Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues Anamnese neurológica IMPORTANTE Data do início da doença · Tumor cerebral → gradativo, rápido ou não · Doença degenerativa do SV → progressiva e lenta · Acidentes vasculares cerebrais e poliomielite → súbita · Esclerose múltipla (doença desmielinizante) → surtos, com regressão parcial dos sintomas, e a cada vez piora mais · Epilepsia e enxaqueca → assintomático entre crises Evolução cronológica dos sintomas Exames e tratamentos realizados com os resultados Estado atual do paciente Antecedentes Em cada período etário, há prevalência de determinadas doenças Ao ser feito o registro da anamnese, devem-se evitar palavras técnicas, como hemiplegia, quando o paciente menciona paralisia da metade do corpo Há palavras ou afirmações que não devem ser aceitas sem o devido esclarecimento Tem mais utilidade descrever a sensação percebida pelo paciente do que anotar a designação dada por ele Às vezes, os dados negativos tem valor igual ou superior aos positivos ESTADO MENTAL · Orientação temporoespacial · Memoria · Linguagem DISTÚRBIOS DA CONSCIÊNCIA Vigília: a percepção consciente do mundo exterior de si mesmo Vigília → Coma EXAME NEUROLÓGICO · Glasgow · Mini-Mental ESCALA DE COMA DE GLASGOW · Reposta ocular · Resposta motora · Resposta verbal · Resposta pupilar Varia: 15-1 Obs.: com resultado ≤ 8 → intubação DECORTICAÇÃO → mãos e braços ficam em posição de “C”, dedos flexionados para dentro, pernas esticadas em rotação interna e braços em adução, punhos flexionados e pés em flexão planar. Apresenta lesões no trato córtico-espinal ou hemisfério cerebral DESCEREBRAÇÃO → braços em adução, cotovelos em extensão rígida, antebraços em pronação, punho e dedos flexionados para fora, pernas rígidas em extensão ao joelho e pés em flexão planar. Apresenta lesões no mesencéfalo e na ponte RESPOSTA PONTUAÇÃO RESPOSTA OCULAR Varia: 4-1 Espontânea 4 Ao comando verbal 3 À dor 2 Sem resposta 1 RESPOSTAS VERBAL Varia: 5-1 Orientada 5 Desorientada ou confusa 4 Inapropriada 3 Incompatível 2 Sem resposta 1 RESPOSTA MOTORA Varia: 6-1 Ao comando verbal 6 Localiza o estimulo à dor 5 Flexão inespecífica do membro estimulado 4 Flexão anormal (decorticação) 3 Extensão anormal (descerebração) 2 Sem resposta 1 RESPOSTA PUPILAR Reação normal 0 Unilateral -1 Inexistente -2 OBSERVAÇÃO Reposta Pontuação O Fator externo que interfere a abertura ocular NT V Fator externo que interfere com a comunicação NT M Fator externo que limita a resposta motora NT NT: não testável EXEMPLO Reposta Pontuação O Fechados devido a água NT V Orientada 5 M Obedece a comando verbal 6 Total 11 NT ou 11 NT ocular Reposta Pontuação O Espontânea 4 V Gemidos 2 M Flexão anormal 3 Total 9 MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MINIMENTAL STATE) Normal: 27 a 30 pontos Tolerância: 24 a 27 pontos Comprometimento: abaixo de 23 Quanto mais baixo o valor obtido, maior o comprometimento mental. Deve-se levar em conta o nível de escolaridade da pessoa examinada AVALIAR COMO AVALIA MÁXIMO (normal) ORIENTAÇÃO Ano, mês, dia do mês e da semana e horas aproximadamente 5 ESPACIAL Nome do país, do estado, da cidade, do andar/setor e local em que se encontra 5 RETENÇÃO DE DADOS Repetir os nomes de 3 objetos 3 ATENÇÃO E CALCULO Diminuir 7 de 100, cinco vezes seguidas, ou soletrar a palavra mundo na ordem inversa 5 MEMORIA Repetir os nomes dos 3 objetos já referidos 3 LINGUAGEM Nomear caneta e relógio 2 Repetir nem aqui, nem ali, nem lá 1 Prova dos 3 comandos: solicite ao paciente que pegue uma folha de papel, dobre-a em 3 partes e a coloque em determinado lugar, valendo 1 ponto cada etapa 3 Ler e executar: feche os olhos 1 Escrever uma frase 1 FUNÇÃO VISUO-ESPACIAL Copiar um desenho 1 EXAME DE SENSIBILIDADE Avalia-se: · Toque suave · Temperatura · Dor · Vibração · Propriocepção · Grafestesia · Estereognosia · Dupla estimulação simultânea · Equilíbrio Obs.: os estímulos devem ser realizados com o paciente com os olhos fechados, porem antes de realizar qualquer procedimento deve-se explicar bem todos os passos que será realizado Exceto equilíbrio, os estímulos são realizados bilateralmente. Para a capacidade de perceber um objeto pontiagudo, o melhor teste de triagem utiliza um alfinete de segurança ou outro objeto para tocar levemente a face, o tronco e os 4 membros; pergunta-se ao paciente ele sente a mesma picada nos 2 lados e se a sensação é pontual ou imprecisa. O objeto pontiagudo é descartado após o uso para evitar transmissão de distúrbios hematogênicos (por ex., HIV e hepatite PROCEDIMENTO Obs.: em todo o processo deve solicitar ao paciente que ele nos de um feedback com os olhos fechados. Para avaliar o toque suave utilizasse um algodão passando-o em diferentes locais bilateralmente e perguntando ao paciente com os olhos fechados se está sentindo alguma coisa e se está na mesma intensidade, caso ocorra que uma área esteja com uma sensação reduzida ou anormal deve ser realizada uma vistoria mais detalhada. Avalia-se a temperatura com uma estrutura quente e outra fria pedindo a paciente para informar-nos qual a sensação sentida. Na sensação de dor, utiliza-se uma estrutura pontiaguda tocando-a na pele em diferentes regiões Para avaliar a sensação de vibração toque o diapasão em uma proeminência óssea, alterne-o vibrando e sem vibrar ou posicione o diapasão vibrando e espere o feedback do paciente até as vibrações pararem. Para avaliar a propriocepção mova o dedo para cima e baixo e pergunte em qual direção ocorre o movimento A função sensorial cortical é avaliada pedindo-se ao paciente para identificar um objeto familiar (p. ex., moeda, chave) colocado na palma de sua mão (estereognosia) e números ou formas escritas na palma (grafestesia) e para discriminar entre um e 2 pontos aplicados na palma da mão e nos dedos (discriminação de 2 pontos). Deve ser realizado estímulos bilaterais nos seus membros perguntando ao paciente se o toque foi na esquerda, direita ou em ambos os lados. Ao realizar o toque em ambos os braços, por exemplo, simultaneamente e a resposta for direita ou esquerda a sensação está anormal no nível cortical. Avalia-se o equilíbrio, usando o exame de Romberg, a paciente deve está em pé com os brações estendidos, se a paciente conseguir manter o equilíbrio empurre-a varias vezes para avaliar se o equilíbrio se mante. Quando há doença cerebelar, o paciente tenta ficar em pé com os pés afastados, mas o mais próximos possível sem cair, e só então fecha os olhos. SINAL X SINTOMA Sinal → pode ser identificado pelo examinador Sintoma → não pode ser identificado pelo examinador MENINGISMO: rigidez de nuca, fotofobia e dor de cabeça Sinais meníngeos e radiculares Sinal de Brudzinski → com o paciente em decúbito dorsal e membros estendidos, o examinador repousa uma das mãos sobre o tórax do paciente e, com a outra colocada na região occipital, executa uma flexão forçada da cabeça. A prova é positiva quando o paciente flete os membros inferiores, flexão dos joelhos e expressão fisionômica de sensação dolorosa Rigidez de nuca → flexão da nuca do paciente. O examinador coloca uma das mãos na região occipital e, suavemente, tenta fletir a cabeça do paciente. Se o movimento for fácil e amplo, não há rigidez nucal. Caso contrário, fala-se em resistência, defesa ou simplesmente rigidez de nuca, frequentemente encontrada nas meningites e hemorragias subaracnóideas. Prova de Lasègue → com o paciente em decúbito dorsal e os membros inferiores estendidos, o examinador levanta um dos membros inferiores estendido, ao final realizar uma dorsiflexão do pé. A prova é positiva quando o paciente reclama de dor logo no início da prova (cerca de 30° de elevação). Sinal de Kernig → consiste na extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto.Considera-se a prova positiva quando o paciente sente dor ao longo do trajeto do nervo ciático e tenta impedir o movimento. Essas provas são utilizadas para o diagnóstico de meningite, hemorragia subaracnóidea e radiculopatia ciática. Desse modo, caracterizasse por uma incapacidade de flexionar a perna mais que 90°. EXAME FÍSICO MARCHA Forma de andar Alterações podem indicar ou diagnosticar doenças Distúrbios de macha → DISBASIA PROCEDIMENTO · Andar em um corredor e voltar · Andar com um pé na frente do outro · Andar nas pontas dos pés · Andar pisando apenas sobre os calcanhares · Pular em um pé só · Dobrar os joelhos levemente · Levantar-se de uma posição sentada MARCHA HELICÓPODE, CEIFANTE OU HEMIPLÉGICA Membro superior fletido em 90° no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico e o joelho não flexiona MARCHA ANSERINA O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco oro para a direita ora para a esquerda, alternadamente MARCHA PARKINSONIANA O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para a frente e os passos são curtos e rápidos dando a impressão de que o paciente “corre atrás do seu centro de gravidade” e vai cair para a frente MARCHA CEREBELAR Provocada por uma lesão cerebelar resultando em um andar em zigue-zague (instável) com base larga. MARCHA TABÉTICA Mantem o olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e ao serem recolocados no chão os calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Essa situação se piora com os olhos fechados. Indica lesão do cordão posterior da medula. Aparece na tebes. dorsalis (neurolues), mielopatia por deficiência de vitamina B12, acido fólico ou vitamina B6, mielopatia vacuolar (ligada ao vírus HIV), nas compressões posteriores da medula (mielopatia cervical) MARCHA DE PEQUENOS PASSOS É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muitos curtos e, ao caminhar, arrasta os pés como se estivesse dançando “marchinha”. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. MARCHA VESTIBULAR Lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda – é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Obs.: se o paciente for colocado em um ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente e volta de costas, com os olhos fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí ser denominada também marcha em estrela. MARCHA ESCARVANTE Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o “passo de ganso” dos soldados prussianos MARCHA CLAUDICANTE Ao caminhar, a paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor MARCHA EM TESOURA OU ESPÁSTICA Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar EQUILÍBRIO E COORDENAÇÃO Romberg → testa o sentido de posição O paciente deve ficar inicialmente de pé, com os pés juntos e os olhos abertos e em seguida fecha-los, durante 30 a 60 segundos sem apoio Perda sensorial X cerebelar Coordenação motora MOVIMENTO ADEQUADO · Direção · Velocidade · Medida Cerebelo + Sensibilidade proprioceptiva PERDA DE COORDENAÇÃO → ATAXIA · Cerebelar · Sensorial · Mista PROVA DE COORDENAÇÃO Prova dedo-nariz (index-nariz) Prova calcanhar joelho Movimentos alternados (diadococinesia) → exemplo: abrir e fechar a mão · Eudiadococinesia · Disdiadococinesia · Adiadococinesia Sensibilidade Subjetiva Objetiva Especial Geral Olfação, visão, gustação e audição Superficial Profunda Vibratória, pressórica, cinético-postural e dolorosa Tátil, termica e dolosora
Compartilhar