Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tecnologia da Usinagem Materiais para Ferramentas de Corte METAL DURO Paulo Sérgio Guedes Souza Materiais para Ferramentas de Corte Def.: É um composto de partículas duras (pós não metálicos/metálicos) e aglomerantes que são prensados e sinterizados. Em 1927 a Krupp lançou o produto Widia (“Wie diamant” – como diamante). Uma composição típica deste material é: 81% de W, 6% de C e 13% de Co. Carbonetos de Tungstênio (WC) Carbonetos de Nióbio (NbC) Carbonetos de Titânio (TiC) Carbonetos de Tântalo (TaC) Cobalto (Co) ( Elemento de Liga / controle da tenacidade) Dureza do M. Duro sem cobertura 1600 –1800 HV (80 ~96HRC) Materiais para Ferramentas de Corte O tungstênio (W) é o metal de mais alto ponto de fusão (3387 oC), maior resistência à tração (4200 N/mm2) e mais baixo coeficiente de dilatação térmica. A dificuldade de fusão do W levou ao desenvolvimento da metalurgia do pó. A Osram (fabricante de lâmpadas alemã) cedeu seus estudos sobre o desenvolvimento de filamentos de W para lâmpadas à Krupp, que os usou como base para pesquisas de aplicação do carboneto de tungstênio para a usinagem de metais. Materiais para Ferramentas de Corte Tamanho das partículas duras varia normalmente de 1 a 10 μm e; Partículas grandes → maior tenacidade; Partículas pequenas → maior dureza; Vantagens: Boa distribuição da estrutura (metalurgia do Pó); Dureza elevada; Resistência à compressão; Resistência a quente; Controlabilidade de Propriedades. Materiais para Ferramentas de Corte : Materiais para Ferramentas de Corte Os metais-duros podem ser divididos em três grupos: WC-Co; WC-(Ti, Ta, Nb)C-Co; TiC/TiN-Co, Ni (CERMETS). Materiais para Ferramentas de Corte Constituídos principalmente de WC, com Co como ligante e pequenas quantidades (< 2,5%) de TiC, TaC e NbC; Alta resistência à compressão, boa tenacidade, boa resistência ao desgaste e alta resistência de aresta; Usinagem de materiais de cavaco curto, fundidos, não- ferrosos e não-metálicos, materiais resistentes ao calor, materiais compostos reforçados por fibras; Não são aconselháveis para a usinagem de aços mole; WC-Co; Materiais para Ferramentas de Corte WC-(Ti, Ta, Nb)C-Co; Grupo dos MD que contêm WC, TiC, TaC e NbC; Comparados com os MD WC-Co possuem melhores propriedades sob altas temperaturas, ou seja, dureza a quente, resistência ao calor e resistência à difusão com materiais ferrosos; O principal campo de aplicação é a usinagem de aços, principalmente com cavacos longos. Materiais para Ferramentas de Corte TiC/TiN-Co, Ni (CERMETS). TiC e TiN com fase ligante Ni, Co; Pode conter elementos como W, Ta, Nb, Mo e carbonetos complexos; Alta dureza, baixa tendência à difusão e à adesão, boa resistência ao desgaste e a quente, e boa resistência de aresta, porém menor tenacidade; Permitem maiores Vc com relação ao MD convencional. No entanto, são mais sensíveis às mudanças de temperatura; Principal aplicação - usinagem de aços com alta velocidade de corte e pequenas seções de usinagem; Materiais para Ferramentas de Corte De acordo com a ISO 513:2004 E os MD foram divididos nas classes P, M, K, N, S e H; Critérios: aplicação e composição; Há ainda as subdivisões P01 a P50, M01 a M40, K01 a K40, N01 a N30, S01 a S30 e H01 a H30; Com o crescimento do índice, cresce a tenacidade e diminui a dureza; K01 K40 M01 M40 P01 P50 N01 N30 S01 S30 H01 H30 S HPMK N DUREZA TENACIDADE Materiais para Ferramentas de Corte K: WC-Co e pequeno teor de carbonetos. Ind.: metais de cavaco curto (FoFo e latão) e ñ-ferrosos, ñ-metálicos, materiais resistentes ao calor, pedra e madeira; M: propriedades intermediárias e aplicações múltiplas. Ind.: INOX, aços resistentes a altas temperaturas, aços resistentes à corrosão e FoFo cinzento duro ou ligado; P: WC, TiC, TaC e NbC, com alto teor de TiC e TaC. Elevada resistência a quente e ao desgaste abrasivo e de cratera. Indicações: Aços, materiais de cavacos longos, materiais ferrosos e dúcteis em geral. Materiais para Ferramentas de Corte N: composição semelhante ao do grupo K. Ind.: ñ-ferrosos; S: composição semelhante ao do grupo M. Ind.: Ligas resistentes a altas temperaturas (superligas e ligas de titânio); H: composição semelhante ao do grupo P. Ind.: Aços endurecidos; Materiais para Ferramentas de Corte Metais-duros WC-Co onde o diâmetro médio do grão de WC < 1 m (grãos finos) e < 0,5 m (grãos ultrafinos); A redução do tamanho do cristal de WC abaixo de 1 m, para um mesmo teor de ligante, leva a um aumento da dureza como também da resistência à flexão; Valores superiores aos convencionais em dureza, resistência de aresta e tenacidade. Também possuem baixa tendência à aderência e ao desgaste por difusão; Metal-Duro Microgrão Materiais para Ferramentas de Corte Metal Duro Revestido Desde aproximadamente 1968; Objetivo: aumentar a resistência ao desgaste da camada superior, mantendo a tenacidade do núcleo, aumentando a produtividade sem fragilizar as ferramentas; TiN Al2O3 TiCN Substrato Materiais para Ferramentas de Corte Os tipos mais comuns de revestimento são : TiC: 1º tipo de revestimento. Alta dureza (até 3400 HV), ótima resistência ao desgaste abrasivo. Maior tendência à difusão que TiN e Al2O3. Baixa resistência à oxidação; TiN: Dourado. Alta estabilidade química - menor tendência à difusão (cratera) comparado ao TiC. Menor dureza e maior tenacidade que o TiC; Ti(C,N): Dureza intermediária. Usinagem de aço com grande resistência mecânica e alto calor. Utilização em multicamadas; Materiais para Ferramentas de Corte (Ti, Al)N: maiores resistência à oxidação e dureza a quente. Usinagem com grandes solicitações térmicas como furação sem fluido, furações profundas ou furações com pequenos diâmetros; Al2O3: ótima resistência ao desgaste abrasivo e por difusão. Ótima resistência à oxidação; Materiais para Ferramentas de Corte Pode ser composto por até 10 camadas com a combinação das propriedades; Geralmente a primeira camada é o TiC ou o TiCN, seguidas por camada de TiN, AlON ou Al2O3; Revestido Multicamadas Materiais para Ferramentas de Corte Materiais para Ferramentas de Corte 0 1000 2000 3000 4000 TiC TiAlN TiCN TiN Al2O3 MD Material da cobertura Materiais para Ferramentas de Corte Estabilidade Química Resistência ao desgaste Coeficiente de atrito TiC TiN ZrN Al2O3 TiAlN TiCN Materiais para Ferramentas de Corte O revestimento de ferramentas de usinagem pode ocorrer por meios químicos ou físicos: Processo CVD (Chemical Vapor Deposition, Deposição Química a Vapor); Processo PVD (Physical Vapor Deposition, Deposição Física a Vapor) Materiais para Ferramentas de Corte Processo CVD O revestimento é formado através de uma reação química ocorrida diretamente na superfície das peças a serem revestidas; São depositadas camadas de TiC, TiN, Ti(CxNy), Al2O3 e outros, separadamente ou em diferentes combinações com diversas camadas; Geometrias complexas podem ser revestidas uniformemente; No fresamento são empregados metais duros com camadas de revestimento mais finas (4 - 6 m) que no torneamento (até 12 m); Materiais para Ferramentas de Corte São diferenciados três tipos de processos de revestimentos CVD: HT-CVD (Alta temperatura CVD, 900 - 1100C); MT-CVD (Média temperatura CVD, 700 - 900C); P-CVD (Plasma CVD, 450 - 650C); Maiores temperaturas – maior aderência, maiores camadas, maior fragilidade, menor tenacidade de substrato; Materiais para Ferramentas de Corte Surgimento – início dos anos 80; Suas menores temperaturas possibilitaram o uso em HSS As principais diferenças em relação ao CVD são: Processo PVD temperaturas de processo de 200 a 600 C; tenacidade do substrato inafetada (baixa temperatura) vasta opção de revestimentos e combinações; espessura da camada limitada a 3 a 5m; necessidade de pré-trabalho superficial e controle de processo minucioso para se obter excelente aderência; Materiais para Ferramentas de Corte Materiais para Ferramentas de Corte Materiais para Ferramentas de Corte
Compartilhar