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Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Isquemia significa “desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio”, devido à diminuição da oferta e/ou aumento do consumo. O resultado final da isquemia é a queda na produção celular de energia (ATP), o que leva à perda de função e, se a isquemia for grave e persistente, culmina em necrose da célula. Sua principal etiologia é a aterosclerose das artérias coronárias, sendo as demais causas (ex.: embolia, vasculite, dissecção coronariana) bastante incomuns. A doença isquêmica do miocárdio secundária à aterosclerose coronariana pode ter três apresentações clínicas distintas: (1) assintomática; (2) aguda; (3) crônica. Na forma assintomática (“isquemia silenciosa”), o paciente em geral é portador de fatores de risco para aterosclerose, porém os indícios de isquemia miocárdica só podem ser detectados através da realização de exames complementares. Na forma aguda (SCA = Síndrome Coronariana Aguda), o paciente evolui em curto espaço de tempo com sinais e sintomas de isquemia progressiva, que acaba se manifestando em REPOUSO. Na forma crônica (“angina estável”), o paciente refere sinais e sintomas de isquemia durante o esforço, mas em repouso essas manifestações desaparecem... Não há “instabilidade” da placa de ateroma, mas esta é grande o suficiente para obstruir a maior parte do lúmen coronariano (>50%), produzindo isquemia somente em face de um aumento na demanda miocárdica. O fato é que, na ausência de tratamento, o desfecho de todas as formas de aterosclerose coronária é o mesmo: infarto miocárdico!!! Síndrome Coronariana Aguda A causa principal desse problema é a instabilidade da placa aterosclerótica, que sofre rupturas em sua superfície originando um trombo. A SCA se apresenta sob duas formas clínicas: com supra desnivelamento do segmento ST (SCACSSST), ou infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST), e aquela sem supra desnivelamento do segmento ST (SCASSST), se subdivide em mais 2, como vemos abaixo: De uma forma geral, explicarei algumas peculiaridades da SCA. Doença Isquêmica do Miocárdio Coronariana Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Etiologia e Fisiopatologia 1.Antes de tudo é importantes a gente entender, que tudo se inicia quando ocorre o depósito subendotelial de LDL, que gera um quadro de inflamação endotelial. Esse quadro vai recrutar macrófagos que ao fagocitarem o LDL, forma uma placa fibrótica e células espumosas, que combinadas formam a Placa do ateroma. 2.Instabilização de placa aterosclerótica, com ativação e agregação plaquetárias associada à formação do trombo. O risco de ruptura da placa depende da sua composição e vulnerabilidade (tipo de placa) e do grau de estenose (tamanho da placa). A maioria de todos os trombos relacionados ao infarto surge em placas que causam apenas leve a moderada estenose. Se o trombo é oclusivo, geralmente há necrose transmural na parede miocárdica suprida pela artéria afetada, com aparecimento de supra desnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Nas SCASSST, o trombo produz estreitamento grave das artérias coronárias, sem levar a oclusão total. 3. Progressão da Lesão Aterosclerótica, com obstrução coronariana progressiva, acompanhada de angina em caráter progressivo. 4. Aumento da demanda de oxigênio, em casos de estenose coronariana prévia, por fibrilação atrial com rápida resposta ventricular, febre, tireotoxicose, estenose aórtica, entre outras causas. Esta angina é denominada secundária Diagnóstico Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Agora vamos detalhar este quadro: Passo 1. Colher a História Característica da dor torácica Sintomas associados Fator de Risco = O sexo masculino é fator de risco adicional. Para o diagnóstico de SCA, a presença de fatores de risco é menos importante que a história típica, as alterações de ECG e os marcadores de necrose miocárdica, porém a presença de 3 ou mais destes fatores é marcador de pior evolução. Passo 2. Exame Físico As SCA não costumam apresentar muitos achados no exame físico, mas eles podem ser comuns à angina instável, ao IAMSST e ao IAMCST. Geralmente, os pacientes que apresentam um exame físico com mais comemorativos possuem um IAMCST. Pacientes podem apresentar diaforese, pele pegajosa, presença de bulha acessória. A ausculta cardíaca pode revelar um sopro sistólico devido à insuficiência mitral isquêmica, que está associada a mau prognóstico. Por outro lado, o exame físico pode auxiliar no reconhecimento dos quadros de maior gravidade. Passo 3. Exames Eletrocardiograma (em até 10 min): fornece pistas para alterações isquêmicas que sugerem infarto oclusivo ou não oclusivo. A principal alteração que sugere infarto oclusivo é o supra desnivelamento de segmento ST. Pode mostrar sinais isquêmicos como alteração do segmento ST e onda T, bloqueio atrioventricular, alterações dinâmicas entre ECGs Testes MNM o Troponina: Os principais marcadores cardíacos de necrose são a troponina I e T. Encontra-se um valor de 2-6ng/L de troponina T em pessoas normais. Após a necrose de cardiomiócito, começa a haver alteração do valor de troponina em 02 horas. Os valores de troponina atingem valor máximo após 24 a 48 horas do infarto e voltam a valores basais após 5 a 14 dias. A troponina identifica o infarto agudo do miocárdio quando existe uma curva com elevação de seu valor ou com redução progressiva, quando o diagnóstico é retrospectivo. É um exame ultrassensível, se for negativo, descarta a doença, mas se positivo, precisa investigar mais, pois existem casos de falso positivo, devido a diminuição da especificidade. Na dúvida faço dosagens seriadas: -Elevação em ascensão ou Elevação em platô. o CK-MB: Se a troponina estiver indisponível, a CK-MB massa pode ser utilizada como alternativa. Se a CK-MB massa ou a troponina não estiverem disponíveis, a CK-MB atividade em associação com CK total pode ser utilizada. A CK-MB deve ser dosada na admissão e após 6 a 9 h do início dos sintomas. Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 o CK total: Pode ser utilizada para determinar a relação entre os níveis de CK total e CK-MB, para diferenciar lesão muscular de lesão miocárdica. CK-MB aumentada e acima de 5 a 20% do valor da CK total sugere IAM. Manejo 1. Triagem diagnóstica: Anamnese + Exame físico + ECG + testes MNM 2. Classificação de risco de morte cardiovascular ou de isquemia recorrente. (Score TIMI ou GRACE) 3. Cuidados Gerais (Morfina Oxigenoterapia Nitrato Aas Betabloqueador Clopidogrel Heparina Ieca/bra Estatina) - Período mínimo de observação: 9h. Síndrome Coronariana Aguda Sem SST Se na angina estável a queixa predominante é de desconforto precordial do tipo isquêmico (raramente “dor”), precipitado por estresse físico ou emocional, e com rápido alívio ao repouso ou nitrato sublingual, na angina instável o paciente refere desconforto precordial isquêmico acompanhado de pelo menos uma das seguintes características: • Surgimento em repouso (ou aos mínimos esforços); • Duração prolongada (> 10-20min); • Caráter mais intenso (descrito como “dor “propriamente dita); • Início recente (em geral nas últimas 4-6 semanas); • Padrão em crescendo (dor progressivamente mais intensa, frequente e duradoura do que antes – ex.: a dor passa a despertar o paciente do sono). Resulta da oclusão subtotal do lúmen coronariano (ou oclusão total com boa perfusão colateral). Se houver elevação dos MNM o diagnóstico é IAMSST, caso contrário, angina instável. Etiologia A principal etiologia é a aterotrombose, e a justificativa para a formação de um trombo de plaquetas e não de fibrina parece ser a ocorrência de lesões menos graves na placa de ateroma (ex.: apenas erosão/fissura superficial, sem muita exposição dos conteúdos fibrinogênicos intraplaca).Fisiopatologia Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Seis mecanismos fisiopatológicos independentes podem estar operantes numa SCA sem supra de ST, de maneira isolada ou em combinações variadas. É importante identificá-los corretamente, pois cada um merece tratamento específico. São eles Quadro Clínico Dor anginosa típica: Retroesternal, precordial, epigástrica; Aperto/opressão (sinal de Levine); irradia para pescoço, mandíbula e MMSS; -Sintomas associados: sudorese, náuseas e vômitos; - Fatores de piora: estresse e exercício; -Fatores de melhora: repouso e nitrato. Angina instável - Prolongada > 20 min no repouso; Início recente em CCS III ou CCSIV; Piora da angina prévia para pelo menos CCS III Diagnóstico O diagnóstico de SCA como já vimos é fundamentalmente clínico, baseado na anamnese e exame físico, com o auxílio de informações complementares obtidas pelo ECG e pela curva de MNM. ➢ Exames: Eletrocardiograma: como eu já falei acima, deve ser feito e interpretado em no máximo 10 min. Onde será encontrado: – Ondas T negativas e simétricas – Infra de ST > 0,5 mm Se o ECG inicial não for diagnóstico, outro ECG deve ser realizado após 5 a 10 minutos. Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Marcadores de Necrose Miocárdica Por definição, na angina instável não ocorre injúria isquêmica suficiente para levar à necrose miocárdica, portanto, não há elevação de CK-MB ou troponinas. Se houver elevação, o diagnóstico é de IAMSST. Devem ser dosados na admissão e 6-9h após. Imagem (ECO, RNM) ➢ Diagnóstico: Lesão Miocárdica (Tn >p99) + Isquemia Miocárdica aguda (1 dos seguintes): Sintomas de isquemia -- ECG: Alteração do segmento ST e/ou onda T, onda Q -- Imagem (ECO, RNM): alteração de mobilidade segmentar nova. Conduta 1- Estratificação do Risco Uma vez diagnosticada a SCA sem supra de ST, torna-se prioritário determinar se o risco do paciente é alto, médio ou baixo. E os exames utilizados para a Estratificação são: 2. Tratamento 2.1. Triagem diagnóstica: Anamnese + Exame físico + ECG + testes MNM 2.2. Classificação de risco de morte cardiovascular ou de isquemia recorrente. 2.3. Cuidados Gerais: Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Repouso inicial E jejum Monitorização cardíaca contínua Acesso venoso periférico – de preferência não pegar acesso no MSD (o MSD é usado para acesso radial) Coleta de exames Oxigenioterapia está indicada para pacientes com saturação em ar ambiente menor que 90%. AAS 300 mg VO exceto: se anafilaxia prévia; uso contínuo confiável, quando então poderá ser 100mg ANTICOAGULANTE: Caso o paciente seja de risco intermediário o Enoxaparina: 1mg/kg SC 2x/dia. ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO: Caso o paciente seja de alto risco, acrescentar o Clopidogrel 300 mg VO – se não tiver prasugrel e ticagrelor ANALGÉSICOS: o Nitrato SL ou Nitrato EV: A primeira opção via SL e segunda opção EV contínuo --> Isordil sublingual 5mg, repetido duas vezes a cada 5 minutos. Nitroglicerina inicial de 5µg/min, aumentando 5µg/min a cada 3 a 5 minutos até efeito desejado. --Alternativa: Morfina 2-4mg a cada 5 min (dose máxima de 25 a 30 mg ou evidência de toxicidade) o Repetir ECG 5 a 10 minutos após mudança de clínica Betabloqueador – considere seu uso no momento inicial, mas não é imprescindível o Alvo é FC de 55 a 60bpm o Atenolol 25-50mg VO INIBIDORES DE ECA II – considere seu uso no momento inicial, mas não é imprescindível o Captoptril 6,25mg, enalapril 2,5mg e lisinopril 2,5mg Síndrome Coronariana Aguda Com SST Supra desnivelamento do ponto J em um paciente com QC de IAM Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 Fisiopatologia Quadro Clínico Dor anginosa típica: Retroesternal, precordial, epigástrica; Aperto/opressão de forte intensidade (sinal de Levine); irradia para pescoço, mandíbula e MMSS; -Sintomas associados: sudorese, náuseas e vômitos; Fatores de piora: estresse e exercício; -Fatores de melhora: repouso e nitrato. Alguns pacientes não apresentam o quadro anginoso típico, mas apresentam um equivalente anginoso, que é caracterizado por: Sintoma súbito de Dispneia e sudorese; mais comum em idosos, mulheres e pacientes com DM Diagnóstico ➢ Exames: Eletrocardiograma Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 1. Primeiros minutos - onda T apiculada 2. > 30 min - aumento do segmento ST (aumento do ponto J). 3. > 6h - ST começa a reduzir, e começa a se formar a onda Q ou área eletricamente inativa (indica necrose). 4. > 24h - ST começa a cair mais e ter uma inversão da onda T. 5. > 1 semana - evolui com uma onda Q e a inversão da onda T Imagem em espelho: quando a necrose (supra) ocorreu em derivações anteriores, as derivações inferiores aparecem como infra. Vamos encontrar nele: - Supra desnivelamento do segmento ST, maior que 1 mm em, no mínimo, duas derivações periféricas contínuas ou 2 mm em, no mínimo, duas derivações precordiais contínuas. Presença de bloqueio completo do ramo esquerdo (BRCE) novo – considera supra Troponina Eleva a partir de 3h ➢ Diagnóstico: Quadro clínico (angina ou equivalente anginoso) + Critérios de supra de ST (ECG). OBS: Não precisa esperar o resultado da troponina. Conduta Aqui repete o Tratamento que já expliquei lá em cima, e detalhei na SSST com os mesmos passos, ACRESCENTANDO aqui inicialmente o procedimento de angioplastia ou fibrinólise. Vamos lá, paciente chega com dor, fiz eletro em até 10 min, achei IAM, eventos com duração menor que 12horas serão encaminhados para realizar terapias de reperfusão. →Se tem serviço hemodinâmico, vou analisar: • Tempo porta-balão: --- Menor que 90 min farei ANGIOPLASTIA --- Maior que 90 min farei TROMBÓLISE →Se não tem serviço de hemodinâmica, vou analisar: • Tempo porta-balão: ---Menor que 120min farei ANGIOPLASTIA Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 ---Maior que 120min farei TROMBÓLISE Para saber se a reperfusão deu certo: A dor precisa ter diminuído, diminuição de 50% do Supra e surgimento do Ritmo Idioventricular acelerado (RIVA - arritmia de reperfusão). Quando esse ritmo surge a conduta agora será observação. Destacando: →.Fibrinoliticos: -Streptoquinase (SK)- não se utiliza mais tanto, 1,5 milhão UI 30-60 min; muitos efeitos adversos, incluindo urticária e hipotensão. -Alteplase (tPA) - 15mg (bolus) + ataque 0,75 mg/kg (30min) + manutenção 0,5 mg/kg (60 min) -Tenecteplase (TNK) - 0,5 mg/kg -> até 50 mg/kg 1/2 dose se > 75 anos; Tem maior facilidade em ser realizada no pré hospitalar (ambulância). Daqui segue igual falei já lá em cima, conciliando claro com as etapas de estabilização. Angina Estável Como já frisamos, a “angina estável” representa a forma sintomática crônica da doença coronariana. O que caracteriza esta condição é a ocorrência de isquemia miocárdica transitória, esforço-induzida, que melhora com o repouso. Sua causa é a obstrução hemodinamicamente significativa (> 50% do lúmen) de uma ou mais coronárias epicárdicas por placas de ateroma “estáveis” (superfície íntegra e sem trombos). Epidemiologia A maioria dos pacientes é do sexo masculino (70%), proporção essa que fica ainda maior na faixa etária < 50 anos. Em mulheres, a prevalência de doença coronariana só se torna significativa após a menopausa... Fisiopatologia Dessa forma,ela dá como um desconforto no peito de forma previsível e reprodutível em certo nível de esforço por desequilíbrio transitório entre suprimento e demanda metabólica ➢ Desbalanço entre a demanda e a oferta. Situações que geram alteração na demanda metabólica (fazem o coração necessitar de mais sangue), como: Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 ➢ Aumento da FC; Aumento da PA; Tensão da parede do miocárdio; Contratilidade miocárdica ➢ Situações que geram alteração no suprimento sanguíneo (reduzem esse suprimento), como: ➢ Resistência da artéria coronária; Fluxo sanguíneo colateral; Pressão de perfusão; FC (taquicardias muito elevadas). ➢ Mecanismos de isquemia miocárdica: ➢ Estenoses fixas ou dinâmicas das artérias epicárdicas (dor anginosa clássica); Disfunção microvasculas (comum em mulheres); Espasmo coronáriano epicárdico focal ou difuso (Diferencia por angina em repouso com tolerância ao esforço) ➢ Consequências da isquemia temporal ➢ Aumento de H+ e K+ no sangue venoso; Disfunção diastólica -> sistólica; Alterações no ECG no ST-T; Dor cardíaca (angina). Quadro clinico Dor retroesternal, em aperto (pressão), breve (até 10 min), pode acometer o epigástrio até a mandíbula. -Fatores exacerbadores: exercício, estresse. -Fatores de alívio: repouso. -Sintomas associados (dispneia, fadiga, náusea). -Sinal de Levine: Não qualifica a natureza, mas coloca punho no centro do peito. Diagnóstico 1.Anamnese e Exame Físico: analisando os sintomas, a qualidade da dor, a duração, a localização e os agravantes. 2.Classicação Clínica da dor: Angina típica: Desconforto retro esternal com característica e duração típicas; causada por stress físico ou emocional; aliviada em repouso ou com o uso de nitratos. Angina Atípica (provável): Preenche 02 dos critérios acima Dor torácica não cardíaca: Preenche apenas 01 ou nenhum dos critérios acima Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 3.A Gravidade da angina estável pode ser clinicamente estratificada de acordo com a Classificação da Sociedade Canadense de Cardiologia (CCS) 3.Exames complementares Laboratório geral: Avaliar fatores de risco e prognóstico, ECG de repouso: Sinais de DAC e linha de base comparativa; Refazer ECG se sinal de SCA, Ecocardiografia de repouso: Causas alternativas de angina, alterações segmentares, FEVE e função diastólica, RX de tórax: Sinais e sintomas de IC ou doença pulmonar; suspeita de outros quadros de dor torácica 4.Exames Estratificadores ➢ Funcionais ➢ Teste ergométrico (baixa sensibilidade e especificidade) ➢ Cintilografia • Estresse farmacológico (adenosina ou dipiridamol) ou esforço físico. • Avalia no repouso e no estresse • Defeitos perfusionais reversíveis e transitórios - presente no estresse e ausente no repouso – Isquemia • Defeitos perfusionais fixos ou permanentes: presente no estresse e no repouso, sem viabilidade - Infarto; se tiver viabilidade - Miocárdio Hibernante. • Se o paciente tem ASMA ou DPOC: dobutamina • >10% de acometimento – STENT ➢ Eco estresse • Farmacológico com dobutamina ou esforço físico • Alteração transitória da contração segmentar. ➢ Ressonância Miocárdica: avalia com precisão antomia, funçao e volume ventricular. • RM de estresse com dobutamina (semelhante ao eco). • RM de estresse com adenosina/dipiridamol (semelhante à cintilografia). Anne Caroline Maltez- Mód Dispneia- p3-INTERM1 ➢ FFR • Feito no CATE, mas é funcional. • Mede a pressão distal na coronária/pressão proximal. • <= 80% - indicativo de baixa oferta. ➢ Anatômicos ➢ AngioTC de Coronária • Avaliação da carga de placa e calcificação • Pacientes selecionados: -Capacidade de segurar respiração; sem obesidade grave; escore de cálcio favorável (< 65 bpm (normo/bradicárdico) ➢ CATE (cateterismo - cineangiocoronariografia) - PADRÃO OURO e baixa mortalidade (invasivo) Tratamento Não Farmacológico 1) Combate a condições que agravam a isquemia: HAS, febre, tireotoxicose, anemia, hipóxia. Os exercícios pós prandiais devem ser evitados. 2) Redução dos fatores de risco cardiovasculares: Combate à HAS, tabagismo, dislipidemias e obesidade. 3) Redução dos lipídeos séricos: Em pacientes com baixo risco e angina estável a redução agressiva dos lipídeos tem o mesmo resultado que a angioplastia em relação à evolução dos pacientes. O alvo deve ser LDL menor que 100. HDL baixos ou triglicérides elevadas também devem ser abordados. Farmacológicos Objetivos: Reduzir a angina e diminuir risco de eventos isquêmicos futuros. ➢ 1º escolha: Betabloqueadores (reduzem a FC e contratilidade). É contraindicado: Angina vasoespática ➢ 2º escolha: Bloqueadores de canais de cálcio (Amlodipino, verapamil e diltiazem) ou Ivabradina e Trimetazinia. ➢ 3º escolha: Nitrato longo: VO (monocordil). ➢ 4º escolha: Alopurinol Redução do desfecho de quem nunca teve infarto: -AAS (benefício incerto), Estatinas (LDL de acordo com o risco), IECA (disfunção de VE, IC e DM), Betabloqueador (IC)
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