Buscar

DIREITO CIVIL - Pessoa natural e pessoa jurídica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Pessoa natural
Todo aquele que nasce com vida torna -se
uma pessoa, ou seja, adquire personalidade.
Esta é, portanto, qualidade ou atributo do
ser humano. Pode ser definida como aptidão
genérica para adquirir direitos e contrair
obrigações ou deveres na ordem civil.
. CAPACIDADE JURÍDICA . .
Toda pessoa tem personalidade, e, por
consequência, toda pessoa tem capacidade,
seja um adulto ou uma criança. Todavia,
embora relacionados, tais atributos não se
confundem, uma vez que a capacidade pode
sofrer limitação.
A capacidade é a medida da personalidade,
pois, para alguns, ela é plena e, para outros,
limitada.
Capacidade jurídica: aptidão genérica para
adquirir direitos.
- Política
- Penal
- Civil
▪ De direito: consiste na aptidão potencial de
ser titular de direitos patrimoniais e
obrigações. Seu termo inicial é o nascimento,
perdurando até a morte.
Só não há capacidade de aquisição de
direitos onde falta personalidade, como no
caso do nascituro, por exemplo.
De fato: em todas as pessoas têm, contudo, a
capacidade de fato, também denominada
capacidade de exercício ou de ação, que é a
aptidão para exercer, por si só, os atos da
vida civil.
Quem só ostenta a de direito, tem
capacidade limitada e necessita, como visto,
de outra pessoa que substitua ou complete a
sua vontade. São, por isso, chamados de
incapazes.
Quem possui as duas espécies de
capacidade tem capacidade plena.
. INÍCIO E FIM .
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres
na ordem civil.
Pessoa natural é, portanto, o ser humano
considerado como sujeito de direitos e
deveres. Para qualquer pessoa ser assim
designada, basta nascer com vida e, desse
modo, adquirir personalidade.
a) Início
A determinação exata do momento em que
se inicia a personalidade da pessoa natural
tem grande relevância; afinal, somente
podem ser sujeitos de direitos aqueles a
quem se atribui personalidade jurídica.
Na teoria da personalidade condicionada
(adotada pelo Brasil), somente se considera
pessoa natural o ser humano nascido com
vida.
Art. 2. A personalidade civil da pessoa começa do
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro.
Para se dizer que nasceu com vida, todavia, é
necessário que haja respirado. Se respirou,
viveu, ainda que tenha perecido em seguida.
Admite, todavia, a produção de efeitos ex
tunc do início da personalidade, para que o
recém-nascido adquira todos os direitos que
teria adquirido enquanto nascituro.
A proteção que o Código defere ao nascituro
alcança o natimorto no que concerne aos
direitos da personalidade, tais como: nome,
imagem e sepultura. Ficando apenas os
direitos patrimoniais condicionados ao
nascimento com vida.
Posicionamento do STJ: Segue a doutrina
concepcionista, no sentido de que o
nascituro pode ter direitos a partir da
concepção.
Nascituro: pessoa que está por nascer, que já
foi concebida, mas que, ainda, encontra-se
no ventre materno.
Concepturo: não foi concebido ainda. É o
caso da chamada prole eventual, isto é,
aquele que será gerado, concebido, a quem
se permite deixar benefício em testamento,
desde que venha a ser concebido nos 02
anos subsequentes à morte do testador
b) Fim
Art. 6. A existência da pessoa natural termina com
a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes,
nos casos em que a lei autoriza a abertura de
sucessão definitiva.
Ocorre a morte da pessoa quando se verifica
a morte encefálica (cerebral).
Art. 3. A retirada post mortem de tecidos, órgãos
ou partes do corpo humano destinados a
transplante ou tratamento deverá ser precedida
de diagnóstico de morte encefálica, constatada e
registrada por 02 médicos não participantes das
equipes de remoção e transplante, mediante a
utilização de critérios clínicos e tecnológicos
definidos por resolução do Conselho Federal de
Medicina.
▪ Comoriência: significa “morte em conjunto”,
ou seja, morte de diversas pessoas no
mesmo evento. Ex: desastres, acidente aéreo
ou deslizamento de terras.
Art. 8. Se dois ou mais indivíduos falecerem na
mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes precedeu aos outros,
presumir-se-ão simultaneamente mortos.
▪ Presunção da morte: casos em que se
acredita que uma pessoa morreu, mas não
se tem certeza.
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida,
sem decretação de ausência:
I – se for extremamente provável a morte
de quem estava em perigo de vida;
II – se alguém, desaparecido em campanha
ou feito prisioneiro, não for encontrado até 02
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte
presumida, nesses casos, poderá ser requerida
depois de esgotadas as buscas e averiguações,
devendo a sentença fixar a data provável do
falecimento.
▪ Ausência: consiste no desaparecimento de
uma pessoa de seu domicílio, sem dar
notícias do lugar onde se encontra, nem
deixar procurador para administrar seus
bens, acarretando, por essa razão, dúvida a
respeito de sua sobrevivência.
Requisitos:
- Desapareceu do domicílio
- Falta de notícias
- Falta de representante/procurador
Não tem prazo para declaração de ausência.
Não basta o desaparecimento de uma
pessoa para a sua configuração. A ausência
reclama uma declaração judicial, em
procedimento especial de jurisdição
voluntária (onde não há partes, não há lide e
nem pretensão resistida de interesses).
A declaração de ausência, no que diz
respeito à tutela dos bens, é organizada em
três etapas distintas:
- Curatela dos bens do ausente (arts. 22 a 25):
inicia-se mediante provocação, por meio de
petição inicial de qualquer interessado
(parentes sucessíveis, sócios, credores,
pessoas que têm pretensão contra o
ausente) ou do MP. A ação será proposta no
último domicílio do ausente (art. 49 do
CPC/2015). Na sequência, o juiz deverá
arrecadar os bens abandonados e nomear
curador (art. 744 do CPC/2015), mesmo que o
ausente tenha deixado procurador, acaso
este não possa ou não queira mais exercer o
mandato. Desde que não separado
judicialmente ou de fato, por mais 02 anos, o
cônjuge do ausente terá prioridade para ser
o curador. Subsidiariamente, poderão ser
nomeados os ascendentes e, em seguida, os
descendentes. Inexistindo qualquer desses, o
juiz escolherá um curador. Após nomeado,
receberá do juiz poderes e obrigações
especiais, ficando responsável pela
administração e conservação do patrimônio
do ausente, pelo que receberá uma
gratificação e terá ressarcido do que gastou
no exercício da curadoria. É proibido ao
curador adquirir bens do ausente, em função
do conflito de interesses. Finda a
arrecadação, o juiz mandará publicar editais
na rede mundial de computadores, no sítio
do tribunal a que estiver vinculado e na
plataforma de editais do Conselho Nacional
de Justiça, onde permanecerá por um ano,
ou, não havendo sítio, no órgão oficial e na
imprensa da comarca, durante um ano,
reproduzida de dois em dois meses,
anunciando a arrecadação e chamando o
ausente a entrar na posse de seus bens (art.
745 do CPC/2015). Cessa a curadoria caso o
ausente reapareça, compareça seu
procurador ou, ainda, haja notícia
inequívoca de seu óbito;
- Sucessão provisória (arts. 26 a 36): findo o
prazo previsto no edital, poderão os
interessados requerer a abertura da
sucessão provisória (art. 745, § 1.º, do
CPC/2015). Fase que se instaura após o
decurso de um ano da arrecadação ou, caso
o ausente tenha deixado procurador,
passados três anos. É uma administração
dos bens do ausente (não mero depósito),
com o objetivo de preservá-los, de modo que
não sejam alterados mais do que o
necessário, já que o desaparecido pode
estar vivo. Depende de pedido dos
interessados. Não havendo qualquer dos
interessados mencionados, o MP pode
requerer a sucessão provisória. Os efeitos da
sentença que a determina só ocorrem após
180 dias de sua publicação. Entretanto,
imediatamente após transitada em julgado,
ocorre a abertura do testamento e do
inventário, como se o ausente fosse falecido.
Não comparecendo herdeiro ou interessado
para requerer a abertura do inventário, após
30 dias do trânsito em julgado, a massa de
bens do ausenteserá considerada como
herança jacente. Os herdeiros que se
imitirem na posse dos bens devem prestar
garantia pignoratícia ou hipotecária, com
exceção do cônjuge, dos ascendentes e dos
descendentes. Os que não prestarem a
devida garantia, ficarão impedidos de ter a
posse dos bens, mas receberão a metade
dos rendimentos da sua cota. Cônjuges,
ascendentes e descendentes receberão a
integralidade dos frutos produzidos pelos
bens que administram. Os outros herdeiros, a
metade. Nessa fase, não se poderá alienar os
imóveis do ausente. Reaparecendo o ausente
e provado que a ausência foi injustificada e
voluntária, perderá os frutos em favor do
sucessor;
- Sucessão definitiva (arts. 37 a 39): etapa que
ocorre após 10 anos do trânsito em julgado
da sentença que concedeu a abertura da
sucessão provisória. Aqui, levantam-se as
garantias prestadas. Caso o ausente tenha
80 anos e esteja sumido há, pelo menos,
cinco anos, poderá acontecer a sucessão
definitiva, sem que seja necessário cumprir o
prazo de dez anos. Após o trânsito em
julgado da sentença que concede a
sucessão definitiva dos bens, declara-se a
morte presumida. Se o ausente retornar, ou
algum de seus descendentes ou
ascendentes, nos 10 anos seguintes à
abertura da sucessão definitiva, receberá os
bens no estado em que se encontrarem, os
que foram sub-rogados em seu lugar ou o
preço que os herdeiros houverem recebido.
A ausência pode gerar efeitos familiares.
Após a declaração da morte presumida, o
casamento resta dissolvido. Se houver filhos
menores órfãos e ambos os pais estiverem
ausentes, os menores devem ser postos em
tutela.
. INCAPACIDADE .
A Teoria das Incapacidades regulamenta os
meios de realização de direitos por parte de
certas pessoas, as quais, apesar de
possuírem em sua totalidade a capacidade
de direito, não têm, de forma temporária ou
definitiva, meios físico-mentais para gerir sua
existência sem que corram graves riscos.
Assim, o direito implementa mecanismos de
proteção para gerir a existência jurídica dos
incapazes, exigindo que estas pessoas sejam
representadas ou assistidas nos atos
jurídicos em geral.
Nesse sentido, incapacidade é a restrição
legal ao exercício dos atos da vida civil,
imposta pela lei somente aos que,
excepcionalmente, necessitam de proteção,
pois a capacidade é a regra.
a) Absoluta
Art. 3. São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de
16 anos.
Acarreta a proibição total, pelo incapaz, do
exercício do direito. A vedação abarca a
prática de qualquer ato jurídico ou a
participação em qualquer negócio jurídico.
Estes serão praticados ou celebrados pelo
representante legal do absolutamente
incapaz (pais, tutores ou curadores), sob
pena de nulidade.
Absolutamente incapazes devem,
consequentemente, ser representados por
quem de direito. Os atos praticados pelos
absolutamente incapazes são nulos de pleno
direito.
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
Enunciado 138. A vontade dos absolutamente
incapazes é juridicamente relevante na
concretização de situações existenciais a
eles concernentes, desde que demonstrem
discernimento suficiente para tanto.
b) Relativa
Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos
atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de
dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em
tóxico;
III - aqueles que, por causa transitória ou
permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV - os pródigos.
↪ Pessoa que gasta imoderadamente seu
patrimônio, podendo, potencialmente,
reduzir-se à miséria
V - Aqueles que, mesmo por causa transitória,
não puderem exprimir sua vontade.
↪ Ex.: coma induzido.
Permite que o incapaz pratique atos da vida
civil, desde que assistido por seu
representante legal, sob pena de
anulabilidade. No entanto, pode praticar
certos atos sem a assistência.
Art. 171. Além dos casos expressamente
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
O idoso goza de capacidade civil plena.
Portanto, a pessoa maior de 60 anos tem
plena capacidade jurídica. Assim, pode, por
exemplo, casar, administrar seu patrimônio e
não pode ser internato em asilo sem o seu
consentimento. Caso exista algum
impedimento no exercício dos direitos da
vida civil, determinante de incapacidade,
deve o legitimado promover a ação de
interdição. Somente após a sentença de
interdição, o idoso perde a capacidade civil
plena.
Art. 6. A deficiência não afeta a plena capacidade
civil da pessoa, inclusive para:
I – casar-se e constituir união estável;
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III – exercer o direito de decidir sobre o
número de filhos e de ter acesso a informações
adequadas sobre reprodução e planejamento
familiar;
IV – conservar sua fertilidade, sendo
vedada a esterilização compulsória;
V – exercer o direito à família e à
convivência familiar e comunitária; e
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à
curatela e à adoção, como adotante ou
adotando, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas.
Individualmente, a pessoa portadora de
deficiência deve ser avaliada para que se
possa medir o grau de sua capacidade
jurídica, objetivando assegurar e promover,
em condições de igualdade, o exercício dos
direitos e das liberdades fundamentais por
pessoa com deficiência, visando à sua
inclusão social e cidadania.
. RECONHECIMENTO DA INCAPACIDADE .
Como a capacidade jurídica é regra e a
incapacidade, consequentemente, uma
exceção, esta exige prova incontestável,
cabal de sua configuração.
Critérios:
- Etário: sua comprovação é mais fácil, pois
demonstrada a idade, naturalmente,
decorrem os efeitos jurídicos da
incapacidade, vinculando todos os atos
praticados pelo titular.
- Psicológico: exige-se o reconhecimento
judicial da causa geradora da incapacidade,
por meio de sentença a ser proferida em
ação específica de interdição ou curatela de
interditos.
A Ação de Interdição ou Curatela de
Interditos é um procedimento judicial, de
jurisdição voluntária, pelo qual se investiga e
se declara total ou parcialmente a
incapacidade de pessoa maior, para o fim de
ser representada ou assistida por curador.
Por meio dela, pode o juiz flexibilizar,
inclusive, o grau de incapacidade jurídica da
pessoa, ao perceber que existem elementos,
por mínimos que sejam, de compreensão e
discernimento. Admite-se, assim, que a
sentença estabeleça uma gradação da
incapacidade jurídica, reconhecendo
diferentes graus de incapacidade (se
absoluta ou se relativa), a depender dos
elementos probatórios colhidos no
procedimento, segundo o estado e o
desenvolvimento mental do interdito, suas
características pessoais, potencialidades,
habilidades, vontades e preferências,
independentemente do pedido formulado
pelo autor.
A depender do grau de interdição, o juiz
poderia estar privando uma pessoa do
exercício do direito ao trabalho, à educação
e à liberdade.
Possuem legitimidade para manejo da ação
o(a) cônjuge ou companheiro(a), os parentes
ou tutores, o representante da entidade em
que se encontra abrigado o interditando,
bem como o Ministério Público.
Art. 747. A interdição pode ser promovida:
I - pelo cônjuge ou companheiro;
II - pelos parentes ou tutores;
III - pelo representante da entidade em que
se encontra abrigado o interditando;
IV - pelo Ministério Público.
Juízo competente para processar e julgar a
ação de interdição: prevalece o lugar do
domicílio ou residência do interditando,
justificado pela natureza protetiva da ação.
A recomendação que o processo tramite no
lugar onde reside o próprio interditando
facilita, inclusive, a colheita de provas, a
realização do interrogatório e a realização
da perícia médica obrigatória. As demais
ações contra o incapaz, serão propostas no
foro de domicílio de seu representante ou
assistente.
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será
proposta no foro de domicílio de seu
representante ou assistente.
Uma vez proferida a sentença, esta tem
natureza declaratória.
. TOMADADE DECISÃO APOIADA .
Art. 1.783-A: A tomada de decisão apoiada é o
processo pelo qual a pessoa com deficiência
elege pelo menos 2 pessoas idôneas, com as
quais mantenha vínculos e que gozem de sua
confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de
decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes
os elementos e informações necessários para
que possa exercer sua capacidade.
Com efeito, na tomada de decisão apoiada
(TDA), ao contrário da curatela, a pessoa
conserva a capacidade de fato, obtendo
maior autonomia para a prática de atos da
vida civil. Contudo, somente ficará privada de
realizar determinados atos – descritos no
termo, homologados pelo Magistrado e
registrados em cartório –, desacompanhada
dos apoiadores.
. CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE .
A incapacidade, por via de regra, cessa com
o fim da causa que lhe determinou ou com a
aquisição da maioridade civil aos 18 anos,
operando a aquisição da plena capacidade
jurídica. Cessa, portanto, a situação de
incapacidade e o indivíduo é autorizado a
praticar, pessoal e diretamente, todo e
qualquer ato jurídico. Ocorre de forma
automática, ou seja, independentemente de
qualquer ato judicial.
Tratando-se de incapacidade por causa
psíquica, desaparecendo a causa
incapacitante, deve o interdito, o curador ou
o Ministério Público requererem ao juiz o
Levantamento da Curatela. Constatada por
perícia, o juiz levantará a interdição.
Art. 756. Levantar-se-á a curatela quando cessar
a causa que a determinou.
§ 1º O pedido de levantamento da curatela
poderá ser feito pelo interdito, pelo curador ou
pelo Ministério Público e será apensado aos
autos da interdição.
§ 2º O juiz nomeará perito ou equipe
multidisciplinar para proceder ao exame do
interdito e designará audiência de instrução e
julgamento após a apresentação do laudo.
§ 3º Acolhido o pedido, o juiz decretará o
levantamento da interdição e determinará a
publicação da sentença, após o trânsito em
julgado, na forma do art. 755, § 3º , ou, não sendo
possível, na imprensa local e no órgão oficial, por
3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias,
seguindo-se a averbação no registro de pessoas
naturais.
§ 4º A interdição poderá ser levantada
parcialmente quando demonstrada a
capacidade do interdito para praticar alguns
atos da vida civil.
a) Emancipação
Antecipação dos efeitos da maioridade civil.
Mediante a emancipação, os efeitos da
maioridade civil (e não a maioridade
propriamente dita) para pessoas
relativamente incapazes, que ainda não
atingiram os 18 anos de idade, são
outorgados, tornando-as plenamente
capazes para a prática dos atos da vida civil,
sem necessidade de assistência ou
representação. É, pois, uma antecipação da
capacidade de fato, dotando o menor de
capacidade jurídica plena.
A emancipação pode se apresentar em 3
espécies distintas:
▪ Voluntária: por ato unilateral dos pais, ou
de um deles na falta do outro, sempre em
benefício do menor. É um ato irrevogável e
feito por meio de escritura pública,
registrada no Cartório do Registro Civil do
lugar onde está assentado o registro da
pessoa emancipada. Nessa hipótese de
emancipação, os pais continuam
respondendo pelos atos ilícitos dos filhos;
▪ Judicial: concedida pelo juiz, ouvido o tutor,
desde que o menor tenha pelo menos 16
anos completos. Nem sempre satisfeito com
o encargo que lhe foi imposto, com o fito de
evitar emancipações destinadas a livrar o
tutor do ônus que lhe foi atribuído, a norma
determina que tal espécie deve ser
submetida ao crivo do magistrado, evitando
prejuízos ao menor. O tutor, desse modo, não
pode emancipar diretamente o tutelado;
▪ Legal: quando o menor vem a praticar
determinado ato reputado incompatível com
a sua condição de incapaz, como:
- Casamento (a separação, a viuvez ou
mesmo a anulação do casamento, para o
cônjuge de boa-fé, não geram retorno à
menoridade), inclusive daquele que não tem,
ainda, 16 anos (para evitar imputação de
crime ou em caso de gravidez);
- Exercício de cargo ou emprego público
efetivo;
- Colação de grau em curso de ensino
superior;
- Estabelecimento civil, comercial ou
existência de relação de emprego (para
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art755%C2%A73
maiores de 16 anos) que gerem economia
própria.
. DOMICÍLIO .
Morada: lugar onde a pessoa se estabelece
temporariamente. Caracteriza-se por ser
passageiro. Ex.: morar em Salvador por seis
meses;
Residência: local em que a pessoa se
estabelece habitualmente. O indivíduo pode
ter várias residências. Ex.: pessoa que reside
na cidade e passa finais de semana, com
frequência, em sua casa de campo. Terá duas
residências;
Domicílio: lugar onde a pessoa estabelece
residência com ânimo definitivo,
transformando-o no centro de sua vida
jurídica. Esse conceito compreende o de
residência, tendo em vista que há a exigência
de habitualidade (elemento objetivo).
Ademais, é preciso a existência do ânimo
definitivo, de estabelecer-se com interesse de
transformar o lugar em centro de sua vida
jurídica (elemento subjetivo). Com isso,
domicílio é a soma da residência (quid facti)
com a qualificação legal (quid juris). É o caso,
por exemplo, da pessoa que passa os fins de
semana no sítio, mas tem a sua vida jurídica
na residência da cidade.
Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar
onde ela estabelece a sua residência com ânimo
definitivo.
Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva,
considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural,
quanto às relações concernentes à profissão, o
lugar onde esta é exercida.
Legal ou Necessário: é o domicílio
obrigatório de determinadas pessoas
naturais:
- Incapaz: domicílio de seu representante ou
assistente;
- Preso: onde cumpre pena; enquanto o preso
estiver cumprindo simples prisão cautelar,
ainda não está cumprindo sentença, não
havendo domicílio legal;
- Servidor Público: onde exerce
permanentemente as suas funções, ou seja,
só tem domicílio necessário o servidor que
exerce função permanente;
- Juiz: comarca onde judica;
- Militar: lugar que está servindo;
- Marítimo: marinheiro da marinha mercante,
local da matrícula do navio;
- Agentes Diplomáticos: quando citados no
exterior, alegarem extraterritorialidade sem
designar onde têm, no seu país, domicílio,
poderão ser demandados no Distrito Federal
ou no último ponto do território brasileiro
que tiveram domicílio.
Pessoa Jurídica
A solução vislumbrada pelo Estado para
limitar os riscos pessoais nos investimentos
em atividades econômicas foi a criação de
uma estrutura jurídica, o instituto da pessoa
jurídica ou, mais exatamente, a criação das
sociedades personificadas. Surge, então, um
ente autônomo com direitos e obrigações
próprias, que não se confunde com a pessoa
de seus membros.
. CARACTERÍSTICAS .
- Capacidade de direito e capacidade de
fato;
- Estrutura organizativa artificial;
- Objetivos comuns dos membros que a
formam;
- Patrimônio próprio e independente dos
membros que a formam;
- Publicidade de sua constituição, dado que,
diferente da pessoa física, a pessoa jurídica
não tem nascimento físico.
Ademais, deve desempenhar uma função
social, que é a distribuição de
responsabilidade social à organização, com
a atribuição de um conteúdo ético às
atividades empresariais, proporcionais às
suas forças, com escopo de engajar as
pessoas jurídicas na garantia de uma
qualidade básica de vida digna.
Teoria da realidade técnica: a pessoa
jurídica resulta de um processo técnico, a
personificação, que depende da lei. Assim, a
pessoa jurídica. É assim uma realidade,
ainda que produzida pelo Direito, a partir de
uma forma jurídica.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.
A esse processo se dá o nome de
personificação, que nada mais é do que
dotar de personalidadejurídica algo que
não tem personalidade ainda, para que esse
“algo” possa se tornar uma pessoa.
A personificação, assim, é o processo de
reconhecimento da personalidade jurídica,
em observância aos requisitos legais, para
transformar algo em pessoa jurídica.
Com a personificação, portanto, surgem
diversos efeitos:
- Forma-se um novo centro de interesses,
com personalidade distinta. Ou seja, é
possível que exista até mesmo um choque
entre os interesses da pessoa jurídica e de
um dos sócios, como se vê nos conflitos
societários;
- Esse centro passa a ter direitos e deveres.
Tal qual qualquer pessoa, a pessoa jurídica
deve ser juridicamente considerada como
tal, com seus próprios direitos e deveres. Daí
não pode um sócio litigar em nome próprio
em prol dos interesses da pessoa jurídica, ou
se escusar de um dever da pessoa jurídica
alegando motivo próprio;
- O centro é inconfundível com seus
membros. Não se pode nem se deve
confundir a pessoa jurÌdica com a pessoa do
sócio;
- Autonomia patrimonial completa. Outra
consequência lógica, pois a regra geral do
patrimônio se aplica também aqui: cada
titular/pessoa tem um patrimônio e cada
patrimônio tem um titular/pessoa. Se a
pessoa jurídica é uma pessoa, ela tem seu
patrimônio próprio, inconfundível com o
patrimônio da pessoa que a criou;
– As relações jurídicas são completamente
diferentes. Novamente, outra consequência
óbvia. Se alguém espalha panfletos
difamatórios contra uma pessoa jurídica, por
ter prestado serviços inadequadamente, n„o
pode a pessoa do sócio querer ser reparada
por danos morais, por ser pessoa distinta.
Igualmente, não pode um sócio obrigar um
devedor a aceitar quitação pessoal quando
o contrato foi celebrado pela pessoa jurídica,
com assinatura do sócio-gerente;
- A responsabilidade civil é independente e
distinta. Mais uma vez, se são pessoas
diferentes, não posso eu responsabilizar uma
pelo ato da outra.
- Inexiste responsabilidade penal da pessoa
jurídica.
. INÍCIO E FIM .
a) Início
Tratando-se de pessoa jurídica de direito
público, a personalidade é conferida pela
norma jurídica (em sentido amplo). Em outro
viés, a pessoa jurídica de direito privado
ganha personalidade com o registro do ato
constitutivo no órgão competente. Depende,
assim, da vontade humana.
A existência das pessoas jurídicas de direito
público decorre da lei, do ato administrativo,
bem como de fatos históricos, de previsão
constitucional e de tratados internacionais,
sendo regidas pelo direito púbico, e não pelo
Código Civil.
Requisitos para configuração:
Vontade humana criadora: depende da
intenção de criar uma entidade distinta da
de seus membros, não podendo surgir de
determinação estatal. A vontade humana
convergente, ligada por uma intenção
comum (a�ectio societatis), constituída por
duas ou mais pessoas, materializa-se no ato
de constituição, que deve ser escrito;
Observância das condições legais: o ato
constitutivo é requisito formal exigido pela lei
e pode ser:
- Estatuto: se tratando de associações –
pessoa jurídicas sem fins lucrativos.
- Contrato social: para sociedades simples ou
empresárias.
- Escritura pública ou testamento.
Após o registro do ato constitutivo, inicia-se
a existência legal da pessoa jurídica de
direito privado. Até então, o grupamento de
pessoas não passava de mera “sociedade de
fato” ou “sociedade não personificada”.
Em regra, o registro tem natureza
constitutiva, podendo ocorrer na junta
comercial (sociedade empresária) ou no
registro civil de pessoas jurídicas (demais
pessoas jurídicas de direito privado).
Algumas exceções ao local de registro podem
ser citadas: o registro da sociedade simples
de advogados (OAB), partidos políticos (TSE)
e entidades sindicais (Ministério do
Trabalho).
O registro pode depender, em casos
específicos, de autorização ou aprovação do
Poder Executivo, como as seguradoras, as
instituições financeiras, as administradoras
de consórcio etc. No caso dos partidos
políticos, além do registro civil, que lhe
confere personalidade, devem registrar-se no
TSE.
Súmula 677 do STF. Os sindicatos, por sua
vez, além do registro civil, devem registrar-se
no Ministério do Trabalho para adquirirem
personalidade.
Prevê o art. 986 que, enquanto não inscritos
os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade,
subsidiariamente e no que com ela forem
compatíveis, as normas das sociedades
simples.
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas
jurídicas de direito privado com a inscrição do
ato constitutivo no respectivo registro, precedida,
quando necessário, de autorização ou
aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.
Licitude dos seus objetivos: o requisito da
licitude de seu objetivo é indispensável para
a formação da pessoa jurídica, devendo,
ainda, ser determinado e possível. Objetivos
ilícitos ou nocivos constituem causa de
extinção da pessoa jurídica.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou
inútil a finalidade a que visa a fundação, ou
vencido o prazo de sua existência, o órgão
do Ministério Público, ou qualquer
interessado, lhe promoverá a extinção,
incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo,
ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim
igual ou semelhante.
A importância da limitação da vontade se dá
pela garantia de obediência dos negócios ao
ordenamento jurídico. Nas sociedades em
geral, civis ou comerciais, o objetivo principal
é o lucro pelo exercício da atividade. Nas
fundações, os fins podem ser religiosos,
morais, culturais ou de assistência,
sendo-lhes possível se prestar a outras
finalidades, desde que afastado o caráter
lucrativo. Nas associações de fins não
econômicos, os objetivos colimados podem
ser de natureza cultural, educacional,
esportiva, religiosa, filantrópica, recreativa,
moral etc.
Repise-se que, diferentemente das pessoas
naturais (cujo registro civil tem natureza
puramente declaratória), o registro dos atos
constitutivos da pessoa jurídica tem
natureza constitutiva, revelando-se
verdadeiro instrumento de reconhecimento
de sua personalidade jurídica, a qual
inexistia antes. Com o registro, a pessoa
jurídica é dotada de personalidade jurídica e
estrutura patrimonial próprias, autônomas,
distintas de seus instituidores.
Art. 46. O registro declarará:
I - a denominação, os fins, a sede, o
tempo de duração e o fundo social, quando
houver;
II - o nome e a individualização dos
fundadores ou instituidores, e dos diretores;
III - o modo por que se administra e
representa, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente;
IV - se o ato constitutivo é reformável
no tocante à administração, e de que modo;
V - se os membros respondem, ou não,
subsidiariamente, pelas obrigações sociais;
VI - as condições de extinção da
pessoa jurídica e o destino do seu
patrimônio, nesse caso.
b) Fim
Diferentemente da pessoa física/natural, é
possível anular o “nascimento” de uma
pessoa jurídica.
A pessoa jurídica pode ser declarada
inexistente, se descumpridos os requisitos
legais de sua instituição.
Art. 45. Parágrafo único. Decai em 03 anos o
direito de anular a constituição das pessoas
jurídicas de direito privado, por defeito do
ato respectivo, contado o prazo da
publicação de sua inscrição no registro.
Como regra, a dissolução das pessoas
jurídicas de direito privado vai funcionar a
partir do regramento da liquidaçã das
sociedades.
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa
jurídica ou cassada a autorização para seu
funcionamento, ela subsistirá para os fins de
liquidação, até que esta se conclua.
§ 1º Far-se-á, no registro onde a pessoa
jurídica estiver inscrita, a averbação de sua
dissolução.
§ 2º As disposições para a liquidação
das sociedades aplicam-se, no que couber,
às demais pessoas jurídicas de direito
privado.
§ 3º Encerrada a liquidação,
promover-se-á o cancelamento da inscrição
da pessoa jurídica.
Mesmo nos casos de dissolução da pessoa
jurídica ou cassada a autorização para seu
funcionamento, ela subsistirá paraos fins de
liquidação, até que esta se conclua. Isso
serve para proteger eventuais credores, já
que, diferentemente de uma pessoa
física/natural, a pessoa jurídica não tem
propriamente herdeiros.
. CAPACIDADE .
O ordenamento jurídico reconhece a
capacidade das pessoas jurídicas como
consequência natural e lógica da sua
personalidade. De nada adiantaria conferir
aptidão genérica para adquirir direitos e
contrair obrigações (personalidade) sem a
aptidão específica para exercê-los
(capacidade).
Enquanto a pessoa física encontra na sua
capacidade a expansão plena de sua
alteridade ou de seu poder de ação, tendo
proteção avançada, preferencial e
privilegiada do sistema jurídico, a pessoa
jurídica, pela própria natureza, tem o poder
jurídico limitado aos direitos de ordem
patrimonial.
Essa limitação é relativa na medida em que
nada obsta que a pessoa jurídica,
eventualmente, busque indenização por
dano extrapatrimonial, quando infringidos
os seus direitos de personalidade (nome,
reputação etc.).
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que
couber, a proteção dos direitos da
personalidade.
. . CLASSIFICAÇÃO .
Pessoas jurídicas de direito público:
- Interno:
- União: Estado brasileiro federativo;
- Estados;
- Municípios;
- Territórios;
- Distrito Federal;
- Autarquias;
- Associações/consórcios públicos.
Art. 41. Parágrafo único. Salvo disposição em
contrário, as pessoas jurídicas de direito público,
a que se tenha dado estrutura de direito privado,
regem-se, no que couber, quanto ao seu
funcionamento, pelas normas deste Código.
↪ Ou seja, apesar de serem públicas são
tratadas como se privadas fossem.
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público
externo os Estados estrangeiros e todas as
pessoas que forem regidas pelo direito
internacional público.
Um ato praticado por um agente público é
considerado pela pessoa jurídica de direito
público interno o qual ele se subordina.
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público
interno são civilmente responsáveis por atos dos
seus agentes que nessa qualidade causem danos
a terceiros, ressalvado direito regressivo contra
os causadores do dano, se houver, por parte
destes, culpa ou dolo.
- Externo:
- Estados da comunidade
internacional: os paÌses da comunidade
internacional;
- As demais pessoas regidas pelo
direito internacional p˙blico, como: ONU, FAO,
FMI etc.
Pessoas jurídicas de direito privado:
- Associações: são pessoas jurídicas de
direito privado formadas para fins não
econômicos;
- Sociedades: são a reunião de pessoas e
bens ou serviços com objetivo econômico e
partilha de resultados, ou seja, tem natureza
eminentemente lucrativa;
- Fundações: são um complexo de bens.
Curiosamente, são pessoas jurídicas sem
quaisquer pessoas físicas/naturais em sua
composição.
- Organizações religiosas: têm por objetivo a
união de leigos para o culto religioso,
assistência ou caridade. Por isso, não podem
ter fim econômico. Sua criação, organização
e funcionamento não podem sofrer
intervenção estatal.
- Partidos políticos: são associações com
ideologia política, cujos membros se
organizam para alcançar o poder e
satisfazer os interesses de seus membros. Os
partidos, apesar de serem pessoas jurídicas
de direito privado, regem-se pela legislação
eleitoral específica.
- Empresas individuais de responsabilidade
limitada - EIRELI.
- Sindicatos: são associações de defesa e
coordenação dos interesses econômicos e
profissionais de empregados, empregadores
e trabalhadores autônomos.
- OSCIPs: são organizações da sociedade
civil de interesse público;
- Organizações Sociais: são organizações
cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à
pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção preservação do meio
ambiente, à cultura e à saúde;
- Cooperativas: conglomerado de pessoas
que reciprocamente se obrigam a contribuir
com bens ou serviços para o exercício de
uma atividade econômica, de proveito
comum, sem objetivo de lucro. Elas também
podem ser públicas.

Outros materiais