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Estática Fetal (2)

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As relações do feto com a bacia e com o útero 
definem a estática fetal. Seu estudo permite a 
adequação da assistência ao parto em diversas 
situações. 
Situação fetal 
É a relação do maior eixo fetal (cabeça-nádegas) 
com o maior eixo uterino. Três situações são 
possíveis: longitudinal, transversa ou oblíqua 
(transitória). 
• A longitudinal é a mais comum; 
• A transversa mantida é indicação de 
cesárea. 
 
Fatores que predispõem a situação transversa: 
multiparidade, placenta prévia, anomalias uterinas e 
leiomioma submucosos. 
Apresentação fetal 
A apresentação fetal representa o polo que se 
insinua 1º na pelve. Na situação longitudinal, pode 
ser cefálica ou pélvica. Na situação transversa, a 
apresentação é córmica (ombro). 
Quando outras partes aparecem no segmento superior 
da bacia, chamamos de “procidência”. Ex.: “procidência 
da mão”, quando, ao toque, é sentido a mão do feto. 
Atitude fetal 
Caracteriza-se pela relação das diversas partes 
fetais entre si. Geralmente, o feto apresenta-se em 
flexão generalizada, o chamado ovoide fetal. 
As apresentações classificam-se de acordo com a 
atitude do polo cefálico em relação a dois eixos: 
1. Eixo anteroposterior: flexão ou deflexão; 
2. Eixo laterolateral: sinclitismo ou 
assinclitismo. 
Eixo Anteroposterior (flexão x deflexão) 
A cabeça fetal se posicional, segundo seu eixo 
anteroposterior, com o mento próximo à face 
anterior do tórax, em atitude de total flexão 
(apresentação de vértice ou occipital). 
 
Contudo, em algumas situações, a cabeça fetal se 
afasta em graus variados do tórax, o que constitui 
as deflexões. 
Essas atitudes modificam o diâmetro de insinuação 
e alteram o prognóstico do parto vaginal. 
1. Apresentação Fletida ou occipital 
• Toque na pequena fontanela (lambda); 
• Tem o  diâmetro: subocciptobregmático. 
2. Defletida 1º ou Bregma 
• Toque no bregma/fontanela anterior/grande 
fontanela; 
• Toca o bregma e NÃO TOCA o lambda. 
3. Defletida 2º ou Fronte 
• Toque na Glabela/raiz do nariz 
4. Defletida 3º ou Face 
• Toque no mento 
• Apresentação facial 
O pior prognóstico para o parto vaginal é a defletida 2º, 
uma vez que o maior diâmetro da cabeça fetal é 
apresentado à pelve. 
 
 
Diâmetros da cabeça fetal na insinuação: 
 
Altura da apresentação 
O diagnóstico da altura da apresentação baseia-se 
na comparação do plano fetal mais baixo com os 
planos da bacia. 
Esquema de DeLee para avaliação da altura da 
cabeça: 
 
Diz-se que a apresentação é alta e móvel quando 
não toma contato com o estreito superior. 
Ajustada, quando ocupa a área deste estreito. Fixa, 
quando não é possível mobilizá-la à palpação. 
Insinuada, quando o maior diâmetro transverso da 
apresentação ultrapassa a área do estreito superior. 
Posição fetal 
Posição do dorso fetal em relação ao abdome da 
mãe. Fundamental para a escolha do ponto de 
ausculta. 
Na situação longitudinal, pode ser direita ou 
esquerda. Na situação transversal, pode ser anterior 
ou posterior em relação à coluna vertebral materna. 
O melhor foco de ausculta é a região escapular do 
dorso, próximo ao polo cefálico. 
No final da gestação é mais comum a posição 
esquerda. 
Variedades de posição 
É a relação entre o ponto de referência da 
apresentação fetal e o ponto de referência da pelve 
materna. 
Pontos de referência da pelve materna: 
1) Pube; 
2) Ilíaco (eminências iliopectíneas); 
3) Extremidades do diâmetro transverso 
máximo; 
4) Articulação sacroilíaca; 
5) Sacro. 
 
Os pontos de referência do feto são: 
Situação Apresentação Ponto de 
referência 
Símbolo 
Longitudinal Cefálica Lamba O 
 Bregma B 
Glabela N 
Mento M 
Pélvica Crista 
sacrococcígea 
S 
Transversa Córmica Acrômio A 
As variedades de posição nomeiam-se pelo 
emprego de letras. A primeira refere-se ao feto e as 
demais ao ponto de referência materno. Exemplos: 
1. Variedade de posição OEA (OIEA): 
• Apresentação cefálica fletida (O-occipital); 
• Estreito superior da bacia Esquerda; 
• Anteriormente. 
2. Variedade de posição MDP: 
• Apresentação cefálica Mentual; 
• Estreito superior da bacia Direita; 
• Posteriormente. 
 
A. Occipito-Esquerda-Anterior; 
B. Occipito-Direita-Anterior; 
C. Occipito-Direita-Transverso; 
D. Occipito-Esquerda-Transverso; 
E. Occipitopúbica. 
Nos casos de variedades diretas (orientadas para o 
sacro ou púbis), a nomenclatura utiliza apenas o 
símbolo referente ao ponto de referência fetal e o 
símbolo P (pube) ou S (sacro). 
A apresentação de face (deflexão de terceiro grau) 
pode permitir o parto vaginal, embora este só possa 
ocorrer caso a variedade seja mento anterior (MEA, 
MDA ou MP), visto que, se o mento estiver orientado 
para baixo (posterior), torna-se impossível a flexão da 
cabeça fetal e desprendimento. 
Pontos da estática fetal mais comumente 
encontrados na gravidez a termo: 
 
Palpação Abdominal (manobra de Leopold-
Zweifel) 
 
Essa manobra é uma forma sistemática de palpação 
abdominal com o objetivo de avaliar a estática 
fetal. Ela é dividida em quatro tempos: 
 1º tempo (SITUAÇÃO): delimita o fundo 
uterino, com ambas as mãos deprimindo-o. 
Permite o diagnóstico da situação e facilita o 
diagnóstico da apresentação; 
Na maior parte das vezes percebe-se o polo pélvico, 
que se caracteriza por ser mais volumoso, menos 
rígido e menos regular que a cabeça do feto. 
 2º tempo (POSIÇÃO): com o deslizamento 
das mãos no fundo uterino em direção ao polo 
inferior do útero, busca-se o dorso fetal 
(resistente e contínuo) e a região das pequenas 
partes fetais (braços e pernas), determinando 
sua posição; 
 3º tempo (APRESENTAÇÃO): procura sentir 
o polo fetal que se apresenta ao estreito superior 
e sua mobilidade; 
 4º tempo (ALTURA): o examinador fica de 
frente para os pés da gestante e, com as pontas 
dos dedos, exerce pressão em direção ao eixo 
da entrada pélvica. Fornece informações sobre 
a altura da apresentação, que é mais bem 
avaliada pelo toque. 
Exame Vaginal (toque) 
Antes do trabalho de parto, o toque geralmente é 
inconclusivo, pois o colo está fechado. Durante o 
trabalho de parto, quando o colo se abre, podem ser 
obtidas informações importantes. 
Ausculta 
Os achados da ausculta podem reforçar os 
resultados da palpação e do toque. Comumente, os 
ruídos cardiofetais são transmitidos pela parte 
convexa do feto que fica em contato mais íntimo 
com a parede uterina.

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