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Anamnese e Exame Físico do Sist Hematolinfopoiético

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Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
Anamnese e exame físico do sistema hematolinfopoiético 
Sistema Linfático 
 Via auxiliar de drenagem do Sistema Venoso. 
 Líquidos provenientes do interstício (entre o 
tecido e o vaso – terceiro espaço) -> sangue. 
 CIRCULAÇÃO LINFÁTICA: intimamente ligada 
à circulação sanguínea e aos líquidos 
teciduais. 
LINFA: líquido claro. 
 Remoção de proteínas do líquido intersticial. 
 Remoção de bactérias e destruição. 
 Formação de anticorpos e absorção de nutrientes provenientes do intestino. 
 Retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea. 
O FLUXO LINFÁTICO depende de: 
 Pressão do líquido intersticial: varia com a quantidade de líquido e de proteínas no interstício e com a compressão dos tecidos 
adjacentes. 
 Válvulas dos vasos linfáticos. 
 Bomba linfática – fibras mioendoteliais. 
 Contração dos músculos. 
 Movimentação do corpo – muito tempo parada 
pode causar edema. 
LINFONODOS: 
 600-700 no organismo (maioria na região cervical). 
 Envoltos por uma cápsula fibrosa. 
 Interior: septos convolutos -> lobos. 
 SUPERFICIAIS: tecido celular subcutâneo – são 
palpáveis. 
 PROFUNDOS: abaixo da fáscia dos músculos e 
dentro das cavidades do corpo – difícil acesso. 
Os linfonodos tem como FUNÇÕES: 
 Captação de antígenos por ação de fagócitos mononucleares. 
 Filtram vagarosamente a linfa através da exposição a células 
fagocíticas – Linfócitos B e T. 
 Produção de Linfócitos B e T. 
 Resposta imune humoral e celular. 
 Sede frequente de processos inflamatórios e infecciosos – 
aumento dos linfonodos: LINFONODOMEGALIA. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
 
DUCTO TORÁCICO: local onde a maioria dos linfonodos 
desembocam. 
VASOS LINFÁTICOS: 
 Comunicações entre o Sistema Linfático e Sistema 
Venoso. 
 Desembocaduras do ducto torácico e do ducto 
linfático direito. 
 Estão em quase todos os tecidos, exceto cartilagens, 
ossos e SNC. 
 MÚSCULOS ESTRIADOS: praticamente não há vasos 
linfáticos – tecido conjuntivo intermuscular e nos 
tendões e são abundantes nas bainhas tendinosas, 
periósteo, tecido subcutâneo e derme. 
TIMO: 
 Retroesternal. 
 Responsável pelo Sistema Imune – órgão linfoide onde ocorrem diferenciação, maturação e seleção dos Linfócitos T. 
 Células reticulares, dendríticas, macrófagos e fibroblastos. 
 Não possui folículos linfoides. 
 Participa ativamente dos mecanismos de defesa no organismo – tem linfonodos como órgãos de barreira (“filtros”) e o timo 
como órgão imunitário. 
Sinais e Sintomas 
Deve-se buscar: 
 Antecedentes pessoais: infecção da pele e tecido subcutâneo (ERISIPELA), de cirurgia ou traumatismo no trajeto dos principais 
coletores linfáticos e nas regiões de agrupamento dos vasos. 
 CONTATO com portadores de tuberculose, blastomicose, cromomicose e radioterapia. 
 Episódios que possam sugerir TROMBOSE venosa profunda. 
 PROCEDÊNCIA do paciente (zona endêmica de filariose), condições de MORADIA e TRABALHO. 
 Antecedentes familiares. 
 AFECÇÃO semelhante, pois Doença de Milroy (linfedema congênito) tem incidência familiar. 
 Hábitos higiênicos – infecções por FUNGOS e a contaminação por BACTÉRIAS são mais frequentes em pessoas de condições 
higiênicas precárias. 
EDEMA: bloqueio no linfonodo ou nos coletores linfáticos. 
 Pode ter diversos motivos: processo neoplásico, inflamatório (LINFANGITE), parasitário (FILARIOSE) e após cirurgia de 
esvaziamento de cadeia de linfonodos. 
CONSISTÊNCIA DO EDEMA: pele dos pododáctilos (dedos do pé) fica difícil de ser pinçada entre os dedos. 
 Não pregueamento da pele do segundo pododáctilo = SINAL DE STEMMER (patognomônico do linfedema). 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
Edema de longa duração pode levar a HIPERQUERATOSE (pele espessa) e lesões verrucosas -> elefantíase. 
Paciente com edema, devemos buscar as CARACTERÍSTICAS: 
 Início 
 Evolução 
 Tempo 
 Localização 
 Consistência 
 Temperatura da pele 
 Regressão com repouso/elevação do membro 
 Deformidade local 
LINFONODOMEGALIA: “ínguas/caroços” – inguinais, axilares, cervicais e supraclaviculares. 
CAUSAS: 
 Infecções bacterianas: estreptocócicas, estafilococcias, sífilis, tuberculose. 
 Infecções virais: rubéola, mononucleose. 
 Neoplasia dos linfonodos – DOENÇA DE HODGKIN. 
 Invasão de linfonodo por metástases de neoplasias de outros órgãos do Sistema Digestório, rins, próstata, útero, ovários, pele 
e ossos. 
 Invasão por fungos: blastomicose, cromomicose. 
 Invasão por parasitas: estrongiloidíase. 
LINFANGITE: inflamação de um vaso linfático. 
 ERITEMA (vermelhidão local), dor e edema no trajeto do vaso. 
 Principais coletores linfáticos acompanham as veias superficiais – pode confundir com FLEBITE (inflamação das veias). 
Exame Físico 
INSPEÇÃO: visualizar se ver algum linfonodo, trajeto de vaso, edema. 
PALPAÇÃO: polpas digitais e face ventral dos dedos médio, indicador e polegar. 
 Comparar com lado contralateral. 
 LINFONODOS CERVICAIS: examinador posicionado atrás do paciente. 
 LINFONODOS DA CADEIA JUGULAR: apreendendo-se o músculo esternocleidomastóideo entre o 
polegar e os dedos indicador e médio de uma das mãos. 
ADENOMEGALIA: aumento dos linfonodos do pescoço. 
Deve-se observar: 
 Características semiológicas dos linfonodos alterados. 
 Comprometimento dos linfonodos: localizado ou generalizado (maior ou = 3 grupos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
LINFONODOS 
LOCALIZAÇÃO: cadeias linfonodais – na própria cadeia, quais são os linfonodos que estão comprometidos e quantos. 
CONSISTÊNCIA: endurecido ou amolecido, com flutuação (conteúdo líquido) ou não. 
SENSIBILIDADE: doloroso ou não. 
TAMANHO/VOLUME 
 Diâmetro em centímetros: normal 0,5 a 2,5cm. 
 Linfonodos palpáveis podem ser normais em adultos – nestes casos, são individualizados, móveis e indolores. 
MOBILIDADE 
 Palpação deslizante ou entre o polegar e o indicador. 
 MÓVEL (normal – se conseguimos mover) ou ADERIDO (quando está junto ao tecido – planos profundos). 
COALESCÊNCIA: junção de dois ou mais linfonodos – massa de limites imprecisos. 
 Geralmente relacionado a processos inflamatórios ou neoplásicos da cápsula dos linfonodos – une linfonodos de forma firme, 
sugerindo maior tempo de evolução da doença. 
ALTERAÇÃO DA PELE: presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor). 
 Fistulização: comunicação com a pele – secreção que flui pela fístula. 
AMÍGDALAS (INSPEÇÃO e PALPAÇÃO) 
Sistema Hematopoiético 
SANGUE 
Parte sólida, celular (45%): 
 Hemácias – transporte de O2. 
 Glóbulos brancos (leucócitos) – defesa do organismo. 
 Trombócitos/plaquetas – formação de trombos e coagulação primária. 
Parte líquida – plasma (55%): 
 92% = água. 
 8% = proteínas (albumina, fibrinogênio, globulinas e proteínas da coagulação), sais e outros constituintes orgânicos em solução. 
Adulto normal: ~5.000ml (5L) 
MEDULA ÓSSEA 
 Células primitivas (indiferenciadas) -> sofrem divisões sucessivas -> multiplicam-se e amadurecem -> ganham a circulação. 
 3 sistemas de células: hemácias, leucócitos e plaquetas. 
 1/3 progênie eritroblástica e 2/3 granulocítica. 
HEMÁCIAS – GLÓBULOS VERMELHOS: célula anucleada em forma de disco bicôncavo, formada na medula óssea sob estímulo da 
eritropoetina. 
 Função primordial: transporte de O2 e CO2 – vida média em torno de 120 dias. 
 Células mais numerosas do sangue – 4,5 a 6,5 milhões por microlitros. 
LEUCÓCITOS – GLÓBULOS BRANCOS: células nucleadas, sem pigmentos, com vários 
formatos. Participam da defesa (imunologia) do organismo, tanto por fagocitose como por 
produção de anticorpos. 
PLAQUETAS: células do sangue responsáveis pelo processo de coagulação. São fragmentos 
citoplasmáticos de megacariócitos – células multinucleadas oriundas da medula óssea. 
 Permanecem na circulação por cerca de 10 dias, sendo destruídas no baço. 
 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
HEMOSTASIA: estasedo sangue. Parar de circular – coagulação. Acontece através da conversão do fibrinogênio em fibrina pela trombina. 
 Inicia-se em resposta à lesão vascular. 
HEMOSTASIA PRIMÁRIA: processo inicial da coagulação, desencadeado pela lesão vascular. 
 Vasoconstrição -> alteração da permeabilidade vascular com produção de edema -> vasodilatação dos vasos tributários da região 
em que ocorreu a lesão -> adesão plaquetária. 
HEMOSTASIA SECUNDÁRIA (coagulação): 
 Fibrina -> rede de fibras elásticas -> tampão plaquetário -> tampão hemostático. 
 Fatores de coagulação. 
FIBRINÓLISE: após a recuperação da lesão anatômica, possam remover o coágulo e restabelecer a circulação local. 
Anamnese 
Deve-se avaliar: 
 Alimentação, febre, emagrecimento, dores ósseas, possíveis locais de sangramento e tempo de instalação de doenças. 
 Exposição a agentes tóxicos para a medula (organofosforados e benzeno). 
 Interrogatório sintomatológico bem executado. 
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES 
 Anemias (baixa de Hb) 
 Púrpuras 
 Hemofilia 
 Doença de Von Willebrand (fatores de coagulação) 
 “Anomalias leucocitárias” 
 Idade em que tiveram início as manifestações clínicas 
 Uso de medicamentos 
CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E MEIO EM QUE VIVE 
 Menor poder aquisitivo = ANEMIAS CARENCIAIS. 
 Contato com defensivos agrícolas ou contato com cosméticos -> ANEMIA APLÁSICA por intoxicação da medula óssea. 
 Condições emocionais e estresse. 
Sinais e Sintomas 
PALIDEZ: sintoma associado à anemia. 
 CUTÊNA: mãos. 
 MUCOSA: pálpebra, língua, base de língua e gengiva. 
HEMORRAGIAS 
 Perdas sanguíneas pelas mucosas – 
GENGIVORRAGIA, METRORRAGIA 
(hemorragia uterina), ENTERORRAGIA 
(intestinal), HEMATÚRIA (sangue na urina), 
EPISTAXE (sangue pelo nariz). 
 PETÉQUIAS (1cm) e ESQUIMOSES (>1cm): 
aparecimento de manchas cutâneas. 
 HEMATOMA: coagulação sanguínea em tecido 
subcutâneo e intramuscular. 
Podem ser espontâneas ou surgir após traumas ou pequenos traumatismos. 
DOENÇAS DO SANGUE: alterações dos pequenos vasos, plaquetas ou devido deficiência dos fatores de coagulação sanguínea. 
PÚRPURA: doenças em que há alteração do número ou da função das plaquetas (PÚRPURA PLAQUETÁRIA) ou dos vasos (PÚRPURA 
VASCULAR).

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