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Aula 1 - Revisão ciclo cardíaco

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1 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Geruza Sales Galdino Cirino – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 
03/02/2022 – Aula 1 
Ciclo cardíaco 
Consiste no conjunto de eventos cardíacos que ocorre entre 
o início de um batimento e o início do próximo. 
É definido que o ciclo cardíaco se inicia a partir da sístole 
atrial. 
1. Enchimento ventricular rápido: ocorre com cerca 
de 70- a 80% do sangue que estava no átrio, por 
capilaridade, pressão. 
2. Enchimento ventricular lento: quantidade 
pequena de sangue nas condições normais flui 
diretamente para o ventrículo. 
3. Sístole atrial: ocorre no final da diástole ventricular, 
mandando o restante do sangue atrial para o 
ventrículo (aproximadamente 20%). 
4. Contração isovolumétrica: nesse momento as 
valvas atriventriculares e semilunares estão 
fechadas, e logo se inicia a contração ventricular. 
Assim, ocorre o aumento da pressão ventricular 
sem a alteração do volume da câmara. O ventrículo 
começa a se contrair, mas o sangue ainda não é 
ejetado, pois, para que isso ocorra, é preciso até 
0,03 segundos a mais para que se tenha a pressão 
necessária para as valvas semilunares (direita: 
pulmonar; esquerda: aórtica) se abram e o sangue 
seja ejetado vencendo à pressão nas artérias 
correspondentes, pulmonar ou aórtica. 
5. Ejeção rápida: as valvas semilunares são abertas 
quando a pressão no interior do ventrículo direito 
está por volta dos 8mmHg e do ventrículo esquerdo 
aos 80mmHg; logo o sangue é ejetado para as 
respectivas artérias. No primeiro momento da 
ejeção, 70% do sangue é expelido, esse período é 
chamado de ejeção rápida. 
Lembrete! No período de ejeção rápida da sístole ventrícular 
há contração dos musculos papilares. Esses músculos, 
ligados aos folhetos das valvas A-V pelas cordas tendíneas, 
evitam que as valvas sejam muito abauladas para trás em 
direção aos átrios, dirante a contração ventrícular. Assim, 
caso uma corda tendínea se rompa ou os músculos papilares 
deixem de se contrair no momento da sístole ventricular 
poderá ocorrer refluxo, levando a insuficiência cardíaca. 
6. Ejeção Lenta: Como 70% do sangue já foi ejetado, 
agora restam os 30%, que serão lançados no 
segundo e terceiro momento, logo após o período 
de ejeção rápida. Destes, 30% correspondem ao 
período de ejeção lenta. 
7. Relaxamento isovolumétrico: quando acaba o 
período de contração dos ventrículos, o 
relaxamento deles começa a ocorrer, e as pressões 
 
em seu interior começam a diminuir. As valvas 
semilunares se fecham quando o sangue que está 
nas artérias começa a empurrar elas de volta para o 
ventrículo. Neste momento, o ventrículo continua a 
relaxar, mas o volume não altera, sendo o período 
de relaxamento isovolumétrico. Depois disso, as 
pressões dos ventrículos diminuem e voltam ao 
momento de diástole. Assim, as valvas 
atrioventriculares se abrem dando início a um novo 
ciclo. 
Volume diastólico final (VDF) 
É determinado pelo enchimento dos ventrículos durante seu 
relaxamento, a diástole, e atinge por volta dos 110 ou 120ml. 
Volume sistólico final (VSF) 
É a quantidade de sangue que resta ao fnal da ejeção 
(sístole), por volta dos 40 a 60ml. 
Fração de ejeção (FE) 
É a fração do volume sanguíneo expelido do volume 
diastólico fnal. É por volta dos 60%. Fórmula: FE = VDF – VSF 
FE > 50% é considerada normal. → Função global preservada 
FE < 50% indica insuficiência cardíaca → provável disfunção 
de VE por HVE. 
Função segmentar está preservada? Olhar para as paredes. 
Débito sistólico (volume sistólico ou VS) 
Quando os ventrículos esvaziam durante a contração, que é 
a sístole, o volume diminui por volta dos 70ml. 
Frequência Cardíaca (FC) 
É o número de batimentos cardíacos que ocorre dentro de 1 
minuto. 
100 a 50 bpm 
Paciente bradicardico + sudoreico + frio + pegajoso + síncope 
+ anúrico → sugere quando de infecção. 
Débito Cardíaco (DC) 
Caracterizado pelo volume sanguíneo bombeado pelo 
coração em 1 minuto. 
DC = FC x VS. 
Pré-carga 
É a pressão que o sangue faz no ventrículo quando ele está 
cheio antes da contração, ou seja, antes da sístole. Quanto 
maior ou menor a pressão, maior ou menor é a pré-carga. 
Ciclo cardíaco - revisão 
 
2 AV1 – Cardiologia – Prof.ª Geruza Sales Galdino Cirino – Fernanda Pereira - 6º período – 2022.1 
Pós-Carga 
É a resistência enfrentada durante a ejeção do ventrículo; o 
sangue enfrenta difculdades de seguir no momento em que 
ele é expelido para as respectivas artérias. É a pressão na 
aorta à saída do ventrículo 
Condições de pré carga aumentada 
- Aumento do volume diastólico final 
- Aumento da contração na sístole ventricular 
Condições de pós carga aumentada 
- Aumento do volume sistólico final , pois a pressão da aorta 
maior não permite que a sístole seja tão efetiva a ponte de 
ejetar todo o volume de sangue usual. 
(+) HVE → leva diminuição do retorno venoso (quadro mais 
crônico, ICC). O corpo começa a se adaptar e são gerados 
sinais e sintomas clínicos. 
(+) Edema agudo de pulmão → quadro mais agudo referente 
a pico hipertensivo, pós carga alta, pressão na aorta alta 
(pressão maior que 80mmHg durante a sístole ventrícular). 
Como reverter? Diminuir a PA do paciente e diminuir a pré-
carga. 
(+) TEP – ocorre no tronco pulmonar, artérias pulmonares ou 
seus ramos – “chuveirar”. Quadro de dispneia súbita, dor 
pleurítica, dor torácica subesternal, tosse, hemoptise, 
edema 
unilateral de 
MMI, febre, 
sibilos, 
taquicardia 
e/ou 
taquipneia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lembrete! Quando o ventrículo esquerdo se contrí (período 
de ejeção rápida), a pressão ventricular aumenta 
rapidamente (normal, 80 mmHg) abrindo a valva aórtica. 
Depois da abertura a pressão ventricular se eleva 
lentamente (período de ejeção lenta), já que o sangue flui, 
sem nenhum obstáculo, do ventrículo para a aorta, e de lá já 
escoa para as artérias sistêmicas. Nesse momento da sístole 
ventricular a pressão medida na aorta é de 120 mmHg 
(pressão sistólica). Quando a sístole é findada a valva aórtica 
se fecha, mas a túnica média da aorta (reple de lâminas 
elásticas) mantém a pressão elevada na aorta mesmo 
durante a diástole, e essa pressão decai vagarosamente até 
80 mmHg (pressão diastólica), antes que o ventrículo se 
contraia novamente. 
(+) Incisura dicrótica – ocorre na curva de pressão aórtica no 
momento em que a valva se fecha. A incisura é causada pelo 
período em que ocorre o fluxo sanguínguíneo retrógrado, 
antes de fechamento valvar, e é o que facilita o seu 
fechamento. Ocorre no final da onda T. 
Lembrete! No momento da sístole ventricular ouve-se B1 
(fechamento das valvas A-V) de timbre baixo e duração 
relativamente longa. Ao final da sístole ouve-se B2 
(fechamento rápido das valvas semilunares) que é mais 
curto.

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