Buscar

PATOLOGIAS DE CABEÇA E PESCOÇO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 Aline David – ATM 2025/B 
PATOLOGIA II – AULA 08 
ANATOMIA 
 
CAVIDADE ORAL 
ÚLCERAS AFTOSAS (AFTAS) 
❖ Ulcerações na mucosa oral superficial, de etiologia 
desconhecida, geralmente recorrentes e dolorosas. 
❖ Podem estar associadas a disfunções imunológicas 
(pacientes que fazem quimioterapia ou pacientes 
imunossuprimidos por HIV). 
❖ Aspecto de ulcerações superficiais e hiperemiadas, 
cobertas por exsudato fino, circundadas por zona 
eritematosa. 
❖ Pode haver infecção bacteriana secundária. Em si 
não são sinais de infecção, mas são porta de 
entrada. 
❖ Regressão espontânea em 7 a 10 dias (exceto em 
imunocomprometidos – mais tempo de lesão). 
 
- Geralmente a lesão aftosa é branquinha coberta por 
fibrina e ao redor tem um halo hiperemiado. 
INFECÇÃO POR HERPES SIMPLES 
❖ Maioria causada pelo HSV-1 ou 2 (herpes genital). 
❖ Infecção primária em geral ocorre na infância (2-4 
anos), assintomática. 
- 10 - 20% podem se apresentar como 
gengivoestomatite herpética aguda – vesículas e 
ulcerações acompanhadas de febre, linfadenopatia, 
anorexia (dor para ingerir alimentos), irritabilidade 
→ na primo-infecção. 
❖ Geralmente é adquirida na infância, período em 
que fica incubado, e durante a adolescência e a vida 
adulta ocorre a manifestação dos sintomas. 
❖ Vesículas pequenas (podem formar bolhas grandes) 
que rompem rapidamente, contendo líquido seroso 
cheio de vírus; região ulcerada se torna 
hiperemiada e dolorosa, com borda avermelhada. 
- Em geral desaparecem espontaneamente em 3 a 
4 semanas 
- Vírus migra por inervações e, eventualmente, 
permanece em latência nos gânglios locais, 
principalmente do NC V (trigeminal, p. ex.). 
❖ Infecções comuns, maioria dos adultos é portadora 
do HSV-1 latente. 
- Reativação pode ocorrer em estados de 
imunossupressão, gravidez, alergias, traumas, 
exposição a extremos de temperatura, entre 
outros. 
- Estomatite herpética recorrente: ocorre no local 
da inoculação primária ou na mucosa adjacente 
associada ao mesmo gânglio – lesões geralmente 
involuem em 7 a 10 dias. 
❖ Usa aciclovir em pacientes imunossuprimidos ou 
em pacientes que tem muita dor, principalmente 
para evitar dor crônica. Não é que combate o vírus 
e reduz a infecção naquele momento, serve apenas 
para evitar dor crônica posteriormente. 
 
- Várias vesículas que se juntam e formam uma maior. O 
estágio de bolha dura no máximo dois dias, explode e sofre 
ulceração. 
CANDIDÍASE ORAL 
❖ Candida albicans é componente normal da flora 
oral em aproximadamente 50% da população → 
causa da infecção fúngica mais comum da cavidade 
oral. 
❖ Para ocorrer infecção, é necessário desequilíbrio 
entre fatores como estado imunológico do 
paciente, capacidade da cepa de Candida causar 
infecção, composição da flora bucal do indivíduo. 
❖ 3 formas principais: pseudomembranosa (mais 
comum, “sapinho”), eritematosa, hiperplásica (bem 
menos comum). 
❖ Infecção ocorre na superfície mucosa, exceto em 
casos de imunossupressão severa (transplantados, 
neutropenia por quimioterapia, AIDS), podendo 
acometer camadas de mucosa mais profunda e 
além da cavidade oral acometer hipofaringe, 
esôfago e estômago (não acontece em pessoas 
imunocompetentes). É um diagnóstico diferencial 
de AIDS se não faz quimioterapia. 
❖ Uso de antimicrobianos de amplo espectro podem 
favorecer surgimento de candidíase. 
❖ Ao retirar a base da pseudomembrana, abaixo é 
eritematosa e glandular. 
 
2 Aline David – ATM 2025/B 
 
1 – Candidíase eritematosa. 
2 – Candidíase pseudomembranosa. Se passar uma espátula 
bucal vai sair. 
❖ Dx diferencial: leucoplasia pilosa (não sai ao passar 
a espátula). 
LEUCOPLASIA PILOSA 
❖ Indivíduos imunocomprometidos, causada por EBV. 
❖ Dx diferencial de Candidíase, sendo menos comum 
do que a doença anterior. 
❖ Diagnóstico diferencial com candidíase oral – lesões 
não podem ser raspadas (espessamentos 
hiperqueratóticos, quase sempre localizados na 
borda lateral da língua). 
 
LEUCOPLASIA E ERITROPLASIA 
❖ Mais comuns em adultos, homens, muito 
relacionada a consumo de tabaco. 
❖ A importância dessas lesões é principalmente risco 
de malignalização. 
❖ Leucoplasia: placa ou área esbranquiçada que não 
pode ser raspada e não pode ser caracterizada de 
forma clínica ou patológica como qualquer outra 
doença. 
- Sem causa aparente. 
- Presente em 3% da população – 5 a 25% dessas 
lesões são pré-malignas. 
- Mais comumente encontradas na mucosa bucal, 
assoalho da boca, superfície ventral da língua, do 
palato e da gengiva (mucosa oral mais visível). 
- Placas ou áreas esbranquiçadas, bem delimitadas, 
podendo ser únicas ou não; podem ser lisas, 
enrugadas, verrucosas. 
• Desconfia de candidíase, trata e não 
melhora. Desconfia de leucoplasia pilosa 
que não melhora. Vale a pena biopsiar e se 
for leucoplasia tem que extrair toda a 
lesão, pois ela pré-maligna (em torno de 
25% vai malignizar – ir monitorando). 
- Microscopia: epitélio espessado, acantótico, com 
hiperqueratose, podendo haver maturação 
preservada ou alterações displásicas que 
caracterizem carcinoma in situ. 
 
- Lesão leucoplásica pequena. Pode desconfiar de 
candidíase, mas não é primeira coisa que se pensa por estar 
localizada. 
- Alterações displásicas bem delimitadas. Pode aparecer 
alguns ninhos celulares. Núcleos irregulares e 
desorganizados. 
❖ Eritroplasia: área avermelhada, aveludada e 
possivelmente erodida dentro da cavidade oral 
que, em geral, permanece plana ou pode 
apresentar uma leve depressão em relação à 
mucosa circundante. 
- Risco de transformação maligna é muito maior do 
que na leucoplasia. Tem que tirar porque vai virar 
neoplasia. 
- Microscopia: aproximadamente 90% apresentam 
displasia acentuada, carcinoma in situ ou carcinoma 
minimamente invasivo. 
❖ Formas intermediárias: leucoeritroplasia salpicada. 
 
- Eritroplasia: lesão bem avermelhada com aspecto 
inflamatório e aveludado. Essas lesões geralmente são 
assintomáticas, podem sangrar. 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CEC) 
❖ 95% dos tumores de cabeça e pescoço são CEC; 
demais são, em grande parte, adenocarcinomas de 
origem nas glândulas salivares. 
❖ CEC de cabeça e pescoço é o sexto tumor maligno 
mais comum no mundo. 
- No mundo subdesenvolvido é mais comum do que 
no mundo desenvolvido. 
❖ Relacionado a consumo de álcool, tabaco (fumo 
e/ou mastigação – laringe e hipofaringe), infecção 
por HPV (principalmente o 16 - orofaringe). 
- 70% dos CEC de cabeça e pescoço são portadores 
de variantes oncogênicas de HPV. 
Sobrevida depende de diversos fatores – CEC 
“clássico”, relacionado a tabagismo e etilismo, em 
fase inicial, tem sobrevida de 80% em 5 anos 
(responde bem a quimio e radioterapia); em fases 
avançadas, 20% (carcinoma invasivo invade muitas 
estruturas nobres, comprometendo o tratamento e 
a sobrevida. Metástases a distância de cabeça e 
pescoço não são tão graves. O problema é a invasão 
local de tumores avançados). 
- Relacionado ao HPV tem sobrevida maior (são 
mais radiosensíveis). 
 
3 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Pode surgir em qualquer lugar revestido por 
epitélio escamoso estratificado. 
- CEC “clássico”: superfície ventral da língua, 
assoalho da cavidade oral, lábio inferior, palato 
mole, gengiva. É muito comum metastatizar para 
linfonodos. 
❖ Em estágios iniciais, podem ser confundidos com 
leucoplasiaou eritroplasia. 
- À medida que evoluem, aumentam de tamanho e 
ulceram ou formam protrusões com bordas 
endurecidas e irregulares 
❖ Microscopia: lesões displásicas que podem ou não 
envolver o epitélio todo (carcinoma in situ) antes de 
invadir tecido conjuntivo adjacente. 
- Aumentar a margem, acompanhar o paciente por 
mais tempo e fazer radioterapia. 
❖ Costumam invadir localmente antes de 
metastatizar: linfonodos regionais, mediastinais, 
pulmões, fígado e ossos. 
 
- A evolução não é muito linear (difícil ver essa correlação de 
lesão com a microscopia). 
- Normal: epiderme com as proeminências ditiforme, 
núcleos mais na base e a medida que sobepara a camada 
ceratótica vai perdendo núcleos até chegar na córnea 
ausente de núcleos. 
- Hiperqueratose: aspecto principal das leucoplasias. 
Espessamento da epiderme e camada córnea mais 
importante. 
- Displasia leve/moderada: inicia displasia, aparecem 
núcleos na camada córnea, sendo eles de tamanhos 
diferentes. 
- Displasia severa/CIS: carcinoma in situ, não invade 
adjascente. Muitos núcleos na camada córnea. 
- CEC: epiderme bem comprometida com ninhos celulares e 
pérolas córneas (principal característica dos CEC – acúmulo 
de material ceratótico). 
 
- Lesão eritroplásica erodida, sem epiderme superficial. 
Acontece como se fosse uma retração ao redor, por ser uma 
lesão mais endurecida. 
QUESTÕES 
 
 
VIAS AÉREAS SUPERIORES 
❖ Vias aéreas superiores: nariz, faringe, laringe e 
partes relacionadas. 
RINITE INFECCIOSA (RESFRIADO COMUM) 
❖ Inflamação de vias aéreas. 
❖ Causa principal é viral: adenovírus, ecovírus, 
rinovírus. 
- Podem vir associados a infecção bacteriana, mas 
daí é uma complicação secundária. 
❖ Mucosa nasal espessada, edematosa, avermelhada; 
aumento de conchas nasais, estreitamento de 
cavidades nasais. 
- Fica muito congesto. 
❖ Pode haver faringotonsilite associada. 
❖ Pode haver infecção bacteriana superposta 
(complicação). 
❖ Grande maioria benigna, autolimitada (resolve em 
7 – 10 dias). Se passou disso pode ter uma infecção 
bacteriana sobreposta. 
❖ Não precisa prescrever antibiótico, pois se não for 
complicada é autolimitada. Tratar sintomáticos. Se 
não melhorou em 5 – 7 dias daí sim entra com ATB 
porque provavelmente tem infecção bacteriana 
associada. 
RINITE ALÉRGICA 
❖ Reações de hipersensibilidade a alérgenos como 
pólen, fungos, ácaros, poeira. 
❖ Reação imune mediada por IgE, como na asma. 
❖ Edema de mucosa, hiperemia e secreção de muco, 
associados a infiltração leucocitária com 
predomínio de eosinófilos. Paciente fica 
congestionado, com espirros e tosse. 
CARCINOMA DE NASOFARINGE 
❖ Associação com infecção pelo EBV, mais comuns 
em crianças em algumas regiões da África e em 
adultos no sul da Ásia (maior predomínio de 
infecção por EBV). Não é comum no BR. 
❖ Lesões escamosas (CEC), queratinizantes ou não. 
 
- Lesão de nasofaringe posterior. Comparando com o outro 
lado dá para ver invasão e acometimento adjacente. 
 
4 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Vários núcleos, figuras de mitose atípica, células diferentes 
umas das outras, alteração nuclear, bastante vascularização 
(muitos eritrócitos pelo meio). 
NÓDULOS REATIVOS 
❖ Pólipos unilaterais de pregas vocais geralmente são 
associados ao tabagismo. 
❖ Grandes esforços com pregas vocais (nódulos do 
cantor, bilaterais por esforço). 
❖ Alteram características da voz 
❖ Não dão origem a tumores 
❖ Podem ulcerar (bilaterais), por atrito → principal 
complicação dos bilaterais, pois um fica encostando 
no outro. 
PAPILOMA ESCAMOSO DE LARINGE 
❖ Neoplasia benigna, forma proliferação macia, 
pequena e macios, que pode ulcerar. Não é comum, 
mas quem tem é várias vezes na vida. Geralmente 
inicia na infância. 
❖ HPV tipos 6 e 11. 
❖ Não malignizam, mas recorrem. 
CARCINOMA DE LARINGE 
❖ Carcinoma de células escamosas, acomete 
principalmente homens tabagistas (e etilistas). 
❖ 95% são CEC típicos (relacionados ao tabagismo e 
ao etilismo e não ao HPV). 
❖ Geralmente nas pregas vocais, mas pode ser acima 
ou abaixo. 
- Toda vez que vê um nódulo de pregas vocais é 
preciso acompanhar. 
❖ Placas enrugadas, acinzentadas, peroladas → 
podem ulcerar ou tornar-se vegetantes. 
❖ Rouquidão persistente, disfagia. 
❖ Muito difícil diagnosticar no aspecto de nódulo. 
 
- Carcinoma invade a epiglote, tem um aspecto perolado 
meio cinza e meio avermelhado por ser bastante 
vascularizados. Invadem e comem (deformam) as estruturas 
adjacentes. 
 
 
 
PESCOÇO 
❖ Mais comuns: CEC, CBC, melanoma, linfoma (região 
com muitos gânglios linfáticos). 
- Mais comum são tumores de pele ou de gânglios 
linfáticos. 
CISTO BRANQUIAL 
❖ Origem embriológica, remanescentes do segundo 
arco branquial (ou à direita ou à esquerda), mais 
comuns em jovens de 20-40 anos. 
❖ Benignos, porção superolateral do pescoço. 
❖ Circunscritos, 2-5cm de diâmetro, raramente 
malignizam. 
❖ Se localizam na borda do esternocleidomastoideo. 
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO 
❖ Origem embriológica da tireoide é na base da 
língua; migra até região cervical anterior com o 
desenvolvimento → remanescentes do trajeto 
podem formar cistos (1-4cm). 
❖ Benignos, raramente malignizam. 
❖ Mais medial e anterior. 
 
PARAGANGLIOMA (TUMOR DO CORPO 
CAROTÍDEO) 
❖ Paragânglios: agrupamentos de células 
neuroendócrinas associadas aos sistemas simpático 
e parassimpático. 
❖ Mais comuns de serem encontrados das glândulas 
adrenais (feocromocitomas). 
- São proliferações de células neuroendócrinas 
dentro da adrenal, benignas, mas que causam 
muitas manifestações sistêmicas. Uma das causas 
de HAS secundária maligna. 
❖ Extra-adrenais: 70% na região cabeça e pescoço. 
❖ Corpo carotídeo: paraganglioma parassimpático 
(<6cm de diâmetro), surge na bifurcação da 
carótida comum. 
- Se invadir a carótida o paciente vai sangrar até 
morrer. 
❖ Raros, crescimento lento, indolores 
❖ Aparência benigna, porém podem infiltrar 
estruturas adjacentes (fatais) e metastatizar (raro). 
 
5 Aline David – ATM 2025/B 
❖ Microscopia: ninhos de células principais ovais ou 
arredondadas (de origem neuroectodérmica), 
circundados por septos vasculares delicados, 
poucas mitoses 
 
- Os vermelhinhos bem fininhos são os septos vasculares que 
estão circundando os ninhos de células. São vários e de 
tamanhos diferentes. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
 
- Lesões por inflamação ou lesões neoplásicas. 
- As sublinguais e as submandibulares são bem menores do 
que a parótida. 
LESÕES INFLAMATÓRIAS (SIALOADENITES) 
❖ Causas: trauma (presença de pedras nas glândulas 
salivares), infecção (viral –caxumba), doença 
autoimune (doença de Schegren). 
MUCOCELE 
❖ Lesão mais comum das glândulas salivares, tanto 
maligna quanto benigna. 
❖ Bolsinha de muco que surge na região das 
glândulas. 
❖ Bloqueio e/ou ruptura de um ducto de glândula 
salivar, com vazamento de saliva para o estroma. 
❖ Mais comumente originadas de trauma, em lábio 
inferior. 
❖ Podem aumentar ou diminuir de tamanho 
associado a alimentação (mastiga, aumenta a 
liberação de saliva e aumenta a mucocele). 
❖ Micro: pseudocistos (não tem membrana) 
revestidos por tecido de granulação ou tecido 
conjuntivo fibroso, com preenchimento por mucina 
e células inflamatórias (macrófagos). 
❖ Tratamento é excisão completa de cisto e lóbulo da 
glândula salivar acompanhante. 
 
- Mucocele por trauma com acúmulo de mucina. 
 
- Epitélio com uma bolsinha e muco dentro. 
NEOPLASIAS 
❖ Diversos tumores histologicamente diferentes (30), 
benignos e malignos. 
❖ Incomuns, maioria originada nas parótidas. 
❖ Locais com células bastante indiferenciadas, logo, 
tem cerca de 30 tipos de neoplasias de glândulas 
salivares. 
ADENOMA PLEOMORFO 
❖ Tumores benignos, mistos (células epiteliais e 
mesenquimais), de crescimento lento, indolores, 
móveis. 
❖ Mais comuns dos tumores de parótidas – 60%. Pode 
acontecer nas outras glândulas também. 
❖ Exposição à radiação é fator de risco. 
❖ Podem malignizar (maior risco conforme tempo 
desde o surgimento). 
- Com o tempo tem que fazer cirurgia e tirar. 
❖ Macro: massa arredondada, bem delimitada, 
geralmente < 6cm, branco-acinzentado com áreas 
mixoides semelhantes a cartilagem. 
❖ Micro: heterogêneo, com elementos epiteliais 
semelhantes a células ductais ou mioepitelias 
dispostas em formações ductais, ácinos, cordões; 
fundo de tecido mixoide (como se fosse 
mesênquima) frouxo, contendo ilhas de cartilagem, 
semelhante a mesênquima 
 
- Aspecto esbranquiçado no meio. Geralmente é unilateral. 
 
6 Aline David – ATM 2025/B 
 
- Lesão circunscrita sem invadir estruturas adjacentes.Em 
um maior aumento é possível ver o fundo com um aspecto 
gelatinoso, sendo bem característico do adenoma 
pleomórfico. As células podem estar distribuídas como 
ductos. 
TUMOR DE WARTHIN (CISTO ADENOMA 
PAPILAR LINFOMATOSO) 
❖ Tumor benigno, segundo mais comum das 
glândulas salivares. 
❖ Exclusiva das glândulas parótidas –10% bilaterais 
(mais comum do que as outras). 
❖ Tabagismo é fator de risco importante. 
❖ Macro: massas encapsuladas, arredondadas a 
ovais, 2-5cm, na porção superficial das parótidas, 
superfície cinza clara salpicada por espaços císticos 
estreitos preenchidos por secreção mucinosa ou 
serosa. 
❖ Micro: camada dupla de células epiteliais 
neoplásicas revestindo espaços císticos (camadas 
diferentes entre si). 
 
- Camada dupla ao redor de células epiteliais colunares. 
Essas duas camadas, a de fora é bem alinhada e parece bem 
colunar, com núcleos mais alongados. A de dentro tem 
núcleos mais arredondados e com aspecto mais cuboidal. 
Dentro tem conteúdo mucinoso e pode ter conteúdo seroso. 
Geralmente não ulcera, não sangra. É conteúdo de glândula 
mesmo. 
CARCINOMA MUCOEPIDERMOIDE 
❖ Não é um adenocarcinoma. 
❖ Neoplasia maligna mais comum das glândulas 
salivares (15%). Mais comum em glândulas 
parótidas, mas pode acometer qualquer glândula 
salivar. 
❖ Composta de mistura de células escamosas, células 
secretoras de muco e células intermediárias 
❖ Grau do tumor (baixo, intermediário ou alto) 
depende do aspecto das células. 
- Quanto mais indiferenciadas (anaplásicas) elas 
forem, maior é o grau do tumor, visto que isso vai 
interferir no tratamento. 
❖ Macro: podem crescer até 8 cm, aparentemente 
circunscritos, com margens infiltrativas, pálidos e 
branco-acinzentados aos cortes; muitas vezes 
contêm cistos pequenos preenchidos por mucina. 
❖ Micro: cordões, lençóis ou formações císticas de 
células escamosas, mucinosas ou intermediárias, 
crescendo em ninhos compostos de células com 
células vacuoladas claras contendo mucina, 
 
- Ninhos celulares com bastante vascularização ao redor, 
semelhante as lesões de CEC, mas com mucina dentro. As 
células possuem aspecto vacuolizado porque dentro da 
célula também se acumula mucina. 
CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO 
❖ Incomum, mas é a neoplasia mais comum nas 
glândulas salivares menores (não parótidas). 
❖ Crescimento lento, comportamento imprevisível –
tendem a invadir espaços perineurais (dolorosos), 
possuem altas taxas de recidiva e podem 
metastatizar tardiamente (mesmo depois de dada 
como curada – relativamente comum). 
- Fazem invasão nervosa adjacente. Causam muita 
dor. 
❖ Macro: pequenas, mal encapsuladas, infiltrativas, 
coloração róseo-acinzentada 
❖ Micro: células pequenas com núcleos compactos, 
hipercromáticos, com citoplasma escasso, 
dispostas em padrão tubular, sólido ou cribiforme 
 
- Podem ter aspecto mais sólido com furinhos dentro. 
QUESTÕES 
 
 
 
7 Aline David – ATM 2025/B

Outros materiais