Buscar

RESUMO DE DIREITO PENAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
Noções de Direito Penal 
 
1. Princípios básicos do Direito Penal 
 
LEGALIDADE: 
CP, ART. 1°: “NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA. NÃO HÁ PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL.” 
 
RESERVA LEGAL: apenas lei em sentido estrito pode legislar sobre direito penal, sendo sua fonte imediata. 
- Medida provisória não pode ser usada no direito penal, salvo para beneficiar o réu. 
ANTERIORIDADE: determinada conduta só poderá ser considerada CRIME se houver uma LEI ANTERIOR, uma LEI PRÉVIA. 
Assim, um fato só pode ser considerado crime quando há uma lei anterior à sua existência que o define como delito. 
TAXATIVIDADE: afirma que os tipos penais, ao serem elaborados, devem ser claros e expressos, a fim de que não deixem margens de dúvidas a 
população em geral, permitindo a estas o pleno entendimento dos tipos penais quando as lerem. 
 
IRRETROATIVIDADE DA LEI: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (mesmo em caso de trânsito em julgado ou se já tiver cumprido a pena); 
- Lei retroagir para beneficiar = novatio legis in mellius; 
- Lei penal mais benéfica tem efeito extrativo (retroativo e ultra ativo). 
 
OFENSIVIDADE OU ALTERIDADE: a conduta deve oferecer ao menos o risco de lesão ao bem jurídico de terceiros. 
- É proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor. 
CRIME DE LESÃO: efetivo ato contra o bem jurídico (ex: homicídio) 
CRIME DE PERIGO ABSTRATO: a prática da conduta descrita já consuma o crime (ex: porte ilegal de arma de fogo) 
CRIME DE PERIGO CONCRETO: expõe, de fato, o bem jurídico em perigo (ex: abandono de incapaz; direção perigosa) 
 
INTRANSCENDÊNCIA DA PENA: a pena não passará do condenado. 
- A obrigação de reparar o dano pode ser estendida aos sucessores até o valor da herança. 
- Se for pena de multa, essa NÃO PASSARÁ aos herdeiros. 
 
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA: o indivíduo vai receber a pena que merece de acordo com suas circunstâncias pessoais. 
- A pena é dividida em legislativa, judicial e administrativa. 
 
INTERVENÇÃO MÍNIMA: o direito penal só deve ser aplicado quando for indispensável para a proteção do bem jurídico 
- FRAGMENTARIEDADE: protege apenas os bens jurídicos mais relevantes; 
- SUBSIDIARIEDADE: o direito penal só deve atuar quando os demais ramos do direito forem insuficientes para a proteção do bem jurídico. 
 
ADEQUAÇÃO SOCIAL: não se pode considerar criminoso o comportamento humano tolerado pela sociedade. 
- Venda de CD’s e DVD’s piratas não se encaixa; 
Atenção: o princípio da adequação social JAMAIS revoga o tipo penal incriminador 
 
EXTRATERRITORIALIDADE: aplicar a lei brasileira a crimes cometidos no estrangeiro. 
 
IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO OU BAGATELA IMPRÓPRIA: que procura extinguir a punibilidade de condutas que, apesar de apresentarem certa 
relevância penal, acabam por tornar desnecessária a aplicação da pena. 
INSIGNIFICÂNCIA OU DA BAGATELA PRÓPRIA: descriminalizam condutas típicas cuja lesão ao bem jurídico é irrelevante. 
Quando aplicado: exclui a tipicidade material antijuricidade em virtude de não ofender de forma relevante o bem jurídico tutelado. A 
tipicidade formal é preservada. 
Tipicidade formal se configura quando a conduta praticada pelo agente se adequa com perfeição à descrição abstrata prevista no ordenamento pena l. 
Tipicidade material se configura pela existência de lesão ou exposição de perigo de um bem jurídico penalmente tutelado. 
Exemplo: furto de uma garrafinha vazia muito provavelmente não ofende o patrimônio da vítima, não podendo tal conduta ser denominada de 
furto para fins penais. Ainda que se tenha observado a tipicidade formal (o furto da garrafa), não há tipicidade material (não há tipicidade de 
fato, pois não houve lesão jurídica tão gravosa a ponto de ferir o patrimônio da vítima). 
Não possui previsão legal, mas é amplamente aceito. 
Afasta o crime, pois exclui a tipicidade material. 
Não é aplicada ao criminoso habitual, mas pode ser aplicada ao reincidente, maus antecedentes ou com ações penais em curso. 
Requisitos para aplicação 
Mínima Ofensividade; 
Ausência de Periculosidade; 
Reduzido grau de Reprovabilidade; 
Inexpressividade da Lesão provocada. 
MNEMÔNICO: (MARI):ARMI *PROL 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
 
 
 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA PRÓPRIA 
PODERÁ SER APLICADO NÃO PODERÁ SER APLICADO 
Crimes contra o patrimônio Crimes contra o patrimônio, em caso de estelionato contra programa social 
Crimes ambientais Crimes contra a Adm. Publica 
Descaminho e crimes tributários federais (até R$20.000) Violência domestica 
 Crimes do estatuto do desarmamento (em situações excepcionais já foi) 
Apropriação indébita previdenciária 
Contrabando 
Tráfico de drogas 
Crime de moeda falsa 
 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL X ANALOGIA 
ANALOGIA: somente é permitida a favor do réu (in bonam parte) , jamais em seu prejuízo, seja criando tipos incriminadores, seja 
agravando as penas dos que já existem. 
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA: o conteúdo está previsto em lei, mas é apresentado de maneira aberta e genérica. Ex: motivo torpe, 
penas cruéis etc. 
- Aplicada in bonam e in malam parte. 
 
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: a lei disse menos do que pretendia ou é inespecífica. Ex: restaurante = bar, lanchonete, conveniência 
etc. 
- Aplicada in bonam e in malam parte. 
 
MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO: a CF CITA crimes e obriga o legislador a criá-los. 
 
COSTUMES: fontes informais do direito cujos indivíduos acreditam serem obrigatórios. 
 
NORMAS PENAIS EM BRANCO: normas que necessitam de complemento para terem sentido Deixa o processo mais célere. 
• HETEROGÊNEA: a complementação é feita por meio diverso de lei (ex: portaria, decreto). 
• HOMOGÊNEA: a complementação também é uma lei. 
- HOMOVITELÍNEA: está na mesma lei. 
- HETEROVITELÍNEA: está em lei diversa. 
• NORMA PENAL EM BRANCO AO AVESSO: é feita no preceito secundário Obrigatoriamente será feito por meio de lei. 
Tabela dos princípios explícitos e implícitos na CF 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
EXPLÍCITOS IMPLÍCITOS 
Legalidade ou Reserva Legal 
Anterioridade 
Retroatividade da lei penal mais benéfica 
Dignidade da pessoa humana 
Devido processo Legal 
Proibição de prova ilícita 
Juiz e Promotor natural 
Contraditório e ampla defesa 
Presunção de Inocência 
Celeridade e razoável duração do processo 
Personalidade ou da responsabilidade pessoal 
Individualização da pena 
Humanidade 
Proporcionalidade 
Razoabilidade 
Duplo grau de jurisdição 
Intervenção Mínima ou Subsidiariedade 
Fragmentariedade 
Lesividade ou Ofensividade 
Taxatividade Penal ou da Determinação 
Adequação dos meios aos fins 
Proibição do Excesso 
Culpabilidade ou da Responsabilidade Subjetiva 
Adequação social 
Insignificância ou da Bagatela 
 
Fique ligado: in dubio pro reo (presunção de inocência) é 
princípio do DPP. 
 
 
 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
2. Lei penal no tempo e no espaço 
 
Quando se tratar do LUGAR do crime: Adota-se a Teoria da UBIQUIDADE; 
Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. 
Quando se tratar do TEMPO do crime: Adota-se a Teria da ATIVIDADE; 
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
MNEMÔNICO: L U T A 
 
ENTENDIMENTO STF... 
⬧ SÚMULA N° 711: A lei penalmais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência. 
 
⬧ É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria de direito penal, processual penal e processual civil; 
Atenção: Segundo o STF, o PR pode editar uma MP em favor do réu. 
 
 
 
TERRITORIALIDADE 
- CÓDIGO PENAL: adotou o princípio da territorialidade TEMPERADA, RELATIVA ou MITIGADA. 
- CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: adotou o princípio da territorialidade ABSOLUTA. 
TEMPERADA: dispõe que, em regra, aplica-se a lei brasileira ao crime cometido no Brasil, ressalvados os Tratados e Convenções 
Internacionais. 
ABSOLUTA: dispõe que a lei brasileira aplica-se sempre ao crime cometido no Brasil, sem qualquer exceção; 
HIPÓTESES DE TERRITÓRIO POR EXTENSÃO 
1° Embarcação ou aeronave brasileira pública (EM QUALQUER LUGAR) 
2° Embarcação ou aeronave brasileira privada a serviço do Estado brasileiro (EM QUALQUER LUGAR) 
3° Embarcação ou aeronave brasileira mercante ou privada (DESDE QUE NÃO ESTEJA EM TERRITÓRIO ALHEIO) 
 Embaixada/consulado NÃO é território brasileiro. 
 
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
Aplica-se a lei brasileira, independente de outros requisitos, aos crimes: 
 
 os crimes contra a administração pública quando o agente delituoso estiver a serviço do governo brasileiro e, por ser hipótese 
incondicionada, será ele punido segundo a lei brasileira ainda que condenado ou absolvido no estrangeiro. 
 contra a vida ou a liberdade do Presidente da República 
 contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de 
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público 
 genocídio, quando o agente for brasileiro OU domiciliado no Brasil 
O agente é punido no Brasil, mesmo que seja absolvido ou condenado no exterior (ne bis in idem). 
A pena cumprida no estrangeiro vai atenuar (quando diversas) ou será computada (quando idênticas) a pena imposta no Brasil. 
 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA 
Os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro/ 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quadno em território estrangeiros e 
aí não julgados (condições cumulativas) 
1º O agente deve entrar no território nacional. 
2º O fato também deve ser típico onde foi praticado. 
3º O crime deve estar incluído entre aqueles que a lei brasileira autoriza a extradição. 
4º O agente não pode ter sido absolvido ou cumprido pena no estrangeiro. 
5º O agente não pode ter sido perdoado ou ter declara extinta a punibilidade no estrangeiro. 
 
 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
 
EXTRATERRITORIALIDADE SUPERCONDICIONADA 
Será aplicada a lei BR a um estrangeiro que pratique um crime contra um BR, sendo necessário todos os requisitos da 
condicionada + requisição do MJ e ser negada ou não ter sido pedida a extradição. 
Lei temporária continua aplicável a fato praticado em sua vigência, ainda que decorrido o seu período de duração. 
 
ABOLITIO CRIMINIS 
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos 
penais da sentença condenatória. 
 Revoga os efeitos penais, mas não os efeitos extrapenais (ex: indenização) da condenação, podendo a vítima cobra-lo no juízo 
cível, mesmo havendo a abolitio criminis. 
 
 
3. Teoria do Crime 
 
Crime segundo o critério MATERIAL: condutas contrárias aos interesses social, que lesam o bem jurídico tutelado Conceito pré-jurídico 
Crime segundo o critério FORMAL: conceito legal de crime ou conceito jurídico. Condutas que levam a uma pena. 
Crime segundo o critério ANALÍTICO: todo fato típico, ilícito e culpável Teoria tripartite. 
- Se tirarmos o fato TÍPICO, a ILÍCITUDE ou a CULPABILIDADE haverá a exclusão do crime. 
- Se tirarmos a PUNIBILIDADE o crime existe, mas sem a possibilidade de punição. 
ITER CRIMINIS OU FASES DO CRIME 
Cogitação (NP)--- Preparação (NP) --- Execução ---- Consumação --- 
Preparação: em regra não punível, mas lembra daquele crime lá de fabricar papel moeda destinado à falsificação de moeda? A preparação 
é punível. 
 
1. FATO TÍPICO 
 
O FATO TÍPICO é dividido em: CONDUTA, TIPICIDADE, RESULTADO E NEXO CAUSAL. 
“Conduta considerada típica, que leva a um resultado, ligados por um nexo causal.” 
 
CONDUTA 
- ação ou omissão, consciente e voluntária, que é dirigida a um fim. 
- Sem consciência e voluntariedade temos uma conduta penalmente irrelevante (FATO ATÍPICO) 
TEORIA DA VONTADE: vontade de produzir o resultado; DOLO DIRETO 
TEORIA DO ASSENTIMENTO: assume o risco de produzir o resultado; DOLO EVENTUAL. 
DOLO DE 1° GRAU resultado perseguido 
DOLO DE 2° GRAU resultado colateral 
DOLO EVENTUAL: prevê mais de um resultado, mas assume o risco de provocar o outro. (FODA-SE!) 
CULPA CONSCIENTE prevê o resultado, mas acredita sinceramente que com suas habilidades poderá evitá-lo; 
CULPA INCONSCIENTE: o resultado, embora previsível, não foi previsto pelo agente. 
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CONDUTA 
• Coação FÍSICA irresistível. Moral 
• Estado de inconsciência completa. 
• Movimentos reflexos. 
• Caso fortuito ou de forca maior. 
* NEGLIGÊNCIA (ausência de cautelas necessárias, deixou de tomar cuidado); RELAXADO 
* IMPRUDÊNCIA (conduta temerária, ação precipitada e sem cautela); APRESSADO 
* IMPERÍCIA (inaptidão técnica, ignorância, falta de qualificação técnica); DESPREPARADO 
 
TIPICIDADE 
- é a adequação de um ato praticado pelo agente com as características que o enquadram a norma descrita na lei penal como crime. Trata-se de 
elemento de fato típico, ou seja, se não houver tipicidade, o fato será considerado atípico, logo, não haverá crime. 
• Consentimento da vítima afasta a tipicidade e a ilicitude: 
- A vítima deve ser capaz, com liberdade e consciência para expressar sua vontade. 
- Possuir capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da autorização. 
- O bem deve ser disponível e próprio. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
- O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão. 
- O agente deve saber do consentimento do ofendido. 
TIPICIDADE MATERIAL: expressividade da lesão ao bem jurídico. 
TIPICIDADE FORMAL: o fato praticado pelo agente corresponde ao fato descrito na lei. 
• Tipicidade formal direta ou imediata: o fato se encaixa ao tipo penal sem a necessidade de auxílio de outros dispositivos. 
• Tipicidade formal indireta ou mediata: a adequação de um fato a um tipo penal depende de uma norma de extensão, sem a qual não há 
tipicidade. 
Teoria da tipicidade conglobante: condutas toleradas ou incentivadas não podem ser consideradas típicas, então não há que se falar em 
excludentes de ilicitude. 
- Ex: médico ao fazer uma cirurgia de emergência 
 
RESULTADO 
• RESULTADO NATURALÍSTICO: modificação do mundo externo feito pela conduta. 
• RESULTADO JURÍDICO: lesão ao bem jurídico. 
- Todo crime tem resultado jurídico, mas nem sempre naturalístico. 
CRIME MATERIAL: o resultado naturalístico é necessário no crime consumado. 
CRIME FORMAL: o resultado naturalístico é dispensável. 
CRIME DE MERA CONDUTA: não há resultado naturalístico. 
Nos CRIMES MATERIAIS TENTADOS, FORMAIS E DE MERA conduta não é exigível resultado naturalístico nem nexo causal; 
 
NEXO CAUSAL 
- vínculo entre a conduta e o resultado. 
TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (REGRA): causa é toda ação ou omissão sem a qual não teríamos o RESULTADO. 
- O RESULTADO só poderá ser imputado a quem lhe deu causa, a quem criou o risco,ou ao menos o aumentou. 
• OMISSIVO PUROS/ PRÓPRIOS: PODIA, MAS NÃO QUIS. 
- qualquer pessoa pode praticar; - Não admitem tentativa; 
- dispensam resultado naturalístico (Crime formal/ de mera conduta) 
- Simples abstenção do agente caracteriza o crime (Deixar de...); 
- Não responde pelo resultado. 
Ex: OMISSÃO DE SOCORRO (art. 135, CP)- Aumento de pena se resulta em lesão grave ou morte. 
• OMISSIVOS IMPUROS/ IMPRÓPRIos: DEVE, MAS NÃO FAZ 
 - a omissão é penalmente relevante quando o agente DEVIA E PODIA AGIR para evitar o resultado, e responde pelo resultado da omissão. 
O DEVER DE AGIR incumbe: 
- Quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. 
- A quem criou o risco da ocorrência do resultado. 
- DEVER E PODER DE AGIR: 
a) Dever legal (policiais/pais) 
b) Agente garantidor (babá/ professor de natação) 
c) Risco proibido (coloca fogo em folhas e gera em incêndio em floresta) 
- ADMITEM TENTATIVA 
- DEPENDEM DE RESULTADO NATURALÍSTICO; 
 
• COMISSÃO POR OMISSÃO – Ação por inação (2 pessoas ou +) 
Ex: Mae que mata o filho por deixar de amamenta-lo. 
 
• PARTICIPAÇÃO POR OMISSÃO- Concurso de pessoas (3 pessoas ou +) 
Ex: Policial que vê o ladrão roubar a vítima e nada faz. (Deveria agir) >>> Responde em concurso pelo roubo. 
 
CONCAUSAS 
- Acontecimento PARALELO à conduta e que CONTRIBUIU para o resultado. 
• CONCAUSA DEPENDENTE: decorre da conduta do agente e se insere no curso normal dos fatos. 
 Ex: João dá uma facada em Lucas que tem uma hemorragia → A hemorragia é uma concausa dependente da facada. 
• CONCAUSA INDEPENDENTE: foge da linha normal do desdobramento da conduta, sendo algo imprevisível , mas que colabora para o resultado; 
• CONCAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE: rompe o nexo causal e por si só produz o resultado, levando à atipicidade. 
• CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE: não rompe o nexo causal, mantendo um vínculo com a conduta → O fato continua sendo típico. 
• CONCAUSA SUPERVENIENTE RELATIVAMENTE INDEPENDENTE: só exclui a imputação quando por si só produz o resultado, porém, o agente 
responderá pelos atos que de fato praticou → TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA (EXCEÇÃO NO CP). 
 
CRIME TENTADO quando iniciada sua execução, ele não se consuma por motivos alheios à vontade do agente. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
TEORIA OBJETIVA FOI ADOTADA PARA O CRIME TENTADO: diminui-se de 1/3 a 2/3 a pena do crime consumado → Quanto mais próxima a 
consumação, menor a diminuição → Nem sempre a tentativa terá pena menor. 
• TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA: o bem jurídico não é atingido. 
• TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA: o bem jurídico é atingido. 
• TENTATIVA PERFEITA OU CRIME FALHO: o agente esgota todos os meios, mas, mesmo assim, o crime não se consuma. 
• TENTATIVA IMPERFEITA: o agente não consegue utilizar todos os meios que tinha a seu alcance para consumar o crime. 
• TENTATIVA ABANDONADA, QUALIFICADA OU PONTE DE OURO: o agente pode consumar o crime, mas desiste de prosseguir com os atos 
executórios (desistência voluntária) ou impede o resultado (arrependimento eficaz) 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA o agente voluntariamente desiste de prosseguir com os atos executórios. 
Ex: “A” amarra “B”, mas desiste de estuprá-la. 
- A diferenciação entre DESISTÊNCIA VOLUNTARIA (Posso prosseguir, mas não quero) e tentativa (Quero prosseguir, mas não posso) é feita pela 
fórmula de Frank. 
 
ARREPENDIMENTO EFICAZ o agente pratica os atos executórios, mas impede o resultado, respondendo apenas pelos atos já praticados. 
- Se não conseguir impedir o resultado, responderá por ele. 
 Ex: “A” atira em “B”, mas se arrepende e leva a vítima para o hospital. Em vez de responder por tentativa de homicídio, responderá por 
lesão corporal. 
- também é conhecido como “RESIPISCÊNCIA” 
 
 FIQUE LIGADO! 
TENTATIVA: eu quero, mas não consigo; 
TENTATIVA ABANDONADA: eu consigo, mas não quero. 
 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR OU PONTE DE PRATA o agente consuma o crime, mas se arrepende. 
- Se o crime tiver sido cometido SEM VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA e tenha o agente REPARADO O DANO OU RESTITUÍDO a 
coisa ANTES DO RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa, poderá ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3. 
- Se o fizer APÓS O RECEBIMENTO, terá apenas uma atenuante na pena. 
 
PEGADINHA MALDOSA 
1. No direito penal brasileiro, as penas previstas para os crimes consumados são as mesmas previstas para os delitos tentados. Errado 
2. No direito penal brasileiro, as penas previstas para os crimes tentados são as mesmas previstas para os delitos consumados (reduzidas em 1/3 a ½). Certo 
 
CRIME IMPOSSÍVEL: não se pune a tentativa quando por INEFICIÊNCIA ABSOLUTA DO MEIO ou por ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO OBJETO, é 
impossível consumar o crime. Ou seja, não se pune a tentativa do crime impossível. 
SINÔNIMOS: TENTATIVA INIDÔNEA, QUASE CRIME, CRIME OCO, TENTATIVA INADEQUADA. 
 
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA: C CHOUPA 
Contravenção Penal 
Culposos 
Habituais 
Omissivos próprios 
Unissubsistente 
Preterdoloso 
Atentado (crimes de atentada) 
 
ERRO DE TIPO 
ERRO SOBRE ELEMENTO CONSTITUTIVO DO TIPO LEGAL OU ERRO DE TIPO ESSENCIAL: desconhecendo os elementos constitutivos do tipo legal 
ou tendo uma falsa percepção da realidade, o indivíduo pratica uma conduta ilícita que não cometeria se soubesse as reais circunstâncias Recai sobre a conduta . 
Se o erro for provocado por terceiro, somente este responderá pelo crime, na condição de agente mediato. 
• ESCUSÁVEL: o agente toma as devidas cautelas, mas ainda pratica a conduta com base nas falsas percepções dos fatos. Exclui o dolo e a 
culpa. Sinônimos: INVENCÍVEL /ESCUSÁVEL / INEVITÁVEL 
 
• INESCUSÁVEL: o agente age sem tomar as devidas cautelas. Exclui apenas o dolo, permitindo a punição por culpa imprópria, se previsto em 
lei. Sinônimos: VENCÍVEL / INESCUSÁVEL / EVITÁVEL 
CULPA IMPRÓPRIA 
- admite a modalidade tentada. 
- apesar de ser uma modalidade de CULPA, o agente teve DOLO, mas esse dolo foi afastado e sobrou a CULPA. 
DESCRIMINANTE PUTATIVA DE ERRO SOBRE OS PRESSUPOSTOS FÁTICOS OU ERRO DE TIPO PERMISSIVO: o agente conhece a excludente 
de ilicitude e seus limites, mas, por ter uma falsa percepção da realidade, age em uma situação em que não está abarcado por ela. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
- Se ESCUSÁVEL, exclui o dolo e a culpa (isenta de pena). 
- Se INESCUSÁVEL, exclui apenas o dolo. 
FIQUE LIGADO! 
ERRO DE TIPO não sei o que faço, se soubesse não faria; exclui a Tipicidade. 
ERRO DE PROIBIÇÃO sei o que faço, mas não sabia que era errado, exclui a culpabilidade (inevitável), ou diminui a pena (evitável) 
 
ERRO DE TIPO ACIDENTAL: o erro recai sobre as circunstâncias secundárias do crime → Não exclui a responsabilidade penal. 
ERRO SOBRE O OBJETO: o agente acredita atingir um objeto material, mas atinge outro. 
ERRO SOBRE A PESSOA: o erro recai sobre a própria qualidade da pessoa. 
Ex: A quer matar B, mas acaba matando C acreditando que está matando B. 
• TEORIA DA EQUIVALÊNCIA: o julgamento levará em conta a qualidade da vítima visada e a competência para julgar será em razão da vítima 
atingida. 
ABERRATIO ICTUS OU ERRO DE EXECUÇÃO: 
Ex: A quer matar B, mas acaba atingindo C, que estava próximo. 
- Se atingir a vítima pretendida e um terceiro, responderá por concurso formal. 
- Aplica-se a teoria da equivalência. 
ABERRATIO CAUSAE OU DOLO GERAL 
- erro sobre o nexo causal. 
- O agente acredita que alcançou o resultado com uma conduta, quando na verdade alcançou com outra. 
ABERRATIO DELICTI OU CRIMINIS 
- o agente quer atingir um bem jurídico,mas atinge outro. 
Ex: A joga uma pedra para atingir o carro de B, mas acaba atingindo a cabeça de B. 
- O agente responde por culpa → Se atingir ambos, responderá por concurso formal próprio. 
 
CRIME DOLOSO 
- o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. 
TEORIA DA VONTADE: o agente prevê o resultado e tem a intenção de produzi-lo → DOLO DIRETO. 
TEORIA DO ASSENTIMENTO: o agente tolera a produção do resultado, tanto faz com que ele ocorra ou não → Dolo indireto ou eventual. 
- TACOU O FODA-SE. 
- Nem todo crime tem dolo indireto. 
DOLO ALTERNATIVO: o agente prevê mais de um resultado lesivo e assume o risco de produzir o mais grave. 
- Se produzir o mais grave responderá por ele, se produzir o menos grave responderá pelo mais grave na modalidade tentada. 
DOLO ESPECÍFICO: a conduta é praticada com um fim específico. 
- Dolo sem fim específico = Dolo genérico. 
DOLO DE 2º GRAU: quando, em razão do meio escolhido para realizar a conduta, ocorre um efeito colateral certo ou necessário, que também será 
uma conduta criminosa. 
 
CRIME CULPOSO 
- conduta voluntária em que o resultado naturalístico é involuntário. 
- Ocorre por NEGLIGÊNCIA (desleixo, desatenção), IMPRUDÊNCIA (falta de cautela) ou IMPERÍCIA (falta de técnica necessária) 
- Só é possível a punição por conduta culposa se tiver expresso em lei. 
- Em regra, não admite tentativa, mas é admitido na culpa imprópria → ERRO DE TIPO ESSENCIAL INESCUSÁVEL. 
- No concurso de pessoas, em caso de agravante de pena, só responderá o agente que tiver causado o resultado agravante no mínimo na 
modalidade culposa. 
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO 
- Conduta voluntária 
- Violação do dever de cuidado. 
- Resultado naturalístico involuntário → Todo crime culposo é material, logo, é indispensável o resultado naturalístico involuntário. 
- Nexo causal entre a conduta e o resultado 
- Tipicidade 
- Previsibilidade objetiva → o juiz avaliará se era possível uma pessoa comum prever o resultado naturalístico involuntário → Se sim, 
responderá pelo crime culposo. 
CULPA PRÓPRIA: o agente não tem consciência ou não assume o risco de produzir o resultado. 
CULPA CONSCIENTE: o agente prevê o resultado, mas não assume o risco de produzi-lo ou acredita sinceramente que pode evitá-lo.- Agora 
FODEU. 
CULPA INCONSCIENTE: embora o resultado seja previsível, ele não foi previsto pelo agente. 
CULPA IMPRÓPRIA: o agente age com dolo, porém com uma falsa percepção dos fatos (dolo viciado) 
- Decorre do ERRO DE TIPO ESSENCIAL INESCUSÁVEL 
- Como decorre de dolo, admite tentativa. 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
CRIME PRETERDOLOSO: a conduta inicial é dolosa, mas o resultado é culposo. 
- Não admite tentativa. 
Crimes que admitem a modalidade culposa: REPHIL 
- Receptação; 
- Envenenamento; 
- Peculato; 
- Homicídio; 
- Incêndio; 
- Lesão corporal. 
 
2. ILICITUDE – ANTIJURICIDADE 
 
A conduta é contrária ao direito 
EXISTEM 4 CAUSAS DE EXCLUDENTE DE ILICITUDE GENÉRICAS E OUTRAS SUPRALEGAIS. 
Essas causas de exclusão de ilicitude são chamadas de NORMAS PENAIS PERMISSIVAS, pois, embora pratique um fato típico, o próprio 
Código Penal traz situações nas quais o agente não será punido, permitindo atuação nesse sentido. 
 Permitem a prática de um fato típico, excluindo-lhe a antijuridicidade, logo, não existirá o crime. 
 
SÃO SINÔNIMOS: 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE; 
EXCLUDENTES DE ANTIJURIDICIDADE; 
JUSTIFICANTES; 
DESCRIMINANTES; 
NORMAS PENAIS PERMISSIVAS 
CUIDADO COM A NOMENCLATURA! 
 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
1. ESTADO DE NECESSIDADE: colisão de bens jurídicos, em situação de perigo atual. 
• TEORIA UNITÁRIA (Adotada no Brasil) 
→ O bem jurídico salvo deve ser de igual ou maior valor, podendo ser próprio ou alheio (Estado de necessidade justificante) → Exclui a 
ilicitude. 
- Se for de menor valor responderá pelo crime com redução de pena de 1/3 a 2/3. 
• TEORIA DIFERENCIADORA → Não é adotada no Brasil 
- Se o bem jurídico salvo é de igual ou maior valor → Estado de necessidade justificante → Exclui a ilicitude 
- Se o bem jurídico salvo é de menor valor → Estado de necessidade exculpante → Exclui a culpabilidade. 
 
 Não pode alegar ESTADO DE NECESSIDADE quem provocou dolosamente o perigo ou podia tê-lo evitado, ou quem tinha o dever legal de 
enfrentar o perigo. 
ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO: o bem jurídico sacrificado é de quem causou a situação de perigo. 
ESTADO DE NECESSIDADE AGRESSIVO: o bem jurídico sacrificado é de alguém que não causou a situação de perigo. 
ESTADO DE NECESSIDADE RECÍPROCO: duas ou mais pessoas agem em estado de necessidade umas contra as outras. 
Ex: disputa de um colete em um naufrágio. 
2. LEGÍTIMA DEFESA: usar moderadamente os meios necessários para defender de uma injusta agressão, atual ou iminente, direito próprio ou 
alheio. 
- É possível contra pessoas jurídica, pois ela externiza a vontade de uma pessoa física. 
 Não existe legítima defesa recíproca. 
LEGÍTIMA DEFESA SUCESSIVA se alguém age com excesso na legítima defesa, o agressor inicial poderá agir em legítima defesa contra isso. 
LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA o agente se defende achando que ia sofrer uma injusta agressão, quando não ia. 
 Pode haver uma legítima defesa real contra uma putativa. 
 Qualquer bem jurídico pode ser protegido pela legítima defesa, exceto a honra. 
3. Estrito Cumprimento do Dever Legal: o ato é praticado para atender algum normativo e ele deve ser feito nos exatos termos da lei. 
- Em regra, vale apenas para agentes públicos, mas pode ser estendida aos particulares que tenham alguma relação jurídica específica com o 
Estado. 
 Se na atuação do agente público houver uma injusta agressão que possa levar ao resultado morte, a excludente será a LEGÍTIMA DEFESA. 
4. EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO: conduta se enquadra no exercício de um direito, embora típica, não apresenta o caráter de antijurídica. 
Ex: a correção aplicada pelos pais aos filhos; as lesões advindas das práticas esportivas violentas, desde que os atletas cumpram as regras 
estabelecidas para a modalidade; 
 
NÃO É ADMITIDO EXCESSO, CULPOSO OU DOLOSO, nas EXCLUDENTES DE ILICITUDE, sob risco de o agente responder por ele. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
- EXCESSO INTENSIVO O meio utilizado é desproporcional 
- EXCESSO EXTENSIVO Dura mais que o necessário 
• As excludentes só valem para crimes dolosos. 
ESQUEMATIZANDO... 
 
EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
1. ESTADO DE NECESSIDADE; 
2. LEGÍTIMA DEFESA; 
3. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL; 
4. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. 
MNEMÔNICO: BRUCE LEE 
 
3. CULPABILIDADE 
- Juízo de reprovabilidade da conduta. 
- Deve-se ter como elemento principal a conduta, não o autor. 
- Para haver culpabilidade é necessário IMPUTABILIDADE, POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE E EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. 
1. IMPUTABILIDADE 
É capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se conforme esse entendimento. 
• CRITÉRIO BIOLÓGICO: leva em consideração a existência ou não de uma condição fisiológica → Ex: doença mental ou idade. 
• CRITÉRIO PSICOLÓGICO: leva em consideração o discernimento na hora da conduta → Ex: utilização de alucinógenos. 
• CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO: o agente deve ter uma limitação fisiológica e, por tal razão, não tinha discernimento na época do fato. 
- É a regra no Brasil, mas com exceções. 
INIMPUTÁVEIS 
- Pode ser aplicado medida de segurança, de acordo com a periculosidade do agente. 
• Menor de 18 anos 
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
• Embriaguez acidental por casofortuito ou de força maior, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
SEMI-IMPUTÁVEIS 
- A pena é reduzida de 1/3 a 2/3. 
Pode ser substituída por medida de segurança. 
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é não é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato 
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou força maior, onde o agente não é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
 A absolvição criminal não prejudica a medida de segurança, quando couber, ainda que importe privação de liberdade. 
NÃO EXCLUEM A IMPUTABILIDADE 
• Emoção ou paixão, JAMAIS EXCLUI A IMPUTABILIDADE. 
• Embriaguez voluntária ou culposa → Aplica-se a teoria da actio libera in causa (verifica-se se o agente era imputável no momento em que 
estava se embriagando) 
- Embriaguez preordenada: indivíduo se embriaga para praticar um crime → AGRAVANTE DE PENA; 
2. POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE 
- verificar se o agente tinha, ao menos, potencial de entender o caráter ilícito da conduta Capacidade de distinguir o certo do errado 
3. EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA 
COAÇÃO MORAL 
- IRRESISTÍVEL → Isenta de pena 
- RESISTÍVEL → Atenua a pena. 
Obediência à ordem não manifestamente ilegal; 
ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO OU ERRO DE PROIBIÇÃO: o agente desconhece ilicitude do fato → Age acreditando estar autorizado a 
fazê-lo. 
- O desconhecimento da lei é inescusável. 
• Se ESCUSÁVEL: Exclui a culpabilidade sobre a POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE 
• Se INESCUSÁVEL: Reduz a pena de 1/6 a 1/3. 
VALE A PENA RELEMBRAR... 
FIQUE LIGADO! 
ERRO DE TIPO não sei o que faço, se soubesse não faria; exclui a Tipicidade. 
ERRO DE PROIBIÇÃO sei o que faço, mas não sabia que era errado, exclui a culpabilidade (inevitável), ou diminui a pena (evitável) 
 
 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO: o agente acredita estar abarcado por uma excludente de ilicitude por uma incorreta interpretação da 
norma ou o agente não sabe que não existe a excludente. 
• Se ESCUSÁVEL Exclui a culpabilidade 
• Se INESCUSÁVEL Diminui a pena. 
 
PUNIBILIDADE 
EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE: perda do direito de punir o autor do fato típico e ilícito. Perda do direito de propor a ação. 
EXTINGUE A PUNIBILIDADE 
- Morte do agente; 
- Anistia, graça ou indulto; 
- Retroatividade da lei que não mais considera o fato como crime; 
- Prescrição, decadência ou perempção; 
- Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
- Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
- Perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NO PECULATO CULPOSO: a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é 
posterior, reduz de metade a pena imposta. 
4. Crimes contra a pessoa. 
São divididos em seis: 
1. CRIME CONTRA A VIDA 
2. DAS LESÕES CORPORAIS 
3. DE PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
4. DE RIXA 
5. CONTRA A HONRA 
6. CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 
DOS CRIME CONTRA A VIDA 
➢ HOMICÍDIO SIMPLES 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
• Não é hediondo, salvo se praticado em atividade típica de grupo de extermínio. 
• Crime de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes. 
• HOMICÍDIO PRIVILEGIADO: 
- agente comete o crime por motivo de RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL OU SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, 
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3. 
• Nos crimes dolosos a pena é aumentada (majorada) 
- 1/3 a 1/2 se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
- 1/3 se for praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. 
 
➢ HOMICÍDIO QUALIFICADO 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos 
• Todos são Hediondos. 
I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe HOMICÍDIO MERCENÁRIO 
II - Motivo fútil; 
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum; 
IV - À traição, de emboscada, ou mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima; 
V - Para encobrir outro crime; 
VI - Contra mulher por razões do sexo FEMINICÍDIO STJ considerou como uma qualificadora objetiva 
VII - Contra membros dos Art 142 e 144 e agentes da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou 
contra CADI até 3º grau, em razão dessa condição. HOMICÍDIO FUNCIONAL 
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido 
 
➢ HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO 
• Homicídio híbrido 
• é possível, desde que as qualificadoras sejam de ordem objetiva. • o privilégio afasta a hediondez; 
• Posso ter mais de uma qualificadora, mas apenas uma delas pode ser subjetiva. 
- A premeditação não é uma qualificadora, mas pode ser levada em consideração na dosimetria da pena. 
- Ausência de motivo não é motivo fútil. 
 
LEGENDA 
QUALIFICADORAS OBJETIVAS; 
QUALIFICADORAS SUBJETIVAS 
ATENÇÃO PARA O “PEGUINHA” 
• Domínio de violenta emoção: Diminuição de pena 
1/6 a 1/3. 
• Influência de violenta emoção: atenuante de pena. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
 
➢ FEMINICÍDIO 
• FEMICÍDIO: Matar mulher; 
• FEMINICÍDIO: Qualificadora do homicídio. 
- HOMICÍDIO praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, como quando o crime envolve a violência doméstica e 
familiar ou o menosprezo ou a discriminação contra a mulher. 
- Aplicável à transexual e à travesti. 
AUMENTO DE PENA 
• A pena do FEMINICÍDIO é aumentada de 1/3 até 1/2 se o crime for praticado: 
- Durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto; 
- Contra menor de 14 ou maior de 60 anos; 
- Contra mulher com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou 
mental; 
- Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; 
- Em descumprimento das medidas protetivas de urgência.; 
 
INFORMATIVO 625 DO STJ 
Não caracteriza bis in idem o motivo torpe e a qualificadora feminicídio no homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica 
 
ENTENDENDO MELHOR... 
Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e feminicídio do crime de homicídio praticado contra mulher 
em situação de violência doméstica e familiar. Isso se dá porque o FEMINICÍDIO é de ordem objetiva, sempre que for atrelado à violência 
doméstica e familiar propriamente dita, e o motivo torpe é de ordem subjetiva, ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que 
levaram um indivíduo a praticar o delito. 
 
➢ HOMICÍDIO CULPOSO 
Pena - detenção, de um a três anos. 
• O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências de o crime atingirem o agente de tal forma que a sanção penal se torne desnecessária. 
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão. 
• HOMICÍDIO DOLOSO, a pena é aumentada de 1/3 se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. 
 
➢ INFANTICÍDIO 
 • Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante ou logo após o parto → D de 2 a 6 anos. 
- Crime próprio quanto ao sujeito ativo e passivo; 
- Espécie de homicídio privilegiado. 
- O pai pode ser enquadrado se é omisso percebendo a intenção da mãe. 
- No caso de concursode pessoas, todos respondem por infanticídio → Teoria monista. 
- cometido pela mãe que está em estado puerperal 
- que mata o seu próprio filho (logo não pode ser criança, mas sim um RECEM NASCIDO ou NASCIRUTO. 
- durante ou logo após o parto 
- no infanticídio existem elementares diferenciadoras do crime de homicídio; 
- Sujeito ativo: mãe 
- Sujeito passivo: próprio filho RN 
- Objeto jurídico tutelado: vida 
É admitido o concurso de agentes (ambos respondem por infanticídio), desde que conheçam a condição da vítima. 
Mãe mata: autora; Terceiro mata: homicídio; Terceiro ajuda: partícipe/ coator 
Somente admite a modalidade dolosa. 
 
➢ INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO A SUICÍDIO OU A AUTOMUTILAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 Induzir ou instigar alguém a SUICIDAR ou a praticar AUTOMUTILAÇÃO ou prestar-lhe AUXÍLIO material para que o faça 
Pena- Reclusão de 6 meses a 2 anos. 
 
 
- INDUZIMENTO: O agente faz nascer na vítima a ideia de se matar; 
- INSTIGAÇÃO: O agente reforça a ideia já existente na vítima; 
- AUXÍLIO: O agente presta auxílio material (empresta arma e etc). 
DOUTRINA 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
QUALIFICADO por lesão corporal grave ou gravíssima Pena- Reclusão de 1 a 3 anos. 
- Se resulta em lesão corporal gravíssima e é cometido contra menor de 14 ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência O agente responde pelo 
crime de lesão corporal gravíssima. 
 
QUALIFICADO por morte Pena- Reclusão de 2 a 6 anos. 
- Se é cometido contra menor de 14 ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, 
não pode oferecer resistência O agente responde pelo CRIME DE HOMICÍDIO. 
 
A pena é DUPLICADA: 
- Se é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil. 
- Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
A pena é AUMENTADA até o DOBRO: 
- Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. 
A pena é AUMENTADA em METADE: 
- Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. 
 
DAS LESÕES CORPORAIS 
➢ LESÃO CORPORAL → Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem. 
- A ausência de laudo pericial NÃO IMPEDE o reconhecimento da lesão corporal grave ou gravíssima, desde que haja outros meios de prova. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE 
Pena: reclusão de 4 a 12 anos 
→ Crime preterdoloso ou preterintencional 
LESÃO CORPORAIS GRAVE, GRAVÍSSIMA E SEGUIDA DE MORTE: ação penal pública incondicionada. 
LESÃO CORPORAIS LEVE E CULPOSA: ação penal pública condicionada à representação. 
 
➢ LESÃO CORPORAL CULPOSA 
Pena: detenção de 2 meses a 1 ano. 
- Não se discute a natureza das lesões. 
- Ação Condicionada à representação. 
- O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem o agente de tal forma que a sanção penal se torne desnecessária. 
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão. 
 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
➢ OMISSÃO DE SOCORRO → Deixar de prestar assistência, quando possível sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida 
ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública. 
Pena: detenção e 1 a 6 meses. 
• Aumento de pena em ½ se a omissão resulta em lesão corporal grave e a pena é TRIPLICADA se resulta em MORTE. 
 
 
 
➢ MAUS-TRATOS 
LEVE 
 
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano. 
-Ação condicionada à representação. 
 
 
 
 
 
 
 
GRAVE 
 
Pena: reclusão de 1 a 5 anos. 
 Perigo de vida; 
 Incapacidade para as ocupações 
habituais por mais de 30 dias; 
 Debilidade permanente de membro, 
sentido ou função; 
 Aceleração de parto. 
 
MNEMÔNICO: PIDA 
 
 
GRAVÍSSIMA 
 
Pena: Reclusão de 2 a 8 anos. 
 Perda ou inutilização do membro, sentido ou função 
(No caso de órgãos duplos, se há perda de somente 1 deles, a 
lesão é grave.) 
 Enfermidade incurável; 
 Incapacidade permanente para o trabalho; 
 Deformidade permanente; 
 Aborto. 
MNEMÔNICO: PEIDA 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
• Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, 
quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de 
correção ou disciplina: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
QUALIFICADORAS 
• Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
• Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
• Aumenta-se a pena de 1/3, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos. 
DA RIXA 
➢ RIXA 
→ Participar de rixa, salvo para separar 
Pena: detenção de 15 dias a 2 meses. 
- crime de concursos necessário 
- configuração exige a participação de, no mínimo, três contendores. (IXA!) 
- eventuais inimputáveis devem ser computados nesse número. 
- crime comum (pode ser praticado por qualquer pessoa) 
- sujeitos ativos, são ao mesmo tempo, sujeitos passivos, em virtude das mútuas agressões 
 
CONTRA A HONRA 
➢ CALÚNIA 
→ acusar alguém, falsamente, da prática de um CRIME (não pode ser contravenção penal), ou saber que a acusação é falsa e divulgá-la. 
Pena: detenção de 6 meses a 2 anos. 
- É punível a calúnia contra mortos. 
- Admite retratação 
- HONRA OBJETIVA 
• Admite exceção da verdade, salvo: 
- Se é crime de Ação Privada e o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível. 
- Se o fato é imputado as pessoas indicadas no nº I do art. 141PR ou chefe de governo estrangeiro 
- Se na Ação Pública o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
 
➢ DIFAMAÇÃO: IMPUTAR fato ofensivo à REPUTAÇÃO de alguém 
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano. 
- Admite exceção da verdade somente se o ofendido é funcionário público e a ofensa é em razão de suas funções. 
- O fato não precisa ser falso. 
- Admite retratação 
- HONRA OBJETIVA 
 
➢ INJÚRIA 
→ palavra ou gesto pejorativo com que o agente ofende o sentimento da vítima → D de 1 a 6 meses. 
- Não cabe exceção da verdade. 
- Não admite retratação. 
- HONRA SUBJETIVA 
 
O juiz pode deixar de aplicar a pena se o OFENDIDO, de forma reprovável, PROVOCOU diretamente a injúria ou no caso de retorsão 
imediata, que consista em outra injúria. 
 
➢ INJÚRIA REAL 
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano + pena correspondente a violência. 
 envolve a prática de elementos aviltantes, como violência ou vias de fato, como cuspir na cara de outro . 
➢ INJÚRIA RACIAL, PRECONCEITUOSA OU QUALIFICADA 
Pena: reclusão de 1 a 3 anos. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
→ elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de idoso ou portador de deficiência. 
- Ação penal pública condicionada à representação. 
A injúria racial é um delito inserido pelo STF no panorama dos crimes de racismo, sendo considerado imprescritível, inafiançável e sujeito à 
pena de reclusão 
- Se for feitos contra servidor público nãoestando na presença dele é INJÚRIA, se for feita na presença dele é DESACATO. 
 
- É possível que o agente pratique, concomitantemente, os três crimes. 
- As PJ podem ser sujeito passivo dos crimes de calúnia e difamação, mas não do de injúria 
• Aumento de pena em 1/3 se praticados contra: 
- PR ou chefe de governo estrangeiro; 
- Contra funcionário público, em razão de suas funções; 
- Na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação dos crimes; 
- Contra pessoa maior de 60 anos ou deficiente, exceto no caso de injúria; 
• Aumento de pena em ½ se é cometido mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
Não constitui injúria ou difamação: 
- Ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador → Responde quem lhe der publicidade. 
- Opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar. 
- Conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício → Responde 
quem lhe der publicidade. 
 
CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 
➢ CONSTRANGIMENTO ILEGAL 
Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
• Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de 
resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. 
• A pena será AUMENTADA: 
- aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando para a execução do crime, reúnem três ou mais pessoas; 
• além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 
• não haverá constrangimento ilegal: 
- intervenção médica ou cirúrgica sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
- coação exercida para impedir suicídio. 
 
➢ AMEAÇA 
Pena: detenção, de um a seis meses, ou multa. 
• pode ser por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico de causar mal injusto e grave. 
- Somente se procede mediante representação. 
 
➢ SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO 
Pena: reclusão de 1 a 3 anos 
 • Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado 
• A será QUALIFICADA: 
Pena: reclusão de 2 a 5 anos. 
- Se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos → Sem irmão → CADI sem I; 
- Se é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
- Se a privação da liberdade dura mais de 15 dias; 
- Se é praticado contra menor de 18 anos; 
- Se é praticado com fins libidinosos; 
• Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral 
Pena: reclusão de 2 a 8 anos. 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
 
5. Crimes contra o patrimônio 
 
➢ FURTO 
Pena: reclusão de 1 a 4 anos 
→ Subtrair coisa alheia móvel 
- Sistema de vigilância ou a presença de segurança não torna o crime impossível. 
- O crime é consumado no momento da inversão da posse → Teoria do Amotio. 
- Princípio da insignificância → Não há um valor estabelecido, porém a doutrina adota o parâmetro de até 10% do salário-mínimo. 
• Aumento de pena de 1/3 se é praticado durante o REPOUSO NOTURNO → Pode ser aplicado para o furto qualificado. → Pode se configurar 
mesmo quando o crime é cometido em estabelecimento comercial ou residência desabitada, sendo indiferente o fato de a vítima estar, ou não, 
efetivamente repousando. 
 
QUALIFICADO 
Pena: reclusão de 2 a 8 anos. 
• Com destruição ou rompimento de obstáculo; (I) 
- Destruir o vidro para roubar algo no interior do veículo é furto qualificado, destruir o vidro para roubar o próprio veículo é furto simples; 
• Com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; (II) 
- Se houver flagrante não dá para caracterizar destreza; 
- A fraude é utilizada para diminuir a vigilância da vítima (≠ estelionato). 
- A simples relação empregatícia não caracteriza abuso de confiança 
• Emprego de chave falsa; (III) 
• Concurso de duas dou mais pessoas. (IV) 
O I e II necessita de perícia, mas admite-se prova indireta. 
Só é possível aplicar o princípio da insignificância em circunstâncias excepcionais. 
• Com emprego de explosivo ou artefato que cause perigo comum → Reclusão de 4 a 10 anos.- Crime hediondo. 
• Furto de veículo automotor que seja transportado para outro Estado ou País → Reclusão de 3 a 8 anos. 
• Furto de animal de corte, mesmo abatido ou dividido em partes (abigeato) → Reclusão de 2 a 5 anos. 
• Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou 
emprego → Reclusão de 4 a 10 anos. 
 
 
Atenção 
FURTO COM EMPREGO DE EXPLOSIVO- Crime Hediondo| ROUBO COM EMPREGO DE EXPLOSIVO- NÃO é Crime Hediondo 
 
Privilégio → Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor (1 salário-mínimo), o Juiz pode substituir a pena de Reclusão pela de 
Detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a de multa. 
• Qualificado-privilegiado → É possível associar o privilégio com qualquer qualificadora, exceto abuso de confiança. 
Furto: ação penal pública condicionada à representação. 
 
➢ FURTO DE COISA COMUM 
Pena: detenção de 6 meses a 2 anos. 
Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum → D de 6 meses a 2 anos. 
- Só se procede mediante representação. 
- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que o agente tem direito. 
 
 
➢ ROUBO 
A doutrina divide o crime de roubo da seguinte maneira: 
 Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa (ROUBO PRÓPRIO DE 
VIOLÊNCIA PRÓPRIA ) ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência (ROUBO PRÓPRIO DE 
VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA ) 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar 
a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. (ROUBO IMPRÓPRIO) = FURTO QUE DEU ERRADO 
 
FURTO FAMÉLICO: é a hipótese de se subtrair alimento para saciar 
a fome; pode, em tese, configurar estado de necessidade. 
O STJ entende não ser aplicável o princípio da 
insignificância em FURTO QUALIFICADO. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
 O verbo manter (“o agente mantém a vítima em seu poder”), a restrição da liberdade deve perdurar por tempo juridicamente relevante, isto 
é, o ladrão permanece com a vítima em seu poder por tempo superior ao necessário à execução do roubo, seja para assegurar para si ou para 
outrem o produto do crime, seja para escapar ileso da ação da autoridade policial. 
 
 
ROUBO PRÓPRIO DE VIOLÊNCIA PRÓPRIA: mediante grave ameaça ou violência à pessoa. 
ROUBO PRÓPRIO DE VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA: reduzido à impossibilidade de resistência. 
ROUBO IMPRÓPRIO: logo que depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade 
do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
 
 
ROUBO IMPRÓPRIO NÃO ADMITE VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA, inclusive as penas do roubo próprio e impróprio são as mesmas. 
FURTO QUALIFICADO PELO ABUSO DE CONFIANÇA: o sujeito ativo deve confiar no passivo. 
Se houver privação de liberdade haverá concurso material entre os crimes de roubo e de sequestro ou cárcere privado. 
 
Fique ligado 
Roubo com simulacro de arma de fogo, o agente responderá por roubo, porém a MAJORANTEde arma de fogo está descaracterizada. 
REPOUSO NOTURNO É CAUSA DE AUMENTO DE PENA SÓ NO FURTO. 
Concurso formal, quando o agente, mediante uma só ação, pratica crimes de roubo contra vítimas diferentes, ainda que da mesma família, eis 
que caracteriza a violação a patrimônios distintos. 
 
NOVAS MODALIDADE HEDIONDAS DO ROUBO 
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); 
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); 
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º) 
 
CUIDADO! 
NOVA MAJORANTE DO ROUBO 
- Roubo com emprego de arma branca: um terço até metade 
- Roubo com emprego de arma de fogo: dois terços 
- Roubo com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: dobro 
 
MAJORANTE de 1/3 até ½, se: 
- Há concurso de pessoas Inclusive com inimputável. 
- A vítima está em serviço de transporte de valores e o agente sabe disso Não se restringe a dinheiro. 
- A subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou País; 
- O agente restringe a liberdade da vítima. 
- A subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou 
emprego; 
- Há emprego de arma branca; 
 
MAJORANTE em 2/3: 
- Há emprego de arma de fogo Simulacro ou arma quebrada caracteriza roubo simples. 
- Há destruição ou rompimento de obstáculo com explosivo ou outro artefato que cause perigo comum. 
MAJORANTE em DOBRO se há emprego de arma de fogo de uso RESTRITO ou PROIBIDO. 
- Em regra, o crime de roubo com arma de fogo absorve o crime de porte ilegal de arma de fogo. 
 
 
QUALIFICADORAS 
• Por lesão corporal grave → Reclusão de 7 a 18 anos. 
• Por morte → Reclusão de 20 a 30 anos. 
- Não é submetido ao tribunal do júri. 
- O latrocínio se consuma com a morte da vítima. 
- Segundo o STF, não há continuidade delitiva entre roubo e latrocínio. 
 
 
➢ EXTORSÃO 
→ Constranger alguém, MEDIANTE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida 
vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
Pena: reclusão de 4 a 10 anos. 
- A ameaça pode ser contra a integridade física, honra, objetos ou até espiritual. 
- A consumação ocorre no momento da violência ou grave ameaça, independente da obtenção da vantagem. 
- A pena é aumentada de 1/3 até ½ se é cometido por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo. MAJORANTE 
Qualificado pela restrição de liberdade da vítima (sequestro relâmpago) → Reclusão de 6 a 12 anos. - Crime hediondo. 
- A própria vítima é obrigado a entregar a vantagem indevida. 
• Se resultar em lesão corporal grave → Reclusão de 7 a 18 anos; 
• Se resultar em morte → Reclusão de 20 a 30 anos. 
 
➢ EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 
Pena: Reclusão de 8 a 15 anos. 
Sequestrar pessoa para obter qualquer vantagem, como condição ou preço de resgate. 
 Crime hediondo. 
- Na hipótese de uma simulação de sequestro, onde a suposta vítima faz parte, configurará somente crime de extorsão. 
- No caso de concurso de pessoas, se um dos sequestradores denunciar às autoridades, facilitando a libertação do sequestrado, terá a pena 
reduzida de 1/3 a 2/3. 
- Crime formal → Não necessita a obtenção da vantagem para o crime estar consumado. 
Qualificadoras: 
• Se durar mais de 24 horas, se a vítima é menor de 18 ou maior de 60, ou se é cometido por bando ou quadrilha → R de 12 a 20 anos. 
• Se resulta em lesão corporal grave → Reclusão de 16 a 24 anos. 
• Se resulta a morte → Reclusão de 24 a 30 anos. MAIOR PENA DO CP 
 
➢ EXTORSÃO INDIRETA 
Pena: Reclusão de 1 a 3 anos. 
→ Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra 
a vítima ou a terceiro 
- Ex: cheque em branco. 
 
➢ DANO 
→ Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia 
Pena: detenção de 1 a 6 meses. 
- Segundo o STF, é necessário apenas o dolo; segundo o STJ, é necessário o dolo específico → Não admite culpa. 
Qualificadoras → D de 6 meses a 3 anos + pena correspondente pela violência. 
- Se é cometido com violência ou grave ameaça; 
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se não constituir crime mais grave; 
- Contra o patrimônio da Adm Direta e Indireta → Não é possível aplicar o princípio da insignificância; 
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima. 
 
➢ APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
→ Apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção 
Pena: reclusão de 1 a 4 anos. 
A pena é aumentada em 1/3 se: 
- O agente recebeu a coisa em depósito necessário. 
- Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial. 
- Em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
➢ APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 
→ Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas, no prazo e na forma legal ou convencional 
Pena: reclusão de 2 a 5 anos. 
- Competência da Justiça Federal e não necessita de dolo específico. 
- Não é possível aplicar o princípio da insignificância. 
É extinta a punibilidade se o agente espontaneamente confessa e efetua o pagamento ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL. 
O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar só a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
- Tenha feito, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento, inclusive acessórios, ou; 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
- O valor devido, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de execuções fiscais. 
 
➢ ESTELIONATO 
→ Obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante qualquer meio fraudulento 
Pena: reclusão de 1 a 5 anos. 
- A fraude faz com que a vítima, VOLUNTARIAMENTE, entregue a vantagem indevida. 
- Fraudar medidor de energia configura estelionato. 
- Em caso de crime plurilocal, a COMPETÊNCIA é do juizado onde foi obtida a vantagem indevida. 
- A ação é Pública Condicionada, salvo se a vítima for a Adm Pública, criança/adolescente, maior de 70 anos ou incapaz. QUEIXA CRIME 
≠ CONDICIONADA 
• Se o criminoso é primário e o prejuízo é de pequeno valor, a pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3. 
- No crime de estelionato são tutelados o patrimônio e a boa-fé das relações sociais. Pode haver dois sujeitos passivos: um que foi enganado e 
outro que sofre prejuízo patrimonial. 
 
Formas equiparadas: 
- Quem vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou garantia coisa alheia como própria; 
- Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a 
terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias; 
- Defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto 
empenhado; 
- Defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém’ 
- Frauda com intuito de receber indenização ou seguro; 
- Frauda no pagamento por meio de cheque → Se o cheque for quitado antes do recebimento da denúncia, a ação não será iniciada. 
 
A pena é aumentada em 1/3 se é cometido contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, assistência social ou beneficência 
→ Não é possível aplicar o princípio da insignificância. 
Apena é aumentada em dobro se praticado contra idoso. MAIOR DE 60 
 
 
 
 
➢ RECEPTAÇÃO 
 → Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar coisa que sabe ser produto de crime (receptação própria); ou influir para que terceiro, 
de boa-fé́, a adquira, receba ou oculte (receptação imprópria) → Reclusão de 1 a 4 anos. 
- Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor, o Juiz pode substituir a pena de Reclusão pela de Detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou 
aplicar somente a de multa. 
- É crime acessório, pois depende da existência de outro, porém é crime parasitário, pois independe da punição do anterior. 
Forma qualificada → Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou 
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de 
crime → Reclusão de 3 a 8 anos. 
- Admite dolo direto ou eventual. 
Receptação culposa → Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a 
oferece, deve presumir-se ser produto de crime → Detenção de 1 mês a 1 ano. 
- Se o criminoso é primário, o Juiz pode deixar de aplicar a pena. 
LEMBRAR QUE: dos crimes contra o patrimônio o ÚNICO que admite MODALIDADE CULPOSA é a RECEPTAÇÃO. 
 
➢ RECEPTAÇÃO ANIMAL → Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de 
comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime → R de 2 
a 5 anos. 
 
6. Crimes contra a fé pública. 
 
- Não cabe PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NEM ARREPENDIMENTO POSTERIOR. 
- Não admitem modalidade culposa. 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
➢ MOEDA FALSA → Falsificar, fabricando ou alterando, moeda corrente no Brasil ou no exterior → Reclusão de 3 a 12 anos. 
- Competência é da JF. 
- Se a falsificação for GROSSEIRA, configurará ESTELIONATO (competência da JE); se for extremamente grosseira, configurará 
CRIME IMPOSSÍVEL. 
* GROSSEIRA (péssima qualidade); EXTREMAMENTE GROSSEIRA (absolutamente ridícula) 
PRIVILEGIADO: quem recebe de boa-fé e como verdadeira a moeda falsa e, depois de ter conhecimento, a coloca em circulação → Detenção de 
6 meses a 2 anos. 
EQUIPARADO: quem importa, exporta, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz em circulação moeda falsa. 
Qualificada → Reclusão de 3 a 15 anos. 
• Agente público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que autorize ou emita: 
- Moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei 
- Fabrique papel-moeda em quantidade superior à autorizada 
 
➢ CRIMES ASSIMILADOS AO DE MOEDA FALSA 
→ Reclusão de 2 a 8 anos. 
- Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; 
- Suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhido, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; 
- Restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização: 
• Competência da JF. 
Qualificada → Se é cometido por funcionário do local onde o dinheiro estava guardado, ou se tinha fácil acesso a ele em razão do cargo → 
Reclusão de 2 a 12 anos. 
 
➢ PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA 
Fabricar, adquirir, fornecer ou possuir qualquer objeto destinado à falsificação de moeda → Reclusão de 2 a 6 anos. 
- O crime de moeda falsa ABSORVE este. 
 
➢ FALSIFICAR DOCUMENTO PÚBLICO OU ALTERAR VERDADEIRO 
→ Reclusão de 2 a 6 anos. 
- O documento em si é falso → Falso material. 
- Não é necessária a perícia se a falsificação puder ser comprovada de outras formas. 
• A pena é aumentada em 1/6 se o agente for funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo. 
• Equipara-se a documento público (L-A-T-TE): 
- Documento emanado de paraestatal; 
- Livros mercantis; 
- Ações de sociedade comercial; 
- Título ao portador ou transmissível por endosso; 
- Testamento particular. 
Condutas equiparadas → Quem insere ou faz inserir: 
- Na folha de pagamento ou em documento de info que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a 
qualidade de segurado obrigatório; 
- Na Carteira de Trabalho do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da 
que deveria ter sido escrita; 
- Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração 
falsa ou diversa da que deveria ter constado. 
• Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos acima, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato 
de trabalho ou de prestação de serviços. 
 
➢ FALSIFICAR DOCUMENTO PARTICULAR OU ALTERAR VERDADEIRO 
→ Reclusão de 1 a 5 anos. 
- Cartão de crédito ou débito é documento particular. 
 
➢ FALSIDADE IDEOLÓGICA 
→ OMITIR declaração diversa da que devia constar ou inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar com o fim de prejudicar direito, 
criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante → Reclusão de 1 a 5 anos se o documento for público e de 1 a 3 anos 
se for particular. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
- Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação é de assentamento de registro civil, a pena é 
aumentada em 1/6. 
 
➢ USO DE DOCUMENTO FALSO 
→ A pena é igual à da respectiva falsificação. 
- Não é necessária a perícia no documento, se a falsificação puder ser comprovada de outra forma. 
- A competência para julgar é em razão do órgão ou entidade ao qual foi apresentado o documento. 
- Portar documento falso ≠ Usar documento falso. 
STF: Exibição voluntária da Carteira de Habilitação. Crime caracterizado. (RT 704/434) 
STJ: Documento falso encontrado em revista policial. Inexistência do crime de uso de documento falso. O fato de ter consigo documento falso 
não é o mesmo que fazer uso deste. (RSTJ 156/496) 
TJSP: Documento retirado do bolso do portador. Crime não caracterizado. (RT 470/326) 
TJSP: Exibição à autoridade incompetente para a fiscalização. Crime não caracterizado. (JTJ 218/311) 
 
➢ SUPRESSÃO DE DOCUMENTO → Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público 
ou particular verdadeiro, de que não podia dispor → Reclusão de 2 a 6 anos se o documento é público e de 1 a 5 anos se é particular. 
 
➢ FALSA IDENTIDADE (307) 
→ Atribuir, a si ou a terceiro, falsa identidade para obter vantagem ou causar dano → Detenção de 3 meses a 1 ano, se não configurar crime 
mais grave. 
- Não é possível alegar autodefesa para dar uma falsa identidade. 
- CRIME FORMAL → Consuma-se independente da obtenção da vantagem ou do dano causado. 
 
➢ FALSA IDENTIDADE (308) 
→ Usar como próprio ou ceder para que outro utilize documento de identificação civil que não é seu → Detenção de 4 meses a 2 anos. 
 
➢ ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO 
→ Adulterar ou remarcar o nº de chassi ou qualquer outro sinal identificador de veículo, componente ou equipamento → Reclusão de 3 a 6 anos. 
- Adulterar sinal identificador de reboque é atípico. 
• A pena é aumentada em 1/3 se o agente comete o crime na função pública ou em razão dela. 
• Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo adulterado, fornecendo 
indevidamente materialou info oficial. 
[STJ-STF] a conduta de adulterar a placa de veículo automotor com uso de fita adesiva é típica, não sendo necessária finalidade específica do 
agente de cometer o delito, podendo, ainda, a fita ser considerada meio idôneo para enganar a fiscalização. 
 
7. Crimes contra a Administração Pública 
 
• Não é possível aplicar o princípio da insignificância, salvo em situações excepcionais. 
• Para fins penais, FUNCIONÁRIO PÚBLICO é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que transitoriamente e sem 
remuneração. 
- É equiparado a funcionário público aquele que exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa 
prestadora de serviço de atividade típica da Administração Pública. 
- As penas são aumentadas de 1/3 se o criminoso ocupar cargo em comissão ou função de direção ou assessoramento nos órgãos da Adm Direta 
e nas entidades da Indireta (exceto as autarquias). 
Se um particular praticar um crime contra a Administração Pública em concurso com um funcionário público (e sabe dessa condição), 
responderá como funcionário público. 
 
➢ PECULATO 
→ Apropriar-se (peculato-apropriação) ou desviar bem móvel (peculato-desvio), público ou particular, de que tem posse em razão do cargo; 
ou que não tendo a posse, subtrai ou concorre para isso (peculato-furto), valendo-se da facilidade que o cargo lhe proporciona → Reclusão de 2 
a 12 anos. 
- Peculato de uso, como usar carro oficial em proveito próprio, não é figura típica do CP. 
- Peculato é um crime funcional impróprio, ou seja, mesmo que o sujeito ativo não seja funcionário público a conduta ainda é típica. 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
PECULATO CULPOSO: o agente não observa seu dever de cuidado, concorrendo para que outrem subtraia, desvie ou se aproprie do bem → Detenção 
de 3 meses a 1 ano. 
- Se reparar o dano antes da sentença irrecorrível será extinta a punibilidade; se for após terá a pena reduzida em metade. 
DOLOSO: antes do recebimento da denúncia: Reduz a pena. Após o recebimento da denúncia: Atenuante. 
CULPOSO: antes do trânsito em julgado: extinção da punibilidade. Após o trânsito em julgado: reduz pela metade. 
 
313 – ➢ PECULATO MEDIANTE ERRO DE OUTREM 
→ Apropriar-se de dinheiro ou outro bem que recebeu por erro de outrem, no exercício do cargo → Reclusão de 1 a 4 anos. 
 
 
➢ CONCUSSÃO 
→ Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida 
→ R de 2 a 12 anos. 
- Se exigir mediante violência ou grave ameaça será EXTORSÃO. 
EXCESSO DE EXAÇÃO: se o funcionário público exige tributo ou contribuição social indevida, ou quando devida, emprega meio vexatório ou 
gravoso 
Pena: reclusão de 3 a 8 anos. 
- Se o agente desvia dos cofres públicos o que recebeu indevidamente → Reclusão de 2 a 12 anos. 
* CRIME FORMAL. O recebimento da vantagem é mero exaurimento do delito. 
- CONCUSSÃO e CORRUPÇÃO PASSIVA mesmas penas. Reclusão de 2 a 12 anos. 
 
➢ CORRUPÇÃO PASSIVA 
→ Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem →Reclusão de 2 a 12 anos. 
- A pena é aumentada em 1/3 se o agente retarda ou deixa de praticar ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
• Exceção à teoria monista → Aplica-se a teoria pluralista. 
CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA: Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever funcional, 
cedendo a pedido ou influência de outrem (famoso favorzinho) → Detenção de 3 meses a 1 ano. 
 
➢ FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO 
→ Facilitar, com infração do dever funcional, contrabando ou descaminho → Reclusão de 3 a 8 anos. 
 
➢ PREVARICAÇÃO 
→ Retardar ou deixar de praticar de maneira indevida ato de ofício, ou praticá-lo de maneira diversa à lei, para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal. 
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano. 
- SATISFAÇÃO DE INTERESSE PRÓPRIO= PREVARICAÇÃO 
- FAVORZINHO GRATUITO PARA TERCEIROS= CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA. 
- não admite a modalidade culposa. 
➢ PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA 
→ Deixar o Diretor de Penitenciária ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo → detenção de 3 meses a 1 ano. 
➢ CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA 
→ Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte 
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente → detenção de 15 dias a 1 mês. 
 
 
➢ ADVOCACIA ADMINISTRATIVA 
→ Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Adm. Pública, valendo-se da qualidade de funcionário público → detenção 
de 1 a 3 meses. 
• Se o interesse for ilegítimo → detenção de 3 meses a 1 ano (Ou seja, é crime mesmo se o interesse for legítimo). 
 
 
PROFESSOR E ORIENTADOR DE ESTUDOS JOÃO DAMAS 
 
@joaopaulodamas20 
Material disponibilizado para os alunos do acompanhamento individual. 
➢ EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO 
→ Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber 
oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso → detenção de 15 dias a 1 mês ou multa. 
 
 
➢ VIOLAÇÃO DO SIGILO FUNCIONAL 
→ Revelar fato que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação → detenção de 6 meses a 
2 anos, se não constituir crime mais grave (crime subsidiário). 
- Se resultar em dano a Adm. Pública ou a outrem → reclusão de 2 a 6 anos. 
Figura equiparada: 
- Permitir acesso de pessoa não autorizada a sistema ou banco de dados da Adm. Pública. 
- Quem se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 
 
➢ RESISTÊNCIA 
→ Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando 
auxílio 
→ detenção de 2 meses a 2 anos 
- Se, em razão da resistência, o ato não se executa → reclusão de 1 a 3 anos. 
• Resistência é uma OVA → Opor-se, mediante Violência ou Ameaça. 
 
➢ DESOBEDIÊNCIA 
→ Desobedecer a ordem legal de funcionário público → detenção de 15 dias a 6 meses. 
- O agente deve emitir uma ordem direta, dirigida a uma pessoa certa, onde ela tenha o dever de atender a ordem, e não pode haver outra sanção 
específica pelo descumprimento da ordem. 
 
➢ DESACATO 
→ Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela → detenção de 6 meses a 2 anos. 
- Deve ser feito na presença do funcionário público, não pode ser por ligação ou e-mail. 
- se o servidor não está presente é crime contra a honra. 
- admite-se até mesmo outro funcionário público como SUJEITO ATIVO. 
- sujeito passivo principal: ESTADO; secundariamente: o funcionário ofendido. 
- NÃO ADMITE a exceção da verdade 
 
➢ TRÁFICO DE INFLUÊNCIA 
→ Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por 
funcionário público no exercício da função → R de 2 a 5 anos. 
- O agente não pode de fato influenciar o funcionário público, se não seria corrupção. 
- A pena é aumenta em ½, se o agente insinua que o funcionário também terá vantagem. 
 
➢ CORRUPÇÃO ATIVA 
→ Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício → Reclusão de 
2 a 12 anos. 
• A pena é aumenta em 1/3

Continue navegando