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Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período Histologia do sistema circulatório – Aula 3 Sistema de condução É formado por células musculares cardíacas modificadas, devido a sua capacidade de autoexcitação. Ou seja, é independente do sistema nervoso autônomo (esse sistema apenas aumenta ou diminui a atividade dessas células musculares especializadas). Tipos de células Cardiócitos contráteis: célula geradora de força Cardiócitos mioendócrinos: fator natriurético atrial (predominam no átrio direito) Cardiócitos nodais: células do sistema de condução Miocárdio Principal componente do coração, é a parede mais espessa. Ele que gera a força contrátil para a função do coração de bomba funcionar. O miocárdio apresenta vários tipos de cardiócitos: - Células marcapasso: compõem o nó SA e AV - Tecidos condutores: Feixe AV e Purkinje - Fibras musculares ventriculares e atriais - Cardiócitos mioendócrinos - Fibras musculares ventriculares e atriais - Cardiócitos mioendócrinos (produtores do peptídeo natriurético atrial) Por que o miocárdio do ventrículo esquerdo é mais espesso que o ventrículo direito? O miocárdio do ventrículo esquerdo tem que vencer a pressão da artéria aorta, que é aproximadamente de 80 mmHg. Já o ventrículo direito tem que vencer a pressão da artéria pulmonar, que possui pressão de 12 mmHg. Tecido muscular estriado cardíaco Fibras cilíndricas e ramificadas Possuem entre 10 e 20 micrômetros de diâmetro e 85 a 100 micrômetros de comprimento Possuem um núcleo centralizado Apresentam discos intercalares ou escaliforme (formato de escada) Se organizam em feixes de diferentes direções Discos intercalares Componentes da fibra muscular cardíaca Apresenta túbulos T Retículo sarcoplasmático menos desenvolvido Cálcio para contração provém principalmente do meio extracelular Há células no sentido longitudinal e transversal, essas células formam os sincícios (organização celular em forma de rede) Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período Nas imagens acima é possível observar as ramificações, o núcleo centralizado, a riqueza na vascularização celular Há tecido conjuntivo entre as células Na lâmina basal dessas células não existe células satélites, portanto, se houver lesão de um cardiócito contrátil ele irá entrar em apoptose, e irá se transformar em tecido fibroso. Se houver obstrução do vaso intramiocárdico, as células sofrerão isquemia e irão entrar em apoptose/necrose (infarto do miocárdio). Isso levará a um déficit contrátil do coração. A hipertrofia das células ocorre por aumento de tamanho, visto que não há célula satélite. Nessa imagem acima é possível ver os vasos sanguíneos e a parte branca seria o tecido conjuntivo frouxo Discos intercalados Unem as extremidades dos miócitos, permitem a troca iônica entre as células e possibilitam o funcionamento coordenado do miocárdio. Possuem um componente transversal e um componente longitudinal (portanto, pode ser chamado de escaliforme, devido ao aspecto de escada) O componente transversal é a região de adesão entre as células de forma muito firme. Ligação desmossômica, promovida por proteínas como vinculina, alfa actina, actinina. No componente longitudinal se encontram as junções tipo GAP, onde se encontram os canais iônicos. Cardiócito mioendócrinos Possui as mesmas características, porém com um diferencial. Eles possuem vesículas que contém o peptídeo natriurético atrial. Endocárdio Revestimento interno do coração Consiste em 3 camadas: - Interna: endotélio e tecido conjuntivo frouxo subendotelial - Intermediária: de tecido conjuntivo denso e células musculares lisas - Profunda: tecido conjuntivo, chamada de camada subendocárdica, contínua com o tecido conjuntivo do miocárdio O sistema de condução esta localizado na camada subendocárdica Camada subendocárdica Constituída de fibras elásticas e colágeno Sistema de condução: fibras musculares cardíacas modificadas Tecido nodal Células musculares com poucas miofibrilas Natália Cariello Brotas Corrêa – Terceiro Período Fibras de Purkinje, presentes na camada subendocárdica Essas fibras de Purkinje apresentam muito glicogênio, portanto, são células mais claras em relação ao miocárdio propriamente dito Aspectos fisiológicos O mecanismo de autoexcitação do sistema de condução é decorrente da disponibilidade de íons no líquido extracelular e da presença de canais iônicos. O marca-passo do coração é o nó sinoatrial, pois ele que dita o ritmo. O potencial de repouso dele é aproximadamente -60 mV, característica que faz ele ser mais excitável. A despolarização dos nodos é uma despolarização lenta. Já nas fibras de Purkinje é uma despolarização rápida. Despolarização lenta Despolarização rápida Entretanto, nos nós a repolarização é rápida, fazendo com que o coração bata em torno de 50 a 90 batimentos por minuto. Já nas fibras de Purkinje, a repolarização é lenta, ou seja, se o estímulo partir das fibras de Purkinje, a quantidade de bpm irá diminuir, seria uma emergência cardíaca. O nó AV possui quantidade muito menor de junções comunicantes, que possuem canais iônicos. Portanto, a resistencia nesse nodo é muito maior, provocando o retardo do estímulo. Esse aspecto é muito importante para que a contração atrial ocorra antes da contração ventricular.
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