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Características gerais dos fungos: citologia e fisiologia Os fungos foram descobertos há muito tempo. Os cogumelos por exemplo, eram muito consumidos como alimentos, na medicina como remédios. Acreditava-se que os fungos faziam parte do reino Plantae, porém em 1969 foram separados em um reino a parte, o reino Fungi. Como patógenos primários e oportunistas, temos cerca de 30 espécies (o patógeno primário é o patógeno verdadeiro, já o patógeno oportunista precisa de um fator prévio para atingir o hospedeiro). Definição e características gerais dos fungos Eucariontes, um ou mais núcleos, são aclorofilados (não possuem clorofila) nem pigmento fotossintético (heterotróficos), não armazenam amido. Reserva energética: glicogênio. Acumular lipídeos (proteção contra altas temperaturas e desidratação). Citoplasma rico em organelas – ribossomos 80S. Núcleo: contém o genoma fúngico (DNA): 12 a 88 Mpb, limitado pelo envoltório nuclear, contém as histonas. Sem mobilidade, com exceção dos fungos flagelados (1000 espécies diferentes, ambientes aquáticos ou úmidos, maioria saprófitos). Os problemas relacionados à quitridiomicose no Brasil Redução da população de anfíbios pode significar: • Aumento das populações de insetos transmissores da dengue, malária e febre amarela. • Dificultar a sobrevivência de outros animais, como aves e répteis. O Brasil é o segundo maior criador de rãs do mundo. Parede celular sem celulose A parede celular dos fungos é formada principalmente por quitina (90% é N- acetilglicosamina). Funções da parede celular: • Dá forma à célula fúngica; • Proteção contra pressão osmótica; • Sede de antígenos; • Superfície de contato da célula com o meio externo; • Virulência. Melanina A principal melanina dos fungos é a Di-hidroxinaftalenomlanina. Importância: • Evita desidratação (hidrofóbica); • Protege contra radiação ultravioleta; • Importante papel na patogênese (inibição da fagocitose); • Protege contra enzimas proteolíticas; • Protege frente a fagocitose; • Reduz a suscetibilidade aos antifúngicos. Membrana celular Fica abaixo da parede celular, é formada por uma bicamada fosfolipídica, seu principal componente é o ergosterol. Responsável pelo controle osmótico (entrada e saída de solutos); facilita a síntese da parede celular e cápsula; sede de antígenos. Fisiologia dos fungos Carbono é a fonte de energia para o fungo. Nutrição pelo processo de absorção. Uma hifa só se desenvolve se houver nutriente no meio, e ela não consegue absorver moléculas grandes, então a hifa lança uma série de enzimas que quebram as moléculas grandes em moléculas pequenas, que são os monômeros. A partir daí a hifa consegue absorver os nutrientes através de transporte passivo e ativo. O que aparece na superfície do pão mofado por exemplo é o micélio reprodutivo, que só aparece após o desenvolvimento do micélio vegetativo que é formado pelas hifas. Os fungos começam a se desenvolver a partir da implantação dos conídios. Todos os fungos necessitam de água (90%) para absorção de nutrientes. Os esporos/conídios necessitam de água para germinarem. Escassez: o fungo é capaz de formar estruturas de resistência (clamidoconídio, esclerócios...) - modificação das hifas. Há fungos que crescem em temperaturas muito baixas (psicrófilos 15°), mesófilos 35°, ou em temperaturas muito altas (termófilos 50°). Leveduras patogênicas crescem entre 35 e 30°, já os fungos filamentosos crescem de 25 a 30°. pH: ótimo 5,6 – 6,8 (1,5 – 11) Luz: desenvolvimento reprodutivo e vegetativo. Esporulação - estimulada na presença de luz. Micélio vegetativo: obscuridade. Macronutrientes: C, K, Mg, N, P, etc. Micronutrientes: Zn, Fe, Cu, etc. Vitaminas: fator de crescimento Meios: ágar batata dextrose, ágar extrato de malte, ágar milho, Sabouraund, BHI, entre outros. Aeróbios obrigatórios: • Leveduras fermentadoras: anaeróbias facultativas. • Podem germinar em atmosfera de reduzida quantidade de oxigênio. CO2: • Reações de carboxilação - síntese de ácidos graxos; • Diferenciação celular – ex: dimorfismo de P. brasiliensis. Relações ecológicas conforme a fonte de nutrientes: saprófitos, parasitas e simbiontes. Ciclo de vida Os fungos podem se reproduzir de duas formas: assexuada ou sexuada.
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