Buscar

Desenhos Epidemiológicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Maria Bernadete de Paula Eduardo
Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar - CVE/SES-SP
Última atualização em Novembro 2006
HA
DDT
EPIDEMIOLOGIA
INTRODUÇÃO - Definições:
Epidemiologia: “ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados com a saúde”.
Vigilância Epidemiológica: “conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como, detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente, sobre bases firmes as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças” (Lei Orgânica da Saúde - Lei Nº. 8080/90).
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Métodos empregados em Epidemiologia - modo científico de abordar e investigar a saúde da população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso.
Enfoques para pesquisar um tema
1. Estudo de Caso
2. Investigação Experimental de Laboratório
3. Pesquisa Populacional/Observacional
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Critérios para a classificação dos métodos
o propósito geral - estudos descritivos e analíticos (comparativos)
o modo de exposição das pessoas ao fator em foco - estudos de observação e de intervenção (experimentais)
direção temporal das observações - estudos prospectivos, retrospectivos e transversais
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudos Descritivos
informam sobre a distribuição de um evento na população, em termos quantitativos: Incidência ou Prevalência
Estudos Analíticos
estudos comparativos que trabalham com “hipóteses” - estudos de causa e efeito, exposição e doença
Epidemiologia Descritiva: possibilita a caracterização da doença/agravo no: 
Tempo: curso da epidemia/doença, o tipo de curva e período de incubação (tendência histórica)
Lugar: extensão geográfica do problema
Pessoa: grupo de pessoas, faixa etária, exposição aos fatores de risco
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Tx de Incidência = Número de casos novos* X 1000 hab.
			 Número de pessoas expostas ao risco*
(*) em determinado período
Tx de Prevalência = Número de casos novos e antigos*X 1000 hab.
				 Número de pessoas na população*
(*) em determinado período
Tx de Ataque = número de de Doentes* X 100
			 número de comensais/população sob risco* 
(*) em determinado período
Taxa de Ataque = é a incidência da doença calculada para cada fator de risco provável/causa, isto é, por fator suspeito. Por ex.,em um surto de diarréia devido a alimentos, um alimento que apresentar a taxa de ataque mais alta, para os que o ingeriram, e a mais baixa, para os que não o ingeriram, é provavelmente o responsável pelo surto.
Medidas de freqüência das doenças:
indicadores 
Como desenhar uma Curva Epidêmica (período de exposição): 
1) conhecer o início dos sintomas de cada pessoa (para algumas doenças com período curto de incubação, trabalhar com horas é mais apropriado)
2) O número de casos é plotado no eixo Y e a unidade de tempo no eixo X
3) Em geral a unidade de tempo é o período de incubação da doença (se conhecido) e o tempo de aparecimento/distribuição dos casos (horas, dias, semanas, mês, ano); regra útil - selecionar uma unidade de tempo 1/4 a 1/3 do período de incubação da doença suspeita (ex. Hepatite A - 15-50 = 4-16 dias)
4) Desenhar o período pré e pós-epidêmico nos surtos/epidemias
Caracterização dos casos no tempo:
 conhecer a tendência da doença
Como interpretar uma Curva Epidêmica: 
 1)Considerar a forma geral, a qual pode determinar o padrão da epidemia/tendência da doença: fonte comum ou transmissão pessoa-a-pessoa, o tempo de exposição de pessoas suscetíveis e os períodos médios mínimo e máximo de incubação para a doença
2) Uma curva com um aclive e um declive gradual sugere uma fonte comum, um foco/ponto - “epidemia de ponto” onde as pessoas se expuseram por um breve período de tempo (surgimento repentino de casos) 
3) Quando a duração à exposição é prolongada a epidemia é chamada de “epidemia de fonte comum prolongada”, e a curva epidêmica terá um platô, em vez de um pico
 4) A disseminação pessoa-a-pessoa - “epidemia propagada” - deve ter uma série de picos mais altos progressivamente e cada um com seu período de incubação
5) Casos que surgem isolados: “remotos/afastados” - podem ser casos não relacionados com uma fonte comum ou pessoas que foram expostas mais precocemente ou mais tardiamente que a maioria dos afetados; podem ser também casos secundários - contato com um doente. 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Curva Epidêmica do Surto de Diarréia em General Salgado, DIR XXII S. J. Rio Preto, 1999
Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP
Exemplos:
Curva Epidêmica do Surto de Hepatite A no Município de São Pedro, DIR XV Piracicaba, Nov. 2000 a Fev. 2002
Fonte: DDTHA/CVE-SES/SP
Exemplos:
Mediana é uma medida de tendência central. É o meio de um conjunto de observações quando esse número é impar ou a média dos pares do meio quando o número de observações é par. 
Assim o cálculo da mediana se expressa:
Para amostras de número N ímpar a mediana será o valor da variável que ocupa o posto de ordem N +1
 				 2
Para amostras de número N par a mediana será a média aritmética dos valores que ocupam os postos de ordem N e N +2 
 	 		 2 2
Período de incubação:
 	Calcula-se usualmente o período de 
 		incubação de um surto/epidemia/casos, através 		da mediana.
Calcular o período mediano de incubação através do cálculo da mediana se obtém por ordenar os períodos de incubação em ordem crescente e numerados conforme os exemplos abaixo:
Exemplo 1:
Ordem		1	2	3	4	5	6	7
PI dos casos	6	8	8	10	10	12	17	
São 7 casos - número ímpar de casos N = 7
Md = 7 + 1 = 4 
 2 O resultado encontrado corresponde à 4a. posição. Assim, o período mediano de 	 incubação é de 10 horas.
Exemplo 2:
Ordem		1	2	3	4	5	6	
PI dos casos	6	8	10	16	12	17	
São 6 casos - número par de casos N = 6
Md = 10 + 16 = 13 
 2 O resultado encontrado corresponde à média aritmética dos 				períodos na 3a. e 4a. posições. Assim, o período mediano de incubação é 			de 13 horas.
Mapear casos por locais de ocorrência: bairros, ruas, estabelecimentos, locais de lazer, etc..Detectar grupos de surtos/casos ou padrões que podem fornecer pistas para identificação do problema/causa em investigação.
O ideal é fazer o mapa utilizando a Taxa de Incidência dos casos na população.
Caracterização dos casos por lugar:
 determinar a extensão geográfica do problema
Grupos de pessoas – freqüência da doença por faixa etária, sexo, raça, ocupação, renda, tipo de lazer, uso de medicamentos, doenças antecedentes, etc. = suscetibilidade à doença e riscos de exposição
Caracterização dos casos por pessoa:
 determinar as características dos grupos e a suscetibilidade à doença e riscos de exposição
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Principais desenhos
1. Estudo de Caso/Série de Casos (Descritivo)
2. Transversal
3. Ecológico
4. Caso-controle
5. Coorte
6. Ensaio Clínico Randomizado
Estudos Observacionais
Estudos de intervenção
Estudos Analíticos
Definir e identificar casos/agravos do estudo
Caso confirmado: clínica compatível e confirmação laboratorial.
Caso provável: caso clinicamente compatível ligado epidemiologicamente ao caso confirmado (em caso de surtos/epidemias)
Caso possível: clínica compatível ocorrendo dentro do mesmo período do surto/eventos/agravos e na mesma área
Caso primário: contato com uma fonte principal de transmissão - por exemplo, alimento, esgoto, creche, etc.. - Taxa de incidência dos casos primários
Casosecundário: contato com um caso primário - por ex. via de transmissão pessoa-a-pessoa, em casa, etc..- Taxa de incidência dos casos secundários
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 TABELA PARA A ANÁLISE DE DADOS
____________________________________________
 Exposição	 	 Doença 
 ao fator	 Sim		Não			Total*
 Sim		 a		 b			a + b
 Não		 c		 d			c + d
____________________________________________
 Total	 a + c	b + d			N ____________________________________________
Principais medidas de associação:
Risco Relativo (RR) - a razão entre dois riscos, isto é, compara a incidência nos expostos com a incidência entre os não-expostos 
(a/a+b)/(c/c+d) ou se a/a+b >c/c+d
Odds ratio (razão de produtos cruzados ou razão de prevalências) - compara a proporção de expostos entre os casos com a proporção de expostos entre os controles
ad/bc 
Associação: < 1 = não há associação ou fator de proteção; 
			 > 1 = associação de causa e efeito (testes 			estatísticos são necessários para validar os 			resultados)
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Exemplos clássicos:
1. Estudo de Casos/Série de Casos
relato de um caso ou mais com detalhes de características clínicas e laboratoriais. O exemplo original - descrição de série de casos de AIDS em homens jovens homossexuais e Sarcoma de Kaposi.
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
2. Estudo Transversal - (seccional, corte, corte-transversal,vertical, pontual ou prevalência)
 [causa e efeito] ou [exposição ao fator e doença] são investigados ao mesmo tempo. 
Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e “não-expostos” e quem são os “doentes” e sadios”.
Exemplo clássico: migração e doença mental
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Delineamento de um estudo transversal
1. Seleção da população
2. Verificação simultânea da exposição e da doença
3. Análises de dados
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Estrutura de um Estudo Transversal
População
Expostos
doentes
 (a)
Expostos
 n-doentes
(b)
N-expostos
doentes
 (c)
N-expostos
n-doentes
(d)
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estudo Transversal: Migração e doença mental em adultos de meia idade
_______________________________________________________
Exposição	 Doença Mental
 ao fator	 Sim		Não	Total	Tx. 							Prev.(%)
 Migrante	 18		 282	 300	 6
 N-Migr.	 21		 679	 700	 3
_____________________________________________
 Total		 39		 961	1000	 4 
_____________________________________________
Razão de Prevalência: 2; Fonte: Pereira, 1995
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
3. Estudos Ecológicos
avaliam correlações ou tendências baseadas em informações derivadas de outros grupos;
áreas geográficas são geralmente as unidades de análise;
servem para levantar hipóteses;
são pesquisas estatísticas;
Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Área 1 Tabelas dos Estudos Ecológicos
 Doença
 Presente Ausente Total
Exposição Presente a1=? b1=? a1+b1
 Ausente c1=? d1=? c1+d1
 Total a1+c1 b1+d1 a1+b1+c1+d1 
Área 2
 Doença
 Presente Ausente Total
Exposição Presente a2=? b2=? a2+b2
 Ausente c2=? d2=? c2+d2 
 Total a2+c2 b2+d2 a2+b2+c2+d2
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
4. Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do “efeito” para chegar às “causas”
pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o fato consumado;
as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) e as pessoas comparáveis sem a doença (os controles) são investigadas para saber se foram expostas aos fatores de risco.
Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de transmissão - Água da rede pública e o agente etiológico - Cyclospora cayetanensis
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Delineamento de um estudo de Caso-Controle
1. Seleção da população com as características que possibilitem a investigação exposição-doença;
2. Escolha rigorosa dos casos e controles
3. Verificação do nível de exposição de cada participante
4. Análise dos dados
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estrutura de um Estudo de Caso-Controle (Casos)
Análise de Dados
Expostos
Não - Expostos
Expostos
Não - Expostos
Doentes
Grupos de Casos
Não-Doentes
Grupo de Controles
a
b
c
d
População
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Caso-controle: Associação toxoplasmose e debilidade mental em crianças
_______________________________________________________
Sorologia	 Deficiência mental
para Toxo	Sim (casos)	Não (controles)	 
Sim 45		 15
Não		255		285
Total		300		300
______________________________________________
OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 1995
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
5. Estudos de Coorte - parte-se da “causa” em direção ao “efeito”
observam-se situações na vida real - por exemplo - exercício físico e coronariopatia; dieta e coronariopatia, etc..
os grupos são acompanhadas por um determinado período de vida
Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) e retrospectivos (investigação de surtos)
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Exposição
 Doença
Estudo de Coorte
Estudo de Caso-Controle
Estudo Transversal
Fonte:Pereira, 1995
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por coronariopatia
_______________________________________________________
Atividade	 Óbitos
física 		 Sim 		Não Total	 Tx. Mort.
							 por mil
Sedentário 400		 4.600	 5.000	 80	
Não-sedentário 80		 1.920	 2.000	 40
Total		 480	 6.520 7.000 69
______________________________________________
RR= 80/40=2 Fonte:Pereira, 1995
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
 Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra)
Análise de Dados
Doentes
Expostos
a
b
Não-doentes
Doentes
Não-doentes
Não-Expostos
c
d
Casos
Controle
 Observação/medição da 
 exposição
População
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
6. Estudos Experimentais - ensaios clínicos randomizados
parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e de controle;
realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo recebe placebo);
Compara-se o RR nos dois grupos
OBS: São estudo de intervenção - os participantes são submetidos à condições artificiais
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Estrutura dos Estudos clínicos randomizados:
Participantes
Expostos
Não-expostos
Grupos por randomização
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo
_______________________________________________________
Grupos Casos de Doenças
 		 Sim 		Não Total	 Taxa 
							 Incidência
Vacinados 20		 980	 1.000	 2	
Não-vacinados 100		 900	 1.000	 10
Total		 120	 1.880 2.000 6
______________________________________________
RR= 2/10=0,2 Fonte:Pereira, 1995
Vacinados = vacina - fator de proteção
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Validade de uma investigação - grau de correção das conclusões alcançadas
validade interna - conclusões são corretas para a amostra investigada
validade externa - pode extrapolar para a população de onde veio a amostra ou para outras populações
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Viés Metodológico - sinônimo de erro sistemático, vício, tendenciosidade, desvio, bias (do inglês)Viés de seleção - erros referentes à escolha da população/pessoas.
Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, nas perguntas, despreparo dos entrevistadores.
Viés de confundimento - interações entre variáveis, outras associações, análise estatística inadequada.
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Avaliação dos resultados - testes estatísticos para as associações encontradas 
Y = f (X)
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos epidemiológicos
 Tipo		Vantagens		 Desvantagens
Estudo de caso	barato e fácil para		 não pode ser usado para
		gerar hipóteses		 testar hipóteses
Série de casos	fornece dados descritivos	 sem grupo controle, não pode 
		em doenças características	 ser usado para testar hipóteses
Transversal	permite conhecer prevalência,	 não permite conhecer tempo 		fácil, pode gerar hipóteses	 da exposição				
 Ecológico		respostas rápidas, pode gerar	 dificuldade para controlar 
		hipóteses			 confundimentos
 Fonte: Grisso, 1993
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
 Tipo		Vantagens		 Desvantagens
Caso-controle	permite estudos múltiplos de	 Difícil seleção de controles,
		exposição e doenças raras, requer possibilidade de bias nos dados 
		poucos sujeitos, logística fácil e	 de exposição, a incidência não
		rápida, não tão caro		 pode ser medida
Coorte		Permite estudos múltiplos de	 Possibilidade de bias nos efeitos, 
		efeitos e exposições raras, menor caro, exige tempo, inadequado
		possibilidade de bias na seleção e para doenças raras, poucas
 	nos dados de exposição, a incidên- exposições, perda dos sujeitos
	 cia pode ser medida
Ensaios clínicos	desennho mais convincente, maior mais caro, artificial, logística
randomizados	controle para evitar confundimento difícil, objeções éticas
		 ou variáveis desconhecidas	
 Fonte: Grisso, 1993
Estudo de Caso-Controle da Febre Tifóide
Ver Estudo de Caso em Sala de Aula – Versão do Estudante neste site, em Documentos Técnicos e Material Educativo
- exemplo aplicado às Doenças Transmitidas por Água e Alimentos
FT Total 
Curva Epidêmica da Febre Tifóide – Resposta do Estudo de Caso
Resposta: Curva Epidêmica
Casos FT São Miguel
Resposta: Curva Epidêmica
Casos FT São Pedro
Resposta: Curva Epidêmica 
Casos FT São Gabriel
Tx de Ataque (1...N) Doentes Expostos) = A/A + B
Tx de Ataque (1...N) Doentes Não-Expostos = C/C + D
RR = (A/A + B)/(C/C + D) RA = (A/A + B) - (C/C + D) 
OR = AD/BC
Determinar o Intervalo de Confiança (IC) e aplicar Testes estatísticos para determinar a força/significância da associação.
Tabela 2x2 - Doença e Exposições = 1, 2, 3 ....N
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
DOENTES
DOENTES
NÃO-DOENTES
NÃO-DOENTES
Estudo de Coorte Retrospectiva
a
b
c
d
DOENTES
NÃO-DOENTES
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
NÃO-DOENTES
DOENTES
Estudo de Coorte
a
b
c
d
POPULAÇÃO
DOENTES
NÃO-DOENTES
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
a
c
b
d
Estudo de Caso-Controle:
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
DOENTES
EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
NÃO-DOENTES
a
b
c
d
Estudo de Caso-Controle:
Estudo Transversal:
POPULAÇÃO
EXPOSTOS
DOENTES
EXPOSTOS
NÃO-DOENTES
NÃO-EXPOSTOS
NÃO-EXPOSTOS
DOENTES
NÃO-DOENTES
a
b
c
d
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
BIBLIOGRAFIA
Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders Company, Baltimore, Philadelphia, 1996.
Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994.
Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan, 1995.
Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996.
Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção Saúde & Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998.
WHO Global SalmSurv. Estudo de Caso – Febre Tifóide. [material técnico], Set. 2005.
Nosso site:
http://www.cve.saude.sp.gov.br < Doenças Transmitidas por Água e Alimentos > 
Nosso telefone:
DV Hídrica - (11) 3081-9804
Nosso e. mail 
dvhidri@saude.sp.gov.br
0
10
20
30
40
50
60
70
123456789111111111120222232425262728293033233343536373839404424344454647484950552
Semanas epidemiológicas
Gráfico11
	0
	0
	0
	0
	1
	0
	0
	0
	1
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	3
	0
	0
	0
	2
	0
	0
	1
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	28
	18
	14
	8
	11
	18
	59
	23
	12
	24
	8
	2
	12
	4
Semanas epidemiológicas
Casos de DDA
Plan1
		Auriflama	General Salgado
	1997 *	492
	1998	460	30
	1999	229	249
	2000 **	154	120
Plan1
	0	0
	0	0
	0	0
	0	0
Auriflama
General Salgado
Ano
Número de casos de diarréia
Monitorização da doenças diarreica agudas de 
General Salgado e Auriflama, 1997-2000.
* Somente dados de Auriflama
** Dados até a semana epidemiológica 33
Plan2
	SE	Número de casos		Número de casos		Número de casos
	1	0		0		8
	2	0		0		10
	3	2		0		5
	4	0		0		16
	5	0		1		5
	6	1		0		6
	7	0		0		2
	8	4		0		1
	9	0		1		3
	10	0		0		7
	11	0		0		3
	12	0		0		0
	13	0		0		5
	14	0		0		8
	15	0		0		3
	16	0		0		0
	17	0		0		3
	18	0		0		1
	19	2		3		1
	20	0		0		4
	21	0		0		5
	22	1		0		6
	23	0		2		2
	24	1		0		4
	25	0		0		0
	26	3		1		1
	27	0		0		0
	28	1		0		0
	29	0		0		0
	30	4		0		3
	31	0		0		5
	32	2		0		2
	33	0		0		1
	34	0		0
	35	1		0
	36	0		0
	37	0		0
	38	0		0
	39	1		28
	40	1		18
	41	0		14
	42	0		8
	43	0		11
	44	0		18
	45	0		59
	46	2		23
	47	0		12
	48	0		24
	49	4		8
	50	0		2
	51	0		12
	52	0		4
Plan2
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica, 
General Salgado, 1998
Plan3
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica,
 General Salgado, 1999
	8
	10
	5
	16
	5
	6
	2
	1
	3
	7
	3
	0
	5
	8
	3
	0
	3
	1
	1
	4
	5
	6
	2
	4
	0
	1
	0
	0
	0
	3
	5
	2
	1
Semanas epidemiológicas
Número de casos de diarréia
Casos de doenças diarreicas agudas por semana epidemiológica, 
General Salgado, 2000
	
0
2
4
6
8
10
12
30.11.00
20.12
9.01
29.0118.0210.0330.0319.04
9.05
29.0518.06
9.07
29.0718.08
7.09
27.0917.10
6.11
26.1116.12
5.01
25.0114.02
Casos
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Plan1
	Data de aparição	Área	Número de casos
	11/4/90	Gibson	2
	10/5/90	Gibson	13
	10/6/90	Gibson	6
	10/12/90	Gibson	7
	14/10/1990	Gibson	6
	7/10/1990	Gibson	7
	1/11/1990	Gibson	2
	11/8/90	Gibson	1
	10/13/90	Gibson	5
	9/30/90	Gibson	5
	10/19/90	Peters	3
	11/14/90	Peters	1
	10/4/90	Peters	11
	10/12/90	Peters	7
	9/29/90	Peters	2
	10/22/90	Peters	2
	10/1/90	Peters	2
	3/10/1990	Peters	5
	9/10/1990	Peters	4
	10/23/90	Peters	1
	10/18/90	Peters	2
	10/27/90	Peters	2
	10/11/90	Savannah	3
	10/10/90	Savannah	9
	9/27/90	Savannah	2
	10/8/90	Savannah	7
	9/28/90	Savannah	2
	11/2/90	Savannah	3
	10/17/90	Savannah	3
	10/25/90	Savannah	1
	10/19/90	Savannah	3
	15/10/1990	Savannah	8
	11/11/1990	Savannah	1
	22/10/1990	Savannah	2
	16/10/1990	Savannah	3
	10/24/90	Savannah	1
	29/10/1990	Savannah	1
	28	2
	29	2
	30	5
	1	2
	2	3
	3	5
	4	0
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	13
	14
	15
	16
	17
	18
	19
	20
	21
	22
	23
	24
	25
	26
	27
	28
	29
	30
	31
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	13
	14
	15
Plan2
	Data de aparição	Área	Número de casos
	9/30/90	Gibson	5
	10/5/90	Gibson	13
	10/6/90	Gibson	6
	10/12/90	Gibson	7
	10/13/90	Gibson	5
	1/11/1990	Gibson	2
	11/4/90	Gibson	2
	11/8/90	Gibson	1
	14/10/1990	Gibson	6
	7/10/1990	Gibson	7
	9/29/90	Peters	2
	10/1/90	Peters	2
	3/10/1990	Peters	5
	9/10/1990	Peters	4
	10/4/90	Peters	11
	10/12/90	Peters	7
	10/18/90	Peters	2
	10/19/90	Peters	3
	10/22/90	Peters	2
	10/23/90	Peters1
	10/27/90	Peters	2
	11/14/90	Peters	1
	9/27/90	Savannah	2
	9/28/90	Savannah	2
	10/8/90	Savannah	7
	10/10/90	Savannah	9
	10/11/90	Savannah	3
	15/10/1990	Savannah	8
	16/10/1990	Savannah	3
	10/17/90	Savannah	3
	10/19/90	Savannah	3
	22/10/1990	Savannah	2
	10/24/90	Savannah	1
	10/25/90	Savannah	1
	29/10/1990	Savannah	1
	11/2/90	Savannah	3
	11/11/1990	Savannah	1
	9/30/90	Gibson	5
	10/5/90	Gibson	13
	10/6/90	Gibson	6
	7/10/1990	Gibson	7
	10/12/90	Gibson	7
	10/13/90	Gibson	5
	14/10/1990	Gibson	6
	1/11/1990	Gibson	2
	11/4/90	Gibson	2
	11/8/90	Gibson	1
GráfFT total
	27/9/1990
	28/9/1990
	29/9/1990
	30/9/1990
	1/10/1990
	2/10/1990
	3/10/1990
	4/10/1990
	5/10/1990
	6/10/1990
	7/10/1990
	8/10/1990
	9/10/1990
	10/10/1990
	11/10/1990
	12/10/1990
	13/10/1990
	14/10/1990
	15/10/1990
	16/10/1990
	17/10/1990
	18/10/1990
	19/10/1990
	20/10/1990
	21/10/1990
	22/10/1990
	23/10/1990
	24/10/1990
	25/10/1990
	26/10/1990
	27/10/1990
	28/10/1990
	29/10/1990
	30/10/1990
	31/10/1990
	1/11/1990
	2/11/1990
	3/11/1990
	4/11/1990
	5/11/1990
	6/11/1990
	7/11/1990
	8/11/1990
	9/11/1990
	10/11/1990
	11/11/1990
	12/11/1990
	13/11/1990
	14/11/1990
2
2
2
5
2
0
5
11
13
6
7
7
4
9
3
14
5
6
8
3
3
2
6
0
0
4
1
1
1
0
2
0
1
0
0
2
3
0
2
0
0
0
1
0
0
1
0
0
1
GráfFTGibson
	30/9/1990
	5/10/1990
	6/10/1990
	7/10/1990
	12/10/1990
	13/10/1990
	14/10/1990
	1/11/1990
	4/11/1990
	8/11/1990
5
13
6
7
7
5
6
2
2
1
Plan3
	
	9/27/90	2
	9/28/90	2
	9/29/90	2
	9/30/90	5
	10/1/90	2
	10/2/90	0
	3/10/1990	5
	10/4/90	11
	10/5/90	13
	10/6/90	6
	7/10/1990	7
	10/8/90	7
	9/10/1990	4
	10/10/90	9
	10/11/90	3
	10/12/90	14
	10/13/90	5
	14/10/1990	6
	15/10/1990	8
	16/10/1990	3
	10/17/90	3
	10/18/90	2
	10/19/90	6
	10/20/90	0
	10/21/90	0
	10/22/90	4
	10/23/90	1
	10/24/90	1
	10/25/90	1
	10/26/90	0
	10/27/90	2
	10/28/90	0
	29/10/1990	1
	10/30/90	0
	10/31/90	0
	1/11/1990	2
	11/2/90	3
	11/3/90	0
	11/4/90	2
	11/5/90	0
	11/6/90	0
	11/7/90	0
	11/8/90	1
	11/9/90	0
	11/10/90	0
	11/11/1990	1
	11/12/90	0
	11/13/90	0
	11/14/90	1
		145
	Gibson
	9/30/90	5
	10/5/90	13
	10/6/90	6
	7/10/1990	7
	10/12/90	7
	10/13/90	5
	14/10/1990	6
	1/11/1990	2
	11/4/90	2
	11/8/90	1
		54
	Peters
	9/29/90	2
	10/1/90	2
	3/10/1990	5
	10/4/90	11
	9/10/1990	4
	10/12/90	7
	10/18/90	2
	10/19/90	3
	10/22/90	2
	10/23/90	1
	10/27/90	2
	11/14/90	1
		42
	Savannah
	9/27/90	2
	9/28/90	2
	10/8/90	7
	10/10/90	9
	10/11/90	3
	15/10/1990	8
	16/10/1990	3
	10/17/90	3
	10/19/90	3
	22/10/1990	2
	10/24/90	1
	10/25/90	1
	29/10/1990	1
	11/2/90	3
	11/11/1990	1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
27/929/91/103/105/107/109/10
11/1013/1015/1017/1019/1021/1023/1025/1027/1029/1031/10
2/114/116/118/11
10/11
No. Casos
0
2
4
6
8
10
12
29/91/103/105/107/109/10
11/1013/1015/1017/1019/1021/1023/1025/1027/1029/1031/10
2/114/116/118/11
10/1112/1114/11
No. Casos
0
2
4
6
8
10
12
14
30/92/104/106/108/10
10/1012/1014/1016/1018/1020/1022/1024/1026/1028/1030/10
1/113/115/117/11
No. Casos
Exposição
Doentes
Não-Doentes
Total
Expostos
A
B
A + B
Não-Expostos
C
D
C + D
Total
A + C
B + D
A + B + C + D
Exposição
Doentes
Não-Doentes
Total
Expostos
A
B
A + B
Não-Expostos
C
D
C + D
Total
A + C
B + D
A + B + C + D

Outros materiais