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Hipertensão Arterial Sistêmica Critérios – pelo menos 3: ● Circunferência abdominal o Só vale a obesidade abdominal o Homem > 102cm // Mulher > 88cm ● Pressão arterial o ≥130 x 85 mmHg ● Triglicérides o ≥ 150 mg/dL ● HDL o Homem < 40 mg/dL // Mulher < 50mg/dL ● Glicemia de jejum o ≥100 mg/dL HIPERTENSÃO ARTERIAL PRIMÁRIA Epidemiologia: ● 30% da população brasileira ● Prevalência maior no sexo feminino ● Justifica 45% das mortes por DCV e 51% das mortes por AVE ● Multifatorial: ○ Influência genética (poligênica) ○ Mais precoce e grave em negros ○ Relação com o consumo de sal o Causa: ● 95% = primária ● 5% = secundária Mecanismo Fisiopatológico ● Sistema Nervoso Simpático → ativação simpática → liberação de catecolaminas → vasoconstrição ● Regulação renal → ativação do sistema renina angiotensina aldosterona ● Regulação plasmática → volume plasmático Semiologia: ● Paciente não pode ter se exercitado, fumado ou consumido café nos últimos 30 min ● Certificar que o aparelho esteja adequado ● Comprimento deve ser 80% do comprimento do úmero; largura deve ser de 40% do diâmetro do braço Definição: ● Doença crônica em que temos PA elevada persistentemente ● Média da PA em 2 ou mais consultas ≥140/90 o Diretriz americana usamos: ≥130/80 ● Uma medida ≥ 180/110 ● Lesão de órgão-alvo (lesão de estruturas sabidamente reconhecida como consequência da hipertensão, ex: IAM) o Cérebro, coração e rim ● MAPA (24h, vigília e sono) ≥ 130/80, 135/85, 120/70 OU ● MRPA (residencial) ≥ 130/80 (2 medidas ao dia por 5 dias) o Situações especiais: HAS jaleco branco X HAS mascarada ▪ Mascarada: o paciente só fica hipertenso em casa, no hospital ela fica mais calma, e a PA cai. Essa é mais grave. ▪ Jaleco branco: aquela que se eleva apenas durante a consulta Diferença para a Americana, não tem PA ótima. Eles classificam um estágio a mais que a gente, e não tem estágio 3. ● Na americana o estágio I = PAS ≥130 e PAD≥80; e estágio II = PAS ≥140 e PAD ≥90 OBS: sempre considero o maior valor para classificar o estágio, o objetivo é estimar pra cima para garantir a maior proteção de órgão alvo Obs: maior parte das HAS são de difícil controle por má aderência Quadro clínico ● Geralmente assintomáticos, a maioria dos sintomas que os pacientes sentem são relacionados a outras coisas ● Depois de anos: lesão de órgão-alvo (LOA) o Vascular X Sobrecarga o Cardiopatia (IAM, ICC...) ▪ Pressão → dilatação concêntrica o AVE / Demência o Aorta / Arteriopatia o Rim (nefroesclerose) o Retinopatia Exame Físico: ● PA nos dois braços ● Peso / IMC ● Circunferência abdominal ● Exame ocular (fundoscopia) ● Avaliação cardiovascular como um todo Nefroesclerose Hipertensiva ● Benigna (crônica) o Arteriosclerose hialina o Hipertrofia da camada média ● Maligna (aguda o Arteriosclerose hiperplásica (“bulbo de cebola”) o Necrose fibrinóide Retinopatia Hipertensiva ● Alteração mais precoce: microaneurismas ● Classificação KWB (Sou praieiro, sou guerreiro, tô solteiro, quer mais o que?? → Estreitamento, cruzamento, hemorragia, papiledemaaa) Exames de rotina ● Hemograma completo ● Análise de urina (hematúria, proteinúria,...) o exame de rastreio ● Potássio sérico, sódio e cálcio ● Creatinina plasmática o TGF estimada o Relação albumina/creatinina → não é de rotina, peço se investigação de LOA ou HAS secundária ● Glicemia de jejum e HbA1c ● Colesterol total, HDL, triglicerídeos ● Ácido úrico ● ECG Tratamento ● Alvo pressórico: PA < 140/90 o Alto risco: <130/80 (é o alvo da diretriz americana) → DM, síndrome metabólica, LOA ● Todos: intervenção no estilo de vida o Perda de peso (IMC ≤25), dieta DASH, atividade (30min/dia), redução do sódio (<2g), atividade física o Cessação do tabagismo → não diminui PA, mas diminui RCV o Consumo moderado de álcool o Estimular ingesta de potássio ● HAS E1 sem fator de risco: 1 droga (pode tentar MEV 3 meses) o Pré HAS de risco alto, idoso frágil ou > 80 anos → já merecia de cara uma droga ao invés de MEV ● HAS E1 com fator de risco ou HAS E2-3: 2 drogas o Não pode juntar IECA com BRA II ● Idosos: o Hígido: limiar para tratar é o mesmo da população em geral; meta de tratamento é baixo/moderado RCV o Frágeis: limiar para tratar ≥160 e/ou 90 mmHg; meta é de PAS 140-149 / PAD 70-79 ● Que drogas usar? o Anti-hipertensivos de primeira linha → não junto as drogas da mesma classe Mecanismo de ação Indicação Contraindicação Efeitos Adversos IECA (pril) BRA-II (sartan) Redução da PA, minimiza progressão da albuminúria (retarda lesão renal) Vasodilatação da arteríola aferente e eferente IECA → inibe a degradação da bradicinina - Jovens, brancos - Doença renal, ICFER, IAM - Ajuda na redução de hipertrofia ventricular - Troco IECA por BRA quando o paciente está tendo muita tosse e angioedema - Losartana também vai funcionar como antiagregante plaquetário e uricosurico - Angioedema no uso de IECA prévio ao episódio - Gestação / mulheres com desejo de gestar em breve - IRA, hiperKalemia: não usar se Cr > 3, K> 5,5 ou estenose bilateral de artéria renal - Aumento da creatinina é uma contraindicação relativa - Tosse seca e angioedema (no uso de IECA) - Se piora da função renal > 30% —> suspendo medicamento - Intoxicação aguda: hiperK, piora de função renal e hipoglicemia Tiazídico (clortalidona, hctz) Inibe a reabsorção de sódio no TCD → efeito natriurético Impacto inicial na volemia → redução do volume circulante e extracelular Depois de algumas semanas o volume circulante se torna normal Redução da resistência vascular periférica - Negro e idoso - Osteoporose (retém Ca) - Nefrolitíase (reduz calciúria) - Artrite gotosa - Insuficiência renal (perdem efeito - Cl <30 ou creat >2,5) -Hiperparatireoidismo primário - 4 hipo: volemia, Na, K, Mg - 3 hiper: glicemia, lipidemia, uricemia (não usar em gota) - Intoxicação aguda: distúrbios hidroeletrolíticos BCC (vasos: dipinas // coração: diltiazem, verapamil) Reduz a resistência vascular periférica uma vez que diminuem o Ca no interior das células musculares das arteríolas - Negro, idoso - Arteriopatia periférica, fibrilação atrial - ICFER Bradicardia e BAV - Evitar associar com BB - Interação com estatinas - Cefaleia, edema maleolar, bradiarritmia, IC - Rubor facial - Reduz FC - Constipação (verapamil) - Intoxicação por BCC: hiperglicemia, bradicardia e hipotensão o A princípio a melhor combinação seria IECA + DIU TIAZÍDICO o Drogas de segunda linha Droga Mecanismo de ação Indicação Contraindicação Efeito colateral Beta bloqueador Se já tinha a indicação de introdução por outra patologia Utilizado se: IC, arritmias, IAM prévio, enxaqueca Pode ser introduzido como monoterapia para pacientes com indicação Asma, BAV 2º e 3º grau DPOC Broncoespasmo, bradicardia, distúrbios de condução AV Espironalactona (antagonista da aldosterona) Inibem direta e indiretamente a reabsorção de Na no túbulo coletor (porção final) Reduzem o principal estímulo para secreção de K e H Poupador de potássio Utilizada como 4ª droga Cirrose hepática, ic, hipertensão resistente Hiperkalemia Ginecomastia Vasodilatadores diretos (hidralazina, isossorbida) Vasodilatação arterial Doença renal crônica + HAS ICFER Gestantes - Taquicardia reflexa - LES farmacoinduzida - Intoxicação por hidralazina: hipotensão, taquicardia, síncope e náuseas Diurético de Alça (Furosemida) Inibição do cotransportador de Na-K-2Cl presente na porção espessa da alça de Henle -Indicado para insuficiência renal (Creat>2, TGF<=30) -ICC - Edema periférico de causa não cardiológica Hipocalcemia - Hipocalemia, acidose metabólica, hipovolemia, hipotensão, azotemia, hiperuricemia, hiponatremia - Reações de hipersensibilidade tipo 2 - Ototoxicidade 3 ▪ Alisquireno → não tem uso específico ainda ▪ Prazosin (HPB) ▪ Clonidina (urgência) ● 4ª droga a ser adicionada = espironolactona o Se um hiperaldo → consigo controlar! Seria tipo um teste terapêutico PA não controlada com 3 drogas (incluindo diuréticos) em doses otimizadas 1) Descartar Pseudo-resistência (baixa adesão, jaleco branco,medicação errada...) a. Hipertensão resistente não controlada: 3 ou 4 medicamentos b. Hipertensão refratária: ≥ 5 medicamentos 2) Prova: HAS secundária (idade < 30 ou > 50 anos / grave LOA / hiperaldo) a. Hipocalemia → hiperaldo 1º x 2º → supra renal ou estenose artéria renal b. Creatinina aumentada, proteinúria → doença renal → USG, clearance de Cr c. Ronco, sonolência → apneia do sono → polissonografia d. Cefaleia, sudorese, palpitação → feocromocitoma → metanefrinas (plasma, urina) e. Jovem, pulso femoral reduzido → coarctação da aorta → doppler, angioTC Hipertensão Resistente ● Definição: ○ PA não controlada com 3 agentes hipotensores ○ PA que pra ficar controlada necessita de 4 hipotensores ● Terapia ○ Estimulação direta do seio carotídeo → feita por eletrodos / terapia de ativação do barorreflexo ○ Denervação simpática renal ○ Uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas → principalmente pacientes com apneia obstrutiva do sono ○ Fístula arteriovenosa → ainda em estudo Quando suspeitar de HAS secundária? ● Início precoce ou tardio (<30 anos ou > 50 anos) ● Início súbito ● HAS grave ● HAS resistente ● Piora de PA previamente bem controlada ● HAS + estigmas ○ Disfunção renal: hipocalemia ○ Roncos e sonolência: assimetria de pulsos ○ Crises adrenérgicas: sinais de endocrinopatia ○ Sopro abdominal: uso de drogas que aumentam a PA HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA Hipertensão Renovascular ● Definição: obstrução de fluxo das artérias renais ● Causas: ○ Doença aterosclerótica ■ > 55 anos ■ Acometimento mais proximal ○ Displasia fibromuscular ■ < 30 anos ■ Acometimento mais distal de artérias renais → geralmente com aspecto de contas de rosário ■ O acometimento pode ser tanto uni quanto bilateral ○ Outras ■ Vasculite de Takayasu ■ Embolia da artéria renal ● Quando suspeitar? ○ Sopro abdominal ○ HAS grave em extremos de idade ○ Edema agudo pulmonar recorrente ○ IRA com IECA ou BRA II ■ aumento da Cr > 50% ○ Assimetria renal ■ Alterações no USG ■ Alterações de função ● Investigação ○ Doppler artérias renais ou ○ Angio TC/RNM ou ○ Arteriografia renal (padrão ouro) ● Tratamento ○ Clínica 1ª escolha: IECA ou BRA II ○ Controle de fatores de risco ○ Angioplastia / Stent / Cirurgia: displasia fibromuscular com perspectiva de cura; hipertensão resistente, acelerada ou maligna; intolerância à medicação; perda progressiva de função renal; ICC ou EAP de repetição Hiperaldosteronismo ● Sistema renina-angiotensina-aldosterona o Renina → Angiotensina I → ECA → Angiotensina II → aldosterona ● Primário: primário do córtex adrenal (adenoma renal, hiperplasia do córtex da adrenal) o HAS + HipoK o Alcalose metabólica o Feedback negativo: aldosterona bloqueia a renina // tá tudo alto, menos a aldosterona o Diagnóstico: ▪ Hiporreninêmico ▪ Aldosterona > 15 ▪ Aldosterona/Renina ≥ 30 o Confirmação diagnóstica: ▪ Teste de infusão salina → dosar os níveis de aldosterona após uma sobrecarga salina o Aqui vou usar o espironolactona // ou ressecar a massa (se adenoma / incidentaloma) ● Secundário (estenose da artéria renal) o Hiperaldosteronismo hiperreninêmico o Aqui funciona bem os IECA e BRA Feocromocitoma ● Características: ○ Crises paroxísticas de HAS ○ Crise de cefaléia, palpitação e sudorese ○ Geralmente causado por um TU secretor de catecolaminas na medula adrenal ou gânglios simpáticos→ hipersinal em T2 ● Diagnóstico: ○ Metanefrinas e catecolaminas urinárias (24h) ○ Metanefrinas plasmáticas → menos relevante, pois estarão aumentadas apenas no momento da crise adrenérgicas ○ Exames de imagem → localização do feo ● Tratamento ○ Ressecção da massa ○ Antes da cir preciso: alfa-bloqueio seguido de beta-bloqueio → estabilização ■ Se eu bloquear os beta primeiro eu posso piorar e precipitar uma crise adrenérgica Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do sono ● Características: ○ Ronco ○ sonolência diurna ○ Obesidade ○ Micro-despertares noturnos → causados por dessaturação ● Dessaturação → ativação do sistema nervoso simpático → descarga adrenérgica → lesão endotelial → aumento da PA → predisposição a DAC, HAS resistente e/ou arritmia ● Diagnóstico: polissonografia ● Tratamento: CPAP Síndrome de Cushing ● Características: ○ Obesidade centrípeta ○ Acne, hirsutismo, estrias violáceas ○ Face em lua cheia ● Causas: ○ Hiperfunção do córtex da adrenal ● Diagnóstico: ○ Cortisol urinário 24h ○ Teste de supressão com dexametasona → faço uma supressão com dexa à meia noite, doso o cortisol pela manhã → o normal é que esse cortisol esteja suprimido pela manhã, se elevado é porque tenho um hiperfuncionamento ○ Cortisol salivar das 23h → deve estar baixo esse horário Outras causas de HAS secundária: ● Coarctação de aorta ● Doença parenquimatosa renal ● Acromegalia ● Hipertireoidismo ● Hipotireoidismo ● Drogas e medicamentos ○ Álcool ○ Cocaína AFASTARAM: A - adesão medicamentosa, avental branco e álcool / F - feocromocitoma / A - apneia do sono / S - sal / T - tireoide / A- aldosteronismo / R -rim (nefropatia, renovascular) / A- aorta (arterite, coarctação) / M - medicamentoso CRISE HIPERTENSIVA Pseudo-crise: paciente com PA mal controlada, diante de uma situação de estresse, essa PA sobe. Perda do mecanismo de auto-regulação do fluxo. O limiar depende do paciente, não tem um critério absoluto numérico. Aumento súbito e expressivo de PA que vence o mecanismo de auto-regulação, geralmente com valores ≥ 180 x 120 mmHg Emergência Hipertensiva ● Lesão aguda de órgão alvo (encefalopatia, IAM, edema agudo...) o Clínica: tontura, cefaleia, alteração de visão / audição / fala, alteração de nível de consciência ou coma, agitação, delírio ou confusão, déficits focais, rigidez de nuca, convulsão o Exames complementares: ▪ TC ▪ RM ▪ punção lombar o Fundoscopia: papiledema, hemorragias, exsudatos, alterações de vaso (como espasmos), cruzamento patológicos, espessamento na parede arterial e aspecto em fio de prata ou cobre ▪ Grupo III ou IV de KWM é emergência hipertensiva o US de nervo óptico: investigação de hipertensão intracraniana o Sistema renal e urinária ▪ Clínica: alterações no volume ou na frequência urinária, hematúria, edema, desidratação, massas e sopros abdominais ▪ Exames complementares: urina I, creatinina, ureia sérica, sódio, potássio, cloro e gasometria ● Redução imediata da PA em 20-25% dentro da 1ª hora o Se você normalizar a pressão de uma hora para outra, esse paciente vai chocar, uma vez que o organismo dele estava acostumado a trabalhar em altos limiares pressóricos o Alvo (2-6h): 160/110mmHg o Alvo (24-48h): 130/80mmHg ● Tratamento: medicações EV o Nitroprussiato de sódio ▪ Indicação: maioria das EH ▪ Evento adverso: intoxicação por cianeto ▪ SCA → pouco indicado por roubo coronariano o Nitroglicerina ▪ Indicação: SCA ▪ Evento adverso: taquifilaxia → precisar de drogas cada vez maiores para conseguir o efeito inicial o Esmolol / Metoprolol ▪ Indicação: dissecção de aorta (seguindo do nitroprussiato para controle da PA) o Hidralazina ▪ Indicação: eclâmpsia o Furosemida → cada vez menos utilizada ▪ Indicação: EAP ▪ Efeito adverso: hipocalemia Urgência Hipertensiva ● Sem lesão aguda (crise adrenérgica, epistaxe, pré-op,...) ● PA 160 x 100 em 24-48h ● Tratamento: o Pesar risco iminente de LOA o Posso tratar ambulatorialmente se não tenho risco de LOA iminente o Já fazia tto ambulatorial? ▪ Retoma medicações ▪ Reforça adesão terapêutica ▪ Aumento dose dos medicamentos o Sem diagnóstico prévio ▪ Início tto no PS ▪ Marco consulta de retorno o Presente risco de loa ▪ Pacientes com doença conhecida da aorta, aneurisma cerebral, sintomáticos (inespecífico) ▪ Redução da PAS 20-30mmHg nas primeiras horas → medicação VO ▪ Direcionar para a meta em 24-48h ▪ Retorno em 1-2 dias o Posso usar drogas VO: captopril, hidralazina, clonidina ▪ Sublingual: não recomendado Situações especiais: ● Dissecção aórtica / AVEh: normalizar PA ● AVEi: PA < 220/120 ou 185/110 (trombolítico) ● Pseudocrise (s/ sintomas, exames normais): ansiolítico, analgesia Alteração gastrointestinal+ alteração neurológica → penso em intoxicação
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