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Introd. à Anatomia A anatomia Descritiva tem como foco o estudo dos diversos sistemas orgânicos: digestório, respiratório e outros. A Disciplina lida com a forma, a disposição e a estrutura dos tecidos e órgãos que compõem os organismos. do Grego Ana= em partes tomein= cortar Isso significa que a matéria é visual e, para melhor aprendizado, é necessário que tenhamos práticas, sendo assim, aprendemos melhor através da dissecação, onde podemos tocar e observar minuciosamente desde a pele até as cavidades celomáticas. Sendo assim, é importante conhecer os termos anatômicos para o aprendizado mais sucinto. Precisamos memorizar assuntos e depois usá-los repetidamente para a fixação na memória. Divisões da Anatomia ● Anatomia Macroscópica (vemos a olho nu, é chamada de anatomia propriamente dita). ● Anatomia microscópica ou Histologia (vemos no microscópio) ● Embriologia (anatomia do desenvolvimento) segue - Embriogênese, Histogênese, Organogênese; Formação do embrião, tecidos e órgãos… Dentro da embriologia, há uma “Lei” Biogenética, a Ontogenia (desenvolvimento do indivíduo) é durante o período embrionário, a Filogênese (repete a história da espécie) é a evolução durante a vida da espécie. Curiosidade: Na Filogenia, podem acontecer patologias (desvios anatômicos) e uma muito conhecida é a má formação da face, acontece nos arcos branquiais e se chama lábio leporino, onde há uma fenda no filtro da boca. Na Ontogenia, nós vamos recapitular a evolução dos Equídeos, partindo de 50 milhões de anos atrás, até os dias de hoje. Vamos analisar as estruturas tegumentares ou anexos da pele: Temos três estruturas: As garras, as unhas e o casco/úngula. Para a natureza, o padrão é a pentadáctila (5 dedos), porém, existem espécies que têm 1, 3, 4 dedos… Curiosidade: animais com 5 dedos ou mais podem apresentar a má formação (patologia) chamada polidactilia, que apresenta 6 dedos numa mão. Seguindo toda história da evolução dos Equídeos, chegamos a conclusão que durante esses milhares de anos, os seres foram evoluindo e ficando maiores e mais resistentes. Como podemos ver nesses ossos; quanto maiores/mais longas forem as pernas, mais largos os passos e também mais rápido ficam, então é uma evolução bastante interessante dos Equídeos, mas não só deles como de todas as espécies que sobrevivem até hoje. Curiosidade: a polidactilia (patogênese) pode acontecer em Equinos nos dias de hoje, em uma de suas patas/dedos. Anatomia Comparada A anatomia comparada não estuda apenas as comparações entre espécies, mas também se encarrega de fazer uma análise da evolução de cada sistema de acordo com a evolução das espécies; Anatomia Especial Estuda especificamente o organismo de uma só espécie, exemplos: ● Antropotomia estuda apenas uma espécie (anatomia humana) ● Hipotomia estuda especificamente a anatomia do cavalo ● Cinotomia estudo anatômico de cães Anatomia Veterinária É um ramo da Anatomia que estuda os animais domésticos, os de produção, de estimação e também Silvestres/Selvagens (pouco explorado a nível do Brasil) Métodos de Estudo da Anatomia 1. Sistemático ou Descritivo: Vamos estudar os sistemas orgânicos separadamente, esse estudo se faz a partir da descrição/demonstração de cada parte orgânica. Diz-se que o corpo do animal é constituído de sistemas e aparelhos: Osteologia, Miologia, Sindesmologia, Esplancnologia, Angiologia, Neurologia, Sensorial e Tegumentar, o Sistema tegumentar não trata apenas da pele, mas também de seus anexos como pêlos, glândulas, unhas, garras, cascos e outros; 2. Topográfico: Aborda os aspectos por partes do corpo (cabeça, braços, pescoço, cavidade torácica, abdominal, etc); Curiosidade: precisa ter conhecimento do método descritivo/sistemático. 3. Aplicado: Reúne-se os dois métodos anteriores e aplica-se em outras áreas da Medicina Veterinária Posição Anatômica dos Animais A posição anatômica nada mais é que um referencial para podermos localizar e descrever as estruturas anatômicas, Toda vez que formos descrever a estrutura de um órgão ou estrutura do corpo, precisamos levar em consideração a posição anatômica. Refere-se ao animal na posição quadrúpede, mãos e pés apoiados no solo e face para frente. Não importa a posição que ele estiver, em decúbito (com as “costas” para baixo), decúbito lateral (de lado) ou com o ventre (barriga) acolado à mesa, ele ainda continuará na mesma posição. Planos de delimitação do Corpo dos Animais Na imagem, é possível ver o plano ventral, cranial, caudal e dorsal, além dos planos lateral direito e esquerdo do equino. Observação: dependendo do eixo em que se encontra, uma estrutura pode estar mais dorsal que a outra, ou mais ventral, assim como os eixos cranial e caudal, uma estrutura pode estar mais cranial que a outra. Além dos planos de delimitação, também temos: Eixos e planos de construção do corpo dos animais Eixos são linhas imaginárias traçadas no corpo dos animais e estão incluídas entre os planos de delimitação. 1. O primeiro Eixo é o Craniocaudal, também chamado de eixo longitudinal, parte do plano cranial do animal até o plano caudal. 2. O Eixo Dorsoventral ou Sagital, traça uma linha imaginária do Dorso até o Ventre do animal. Plano Dorsal — Plano Ventral. 3. Por último, o Eixo Láterolateral ou transversal, parte do plano lateral esquerdo para o plano lateral direito. É necessário juntar dois de cada um desses três eixos para formar um plano, assim, cortando a figura (o animal) em várias partes. Planos de Construção do Corpo Começando com o Plano Sagital Mediano que corta o animal em duas metades iguais, criando assim dois segmentos: o Antímero direito e o Antímero esquerdo. Este plano é a junção do Eixo Craniocaudal + Eixo Dorsoventral. Antimeria Seguindo a linha de raciocínio dos Antímeros, existe um Princípio da Simetria Bilateral, dita a grosso modo, aquela que podemos observar a olho nu, sem muitos detalhes. Entretanto, não existe simetria perfeita pois não há correspondência exata dos órgãos dentro do corpo, ou seja, ao cortarmos um animal em dois segmentos (antímeros) não teremos dois corações ou duas bexigas, então não há simetria, e sim assimetria. Em seguida, podemos citar o Plano Transversal, esse plano corta o animal em duas metades chamadas de Metâmeros (segmentos), onde temos uma parte mais cranial e a outra mais caudal. Este plano é a junção do Eixo Dorsoventral + Eixo Laterolateral. Metameria O princípio da Metameria diz que, no sentido longitudinal existem segmentos semelhantes (denominados de metâmeros) que se repetem no corpo do animal. Como exemplo o Anelídeo, mostrado na foto a seguir. Porém, nos seres mais aprofundados, observa-se que esse princípio não é aprofundado, pois não conseguimos cortar os animais em partes semelhantes no sentido longitudinal (não a maioria dos animais), mas, ainda assim, se observarmos mais detalhadamente, através da nossa coluna vertebral, nossas vértebras (que são os metâmeros) se repetem; mesmo assim, não é regra, os metâmeros em seres desenvolvidos só existem em algumas situações. Imagem correspondente à metameria: Para finalizar, temos o Plano Frontal, que divide o ser em duas partes: a parte dorsal e a parte ventral, essas partes divididas são chamadas de paquímeros. Para cortarmos o animal nesse plano, precisamos cruzar o Eixo Craniocaudal + Eixo Laterolateral, assim obtemos o plano frontal. Paquimeria O princípio da Paquimeria fala que o segmento axial do corpo (segmento principal) é constituído, num esquema, por dois “tubos” chamados de: Paquímero Dorsal ou Neural; Paquímero Ventral ou Visceral. Imagens para recapitular os Planos: Nomenclatura Anatômica É a unificação de expressões ou terminologias usadas para indicar e descrever o organismo e suas partes na anatomia. A Nomina Anatômica tem todos os termos em Latim, e é usada mundialmente para que os anatomistas possam identificar e falar a mesma língua no mundo todo. LINK: http://www.wava-amav.org É importante manter as terminologiasdurante o estudo e também na vida profissional. http://www.wava-amav.org Termos de Posição e Direção Vamos usar quando tivermos que descrever uma estrutura, a posição e direção são relativos de uma estrutura para a outra na hora da descrição. Termos próprios para o TRONCO (cavidade torácica e abdominal + pescoço) Dorsal x Ventral Cranial x Caudal A estrutura, dependendo do seu referencial, pode estar mais caudal ou mais ventral, uma em relação à outra. Se formos observar, as costelas em relação aos pulmões (de um animal QUADRÚPEDE) estão mais ventralmente posicionadas, assim como os pulmões estão mais dorsalmente posicionados, tudo depende do ponto de vista, tudo é variável. Termos Próprios para a CABEÇA Dorsal x Ventral Rostral ( estrutura voltada para o focinho) x Caudal Observação: substituímos o Cranial por Rostral porque precisamos de uma referência para ser usada apenas no crânio animal. Termos próprios para diversas partes do CORPO Lateral x Medial: quanto mais próximo do MEIO, mais medialmente posicionada, quanto mais próximo das laterais (direita ou esquerda) mais lateralmente posicionada. Termos próprios para BRAÇOS E PERNAS Proximal x Distal (também usado para mãos e pés) Essas posições servem para sabermos se a estrutura está mais próxima ou mais distante do Tronco. Cranial x Caudal para a estrutura que estiver mais à frente do braço/perna, diz-se que ela está mais Cranialmente posicionada, assim como se estiver mais atrás dos membros, a estrutura vai estar mais Caudalmente posicionada. Termos próprios para as MÃOS E OS PÉS Proximal x Distal Dorsal x Palmar (O dorso da mão x a Palma da mão) Dorsal x Plantar Termos próprios para os DEDOS Axial x Abaxial: a estrutura de referência é o dedo do meio, para nós seres humanos e também para animais com 3 dedos, a referência é o dedo do meio, o maior, o eixo principal. Observação: fazemos a substituição do Cranial para o Dorsal; E para as mãos, usamos Palmarmente Posicionado, para os pés, plantarmente Posicionado
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