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MARTINS, M.C.C. Fisiologia. 
 
 
Estudo de Caso: Enfisema 
 
 
Homem, com 65 anos de idade, procurou o pronto-socorro do HGV, por causa de história de 
falta de ar e de dispnéia de esforço, com início cinco dias antes. Ele também se queixava de tosse 
produtiva, de catarro esverdeado. Apresentava palidez e dizia ter se sentido febril, em casa, mas negava 
tremores, “dor-de-garganta”, náuseas, vômitos ou diarreia. 
Tendo fumado dois maços de cigarros por dia nos últimos 30 anos, recentemente, reduziu esse 
hábito para um maço diário. Ele não havia sido hospitalizado anteriormente. É motorista de táxi 
aposentado e mora com a esposa: eles não têm animais de estimação. Embora 
tenha tido dispnéia ao esforço nos últimos dois anos, ele continua a manter estilo ativo de vida. Ele, 
ainda, corta a grama sem muita dificuldade e consegue andar 1,6 a 3,2 km, em superfície plana, com 
passadas moderadas. O paciente referia que raramente ingeria bebida alcoólica. Nega quaisquer outros 
problemas significativos de saúde no passado, inclusive cardiopatia, hipertensão, edema, asma na 
infância ou alergias. Ele afirmou que seu pai, também tabagista intenso, morreu de enfisema aos 55 
anos de idade. 
O exame inicial mostrou que o paciente estava magro, mas com tórax grande. Apresentava 
discreta dificuldade respiratória. A pressão arterial era de 130/80 mmHg; a frequência respiratória estava 
em 28 a 32 incursões por minuto; a frequência cardíaca em 92 batimentos/minuto; e a temperatura oral 
era de 37,9°C. A traqueia estava centrada e o tórax apresentava expansões simétricas. Tinha ruídos 
respiratórios audíveis, mas diminuídos em ambos os campos pulmonares, com sibilos expiratórios e fase 
expiratória prolongada. Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta sem alterações. A oximetria de pulso 
revelou que a saturação de oxigênio da hemoglobina, no sangue, era de 90 %, ao respirar ar ambiente. 
Os testes de função pulmonar revelaram grave limitação da velocidade do fluxo aéreo, particularmente 
do fluxo expiratório. O paciente foi diagnosticado como portador de enfisema pulmonar. 
 
Com base no caso clínico apresentado, estabeleça a relação entre as alterações anatômicas e 
funcionais no sistema respiratório em decorrência do enfisema pulmonar. 
Etapas a serem seguidas na Fase 1: 
1. Identificar o(s) problema(s) a ser(em) trabalhado(s); 
O paciente relatado no caso clínico apresenta um quadro crônico de enfisema pulmonar, isso se 
deve principalmente ao hábito tabagista ao qual desenvolve por mais de 30 anos com alta carga 
tabágica. Além disso, a dificuldade do paciente ao respirar é característica de seu diagnóstico, 
isso ocorre devido a perda de paredes alveolares decorrentes da obstrução das vias por muco 
gerado pela infecção que ocorre causados pela irritação do epitélio pulmonar. Há também a 
redução do poder de perfusão de O2 no organismo sendo essa uma das causas da redução da 
saturação de O2 no organismo. 
2. Formular hipóteses;. 
O tórax em volume elevado mesmo com o paciente magro indica o maior esforço ao respirar e a 
dificuldade de respirar do paciente. 
 
3. Definir dados adicionais 
O paciente apresentava um perfil associado ao “Pink Puffer”. 
4. Identificar temas de aprendizado 
Insuficiência Respiratória 
 
Questões direcionadoras: 
1) Descreva a mecânica de um ciclo de respiração tranqüila, apontando ação de músculos, 
alterações nas pressões intrapleural e alveolar, alterações de volumes da caixa torácica e 
pulmões, e fluxo de ar. 
2) Explique a relação entre complacência, resistência e trabalho respiratório. 
3) Defina os principais volumes e capacidades respiratórios. 
A ventilação pulmonar pode ser estudada através do método da espirometria. Para descrever os 
eventos pulmonares são utilizados os conceitos principalmente em quatro volumes e quatro capacidades 
pulmonares. Sendo os volumes utilizados, volume corrente, que é o volume de ar inspirado e expirado 
(tendo como valor médio 500mL), volume de reserva inspiratório, que é o volume extra de ar que pode 
ser inspirado (volume médio de 3000 mL), volume de reserva expiratório, que é o volume extra que pode 
ser expirado na expiração forçada (volume médio 1100 mL) e volume residual, que é o volume de ar que 
fica nos pulmões após uma expiração mais forçada (volume médio 1200 mL). As capacidades são: 
capacidade inspiratória, que é o volume corrente mais o volume reserva inspiratório, a capacidade 
residual funcional, que é igual ao volume reserva expiratório mais o volume residual e capacidade vital, 
MARTINS, M.C.C. Fisiologia. 
que é o volume máximo de expansão dos pulmões com o maior esforço, equivalente a sua extensão 
máxima. 
 
4) Descreva os mecanismos de regulação da atividade respiratória. 
 
5) Descreva os processos de troca e transportes de gases respiratórios 
6) Descreva os achados espirométricos comuns, associados ao enfisema. 
7) Explique os mecanismos de limitação do fluxo de ar no enfisema. 
8) Descreva os ruídos respiratórios fisiológicos. Em seguida, justifique as alterações nos ruídos 
respiratórios encontradas no caso acima descrito. 
9) Os achados da oximetria de pulso no caso acima descrito estão normais? Justifique sua 
resposta. 
10) Qual a teoria, mais comumente considerada, para explicar o desenvolvimento do enfisema? 
11) Explique a fisiopatologia da fibrose, outro distúrbio pulmonar bastante comum

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