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São causadas por fungos e atingem preferencialmente a derme e/ou hipoderme e com frequência órgãos internos. Podem ser classificadas em: • Profundas subcutâneas: ocorre disseminação por via linfática e acomete parte mais profunda da pele por uma lesão traumática. Ocorre um processo inflamatório que leva a uma lesão supurada ou tumefação. • Profundas sistêmicas por fungos patogênicos: ocorre por uma inoculação do fungo por via inalatória e as lesões são mais profundas por conta da via hematogênica. • Profundas por fungos oportunistas PARACOCCIDIOIDOMICOSE Causada pelo Paracoccidioides brasiliensis e é uma micose sistêmica, infecciosa e granulomatosa, com 2 formas de apresentação (Aguda/subaguda e crônica) e diversas formas clinicas. A forma crônica acomete preferencialmente indivíduos adultos do sexo masculino entre 30-50 anos que trabalham em área rural, enquanto a forma aguda/subaguda acomete crianças e jovens de ambos os sexos. O tabagismo e etilismo crônico podem ter papel facilitador de doença na forma crônica do adulto. O paracocco é um fungo dimórfico que varia sua forma com a temperatura, sua principal via de penetração é a inalatória, assim, a doença se instala primariamente no pulmão. Após a infecção pode haver uma disseminação linfática ou hematogênica, ocrrendo um acometimento secundário da mucosa e da pele (inoculação direta). Pode ocorrer inoculação direta pelaingesta de alimentos contaminados e também pela via anal através da higiene anal com folhas (comum no meio rural). Classificação de acordo com o estado imunológico: • PCM infecção: ausência de sintomas e reação positiva à paracoccidioidina (imunocompetentes) • PCM doença: o Aguda/subaguda juvenil: mais severa, evolução rápida, compromete gânglios, fígado, baço, pele, ossos, pulmões e tem um pior prognostico. o Crônica: longo período de latência e predomina na pele com lesões multifocais e no pulmão. o Residuais/sequelas: leva a lesões residuais pois o granuloma produz tecido fibrótico causando uma atrofia da pele, além disso, pode causar enfisema pulmonar e estenose de laringe. Suas manifestações clinicas consistem em: • Lesões na mucosa: estomatite moriforme de Aguiar Pupo • Lesões cutâneas predominam na metade superior do corpo, são pápulas, papoposturosas,papulotuberosas, vegetantes, ulcerovegetantes, ulceradas. FUNDO DA LESAO: mamilonado, pontilhado hemorrágico e aspecto moriforme. • Lesões nos linfonodos: tumefeitos, duros, doloroso, evoluem com amolecimento, aderem-se a pele, fistulizam, ulceram e eeliminam pus com grande quantidade de parsitos. • Lesões pulmonares • Envolvimento de outros órgãos O diagnostico é feioto pela identificação do fungo por exame direto, histopatológico (impregnação de prata). Seu tratamento é feito com sulfamidicos, azolicos e anfotericina B em casos graves. ESPOROTRICOSE É uma micose subcutânea que pode ser subaguda ou crônica, muito comum no brasil, sendo uma doença de notificação compulsória. É causada pelo Sporothrix brasiliensis e sua transmissão é feita através de animais domésticos (principalmente gato). Suas vias de penetração são através de pele e tecido cutâneo (de forma traumática, com arranhadura por exemplo), ou pelo pulmão por inalação. Pode ser classificada em: • Formas cutâneas: o Cutaneolinfatica (mais comum): cancro inoculatorio, que faz uma lesão exuberante, ulcerada, de gundo granulomatoso. A lesão é ascedente (segue o vaso linfático) com nódulos que sofrem fistulização. o Cutaneolocalizada o Cutaneodisseminada • Formas extracutaneas: acometimento de mucosas, ossos e articulações O diagnostico é feito pelo exame micológico direto, imunofluorescência, cultura (preferencial), exame histopatológico. O tratamento é feito com itraconazol, cloridrato de terbinafina, iodeto de potássio (principal) e anfotericina B. CROMOMICOSE É uma infecção fúngica crônica da pele e do tecido celular subcutâneo, causada por varias espécies de fungos demáceos que produzem pigmento escuro (principal Fansecaea pedrosoi). A penetração do fungo ocorre por traumatismo e cerca de 1-2 meses depois surge uma papula, que posteriormente tora-se vegetante com aspecto condilomatoso e/ou verrucoso de crescimento continuo. Pode levar a impotência funcional da área após alguns anos. O tratamento é feito com itraconazol, terbinafina, crioterapia e anfotericina B. Dependendo da lesão podemos fazer remoção cirúrgica, mas o tratamento é difícil e a resposta é lenta.
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