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5- Pessoa jurídica teorias explicativas; classificação; criação; registro; personalidade; presentação; diferenças entre associação e fundação; desconsideração da personalidade jurídica

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DIREITO CIVIL 
 
*DICA: prazos de PJ são decadenciais de 3 anos* 
- Pessoas que querem executar uma finalidade comum, 
com um objetivo em comum e que unem esforços para 
alcançá-lo 
- Personalidade ao grupo, distinta da de cada um de 
seus membros 
- Ente de existência ideal 
- Características: capacidade de direito e capacidade de 
fato; estrutura organizativa artificial; objetivos comuns 
dos membros que a formam; publicidade de sua 
constituição 
 
 COM PERSONALIDADE JURÍDICA: tem 
 direitos e deveres previstos em lei. 
Pessoa natural (a partir do nascimento 
com vida) e Pessoa Jurídica (a partir do 
registro) 
Tem direitos e deveres previstos em lei 
 - aptidão genérica para titularizar 
direitos e deveres 
Princípio da legalidade: quem tem 
personalidade jurídica pode tudo que a 
lei não proibir 
 
SUJEITO 
DE 
DIREITO 
 SEM PERSONALIDADE JURÍDICA 
Nascituro; Condomínio; Massa falida; 
herança/espólio; órgãos públicos; 
sociedade irregular ou de fato 
Não tem aptidão genérica para 
titularizar direitos e deveres 
Princípio da legalidade: quem NÃO 
tem personalidade jurídica só pode 
atuar quando a lei permitir 
TEORIAS EXPLICATIVAS/ACERCA DA 
NATUREZA JURÍDICA DA PJ 
1) Corrente negativista: Brinz, Bekker, Planiol, Duguit. 
Nega a figura da PJ 
2) Corrente afirmativista: aceita e reconhece a PJ como 
sujeito de direito 
 a) Teoria da ficção: Savigny e Windscheid. A PJ 
é uma técnica do direito; a PJ só existe porque o direito 
estabeleceu que é assim; tem uma existência 
totalmente abstrata e ideal. É um ente abstrato fruto 
de uma técnica jurídica totalmente pura, sem 
nenhuma existência social; não tem realidade e 
nenhuma vivência no mundo social 
 b) Teoria da realidade objetiva ou 
organicista/orgânica: Beviláqua. A PJ não é fruto de 
uma técnica jurídica, e sim um organismo social vivo e 
de interação na sociedade. A PJ é um corpo social que 
o direito não cria, mas se limita a declarar existente. A 
PJ não possui relação com o direito, tratando-se apenas 
de um organismo social 
 c) Teoria da realidade técnica – adotada no 
BRASIL: Ferrara. A PJ é fruto do direito, mas é um ente 
social. A PJ é personificada pela técnica do direito, e 
integra relações sociais de forma autônoma; há 
atuação social. 
CC – “Art. Art. 45. Começa a existência legal das 
pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, precedida, 
quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo.” 
O CC adota a teoria da realidade técnica pois o seu art. 
45 dispõe que “começa a existência”, ou seja, começa 
a vivência social + “... com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro”, ou seja, parte de 
uma realidade técnica 
CLASSIFICAÇÃO 
- PJ de Direito Público (interno e externo) e PJ de Direito 
Privado 
CC – 
“Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, 
interno ou externo, e de direito privado. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
DIREITO CIVIL 
 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por 
lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as 
pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que 
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas 
deste Código. 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo 
os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem 
regidas pelo direito internacional público. 
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno 
são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes 
que nessa qualidade causem danos a terceiros, 
ressalvado direito regressivo contra os causadores do 
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos. 
§ 1 o São livres a criação, a organização, a estruturação 
interna e o funcionamento das organizações religiosas, 
sendo vedado ao poder público negar-lhes 
reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento. 
§ 2 o As disposições concernentes às associações 
aplicam-se subsidiariamente às sociedades que são 
objeto do Livro II da Parte Especial deste Código. 
§ 3 o Os partidos políticos serão organizados e 
funcionarão conforme o disposto em lei específica.” 
 
1) PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO 
 a) Interno: União, Estados, Municípios, DF, 
Territórios (adm. direta) e autarquias (adm. indireta) – 
obs: inclui-se aqui também as fundações públicas de 
direito público, pois são autarquias fundacionais 
 b) Externo: Estados Estrangeiros e órgãos 
internacionais 
2) PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO: o art. 44 do 
CC traz um rol exemplificativo de PJDPrivado, 
dividindo-se em associações/fundações e 
EIRELI/sociedades 
 a) Sem fins lucrativos: associações e 
fundações. Associação é o conjunto de pessoas e 
fundação é o conjunto de bens (patrimônio 
personificado). São associações as organizações 
religiosas, o sindicato, os partidos políticos 
 b) Com fins lucrativos: EIRELI e sociedade 
Enunciado 142 JDC: Os partidos políticos, os sindicatos 
e as associações religiosas possuem natureza 
associativa, aplicando-se-lhes o Código Civil 
Enunciado 143 JDC: A liberdade de funcionamento das 
organizações religiosas não afasta o controle de 
legalidade e legitimidade constitucional de seu 
registro, nem a possibilidade de reexame pelo 
Judiciário da compatibilidade de seus atos com a lei e 
com seus estatutos 
Enunciado 144 JDC: A relação das pessoas jurídicas de 
Direito Privado, constante do art. 44, incs. I a V, do 
Código Civil, não é exaustiva (é um rol exemplificativo) 
- OBS: “corporação” é caracterizada por ser formada 
por um conjunto de pessoas, portanto, são 
corporações as associações e as sociedades 
- OBS: fim lucrativo/não lucrativo ≠ fim econômico/não 
econômico. Embora o CC mencione fins não 
econômicos, deve entender-se como fins não 
lucrativos. Quando se diz que as associações e as 
fundações não podem ter fins lucrativos, não significa 
que o lucro não pode existir: ele até pode existir, mas 
deve ser voltado para a própria associação/fundação. 
Enunciado 534 JDC: As associações podem desenvolver 
atividade econômica, desde que não haja finalidade 
lucrativa 
- OBS: as fundações públicas de direito privado, 
empresas públicas e sociedades de economia mista 
integram a administração indireta, mas são PJDPrivado 
(regidas pelas normas do direito privado), com 
interesse público 
CRIAÇÃO DA PJ 
- Requisito para criação: vontade humana criadora, 
objeto lícito e ato constitutivo 
DIREITO CIVIL 
 
- U/E/DF/M: decorre da descentralização política 
- Autarquias: criadas por lei 
CC – “Art. 45. Começa a existência legal das pessoas 
jurídicas de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder 
Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo.” 
- Toda PJDPrivado é criada pelo registro do ato 
constitutivo. No caso da fundação pública de direito 
privado, empresa pública e sociedade de economia 
mista, o registro é precedido de autorização por lei 
- Fundação Pública de Direito Privado, Empresa Pública 
e Sociedade de Economia Mista: autorizadas por lei + 
registro do ato constitutivo 
PERSONALIDADE DA PJ 
- Requisitos para aquisição da personalidade: ato 
constitutivo e registro. A PJ passa a existir com o 
registro (teoria da realidade técnica). O registro possui 
natureza constitutiva (efeito ex nunc) 
- OBS: 
A pessoa natural passa a existir com o nascimento com 
vida (surge a personalidadejurídica com o nascimento 
com vida) – teoria natalista. A certidão de nascimento 
possui natureza declaratória (ex tunc). 
A pessoa jurídica passa a existir com o registro – teoria 
da realidade técnica. O registro possui natureza 
constitutiva (ex nunc) 
Portanto, a natureza jurídica do registro da PJ é 
diferente da natureza jurídica da certidão de 
nascimento da PN 
- Diferentemente da pessoa natural, é possível anular 
o nascimento de uma PJ, de descumpridos os 
requisitos legais de sua instituição. Decai em 3 anos o 
direito de anular a constituição de PJDPrivado: 
CC – “Art. 45, p.ú. Parágrafo único. Decai em três anos 
o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas 
de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro.” 
- O prazo é decadencial, portanto, se passar esse prazo, 
perde-se o próprio direito 
REGISTRO DA PJ 
- Denominação, fins, sede, tempo de duração e fundo 
social (quando houver) 
- Nome e individualização dos fundadores/instituidores 
e dos diretores 
- Forma de administração e representação ativa e 
passiva, judicial e extrajudicial 
- Possibilidade e modo de reforma do estatuto social 
- Previsão da responsabilidade subsidiária dos sócios 
pelas obrigações sociais 
- Condições de extinção da PJ e o destino do seu 
patrimônio 
1) Associações e Fundações – Estatuto – no Cartório de 
Registro de Pessoa Jurídica 
2) EIRELI e sociedades – Contrato social – na Junta 
Comercial 
- OBS: partidos políticos, além de registrar o estatuto 
no CRPJ, devem também possuir registro especial no 
TSE; sindicatos, além de registrar o estatuto no CRPJ, 
devem também possuir registro especial no Ministério 
da Justiça 
PRESENTAÇÃO DA PJ 
CC – 
“Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
administradores, exercidos nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo.” 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração 
coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos 
dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de 
modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular 
as decisões a que se refere este artigo, quando 
violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, 
dolo, simulação ou fraude. 
DIREITO CIVIL 
 
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem 
prejuízo do previsto em legislação especial e em seus 
atos constitutivos, poderão realizar suas assembleias 
gerais por meios eletrônicos, inclusive para os fins do 
disposto no art. 59, respeitados os direitos previstos de 
participação e de manifestação. 
Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a 
faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, 
nomear-lhe-á administrador provisório.” 
- Por não poder atuar por si própria, a PJ, como ente da 
criação da lei, deve ser presentada (ou representada) 
por uma pessoa natural, exteriorizando sua vontade, 
nos atos judiciais ou extrajudiciais 
- Em regra, a pessoa que irá praticar os atos da PJ (atos 
e poderes) será indicada no ato constitutivo da PJ 
(estatuto ou contrato social). Na sua omissão, a 
presentação será exercida por seus diretores 
- Se a PJ tiver administração coletiva, as decisões serão 
tomadas pela maioria dos votos, salvo se o ato 
constitutivo dispuser de modo diverso 
Prazo decadencial de 3 anos para anular decisões 
tomadas pela maioria dos votos, em PJ de 
administração coletiva, quando violarem a lei ou 
estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou 
fraude 
- Todos os atos negociais exercidos pelo presentante, 
dentro de seus poderes estabelecidos no estatuto 
social, obrigam a PJ. 
Se o presentante extrapolar esses poderes, responderá 
pessoalmente pelo excesso 
 
CPC – 
“Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e 
passivamente: 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente 
ou mediante órgão vinculado; 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por 
quem a lei do ente federado designar; 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos 
constitutivos designarem ou, não havendo essa 
designação, por seus diretores; 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros 
entes organizados sem personalidade jurídica, pela 
pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, 
representante ou administrador de sua filial, agência 
ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.” 
ASSOCIAÇÃO E FUNDAÇÃO 
1º Setor: Estado 
2º Setor: Particular que visa o lucro (EIRELI/sociedades) 
3º Setor (terceiro setor): Particular que “quer o bem” 
(associações de atividade interna, que são entidades 
de interesse social e as fundações) 
- O STJ entende que para PJs sem fins lucrativos, de 
natureza filantrópica, basta a simples declaração da 
hipossuficiência para concessão da justiça gratuita, 
com presunção juris tantum (assim como as PF) 
- Ambas são PJDPrivado 
- Conjunto de pessoas (pelo menos 2); pode ser de 
atividade interna (atividade dentro da associação, com 
finalidade interna) ou externa (atividade para fora da 
associação, é uma entidade de interesse social); fins 
não lucrativos 
- PJDPrivado 
- CF garante a liberdade de associação (direito positivo) 
e que ninguém é obrigado a associar-se (direito 
negativo) 
- Não há entre os associados direitos/obrigações 
recíprocas 
- A associação pode ter lucro ou exercer atividades 
produtivas, desde que o objetivo não seja de 
distribuição de lucro social (os ganhos devem ser 
revertidos para a própria associação) 
 
DIREITO CIVIL 
 
Enunciado 534 JDC: As associações podem desenvolver 
atividade econômica, desde que não haja finalidade 
lucrativa 
- Os associados devem ter direitos iguais, mas o 
estatuto pode instituir categorias com vantagens 
- A expulsão de um associado se dá por processo 
administrativo destinado a esse fim (contraditório e 
ampla defesa) 
- Em regra, a qualidade de associado é intransmissível, 
mas o estatuto pode prever de forma diversa 
- O estatuto é redigido pelos próprios associados 
- Formação da associação: diretoria + assembleia geral 
CC – 
“Art. 53. Constituem-se as associações pela união de 
pessoas que se organizem para fins não econômicos. 
(leia-se: não lucrativos) 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos 
e obrigações recíprocos. 
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das 
associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão 
dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos 
órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação 
das respectivas contas. 
Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o 
estatuto poderá instituir categorias com vantagens 
especiais. 
Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se 
o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou 
fração ideal do patrimônio da associação, a 
transferência daquela não importará, de per si, na 
atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou 
ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível 
havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure direito de defesa e de 
recurso, nos termos previstos no estatuto. 
Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de 
exercer direito ou função que lhe tenha sido 
legitimamente conferido, a não ser nos casos e pela 
formaprevistos na lei ou no estatuto. 
Art. 59. Compete privativamente à assembleia geral: 
I – destituir os administradores; 
II – alterar o estatuto. 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem 
os incisos I e II deste artigo é exigido deliberação da 
assembléia especialmente convocada para esse fim, 
cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem 
como os critérios de eleição dos administradores. 
Art. 60. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á 
na forma do estatuto, garantido a 1/5 (um quinto) dos 
associados o direito de promovê-la. 
Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu 
patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, 
as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo 
único do art. 56, será destinado à entidade de fins não 
econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, 
por deliberação dos associados, à instituição municipal, 
estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes. 
§ 1 o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por 
deliberação dos associados, podem estes, antes da 
destinação do remanescente referida neste artigo, 
receber em restituição, atualizado o respectivo valor, 
as contribuições que tiverem prestado ao patrimônio 
da associação. 
§ 2 o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito 
Federal ou no Território, em que a associação tiver 
sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, 
o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à 
Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.” 
- Conjunto de bens (móveis ou imóveis, que sejam 
livres e suficientes); somente pode ser de atividade 
externa; fins não lucrativos; os requisitos para a criação 
são o patrimônio e o fim 
DIREITO CIVIL 
 
Enunciado 9 JDC: Deve ser interpretado de modo a 
excluir apenas as fundações com fins lucrativos 
- PJDPrivado (atenção: as fundações públicas de direito 
público são autarquias – autarquias fundacionais – 
portanto não são de direito privado); 
- Existe o instituidor, que pode instituir a fundação em 
vida por meio de escritura pública ou pós-morte por 
testamento 
- Na instituição, seu instituidor deve designar o 
patrimônio que a compõe. Quando forem insuficientes 
os fundos para constituir a fundação, os bens a ela 
serão incorporados a outra fundação com fim igual ou 
semelhante, se o instituidor não dispuser de outra 
forma 
- Se a fundação for criada por atos entre vivos, o 
instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade 
sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão 
registrados, em nome dela, por mandado judicial 
- O estatuto é redigido de forma direta, pelo instituidor, 
ou de forma fiduciária, por um terceiro designado. 
Após a redação do estatuto, o MP deve aprová-lo 
- Caso o estatuto não seja elaborado no prazo 
designado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, em 
180 dias, a incumbência caberá ao MP (a quem cabe 
zelar e fiscalizar as fundações) 
- Se a fundação for no DF ou em território, caberá ao 
MPDFT. Se a fundação ultrapassar mais de um estado, 
caberá o encargo a cada MP estadual, e não ao MPF 
- ALTERAÇÃO DO ESTATUTO DAS FUNDAÇÕES – 
requisitos: deve ser deliberada por 2/3 dos 
competentes para gerir e representar a fundação; não 
pode contrariar ou desvirtuar seu fim; deve ser 
aprovada pelo MP no prazo máximo de 45 dias – caso 
não seja aprovado pelo MP ou caso se passe o prazo de 
45 dias, o juiz pode suprir, a requerimento do 
interessado 
- Alterações no estatuto somente após aprovação do 
MP 
- Formação da fundação: conselho de curador 
(conselho de administração/conselho superior) + 
diretoria executiva + conselho fiscal 
- EXTINÇÃO: quando os bens forem insuficientes ou 
quando a fundação for extinta, os bens serão 
destinados a outra fundação de igual ou semelhante 
atuação 
CC – 
“Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor 
fará, por escritura pública ou testamento, dotação 
especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins de: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio 
histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio 
ambiente e promoção do desenvolvimento 
sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de 
tecnologias alternativas, modernização de sistemas de 
gestão, produção e divulgação de informações e 
conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia 
e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas; 
Art. 63. Quando insuficientes para constituir a 
fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro 
modo não dispuser o instituidor, incorporados em 
outra fundação que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico 
entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a 
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens 
dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome 
dela, por mandado judicial. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a 
aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, 
formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), 
o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em 
seguida, à aprovação da autoridade competente, com 
recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no 
prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo, 
em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao 
Ministério Público. 
DIREITO CIVIL 
 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do 
Estado onde situadas. 
§ 1 º Se funcionarem no Distrito Federal ou em 
Território, caberá o encargo ao Ministério Público do 
Distrito Federal e Territórios. 
§ 2º Se estenderem a atividade por mais de um Estado, 
caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo 
Ministério Público. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da 
fundação é mister que a reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes 
para gerir e representar a fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no 
prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o 
qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada 
por votação unânime, os administradores da fundação, 
ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério 
Público, requererão que se dê ciência à minoria 
vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias. 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a 
finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de 
sua existência, o órgão do Ministério Público, ou 
qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, 
incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em 
contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra 
fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim 
igual ou semelhante.” 
 
 
DANO MORAL 
CC – “Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que 
couber, a proteção dos direitos da personalidade.” 
Súmula 227 STJ: A pessoa jurídica pode sofrer dano 
moral. 
Enunciado 286 JDC: Os direitos de personalidade são 
direitos inerentes e essenciais à pessoa humana, 
decorrentes de sua dignidade, não sendo as pessoas 
jurídicas titulares de tais direitos 
- PJ pode sofrer dano moral 
- PJ não tem direitos de personalidade, mas tem 
proteção análoga – a PJ não tem direitos de 
personalidade mas pode sofrer dano moral. 
- Honra: PJ pode sofrer dano moral por violação de 
honra objetiva (a honra que está ligada ao que as 
pessoas pensam), mas não pode sofrer dano moral por 
violação de honra subjetiva (a honra relacionada ao 
sentimento que a pessoa carrega de si mesma) 
- STJ entende que a pessoa jurídica de direito público 
NÃO tem direito à indenização por danos morais 
relacionados à violaçãoda honra ou imagem 
(U/E/DF/M/autarquias/fund. pública de direito 
público) 
DESCONSIDERAÇÃO DA PJ 
- Disregard of the legal entity (desconsideração da PJ); 
disregard doctrine (doutrina da desconsideração); 
outpiercing the corporate veil (perfurando/rasgando o 
véu da corporação ou da PJ); outlifting the corporate 
veil (levantando o véu da corporação ou da PJ) 
- Desconsideração da PJ ≠ Despersonificação: na 
desconsideração da PJ, o afastamento da 
personalidade da PJ é temporário, com o objetivo de 
atingir o patrimônio pessoal do sócio/administrador 
que cometeu ato abusivo; enquanto a 
despersonificação é a extinção da PJ 
- Teoria “ultra vires societatis” (art. 1015 CC): é nulo o 
ato praticado pelo sócio que extrapole os poderes que 
lhe foram concedidos pelo contrato social – o ato 
praticado não vincula a sociedade 
Enunciado 284 JDC: As pessoas jurídicas de direito 
privado sem fins lucrativos ou de fins não econômicos 
estão abrangidas no conceito de abuso de 
personalidade jurídica 
- Desconsideração direta (desconsidera a 
personalidade da PJ para atingir o sócio) OU 
desconsideração indireta (desconsidera a 
personalidade do sócio para atingir a PJ – caso do pai, 
devedor de alimentos, que passa todos os seus bens 
para a empresa) 
- CC - teoria maior: necessário o requisito subjetivo 
(abuso da personalidade jurídica, pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial) + requisito 
objetivo (prejuízo ao credor) 
- CDC/dir.ambiental: teoria menor: basta o requisito 
objetivo (demonstração de insolvência da PJ, ou seja, o 
prejuízo ao credor/consumidor); não é necessária a 
prova do desvio de finalidade ou confusão patrimonial 
DIREITO CIVIL 
 
1) Desconsideração direta: desconsidera a 
personalidade da PJ para atingir o sócio 
2) Desconsideração inversa/invertida: desconsidera a 
personalidade do sócio para atingir a PJ –
desconsideração da PJ visando atacar o patrimônio 
transferido pelo devedor original com o objetivo de 
fraudar a execução daquele que tenha crédito exigível 
da pessoa do sócio – caso do pai, devedor de 
alimentos, que passa todos os seus bens para a 
empresa 
1) Desconsideração indireta/econômica: quando há 
uma sociedade controladora ou coligada (grupo 
econômico) que se vale das sociedades controladas 
para praticar fraudes ou abusos; desconsidera-se a 
personalidade jurídica da sociedade controlada para 
serem atingidos os seus bens para a efetiva satisfação 
do crédito a ser executado 
2) Desconsideração expansiva: quando busca-se 
levantar o véu para atingir o “sócio oculto”, o “laranja” 
1) Autodesconsideração: quando a própria PJ invoca 
sua desconsideração; quando há uma deliberação pela 
maioria dos sócios com o objetivo de indicar os bens de 
determinado sócio que, à revelia dos demais, incidiu no 
abuso 
 
CC – 
“Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica 
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de 
finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o 
propósito de lesar credores e para a prática de atos 
ilícitos de qualquer natureza. 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência 
de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de 
obrigações do sócio ou do administrador ou vice-
versa; 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas 
contraprestações, exceto os de valor 
proporcionalmente insignificante; e 
III - outros atos de descumprimento da autonomia 
patrimonial. 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo 
também se aplica à extensão das obrigações de sócios 
ou de administradores à pessoa jurídica. 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a 
presença dos requisitos de que trata o caput deste 
artigo não autoriza a desconsideração da 
personalidade da pessoa jurídica. 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera 
expansão ou a alteração da finalidade original da 
atividade econômica específica da pessoa jurídica.” 
 
CDC – 
“Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade 
jurídica da sociedade quando, em detrimento do 
consumidor, houver abuso de direito, excesso de 
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos 
estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado 
de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa 
jurídica provocados por má administração. 
 § 1° (Vetado). 
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários 
e as sociedades controladas, são subsidiariamente 
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste 
código. 
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente 
responsáveis pelas obrigações decorrentes deste 
código. 
 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa 
jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma 
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores.” 
 
CPC – 
“Art. 133. O incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica será instaurado a pedido da 
DIREITO CIVIL 
 
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber 
intervir no processo. 
§ 1º O pedido de desconsideração da personalidade 
jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§ 2º Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de 
desconsideração inversa da personalidade jurídica. 
 Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em 
todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada em 
título executivo extrajudicial. 
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente 
comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. 
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a 
desconsideração da personalidade jurídica for 
requerida na petição inicial, hipótese em que será 
citado o sócio ou a pessoa jurídica. 
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, 
salvo na hipótese do § 2º. 
§ 4º O requerimento deve demonstrar o 
preenchimento dos pressupostos legais específicos 
para desconsideração da personalidade jurídica. 
 Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa 
jurídica será citado para manifestar-se e requerer as 
provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. 
 Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o 
incidente será resolvido por decisão interlocutória. 
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, 
cabe agravo interno. 
 Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a 
alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de 
execução, será ineficaz em relação ao requerente.”

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