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LESÃO RENAL AGUDA

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Referência: Cuppari, 2019. 
@nutribyancacarneiro 
 
Lesão Renal Aguda 
Diagnóstico da LRA 
- A LRA pode ser diagnosticada segundo os 
seguintes critérios: 
Creatinina sérica Diurese 
Aumento ≥ 0,3 mg/dL em 
48 horas Redução < 0,5 
mL/Kg/h por 6 
horas 
Aumento de pelo menos 
50% do valor basal em 7 
dias 
 
Etiologia da doença 
- Dividida em 3 etiologias: 
1. Pré-renal: Resposta fisiológica à 
hipoperfusão renal, sem defeito estrutural nos 
rins. Pode ser consequente principalmente a 
condições como hemorragia, depleção de 
volume, ICC e cirrose hepática 
descompensada. 
• A manutenção da perfusão 
adequada possibilita o retorno ao 
funcionamento normal dos rins em 
curto período (até 48 horas), sem 
grandes consequências ao estado 
nutricional. 
2. Renal: Afeta diretamente o parênquima 
renal, desencadeada, na maioria dos casos, 
por isquemia ou nefrotoxinas que induzem à 
necrose tubular aguda. Exemplos: sepse, 
antibióticos nefrotóxicos, agentes 
radiocontrastes, quimioterápicos, 
hemoglobinúria, mioglobinúria, mieloma, 
DCV, glomerulonefrites agudas e nefrite 
intersticial aguda. 
• Costuma apresentar duração de pelo 
menos 1 semana e necessidade de 
diálise mais frequente. Costuma trazer 
implicações nutricionais importantes. 
3. Pós-renal: Àquela em que a passagem da 
urina está impedida por alguma obstrução na 
pelve renal, ureter, bexiga ou uretra. A função 
renal geralmente volta ao normal após a 
desobstrução do trato urinário. 
 
Metabolismo de nutrientes 
- Carboidratos: A hiperglicemia é comum e 
decorrente da resistência à insulina 
(principalmente), além de presença de 
citocinas inflamatórias e acidose metabólica. 
- Lipídeos: Alterações podem ocorrer como 
aumento de VLDL e LDL e redução do CT e 
HDL. A hipetrigliceridemia é comum, 
consequente à lipólise prejudicada. 
• Deve-se ofertar 1,2 a 1,5 g/Kg/dia. 
• Níveis de TAG séricos > 400 mg/dL são 
suficientes para contraindicar ou 
suspender a emulsão lipídica no 
suporte nutricional. 
- Proteínas: Há um catabolismo intenso e 
liberação de aminoácidos no músculo 
esquelético, além da síntese prejudicada de 
proteínas. 
 
Terapia nutricional 
1. Energia 
 
• Calorimetria indireta (padrão ouro), na 
ausência utilizar equações preditivas. 
• A estimativa do peso seco é uma 
tarefa difícil visto que a maioria dos 
pacientes se encontram acamados e 
não contactuantes, podendo haver 
erros na utilização dos valores 
provenientes das equações preditivas. 
• Recomendação: 
o 25 a 30 Kcal/Kg de peso atual. 
Referência: Cuppari, 2019. 
@nutribyancacarneiro 
o > 30 Kcal/Kg não proteicas: não 
apresentam benefícios na  do 
catabolismo e podem 
desencadear complicações 
(hiperglicemia, hipervolemia e 
hipertrigliceridemia). 
 
2. Proteínas: A oferta proteica se dá com 
base no grau de catabolismo. 
 
Referência Condição Recomendação 
Fiaccadori 
et al. 
Sem 
catabolismo e 
sem diálise 
0,8 a 1,5 g/Kg 
Catabolismo 
moderado, em 
diálise 
1,2 a 1,5 g/Kg 
Catabolismo 
grave, em 
diálise contínua 
ou estendida 
1,7 a 2 g/Kg 
ASPEN, 
2016 
Sem 
catabolismo e 
sem diálise 
1,2 a 2,5 g/Kg 
• Pacientes em diálise estendida (6 a 12 
horas/dia) ou contínua apresentam 
taxa de catabolismo em torno de 1,4 a 
1,8 g/Kg. 
• Ofertas próximas a esses valores 
podem ser necessárias para manter p 
balanço nitrogenado (BN) próximo da 
neutralidade. 
 
Classificação do catabolismo conforme BN 
Balanço nitrogenado Classificação 
≥ 0 Anabolismo 
< -5 Leve 
Entre -5 e -10 Moderado 
> -10 Grave 
 
Micronutrientes 
- Pacientes com LRA apresentam deficiência 
de diversos micronutrientes principalmente 
devido as perdas que ocorrem durante a 
diálise. 
• Vitaminas hidrossolúveis 
• Ácido fólico 
• Selênio 
 
- É possível supor que a maior parte da oferta 
de alguns micronutrientes seja necessária, 
mas não existem informações clara sobre as 
reais necessidades desses nutrientes para 
pacientes com LRA. 
 
Avaliação nutricional 
- A maioria são pacientes críticos com 
presença frequente de edema e inflamação, 
toando os métodos convencionais de 
diagnostico nutricional pouco uteis e 
confiáveis. 
• Albumina, pré-albumina e colesterol 
(significativamente reduzidos na 
inflamação). 
o Esses são os mais utilizados 
como prognostico do que 
marcadores do estado 
nutricional. 
• Edema: dificulta determinação do 
peso seco, circunferências, pregas e 
albumina. 
- Diagnóstico do risco nutricional: 
• Paciente não crítico: NRS-2002 
• Paciente crítico: Nutric Score 
 
 Administração da dieta na LRA 
- Via oral (preferencial) 
• Utilização de suplementos 
hipercalóricos e/ou hiperproteicos. 
• Quando não for possível a oferta pela 
via oral deve ofertar por via enteral nas 
primeiras 24 a 48 horas (receber pelo 
menos 80% das necessidades em 72 
horas). Sempre monitorar para que 
não ocorra Síndrome da 
Realimentação. 
- Parenteral 
Referência: Cuppari, 2019. 
@nutribyancacarneiro 
• Quando não for possível a oferta de 
pelo menos 60% das necessidades por 
mais de 7 a 10 dias pela nutrição 
enteral. 
• Deve ser iniciada o mais rápido possível 
em pacientes com alto risco nutricional 
ou gravemente subnutridos.

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