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Avaliação dos riscos cardiovasculares

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LMF- dispneia, dor torácica e edemas
Aula 2 - avaliação dos fatores de risco cardiovasculares
O que é avaliação de risco cardíaco?
É a utilização de um grupo de exames para indicar a probabilidade de um evento cardiovascular, como um
infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. A probabilidade é expressa em termos de grau de
risco: pequeno, moderado e alto.
A Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose de 2017 recomenda
o Escore de Risco Global (ERG) que estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, insuficiência cardíaca,
fatais ou não fatais, ou insuficiência vascular periférica. Uma vez identificado o grau de risco, poder-se-á fazer
um planejamento diagnóstico e terapêutico.
Risco muito alto: pessoas que têm doença aterosclerótica significativa com manifestação clínica prévia
de doença coronariana, cerebrovascular, vascular periférica ou na ausência de eventos mas com
obstrução > 50% em algum território arterial.
Risco alto: Indivíduos sem eventos clínicos, em prevenção primária com ERG> 20% em 10 anos ou serem
portadores de aterosclerose, na forma subclínica documentada por metodologia diagnóstica:
ultrassonografia de carótidas com presença de placas; Índice Tornozelo-Braquial (ITB) < 0,9; escore de
Cálcio Arterial Coronariano (CAC) > 100 ou a presença de placas ateroscleróticas na angiotomografia
(angio-CT) de coronárias; aneurisma de aorta abdominal. Além disso, doença renal crônica definida por
Taxa de Filtração Glomerular (TFG) < 60 mL/min, e em fase não dialítica, concentrações de LDL-c ≥ 190
mg/dL. São também classificados como de altos risco indivíduos diabéticos dos tipos 1 ou 2 com presença
de Estratificadores de Risco (ER) ou Doença Aterosclerótica Subclínica (DASC).
Risco intermediário: ERG entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5 e 10% no sexo feminino, mesmo se
diabéticos desde que não apresentem os critérios de doença aterosclerótica subclínica ou estratificadores
de risco.
Baixo risco: Indivíduos do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos < 5%, calculado pelo ERG.
Qual seria a idade mínima para se avaliar risco?
A idade mínima de inclusão nos escores clínicos é de 35 anos. Entretanto, embora não seja frequente, muitos
indivíduos podem desenvolver eventos cardiovasculares precocemente. O exemplo mais típico são os
portadores de hipercolesterolemia familiar
O que é incluído na avaliação de risco cardíaco?
Talvez os indicadores mais importantes de risco cardíaco sejam os dados pessoais de saúde. Idade, fatores
hereditários, peso, fumo, pressão arterial, exercícios e diabetes são importantes para determiná-lo. O
perfil lipídico inclui os exames mais importantes para avaliação de risco.
Há exames de imagem, não invasivos e invasivos, que podem ser usados na avaliação de risco
cardíaco. Os não invasivos incluem eletrocardiograma, prova de esforço, cintilografia com prova de
esforço, tomografia computadorizada, ecocardiograma e angiografia por ressonância magnética.
Exames invasivos incluem angiografia ou arteriografia e cateterismo cardíaco.
Fatores de risco modificáveis: hipercolesterolemia, tabagismo, diabetes, obesidade e hipertensão
Fatores de risco não modificáveis: história familiar, idade, sexo
Como o perfil lipídico é usado?
O perfil lipídico mede colesterol, triglicerídeos, colesterol ligado a lipoproteínas de alta densidade (colesterol
HDL, o colesterol “bom”) e o colesterol ligado a lipoproteínas de baixa densidade (colesterol LDL, o colesterol
“mau”). Os triglicerídeos são uma forma importante de gordura que fornece energia para as células. Níveis
desejáveis do perfil lipídico:
Colesterol total: menos de 200 mg/dL
Colesterol HDL: mais de 40 mg/dL
Colesterol LDL: menos de 100 mg/dL*
Catarina Nykiel
Triglicerídeos menos de 150 mg/dL
Que outros exames são usados para avaliar o risco cardíaco?
Exames que podem ser usados para avaliar o risco cardíaco incluem:
1. Proteína C reativa ultrasensível (PCR-US): Estudos mostraram que a medida da proteína C reativa
(PCR) com um teste de alta sensibilidade pode ajudar a avaliação do risco de doença cardiovascular.
Esse exame é diferente do exame comum que mede a PCR, que detecta níveis elevados em pessoas
com infecções e doenças inflamatórias. A PCR-HS mede níveis de PCR na faixa normal. Pode ser
usada para distinguir pessoas com níveis normais baixos e as que apresentam níveis normais altos.
Mostrou-se que níveis normais altos em pessoas saudáveis estão associados a aumento de risco de
infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, morte súbita cardíaca e doença arterial periférica,
mesmo quando os níveis de lipídios estão na faixa aceitável. Diversos pesquisadores recomendam
que esse exame seja feito em pessoas com risco moderado de infarto do miocárdio nos próximos 10
anos, mas não há um consenso sobre outros usos ou sobre a frequência com que o exame deveria
ser repetido.
2. Lipoproteína A: É uma lipoproteína formada por uma molécula de LDL com outra proteína ligada
(apolipoproteína A). A lipoproteína A é semelhante à LDL, mas não diminui com os tratamentos
comuns para diminuir as LDL, como dieta, exercícios ou a maioria dos medicamentos para reduzir
lipídios. Como os níveis de lipoproteína A parecem ser determinados geneticamente e não se alteram
com facilidade, níveis altos podem ser usados para identificar pessoas que se beneficiam com
tratamentos mais agressivos de outros fatores de risco.
● Síndrome metabólica!!!
A síndrome metabólica (SM), também conhecida com síndrome X e Síndrome de resistência à insulina é
considerada um conjunto de alterações no metabolismo do indivíduo que contribuem para a elevação do
risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares. As principais alterações são a obesidade abdominal,
hipertensão, hipertrigliceridemia, baixa concentração de lipoproteínas de alta densidade (HDL-c) e intolerância
à glicose.
Catarina Nykiel

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