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Técnica� d� Coloraçã� SOFIA IZABELLA-ODONTO 107 Coloração de Microrganismo: Simples ● Tipos de coloração; ○ Simples: ■ Uso de um único corante base em álcool ou solução aquosa; ■ Possível observar: forma celular e estruturas básicas; ■ Etapas: esfregaço fixo, lavagem e secagem; ■ Mordente: intensifica coloração e estruturas; ■ Colorações usadas: azul de metileno, carbolfucsina, cristal violeta, safranina; ○ Diferenciais: ■ Reagem de maneira específica a cada tipo de bactéria; ■ Colorações usadas: coloração álcool-ácido e coloração de Gram; ● Preparação da Lâmina: ○ Fixação da lâmina antes de receber o corante: ■ Mata o microrganismo ➠ fixação do microrganismo na lâmina; ■ Impede que a coloração lave o microrganismo; ■ Conservação das partes do microrganismos com menos distorção; ○ Etapas: ■ Preparação de solução salina, retira o excesso com alça de platina; ■ Espalhar um filme delgado desse material (esfregaço) sobre a superfícies da lâmina ➠ de cima para baixo; ■ Secagem do ar; ■ Passagem da lâmina repetidamente no bico de Bunsen com esfregaço para cima (fixação pelo calor) ➠ cuidado para não sobreaquecer e quebrar a lâmina; ● Coloração de Gram: ○ Criado em 1884: Hans Christian Gram; ○ Verifica a composição química da parede da bactéria através do uso de corantes ( 3) da coloração final; ○ Uso de bactérias crescidas a pouco tempo; ○ Classifica as bactérias em: ■ Gram-positivas; ■ Gram-negativas; ○ Etapas: ■ 1ª Etapa: ● Esfregaço fixado por calor recoberto por cristal de violeta; ● Tempo: 1 minuto; ● Impregnação de todas as células por essa coloração; ● Coloração primária; ■ 2ª Etapa: ● Lavagem do corante cristal de violeta; ● Esfregaço coberto por lugol que contém o iodo (mordente); ● Lavagem do iodo; ● Gram-positiva: grande afinidade com lugol pelo peptidoglicano; ● Aparecem bactérias gram-negativas e gram-positivas em violeta escuro ou púrpura; ■ 3ª Etapa: ● Uso do agente descorante; ● Lâmina lavada com álcool ou solução de álcool-acetona; ● Remoção da coloração das gram-negativas pela diluição dos seus lipossacarídeos; ● Gram-positiva: rosa ou violeta; ● Diferenciação entre Gram-negativas e Gram-positivas; ■ 4ª Etapa: ● Lavagem de álcool com água corrente; ● Lâmina corada com safranina ou fucsina por 1 minuto; ● Gram-positiva: violeta ou azul; ● Gram-negativa: vermelha; ● Lâmina lavada novamente e secada com papel ● Examinação da lâmina no microscópio; COLORAÇÃO FINAL: ● Importância: ○ Gram-positiva: ■ Mortas com maior facilidade pela penicilinas e cefalosporinas; ○ Gram-negativa: ■ Mais resistentes ao uso de antibióticos devido a camada de lipossacarídeos; Técnica de Ziehl-Neelsen: ● Usada em bactérias que são resistentes à outros tipos de coloração, devido ao o alto teor de lipídeos estruturais ( bactérias álcool-ácido resistentes- BAAR) na parede celular - Mycobacterium e Nocardia; ● Baar: característica álcool-ácido-resistente conferida a essas bactérias devido ao alto teor de lipídeos estruturais na parede celular ➠ provoca uma hidrofobicidade , dificultando a ação de corantes aquosos; ○ Essas bactérias são resistentes à coloração, porém quando coradas resistem fortemente a descoloração - mesmo quando submetidos a ácidos fortemente diluído e ao álcool absoluto; ● Funcionamento da técnica de Ziehl-Neelsen: ○ Coloração da amostra ➠ fucsina ziehl irá corar todos os elementos celulares de vermelho; ○ Descoloração com álcool ➠ somente os bacilos álcool-ácido- resistentes preservarão a coloração vermelha, enquanto os demais elementos permanecerão descorados; ○ Para visualização dos elementos descorados ➠ azul de metileno ➠ contraste entre os corantes; ○ Resultado- elementos celulares : azul , bacilos álcool-ácido- resistentes : vermelho; ● Materiais clínicos que se usam a técnica ziehl-neelsen: ○ Escarro, urina e fezes ○ Principal amostra: Escarro- coleta pela manhã ao acordar antes de escovar os dentes ou de fazer a higiene bucal; ■ Material coletado em menor quantidade possível de saliva ou de outras secreções do trato aéreo respiratório; ■ Coleta de 3 amostras em diferentes dias- geladeira antes do encaminhamento ao laboratório- inalação do soro fisiológico para ajudar na expectoração; ● Procedimento técnico: 1. Preparar o esfregaço conforme o procedimento estipulado pelo laboratório e seguindo a biossegurança; 2. Colocar as lâminas em suporte apropriado separadamente uma da outra; 3. Cobrir todo o esfregaço com solução de fucsina fenicada, aquecer a lâmina até a emissão de vapores- não deve deixar ferver ou secar; 4. Aguardar 5 a 8 minutos; 5. Retirar a lâmina do suporte e lavar rapidamente em água corrente sob baixa pressão ; 6. Descorar os esfregaços usando a solução descorante- gotejando sobre a lâmina inclinada até que não remova mais corante; 7. Lavar a lâmina em água corrente sob baixa pressão; 8. Cobrir todo o esfregaço com azul de metileno loeffler por 1 minuto; 9. Lavar em água corrente e deixar secar na posição vertical do ar; ● Limitações do método: ○ Os resultados podem ser falsamente aumentados ou diminuídos; ○ Riscos de instabilidade - resultados errôneos; ○ Danos relacionados ao usuário- mais frequência nas situações de; ■ Utilização de reagente vencido ou contaminado ■ Uso da solução descolorante por tempo prolongado - descoloração de estruturas que deveriam continuar coradas - resultados imprecisos; ■ Após abertos- componentes suscetíveis a contaminações químicas ou microbianas - inviabilizam sua utilização; ■ Congelar componentes; ■ Interpretação equivocada de resultados; ■ Tempo de coloração inferior ao recomendado - coloração errônea; ■ Armazenamento ou transporte de amostra inadequado; ● Importante: ○ Manter os frascos dos padrões sempre fechados de maneira a evitar alterações em concentrações. ○ Deve-se evitar o uso de materiais que possam contaminar os reagentes. ○ Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem veicular diversas doenças infectocontagiosas (hepatite, SIDA etc.).
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