem estrutura econômico-financeira 
para, de imediato dar solução ao problema, seria, a certo ponto, até compreensível a 
demora em saná-lo. 
 
Em virtude disso, inadmissível aceitar os atos, pode se dizer, ilícitos que elas vêm 
causando a requerente. 
 
Cumpre esclarecer que, no CDC, a garantia de segurança do produto ou serviço 
deve ser interpretada enquanto reflexo do princípio geral do mesmo diploma legal, de 
proteção da confiança (§ 1º, do art. 12), o qual possui estreita relação com a boa-fé 
objetiva do CCB. Desse modo, ao adquirir um aparelho de telefone celular, põe-se o 
fabricante submisso às conseqüências jurídicas, quando, na concretude do uso, frustrar-
se aquela perspectiva de maneira sucessiva/sequêncial. 
 
Segundo o Prof. Zelmo Denari (Cód. Bras. De Proteção do Consumidor, Forense 
Universitária, 95, p. 103): 
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e te de-se por defeito ou vício de qualidade, a qualificação de desvalor atribuída 
a um produto ou serviço por não corresponder à legítima expectativa do 
consumidor, quanto à sua utilização ou fruição (falta de adequação), bem como por 
adicionar riscos à integridade física (periculosidade) ou patrimonial (insegurança) 
do o su ido ou de te ei o . 
 
Esclareça-se, também, que os constrangimentos de que foi vítima a Requerente, 
não representam aborrecimentos naturais do cotidiano, posto que, conforme 
vastamente demonstrado, as Requeridas vêm agindo de forma irresponsável, 
desrespeitosa, inconsequente, recusando-se a cumprir o dever imposto pelo 
ordenamento jurídico consistente em reparar o aparelho celular. 
 
Assim, não se pode admitir que um consumidor, vendo-se privado do seu 
patrimônio, não mereça ser ressarcido pelo constrangimento sofrido, em que pese o 
caráter punitivo da condenação por danos morais, visando-se, assim, a evitar que as 
Requeridas reeditem o desrespeito observado no caso dos autos, pelo que, o valor da 
condenação deve ser suficiente para esse fim específico. 
 
A indenização consiste numa compensação, numa tentativa de substituir o 
sofrimento por uma satisfação, além do aspecto retributivo e verdadeiramente punitivo 
no tocante ao causador do dano que, vendo-se obrigado a indenizar os danos causados, 
certamente entenderá que ainda se faz valer as normas editadas e vigentes em nosso 
ordenamento jurídico. 
 
Isto tudo revela que o ser humano tem uma esfera de valores próprios que são 
postos em sua conduta não apenas em relação ao Estado, mas, também, na convivência 
com os seus semelhantes. Respeitam-se, por isso mesmo, não apenas aqueles direitos 
que repercutem no seu patrimônio material, de pronto aferível, mas aqueles direitos 
relativos aos seus valores pessoais, que repercutem nos seus sentimentos, postos à luz 
diante dos outros homens. 
 
Assim sendo, restam fartamente configurados os danos morais sofridos pela 
Requerente, razão ante a qual se requer a condenação das Requeridas. 
 
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Cumpre ressaltar que a Requerente é Pessoa Jurídica e que também pode sofrer 
dano moral, conforme preceitua a Súmula 277 do STJ. 
 
Presentes os requisitos ensejadores do dano moral, quais sejam, o dano sofrido, a 
culpa exclusiva das rés e o nexo causal, hão de ser arbitrados, a bem da Requerente e 
como forma de fazer valer o Estado Democrático de Direito, ressarcimento por danos 
morais a ser fixado por Vossa Excelência. 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a: 
 
a) a citação das Requeridas, para que, querendo, responda 
aos termos da presente, sob pena de revelia e confissão; 
b) seja determinada a inversão do ônus da prova, nos termos 
do art. 6º, VIII, do CDC; 
c) seja julgada totalmente procedente a presente demanda, 
a fim de que condenar as empresas requeridas na substituição do produto adquirido; 
d) a condenação das Requeridas por dano moral; 
e) a condenação das Requeridas no pagamento das custas, 
despesas processuais e honorários advocatícios. 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em 
especial pelo depoimento pessoal do representante legal da requerida, oitiva de 
testemunhas, prova documental e pericial e outras cabíveis a espécie. 
 
Dá à causa o valor provisório de R$ 20.000,00. 
 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 
 Taquara, 14 de dezembro de 2015. 
 
 
 Dra. Juliana da Silva Nikolay 
 OAB/RS 84.629 
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Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o
endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte
número verificador:
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
0000088026268
16/12/2015 15h42minFABIO NIKOLAY
Página 5/5
FL.
26
Réu: Microsoft
Processo:
Local e Data: Parobé, 18 de Dezembro de 2015
Autor: Evaldo Schwarz Junior - ME (CNPJ 13.701.133/0001-37)
Tipo de Ação: Responsabilidade do Fornecedor :: Substituição do Produto
CARTA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA - JEC
Senhor(a):
Vossa Senhoria fica citado(a) para se defender no processo acima referido, bem como intimado(a) para
comparecer à audiência de conciliação no dia, hora e local abaixo especificados, portando esta carta e seu documento
de identidade.
O pedido formulado pela parte autora está disponível para visualização na internet, no endereço e código de
acesso acima indicados. Em caso de dificuldade de acesso à internet, a cópia do pedido poderá ser obtida no cartório
do Juizado Especial Cível, no endereço abaixo.
Se deixar de comparecer serão considerados verdadeiros os fatos alegados pela parte autora e será proferido
julgamento.
9000484-89.2015.8.21.0157
Microsoft, réu.
Avenida Carlos Gomes, 300, sala 1401, Auxiliadora, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 90.480-000
Thiago Dos Santos Amaral - Servidor
Avenida Taquara, 470, Guarujá, Parobé, Rio Grande do Sul, 95.630-000
Observação:
Dia, hora e local da audiência:
 A pessoa jurídica e o titular de empresa individual poderão ser representados por preposto credenciado.
Caso não haja acordo, será imediatamente designada audiência de instrução e julgamento, ocasião em que Vossa
Senhoria poderá apresentar contestação e provas.
Destinatário:
Juízo: Vara Adjunta do JEC de Comarca de Parobé
16/03/2016 às 19:10, Avenida Taquara, 470
Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario
Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565501. Página 1/2
FL.
27
DOCUMENTO ASSINADO POR DATA
www.tjrs.jus.br
Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº
2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o
endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte
número verificador:
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
0000088565501
18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO
Página 2/2
FL.
28
Réu: Tim Celular S.A.
Processo:
Local e Data: Parobé, 18 de Dezembro de 2015
Autor: Evaldo Schwarz Junior - ME (CNPJ 13.701.133/0001-37)
Tipo de Ação: Responsabilidade do Fornecedor :: Substituição do Produto
CARTA DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DE AUDIÊNCIA - JEC
Senhor(a):
Vossa Senhoria fica citado(a) para se defender no processo acima referido, bem como intimado(a) para
comparecer à audiência de conciliação no dia, hora e local abaixo especificados, portando esta carta e seu documento
de identidade.
O pedido formulado pela parte autora está disponível para visualização na internet, no endereço e código de
acesso acima indicados. Em caso de dificuldade de acesso à internet, a cópia do pedido poderá ser obtida no cartório
do Juizado Especial Cível, no endereço abaixo.
Se deixar de comparecer serão considerados verdadeiros os fatos alegados pela parte autora e será proferido
julgamento.
9000484-89.2015.8.21.0157
Tim Celular S.A., réu.
Avenida Andaraí, 549, Passo D'Areia, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 91.350-110
Thiago Dos Santos Amaral - Servidor
Avenida Taquara, 470, Guarujá, Parobé, Rio Grande do Sul, 95.630-000
Observação:
Dia, hora e local da audiência:
 A pessoa jurídica e o titular de empresa individual poderão ser representados por preposto credenciado.
Caso não haja acordo, será imediatamente designada audiência de instrução e julgamento, ocasião em que Vossa
Senhoria poderá apresentar contestação e provas.
Destinatário:
Juízo: Vara Adjunta do JEC de Comarca de Parobé
16/03/2016 às 19:10, Avenida Taquara, 470
Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario
Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565521. Página 1/2
FL.
29
DOCUMENTO ASSINADO POR DATA
www.tjrs.jus.br
Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº
2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
Para conferência do conteúdo deste documento, acesse, na internet, o
endereço https://www.tjrs.jus.br/verificadocs e digite o seguinte
número verificador:
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
0000088565521
18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO
Página 2/2
FL.
30
Thiago Dos Santos Amaral - Servidor
9000484-89.2015.8.21.0157(CNJ) - Evaldo Schwarz Junior - ME (Juliana da
Silva Nikolay, Fabio Nikolay) . AUDIÊNCIA DE CONCILIACAO DESIGNADA
PARA 16/03/2016 19:10 Vara Adjunta do JEC
CERTIDÃO
Parobé, 18 de Dezembro de 2015
CERTIFICO expedição desta nota em 18 de Dezembro de 2015, foi
disponibilizada na edição nº 5706 no Diário da Justiça Eletrônico do dia 07/01/2016
considerando-se publicada no primeiro dia útil que se seguir, em conformidade com o art.
4º da Lei nº 11.419/2006. Dou fé.
Assinado eletronicamente por Rio Grande Do Sul Poder Judiciario
Confira autenticidade em https://www.tjrs.jus.br/verificadocs, informando 0000088565543. Página 1/2
FL.
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DOCUMENTO ASSINADO POR DATA
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Este é um documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
0000088565543
18/12/2015 12h11minRIO GRANDE DO SUL PODER JUDICIARIO
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