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Leishmaniose: Características e Diagnóstico

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Leishmaniose 
Gênero – Leishmania 
Ordem – Kinetoplastida 
Família – Trypanossomatidae 
São protozoários unicelulares, digenéticos (heteróxe-
nos), reprodução - divisão binaria. 
Hospedeiro invertebrado – exclusivamente, fêmeas de 
insetos hematófagos (flebotomíneos). 
 
MORFOLOGIA 
Amastigotas – interior das células fagocitárias ou li-
vres; microscopia óptica – organismos ovais, esféricos 
ou fusiformes; citoplasma – corados em azul-claro, são 
encontrados: núcleos grandes e arredondados, e cine-
toplasto – forma de um pequeno bastonete, ambos co-
rados em vermelho-púrpura. 
Flageladas – promastígotas são encontradas no trato 
digestivo do hospedeiro invertebrado. São alongadas, 
com um flagelo, livre e longo; Núcleo – arredondado ou 
oval; cinetoplasto – Forma de bastão; 
Paramastigotas – pequenas arredondadas ou ovais; 
flagelos – curto, 
Promatigotas metacíclicas - formas infectantes para os 
hospedeiros vertebrados; diâmetro do corpo nos me-
nores limites apresentados pelos promastigotas e o fla-
gelo muito longo; 
 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 
LEISHMANIOSE TERGUMENTAR 
- Doença zoonótica que acomete o homem e diversas 
espécies de animais silvestres e doméstico; 
- Forma cutânea localizada – lesões ulcerosas, indolo-
res, únicas ou múltiplas; 
- Forma cutaneomucosa – lesões mucosas agressivas 
nas regiões nasofarígeas 
- Forma disseminada – múltiplas úlceras cutâneas; 
- Forma difusa – lesões nodulares não-ulceradas. 
- Aspectos biológicos - Agente etiológico 
- Gênero Leishmania Ross – heteróxeno 
 
FORMAS CLÍNICAS 
Leishmaniose cutânea – ulceras únicas ou múltiplas 
confinadas na derme, com epiderme ulcerada; 
Leishmaniose cutâneo-disseminada é uma variação da 
forma cutânea, sendo relacionada com paciente imu-
nossuprimidos (AIDS) 
As espécies: 
L. braziliensis: 
- Lesões – ulceras-de-Bauru, ferida brava, ou feirda 
seca e bouba. 
- Infecção regular e crônica; tedência para cura expon-
tânea; 
 
Leishmaniose 
L. guyanensis: 
- Lesões (pian bois) -ulcera única do tipo “cratera de 
lua”; 
- Lingadite e linfadenopatias são relativamente fre-
quentes; 
 L. amazonensis 
- Lesões ulceradas simples e limitadas; 
- Não muito comum no homem. 
L. laisonsi 
- Úlcera cutânea única e não há evidencias de envolvi-
mento nasofaríngeo. 
 
LEISHMANIOSE CUTANEOMUCOSA (LCM) 
- Agente etiológico- L braziliensis e L. guayanensis 
- Lesões destrutivas envolvendo mucosas e cartilagens; 
- Regiões mais afetadas pela disseminação são o nariz, 
a faringe, a boca e a laringe. 
- Crônica. 
 
LESHMANIOSE CUTANEA DIFUSA 
- Agente etiológico – L. amazonensis; 
- Lesões difusas não ulceradas por toda pele (grande 
número de amastigotas); 
- Estreitamente associada a uma deficiência imunoló-
gica do paciente. 
 
DIAGNÓSTICO 
Clinico: 
- Característica da lesão e diagnostico diferencial de ou-
tras dermatoses granulomatosas; 
- Ápula avermelhada que vai aumentando de tamanho 
formando ferida recoberta por crosta ou secreção pu-
rulenta; 
- Pode se manifestar como lesões inflamatórias nas 
mucosas do nariz e boca 
Laboratorial 
Exame direto de esfregaço corados: 
- Retira-se um fragmento dos bordos da lesão e é feito 
esfregaço em lâmina por aposição; 
- Esfregaço é corado por derivados de Romanowsky, 
Giemsa ou Leishman e avaliado por um técnico micros-
copista bem treinado; 
 
Exame histopatológico: 
- Fragmento de pele obtido por biópsia é submetido a 
técnicas histológicas; 
- O encontro de amastigotas ou de infiltrado inflamató-
rio compatível pode definir ou sugerir o diagnóstico. 
 
Cultura: 
- O meio NNN associado a LIT suplementado com anti-
bióticos é o mais utilizado; 
- A cultura deve ser mantida por 3 repiques sucessivos 
com intervalo de dez dias entre um e outro 
 
Pesquisa do dna do parasito 
- A PCR tem se mostrado como nova opção de diagnós-
tico da LT, principalmente por sua grande sensibili-
dade; 
- Recentes validações da metodologia mostram que é 
possível identificar o agente etiológico em nível de gê-
nero 
Métodos imunológicos 
teste de Montenegro 
- Avalia a reação de hipersensibilidade retardada e é 
utilizado para diagnósticos ou monitoramento de pro-
gramas de vacinas; 
- É inoculado 0,1 ml de antígeno intradérmico na face 
interna do braço; 
Leishmaniose 
- Se a reação for positiva haverá reação inflamatória lo-
cal formando nódulo que atinge o auge em 48-72 horas 
 
Reação de imunofluorescência indireta 
- O mais utilizado entre os métodos sorológicos para 
diagnóstico da LTA; 
- Títulos de anticorpos são baixos no caso de lesão cu-
tânea recente e aumentados nas formas crônicas da 
doença; 
- Pode ter reações cruzadas com outros tripanossoma-
tídeos 
 
LESHMANIOSE VISERAL 
- Crônica, grave e de alta letalidade se não tratada; 
- Aspecto clínicos e epidemiológico diversos e caracte-
rísticos, para cada região; 
- Fatores de riscos – desnutrição, o uso de drogas imu-
nossupressoras e a co-infecção com HIV 
Agente etiológico – complexo L. donovani 
L. donovani 
l. infantum. 
l. chagas. 
 
 
 
 
. 
FORMA SINTOMÁTICA CRÔNICA OU CALAZAR CLÁS-
SICO 
- Evolução prolongada – período de estado, com febre 
irregulares associada ao continuo agravamento dos 
sintomas, desnutrição e esplenomegalia. 
- É comum edema generalizado, dispneia, cefaleia, do-
res musculares, perturbações digestivas, epistaxes e 
retardo da puberdade; 
Infecções bacterianas são especialmente importantes 
na determinação do óbito. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Clínico 
- Sinais e sintomas apresentados pelo paciente; 
- Histórico de residência em área endêmica 
 
Laboratorial 
- Pesquisa do parasito – baseia-se na observação direta 
do parasito em preparações de material obtido de as-
pirado de medula óssea, baço, fígado e linfonodo; 
- Através de esfregaço em lâmina de vidro, corados 
pelo Giemsa ou Panóptico, inoculados em meio de cul-
tura NNN ou em animais de laboratório. 
- A punção de medula óssea é a técnica que apresenta 
menos risco à saúde do paciente, os outros métodos 
são muito invasivos e tendem a ser substituídos 
Exame histopatológico – pode ser feito quando o ma-
terial é obtido por biopsia; 
Métodos imunológicos 
- Antígenos utilizados são produzidos a partir de lisados 
de formas promastigotas do parasito, eles são solúveis 
e o teste mostra sensibilidade muito alta 
- Também pode ter reações cruzadas com outros tripa-
nossomatídeos, mas o problema pode ser solucionado 
com emprego de antígenos purificados e recombinan-
tes 
 
PROFILAXIA 
Proteção individual – utilização de repelentes, mosqui-
teiros; 
Tratamento de sintomáticos e assintomáticos em regi-
ões com alta incidência de flebotomíneos; 
Tratamento/exterminação de animais domésticos in-
fectado. 
IMPORTANTE 
Caracterizada por febre irregular de intensidade média 
e de longa duração, esplenomegalia, hepatomegalia, 
acompanhada de anemia, leucopenia, trombocitopenia, 
hipermagamaglobulinemia e hipoalbuminemia

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