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São substâncias complementares de qualquer natureza que não tem propriedades farmacológicas ou terapêuticas, utilizadas como veículo ou excipiente, bem como as matérias primas destinadas ao acondicionamento de formas farmacêuticas. São também chamados de insumos inertes, substâncias essas empregadas na homeopatia para a realização de diluições, incorporar as dinamizações e extrair princípios ativos das drogas na elaboração das tinturas homeopáticas. Segundo a RDC n. 67/2007, controle de qualidade “é o conjunto de operações (programação, coordenação e execução) com o objetivo de verificar a conformidade das matérias-primas, materiais de embalagem e do produto acabado, com as especificações estabelecidas”. Tem como objetivo controlar tudo o que entra na farmácia, o que se produz e é dispensado. Há dificuldades no controle de qualidade homeopático devido apenas as matérias- primas inertes ou ativas permitirem controle analítico. Deve obedecer às normas farmacopeicas, além das condições de pureza contidas nas mesmas. Os insumos inertes apresentam importância, chegando a fazer parte integral do medicamento, mostrando sua necessidade de manipulação livres de impurezas. São analisados pelo setor de controle de qualidade da farmácia: Caracteres organolépticos; Solubilidade; pH; Volume; Peso; Ponto de fusão; Densidade; Avaliação do certificado de análise do fabricante/fornecedor Água purificada Álcool etílico Lactose Sacarose Glicerina Glóbulos inertes Microglóbulos inertes Comprimidos inertes Tabletes Inertes Bases p/ pomadas, cremes, géis, supositórios, linimentos Amidos, estearatos Glicerina Material de acondicionamento (recipientes e acessórios) A água purificada usada na homeopatia é obtida através de bidestilação, deionização, mili Q e osmose reversa; Deve ser límpida, incolor, inodora e isenta de impurezas; São acondicionadas em recipientes bem fechados, tais como barriletes de vidro ou PVC; Deve ser renovada TODOS OS DIAS. Pela manhã; Segundo a RDC n. 67/2007 – armazenamento inferior a 24hs e sanitização dos recipientes a cada troca de água; A destilação é o processo mais recomendado para a homeopatia. O destilador deve ser de vidro, limpo e registrado sempre o POP. A água destilada é utilizada principalmente na preparação de soluções hidroalcóolicas, soluções hidroalcóolicas glicerinadas e na lavagem de frascos, equipamentos e utensílios. São empregadas também na dispensação de formas farmacêuticas líquidas (dose única). A água potável que abastece a farmácia deve ser proveniente de caixa d’água protegida, para evitar entrada de contaminantes. A cada 6 meses são feitos testes físico-químicos e microbiológicos para monitoramento de qualidade. Tudo isso deve ser registrado em POP’s. O álcool utilizado em homeopatia é o álcool etílido bidestilado (etanol); Deve conter no mínimo 95,1% (v/v) e no máximo 96,9% (v/v) de etanol; Deve ser límpido, incolor, com odor característico, sabor ardente e isento de impurezas. É líquido, volátil e inflamável; Deve ser acondicionado em recipientes herméticos, longe de fogo ou calor; Utilizado em diferentes graduações, dependendo do fim a que se destina – líquido extrator na preparação de Tintura Mãe ou veículo na preparação e dispensação das formas farmacêuticas líquidas. Etanol a 20%: É empregado na passagem da forma sólida (trituração) para a líquida; Etanol a 30%: Empregado na dispensação de medicamentos homeopáticos administrados em gotas. Geralmente quando não especificado o álcool da formulação, o 30% é o mais utilizado. Etanol a 70%: Empregado na preparação do estoque ou nas dinamizações intermediárias e moldagem de tabletes; Etanol a 96%: Utilizado na impregnação das formas farmacêuticas sólidas (glóbulos, tabletes, pós e comprimidos). Diferentes diluições etanólicas: Adotadas na elaboração das tinturas homeopáticas e na diluição de drogas solúveis, nas 3 primeiras dinamizações centesimais ou nas 6 primeiras dinamizações decimais. Para a preparação do álcool empregado nas tinturas e nas diferentes formas farmacêuticas homeopáticas é facultado adotar tanto o critério volumétrico (v/v) quanto o critério ponderal (p/p), ou ainda outros critérios (v/p, p/v), desde que se mantenha o mesmo critério do início ao fim da operação. O mais indicado é o método ponderal, pois apresenta a vantagem da exatidão e dispensa o uso de vários frascos graduados. p = gramas v = volume em mL Formula para calcular a quantidade de álcool a diluir com a água (método ponderal (p/p) Ci x Pi = Cf x Pf Ci = concentração inicial Pi = peso inicial Cf = concentração final Pf = peso final Ex: Para obtenção de 1000g de etanol 70% a partir do etanol 96%, pelo método ponderal: 96% x Pi = 70% x 1000g Pi = 70.000 / 96% = 729,17g de etanol a 96% 1000g – 729,17g a 96% = 270,83g água purificada Se apresenta na forma de pó cristalino ou massa branca, inodora, com leve sabor doce e ser acondicionada em recipientes bem fechados, pois os odores são facilmente absorvidos; Deve ser puro e livre de impurezas; Solúvel em água e pouco solúvel em álcool; Utilizada em dinamizações feitas a partir de substâncias insolúveis (trituração); Utilizada na preparação de formas sólidas – glóbulos, tabletes, comprimidos, pós e papeis. Obtida da cana de açúcar, apresentada em forma de cristais incolores ou brancos, sabor doce, solúvel em água e pouco solúvel em álcool; É utilizada na preparação de glóbulos e microglóbulos inertes; É acondicionada em recipientes bem fechados São utilizados como veículo na homeopatia; São feitos de sacarose e lactose; Devem ser brancos, esféricos, homogêneos, praticamente inodoros e com leve odor adocicado; São solúveis em água e praticamente insolúveis em álcool; Apresentam boa porosidade, para que possam ser impregnados com a potência desejada, absorvendo pelo menos 10% de sua área total. nº 3 – pesam em média 30mg nº 5 – pesam em média 50mg nº 7 – pesam em média 70mg São conservados em recipientes hermeticamente fechados. São utilizados na preparação de medicamentos na escala Cinquenta Milesimal (LM); São esferas pequenas feitas de sacarose e amido; Apresentam-se na forma de grãos esféricos, brancos, homogêneos e regulares, praticamente inodoros ou de sabor doce, facilmente solúveis em água e praticamente insolúveis em álcool; São conservadas em recipientes bem fechados São feitos de lactose, coloração branca, inodoros e com leve sabor adocicado; São é forma discóide; Preparados por moldagem da lactose em tableteiro, após fusão das partículas até consistência adequada, com álcool 70%(v/v). Tem peso médio de 100 a 300mg e devem ser bem acondicionados em recipientes bem fechados São utilizados como veículo; São obtidos através da compressão de lactose ou mistura de lactose e sacarose; Pesam entre 100 e 300mg, com cor branca, inodoros e com sabor levemente adocidado; Tem forma discoide, são homogêneos e regulares; Devem ser acondicionados em recipientes bem fechados Deve ser clara, incolor e ter consistência de xarope, com odor característico e sabor doce; Deve ser acondicionada em recipiente bem fechado, de vidro ou plástico devido ser higroscópica; Empregada diluída em água purificada na elaboração de tinturas homeopáticas (TM) preparadas a partir de órgãos ou glândulas de animais superiores e na preparação de certos bioterápicos. Os recipientes devem ser materiais que não influenciem sobre as drogas, veículos e excipientes, ou seja, não deve haver modificações das atividades medicamentosas. Segundo a Farmacopéica Homeopática Brasileira II: Preparação e Estocagem de Medicamentose Tinturas Homeopáticas: frascos de vidro âmbar ou incolor com proteção contra a luz, classe hidrolítica I, II, III e NP. Dispensação de Medicamentos: frascos de vidro âmbar ou incolor com proteção contra a luz, classe hidrolítica I, II, III e NP), frascos plásticos de cor branca leitosa de polietileno de alta densidade, polipropileno e policarbonato, papel (branco impermeável, tipo “pérola branca”) Tampas, batoques e gotejadores – polietileno ou polipropileno; Cânulas – vidro, polietileno de alta densidade, polipropileno ou policarbonato; Bulbos – látex, silicone atóxico ou polietileno, sendo vedado o uso de bulbos de borracha que soltem resíduos em medicamentos. As ponteiras descartáveis não são consideradas parte integrante dos recipientes, mas entram em contato com dinamizações e tinturas na preparação dos medicamentos homeopáticos. A lavagem, secagem e esterilização dos recipientes e acessórios utilizados no acondicionamento de medicamentos e tinturas homeopáticas devem ser realizadas com rigor, pois a contaminação microbiológica e a presença de resíduos químicos e energéticos podem prejudicar a qualidade desses produtos. Vidros virgens ou usados – lavar com água corrente abundante, enxaguar com água purificada no mínimo 2x, a fim de retirar impurezas que a água corrente contém. Deve deixar a água escorrendo por alguns minutos e esterilizar na autoclave a 120ºC, 1 atm, por 30min, ou em estufa de secagem a 180ºC por 30min ou 140ºC por 60min. Altas temperaturas após a lavagem dos recipientes e acessórios usados, além de esterilizá-los, inativam energias remanescentes das dinamizações. Frascos plásticos e acessórios virgens – lavar com água corrente abundante e a seguir enxaguar com água purificada por pelo menos 2x, deixando imersos em etanol a 70% por 2h; Bulbos – lavar com água corrente e enxaguar com água purificada e a seguir enxaguar com etanol a 70% Os materiais usados de polietileno de alta densidade, polipropileno e policarbonato (tampas, batoques, gotejadores, cânulas, ponteiras) devem ser lavados com água corrente e enxaguados com água purificada, no mínimo 2 vezes, e esterilizados em autoclave a 120ºC, 1 atm, por 30min. Vaselina Lanolina Manteiga de Cacau Solução Fisiológica
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