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Crescimento Infantil: Fases e Avaliação

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Crescimento 
INTRODUÇÃO 
O crescimento é um processo biológico, dinâmico 
e contínuo de multiplicação (hiperplasia) e 
aumento do tamanho (hipertrofia) celular, que 
ocorre desde a concepção até o final da vida, 
considerando-se os fenômenos de substituição e 
regeneração de tecidos e órgãos. De forma geral, 
considera-se o crescimento como o aumento do 
tamanho corporal, cessando com o término do 
aumento do crescimento linear (altura). 
Avaliar o crescimento da criança é uma atividade 
fundamental da pediatria, uma vez que o 
acompanhamento do peso, da altura e do 
perímetro craniano (este nos três primeiros anos 
de vida) pode trazer informações sobre as 
condições de saúde do paciente. Assim, a 
avaliação do crescimento na rotina de atenção à 
criança visa três aspectos fundamentais: 
1. Detectar precocemente o que está afetando o 
crescimento da criança para inferir e obter a sua 
recuperação; 
2. Identificar as variações de normalidade, 
tranquilizando a criança e a família, evitando, 
assim, possíveis intervenções desnecessárias e 
prejudiciais; 
3. Identificar os problemas que não podem ser 
curados, mas que podem ser minimizados, 
melhorando a qualidade de vida e dando apoio 
ao paciente e à família. 
CRESCIMENTO FETAL 
O crescimento fetal é o período de maior 
crescimento do organismo, tendo uma 
velocidade de crescimento variável. Por isso, é 
uma fase crítica para determinar como será seu 
gasto energético, seu metabolismo, seu padrão 
de crescimento pós natal e seu risco de agravos 
à saúde. 
 
CRESCIMENTO PÓS-NATAL 
 
Ao nascer, o menino mede em torno de 50 cm, 
enquanto a menina mede em torno de 49 cm; 
sendo que pode haver uma variação de +/- 2 cm. 
Em relação ao peso, em média, é 3.300g. Crianças 
nascidas com peso menor que 2.500g são 
denominadas baixo peso e, entre 2.500 e 3.000g, 
de peso insuficiente. Por fim, o perímetro cefálico 
esperado é de 35cm. 
Obs.: O peso do nascimento dobra aos 5 meses, 
aos 5 anos e aos 8 anos. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
O tamanho ao nascer pode indicar se um 
comprometimento ocorreu no final da gestação 
ou durante um período mais prolongado. O pico 
da velocidade de crescimento em comprimento 
durante o período intrauterino acontece no 2º 
trimestre da gravidez, enquanto o do peso 
acontece no último trimestre. Dessa forma, se o 
RN apresenta comprometimento só do peso, a 
maior probabilidade é de o agravo ter ocorrido 
nos meses finais da gestação, mas se houver 
diminuição do comprimento, é bem mais 
provável que o agravo tenha ocorrido há mais 
tempo. Isso tem implicância no crescimento, pois 
uma lesão crônica pode comprometer de forma 
bem mais acentuada e levar à baixa estatura. 
Fórmulas Importantes! 
Peso = Idade da Criança (anos) x 2 + 8 
IMC = Peso (kg) / Altura2 (m) 
Fases do Crescimento Pós-Natal 
• Fase de Crescimento Rápido e 
Desaceleração Rápida = 2,5 até 3 anos; 
• Fase de Crescimento Mais Estável e 
Desaceleração Lenta = 3 anos até a 
puberdade; 
• Fase Puberal = Estirão caracterizado por um 
crescimento rápido até atingir o pico, com 
desaceleração posterior até atingir a fase 
adulta. 
Assim, a criança cresce em torno de 25cm no 
primeiro ano, sendo 15cm no primeiro semestre e 
10cm no segundo. Já, no segundo ano, cresce de 
10-12cm e, a partir do terceiro ano, cresce em 
torno de 5-7cm por ano, de forma oscilante, mas 
com ligeiro decréscimo. 
Durante toda a infância, tanto a menina como o 
menino crescem de forma bem semelhante, 
porém, durante a puberdade, as meninas 
apresentam o estirão, em média, 2 anos antes 
que os meninos, e com isso param de crescer 
mais cedo. Durante o estirão puberal, o pico de 
velocidade de crescimento das meninas é 
8,5cm/ano, enquanto dos meninos é 9,5cm/ano. 
Essa diferença no pico de velocidade e o aspecto 
de que os meninos crescem por, pelo menos, mais 
dois anos, explica a diferença média das alturas 
entre homens e mulheres em 13cm; sendo que 
esse valor é utilizado para se calcular a estatura 
alvo parental. 
Ainda, observa-se que algumas crianças têm um 
pequeno estirão entre 7-8 anos – estirão do meio 
da infância. 
 
Obs.: O crescimento é variável, ocorrendo com 
paradas e saltos. 
Estatura Alvo ou Parental 
Meninos = [(altura do pai em cm) + (altura da 
mãe em cm + 13cm)] / 2 ± 8 cm 
Meninas = [(altura do pai em cm – 13cm) + 
(altura da mãe em cm)] / 2 ± 8 cm 
Velocidade de Crescimento (VC) 
É calculada a partir de duas medidas de altura 
obtidas com intervalo de, pelo menos, 6 meses. 
Uma criança que cresce dois ou manos anos 
consecutivos com VC igual ou abaixo do percentil 
25 (-1 desvio padrão) tende a diminuir sua 
posição na curva de crescimento. Dessa forma, 
quando uma criança é avaliada, é preciso levar 
em consideração, principalmente, a velocidade 
de crescimento. 
Períodos de Crescimento 
PRIMEIRA INFÂNCIA (1-3 anos) 
• Período de maior crescimento pós-natal; 
• Em média, cresce 25cm no primeiro ano, 
12,5cm no segundo e 6-8cm no terceiro; 
• Influência nutricional. 
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SEGUNDA INFÂNCIA (4-8 anos) 
• Crescimento mais estável; 
• 4-6 cm por ano; 
• Influência de fatores hormonais, como GH, 
IGF-1 e hormônios tireoidianos. 
PUBERDADE (9-17 anos) 
• Época de grandes transformações físicas e 
emocionais; 
• Único período de aceleração do crescimento, 
tendo características diferentes nos dois 
sexos; 
• Aparecimento de caracteres sexuais 
secundários 
• Influência de fatores hormonais, como GH, 
IGF-1, hormônios tireoidianos e hormônios 
gonodais (testosterona e estrógeno). 
CURVAS DE CRESCIMENTO 
A avaliação do crescimento é feita por 
comparação das curvas de crescimento. Para 
isso, o Ministério da Saúde adotou as curvas da 
OMS, as quais fazem parte da Caderneta de 
Saúde da Criança, sendo apresentadas da 
seguinte maneira: 
• Curvas para Comprimento/Altura e Índice de 
Massa Corporal (IMC): do nascimento até os 
2 anos, dos 3 aos 5 anos e dos 5 aos 20 anos; 
• Curvas para Peso: até os 10 anos. 
As curvas de crescimento são construídas 
baseadas no alvo parental e são delimitadas 
com percentis de 3 e 97, que correspondem a +/- 
dois desvios padrões, respectivamente. 
Se as medidas registradas, no gráfico, 
acompanharem a inclinação das curvas, é 
sugestivo que a criança está crescendo bem. Já, 
se não acompanharem a inclinação das curvas, 
é sugestivo de que há algo atrapalhando o 
crescimento adequado. 
Além dos gráficos de estatura e de peso, tem-se 
os de IMC, que também são importantes, pois 
geram informações sobre a nutrição da criança. 
1. Curvas de Altura 
- Meninas, de 0-5 anos: 
 
- Meninas, de 5-19 anos:
 
- Meninos, de 0-5 anos: 
 
- Meninos, 5-19 anos: 
 
 
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2. Curvas de Peso 
- Meninas, de 0-5 anos: 
 
- Meninas, de 5-10 anos: 
 
- Meninos, de 0-5 anos: 
 
- Meninos, de 5-10 anos: 
 
 
3. Curvas de IMC 
- Meninas, de 0-5 anos, em Z-score
 
- Meninas, de 5-19 anos, em Z-score 
 
- Meninas, de 5-19 anos, em percentil 
 
- Meninos, de 0-5 anos, em Z-score 
 
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- Meninos, de 5-19 anos, em Z-score
 
- Meninos, de 5-19 anos, em percentil 
 
Curvas em Z-score: 
• Abaixo de -3 = desnutrição acentuada; 
• Entre -3 e -2 = baixo peso; 
• Entre -2 e +1 = peso ideal (eutrofia); 
• Entre +1 e +2 = sobrepeso; 
• Entre +2 e +3 = obesidade; 
• Maior que +3 = obesidade grave. 
Curvas em Percentil: 
• Abaixo de 0,1 = desnutrição acentuada; 
• Entre 0,1 e 3 = baixo peso; 
• Entre 3 e 85 = peso ideal (eutrofia); 
• Entre 85 e 97 = sobrepeso; 
• Entre 97 e 99,9 = obesidade; 
• Acima de 99,9 = obesidade grave 
Crianças Com Limitações Físicas 
Estima-se a altura com equipamentos e técnicas 
para as medidas. Assim, mede-se a distância do 
acrômio até a cabeça do rádio (CSB), a distância 
da borda superomedial da tíbia até a bordado 
maléolo medial inferior (CT) e a distância do 
joelho ao tornozelo (CJ). 
 
Ainda, pode-se utilizar a envergadura. Para isso, 
os braços devem ficar estendido, formando um 
ângulo de 90º com o corpo. Mede-se a distância 
entre os dedos médios das mãos com uma fita 
métrica flexível. A medida obtida corresponde à 
estimativa de estatura do indivíduo, seguindo a 
fórmula: 
Estatura Estimada = [0,73 x (2 x envergadura 
do braço em metros)] + 0,43 
MATURAÇÃO ESQUELÉTICA 
Como dito anteriormente, as meninas iniciam a 
puberdade mais cedo do que os meninos, no 
entanto, pode haver meninas que iniciam a 
puberdade mais tarde e meninos que iniciam 
mais cedo. Essas diferenças no ritmo de 
crescimento podem ser agrupadas em 3 grupos: 
• Maturadores Rápidos = Picos mais altos no 
estirão; 
• Maturadores Médios = Picos mais altos no 
estirão; 
• Maturadores Lentos = Picos mais baixos no 
estirão, possuindo estirão puberal mais tarde, 
chegando às vezes ter alturas abaixo da 
distribuição de referência e, também, 
apresentando velocidade abaixo de 5 cm/ano, 
que é a velocidade de alerta a partir dos 3,5 
anos para se suspeitar de alguma doença 
endócrina (deficiência de GH ou 
hipotireoidismo). 
A maneira mais adequada de avaliar a 
maturação é por meio da radiografia da mão e 
do punho esquerdos, sendo que não se deve 
radiografar as duas mãos, pois pode alterar a 
imagem e distorcer a avaliação. 
Como o fechamento das epífises indica que a 
pessoa parou de crescer, esse método sugere o 
quanto ainda pode crescer. Dessa forma, tendo-
se dois meninos de mesma idade e mesma altura, 
mas um com idade atrasada e outro com idade 
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adiantada, pode-se dizer que o menino com 
idade atrasada tem maior probabilidade de 
atingir a idade adulta com maior estatura. 
Obs.: A maioria das doenças atrasa a idade 
ósseas, mas hipertireoidismo, obesidade e 
hormônios sexuais adiantam. 
Obs.: Os dois problemas envolvendo baixa 
estatura mais comuns, sem ser consequência de 
doença, são o de baixa estatura familiar e os 
maturadores lentos. 
AVALIAÇÃO NUTROLÓGICA 
Em relação à avaliação nutrológica, avalia-se a 
circunferência do braço, pois esta representa o 
perímetro ocupa pelos tecidos ósseos e 
musculares do tecido adiposo. Depois, afere-se a 
circunferência abdominal, que utiliza o ponto 
entre a última costela fixa e a crista ilíaca 
superior. Destaca-se que se a relação entre a 
circunferência abdominal e a estatura for maior 
que 0,5, está alterada, sendo relacionada com 
risco cardiovascular. 
Ainda, é possível avaliar as pregas cutâneas, 
colocando os valores na tabela preconizada pelo 
Ministério da Saúde. 
PUBERDADE 
Na avaliação da puberdade, costuma-se utilizar 
a avaliação das características das mamas e dos 
pelos púbicos nas meninas e das características 
dos genitais e dos pelos púbicos nos meninos. 
No menino, a puberdade começa com o aumento 
do testículo e isso se inicia com 4cm3 e o estirão 
puberal tem início quando o volume testicular 
atinge 8cm3. Já, na menina, a puberdade começa 
com o aumento da velocidade de crescimento, e 
a menarca normalmente ocorre quando a 
velocidade já ultrapassou o pico. 
Mamas 
Estágio 1 – Pré-adolescente, apenas elevação 
do mamilo. 
Estágio 2 – Estágio do botão mamário, elevação 
da mama e do mamilo, como um pequeno monte, 
sendo que o diâmetro da aréola se apresenta um 
pouco maior que no estágio 1. 
Estágio 3 – Tanto a mama quanto a aréola estão 
maiores e mais elevadas que no estágio 2, mas 
sem distinção. 
Estágio 4 – A aréola e a papila formam um 
contorno secundário, destacando-se do resto da 
mama. 
Estágio 5 – Estágio maduro, apenas o mamilo se 
projetando, com a aréola seguindo o contorno 
da mama. 
Genitais 
Estágio 1 – Pré-adolescente, testículos, escroto e 
pênis de tamanho e formas infantis. 
Estágio 2 – Escroto se apresenta levemente 
aumentado, com pele mais escura e mudança de 
textura, sendo que o pênis não tem aumento ou 
é pouco aumentado. 
Estágio 3 – Pênis apresenta aumento, 
principalmente em comprimento, sendo que o 
escroto está maior que o estágio anterior. 
Estágio 4 – Pênis aumentado em comprimento e 
largura e desenvolvimento da glande, sendo que 
o escroto está maior que no estágio 3. Além disso, 
a pele do escroto é mais escura e enrugada. 
Estágio 5 – Genitália adulta em tamanho e 
forma. 
Obs.: O tamanho dos testículos pode ser avaliado 
pelo orquidômetro de Prader – um conjunto de 
bolas de forma elíptica, que vão de 1cm3 até 
25cm3, sendo que até 3cm3 considera-se que o 
menino ainda tem características infantis. 
Pelos Púbicos 
Estágio 1 – Pré-adolescente, sem pelos púbicos. 
Estágio 2 – Pelos finos, longos, lisos ou curvos, 
esparsos, mas com concentração maior próximo 
à base do pênis ou ao longo dos lábios. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Estágio 3 – Pelos mais escuros, espessos e 
curvos, espalhados pelo púbis. 
Estágio 4 – Pelos do tipo adulto, mas em menor 
quantidade, não atingindo as coxas. 
Estágio 5 – Pelos do tipo adulto em quantidade 
e tipo. 
FATORES QUE INFLUENCIAM E 
CONTROLAM O CRESCIMENTO 
Fatores Genéticos 
Se não houver alguma condição de saúde que 
interfira no crescimento, crianças filhas de pais 
altos serão altos e filhos de pais baixos serão 
baixos. Porém, como se trata de uma herança 
poligênica, é possível que filhos de pais de alturas 
médias, mas que sejam filhos de pais de alturas 
díspares (um alto e um baixo), dependendo da 
distribuição dos genes, poderão ter filhos altos e 
baixos. 
Fatores Hormonais 
O crescimento é controlado por uma série de 
hormônios que atuam em etapas específicas, 
sendo os principais GH, IGF-1, hormônios 
tireoidianos e hormônios sexuais. 
Para o crescimento fetal, o hormônio mais 
importante é o IGF-2, sendo este mais abundante 
que o IGF-1. Ele previne a morte celular 
programada e estimula o crescimento de células 
placentárias, assim, uma deficiência de IGF-2 irá 
causar uma redução na nutrição do feto. Além 
disso, estimula o transporte de glicose e aumenta 
a produção de hormônios de crescimento 
placentário. Dessa forma, o GH não tem efeito na 
vida intrauterina, mas sim o IGF-2. 
• Fatores que Reduzem IGF-2: Desnutrição, 
hipóxia grave, reducao da vascularização e 
excesso de glucocorticoide. 
• Fatores que Aumentam IGF-2: Dieta rica em 
açúcar e gordura, dieta pobre em proteína e 
hipóxia moderada. 
 
Já, nos dois primeiros anos de vida, é importante 
ressaltar que há pouca influência hormonal no 
crescimento, sendo a maior influencia 
nutricional. 
Após os 2 anos, o GH e o IGF-1 passam a ter papel 
fundamental no crescimento de uma criança, 
assim como os hormônios tireoidianos (uma vez 
que regulam o metabolismo como um todo). 
Já, na puberdade, além desses três hormônios, os 
hormônios gonodais também exercem influência 
no crescimento. No estirão puberal, estão 
envolvidos os hormônios sexuais (testosterona 
nos meninos e estrógeno nas meninas), sendo 
que o aumento desses estimula a produção e 
ação do GH e IGF-1. 
• Fatores que Influenciam no Crescimento 
Puberal: Atividade física, sono (uma vez que o 
GH é liberado durante o sono profundo), 
doenças crônicas e nutrição. 
Obs.: O estrógeno é o hormônio responsável pela 
parada de crescimento da cartilagem de 
crescimento, independente do sexo. No homem, é 
a conversão periférica de hormônios masculinos 
nos tecidos adiposos que produz estrógeno. 
Fatores Nutricionais 
Os fatores nutricionais são de extrema 
importância para a criança, pois é a alimentação 
que fornece grande parte dos elementos 
fundamentais para o metabolismo celular, 
sobretudo nos dois primeiros anos de vida. 
Além disso, é importante ressaltar que a nutrição 
da mãe no período pré-natal e durante a 
amamentação também é importante para o 
crescimento da criança. 
Desnutrição MaternaA desnutrição materna é responsável por 
restringir o crescimento placentário, pois, além 
de reduzir a vascularização placentária, há 
redução da expressão de IGF-2 (mediada pela 
redução na dieta). Assim, o desfecho do feto vai 
variar de acordo com o tempo de início da 
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desnutrição, pois se for no início da gestação, os 
desfechos pós-natais são piores. 
Ainda, a desnutrição materna é responsável por 
aumentar o risco de diabetes, doenças cardíacas 
e mortes precoces. 
Fatores Ambientais 
Nos fatores ambientais, entram os fatores 
epigenéticos, ou seja, como o meio em que a 
criança está inserida influência no seu 
crescimento. Isso inclui, principalmente, as baixas 
condições econômicas e sociais, como falta de 
saneamento básico, falta de alimentos, maior 
vulnerabilidade para doenças, impossibilidade 
de realizar atividade física ou necessidade de 
trabalhar desde novo. Ainda, destaca-se que a 
higiene faz diferença, uma vez que a má higiene 
expõe mais a criança às doenças e diminui a sua 
qualidade de vida. 
Fatores Psicológicos 
Os fatores psicológicos influenciam diretamente 
em como a criança age e em como o seu corpo 
reage de acordo com o meio em que está 
inserido. 
É possível afirmar que o crescimento de uma 
criança está relacionado com muitas variantes, 
mas em termos fisiológicos, acontece da seguinte 
maneira: o tecido cartilaginoso sofre expansão, 
diferenciação e subsequente substituição pelo 
tecido ósseo, resultando na formacao e no 
crescimento de ossos longos. 
PRINCIPAIS DOENÇAS QUE AFETAM O 
CRESCIMENTO 
Smith apresenta uma classificação didática 
sobre as deficiências de crescimento: 
1. Variações de Normalidade: Baixa estatura 
familiar e maturador lento. 
2. Deficiência do Crescimento por Alterações 
Esqueléticas: Anomalias cromossômicas (ex.: 
Turner e Down), mutações genéticas como 
displasia ósseas (ex.: acondroplasia e 
hipocondroplasia) e síndromes de etiologia 
desconhecida. 
3. Deficiências Secundárias: 
• Início Pré-Natal: Podem ser consequentes ao 
tamanho da mãe, nível socioeconômico baixo, 
má nutrição, hipertensão, drogadiação, 
consumo de álcool, hábito de fumar e 
infecções como sífilis e toxoplasmose. 
• Início Pós-Natal: Alterações metabólicas, 
hipotireoidismo, deficiência do GH, uso 
prolongado de corticoides, desnutrição e 
outas.

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