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Criminologia - AULA 02 (Teorias penais questões)

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CRIMINOLOGIA 
AULA 02 – TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 
 
23 DE OUTUBRO DE 2018 
 
PROF. ALEXANDRE HERCULANO 
Criminologia 
AULA 02 – TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 
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Sumário 
 
 
TEORIAS PENAIS E TEORIAS CRIMINOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS .................................................... 2 
Introdução .......................................................................................................................................................................................... 2 
 Teorias Penais e Teorias Criminológicas Contemporâneas ...................................................................................... 3 
ETAPAS EVOLUTIVAS DO PENSAMENTO CRIMINOLÓGICO ....................................................................... 8 
Introdução .......................................................................................................................................................................................... 8 
Sociologia Criminal ou Teorias Macrossociológicas ..................................................................................................... 9 
Resumo ..................................................................................................................................................................... 12 
Questões ................................................................................................................................................................... 22 
Gabarito .............................................................................................................................................................................................28 
 
Criminologia 
AULA 02 – TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 
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Introdução 
 
Falando em história da Criminologia é importante saber que houve uma fase pré-científica da 
criminologia, que era marcada por uma abordagem acidental e superficial do delito. 
 
Em sua origem, o pensamento criminológico encontrava abordagem em duas fontes: a de caráter 
filosófico, ideológico ou político (utópicos, ilustrados, clássicos, reformistas) e as de natureza empírica 
(Fisiologia, Frenologia, Psiquiatria, etc.). 
 
Argumenta-se que a etapa pré-científica da criminologia ganha destaque com os postulados da Escola 
Clássica, muito embora antes dela já houvesse estudos acerca da criminalidade. 
 
Na etapa pré-científica havia dois enfoques muito nítidos: de um lado, os clássicos, influenciados pelo 
Iluminismo, com seus métodos dedutivos e Lógicos formais, e, de outro lado, os empíricos, que 
investigavam a gênese delitiva por meio de técnicas fracionadas, tais como as empregadas pelos 
fisionomistas, antropólogos, biólogos etc., os quais substituíram a Lógica formal e a dedução pelo método 
indutivo experimental (empirismo). 
 
Essa dicotomia existente entre o que se convencionou chamar de clássicos e positivistas, quer com o 
caráter pré-científico, quer com o apoio da cientificidade, ensejou aquilo que se entendeu por “luta de 
escolas”. 
 
O estudo do fenômeno criminoso sempre esteve inserido na atual fase do desenvolvimento social, 
marcada por uma forte heterogeneidade a acirrar os ensejos de conflito, torna-se tema obrigatório e de 
alta relevância. 
 
Pessoal, tradicionalmente o crime era encarado como uma realidade em si mesmo. O criminoso como um 
indivíduo diferente, anormal ou até mesmo patológico. 
 Desse modo todos os esforços eram alocados para as pesquisas em torno dos fatores produtores da 
delinquência e os mecanismos capazes de prevenir, reprimir e corrigir as condutas desviantes. 
 
 
 
 
Criminologia 
AULA 02 – TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 
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Teorias Penais e Teorias 
Criminológicas Contemporâneas 
 
Pessoal, iniciando esta parte, vamos abordar as principais teorias sociológicas da criminalidade. 
Uma coisa que vocês devem saber para a prova de vocês é que as teorias criminológicas, em geral, têm 
como objeto quatro elementos: 
 a lei; 
 o criminoso; 
 o alvo; e 
 o lugar. 
 
A forma como são classificadas diz respeito aos diversos níveis de explicação, que variam do individual ao 
contextual. 
As teorias criminológicas que adotam o nível individual de análise partem do pressuposto de que o crime 
se deve aos fatores internos aos indivíduos que os motivam. A maioria das teorias criminológicas mais 
importantes são explicações relativamente precisas que procuram propor dedutivamente hipóteses 
claras e consistentes entre si e que possam ser submetidas a propósitos de refutação e superá-los com 
êxito. 
 
Entrando, agora, nas teorias penais criminológicas, vamos começar falando sobre a Escola Clássica. 
 
I. A ESCOLA CLÁSSICA nasceu entre o final do século XVIII e a metade do século XIX como reação ao 
totalitarismo do Estado Absolutista, filiando-se ao movimento revolucionário e libertário do Iluminismo. 
Vivia-se o “século das luzes”. Seus fundamentos tiveram origem nos estudos de Beccaria e foram 
lapidados e desenvolvidos, principalmente, pelos italianos Francesco Carrara, Carmignani, e Rossi. Outros 
famosos representantes da Escola Clássica foram Mittermaier e Birkmeyer, na Alemanha, Ortolan e 
Tissot, na França, e F. Pacheco e J. Montes, na Espanha. 
 
Todos eles tinham em comum a utilização do método racionalista e lógico e eram, em regra, 
jusnaturalistas, ou seja, aceitavam que normas absolutas e naturais prevalecessem sobre as normas do 
direito posto. 
 
Basicamente, suas notas fundamentais eram: 
 Entendiam o crime como um conceito meramente jurídico, tendo como sustentáculo o direito natural. 
Para francesco carrara, crime é “a infração da lei do estado promulgada para proteger a segurança dos 
cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou negativo, moralmente imputável e 
politicamente danoso”; 
 Predominava a concepção do livre-arbítrio, isto é, o homem age segundo a sua própria vontade, tem a 
liberdade de escolha independentemente de motivos alheios (autodeterminação). Logo, por ser possuidor 
da faculdade de agir, o homem é moralmente responsável pelos seus atos; e 
Por ser responsável, àquele que infringiu a norma penal deve ser imposta uma pena, como forma de 
retribuição pelo crime cometido. Se, ao contrário, o agente não estava em suas perfeitas condições 
psíquicas, não pode ser punido. 
 
A Escola Clássica havia conseguido enfrentar com êxito as barbáries do Absolutismo, e o respeito do 
indivíduo como ser humano já despontava nos países civilizados. Entretanto, os ambientes político e 
filosófico, em meados do século XIX, revelavam grande preocupação com a luta eficiente contra a 
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crescente criminalidade. 
 
Manifestava-se a necessidade de defesa da sociedade e os estudos biológicos e sociológicos assumiam 
relevante importância, principalmente com as doutrinas evolucionistas de Darwin e Lamarck e 
sociológicas de Comte e Spencer. 
 
Os Clássicos partiram de duas teorias distintas: o jusnaturalismo (direito natural, de Grócio), que decorria 
da natureza eterna e imutável do ser humano, e o contratualismo (contrato social ou utilitarismo, de 
Rousseau), em que o Estado surge a partir de um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem 
parcela de sua liberdade e direitos em prol da segurança coletiva. 
 
Nasce, então, a Escola Positiva, também denominada Positivismo Criminológico, despontando os estudos 
dos “três mosqueteiros”: Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Rafael Garofalo. 
Chamou-se positiva pelo método, e não por aceitar a filosofia do positivismo de Augusto Comte. Cesare 
Lombroso, médico, representou a fase antropológica da Escola Positiva, a ele se imputa o ensinamento de 
que o homem não é livre em sua vontade. Ao contrário, sua conduta é determinada por forças inatas. 
 
Com ele se iniciou, de forma científica, a aplicação do método experimental noestudo da criminalidade. 
Também ofereceu à comunidade jurídica a teoria do criminoso nato, predeterminado à prática de 
infrações penais por características antropológicas, nele presentes de modo atávico. 
 
Em seguida, acrescentou ao atavismo, como causas do crime, também a loucura moral e a epilepsia 
larvada e, finalmente, por influência de Ferri, alia às causas antropológicas também os fatores físicos e 
sociais. Enrico Ferri empunha a bandeira da fase sociológica no Positivismo Criminológico, destacando-se 
suas obras “Sociologia criminal” (1892) e “Princípios de direito criminal” (1926). 
 
Já Rafael Garofalo é a "fortaleza" da fase jurídica da Escola Positiva. 
Empregou e imortalizou a expressão “Criminologia”, título de sua principal obra, publicada em 1885, 
conferindo aspectos estritamente jurídicos ao movimento. Atribui-se a ele o conceito de delito natural, 
compreendido como “ação prejudicial e que fere ao mesmo tempo alguns desses sentimentos que se 
convencionou chamar o 
senso moral de uma agregação humana”. Influenciado pela teoria da seleção natural, sustentava que os 
criminosos não assimiláveis deveriam ser eliminados pela deportação ou pela morte. 
 
Na Escola Positiva, destacou-se o método experimental, no qual o crime e o criminoso deveriam ser 
estudados individualmente, inclusive com o auxílio de outras ciências. Ganhou relevo o determinismo, 
negando-se o livre-arbítrio, haja vista que a responsabilidade penal fundamentava-se na responsabilidade 
social, no papel que cada ser humano desempenhava na coletividade. 
Pode-se afirmar que a Escola Positiva teve três fases: antropológica (Lombroso), sociológica (Ferri) e 
jurídica (Garófalo). 
 
É importante lembrar que, antes da expressão “italiana” do positivismo (Lombroso, Ferri e Garófalo), já se 
delineava um cunho científico aos estudos criminológicos, com a publicação, em 1827, na França, dos 
primeiros dados estatísticos sobre a criminalidade. Tal publicação chamou a atenção de importantes 
pesquisadores, dentre os 
quais o belga Adolphe Quetelet, que ficou fascinado com a sistematização de dados sobre delitos e 
delinquentes. 
 
Justamente em função disso, em 1835, Quetelet publicou a obra Física social, que desenvolveu três 
preceitos importantes: 
 o crime é um fenômeno social; 
 os crimes são cometidos ano a ano com intensa precisão; 
 há várias condicionantes da prática delitiva, como miséria, analfabetismo, clima etc. 
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Quetelet Formulou ainda a teoria das leis térmicas, por meio da qual no inverno seriam praticados mais 
crimes contra o patrimônio, no verão seriam mais numerosos os crimes contra a pessoa e na primavera 
haveria maior quantidade de crimes contra os costumes (sexuais). 
Quetelet tornou-se, portanto, defensor das estatísticas oficiais de medição de delitos; todavia, guardou 
certa cautela, na medida em que se apercebeu que uma razoável quantidade de crimes não era detectada 
ou comunicada aos órgãos estatais (cifra negra). 
Ainda que se considere que o positivismo criminológico tenha raízes nesses estudos estatísticos 
(cientificidade), sua aclamação e consolidação só vieram a ocorrer no final do século XIX, com a atuação 
destacada de Lombroso, Ferri e Garófalo, principais expoentes da Escola Positiva italiana. 
Cesare Lombroso (1835-1909) publicou em 1876 o livro “O homem delinquente”, que instaurou um 
período científico de estudos criminológicos. 
Por isso, afirmou que o crime não é uma entidade jurídica, mas sim um fenômeno biológico, razão pela 
qual o método indutivo-experimental deveria ser o empregado. 
Lombroso classificou os criminosos em natos, loucos, por paixão e de ocasião, ele estudava essas 
tipologias de criminosos reunindo as suas características. 
 Criminoso Nato: o individuo sofria influência biológica, possuía estigmas, instinto criminoso. Era um 
ser selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada, fronte fugidia, sobrancelhas 
salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços cumpridos, face enorme, tatuado, impulsivo, 
mentiroso e falador de gírias etc.). 
 Criminoso Louco: perversos, loucos morais, alienados mentais que devem permanecer no hospício. 
Seriam, os criminosos loucos, individuos com capacidade de compreensão prejudicada. 
 Criminoso de Ocasião: predisposto hereditariamente, são pseudocriminosos. Podem ser traduzidos 
pela expressão: “a ocasião faz o ladrão”, pois assumem hábitos criminosos influenciados pelas 
circunstâncias que vivem. 
 Criminoso por Paixão: sanguineos, nervosos, irrefletidos, usam da violência para solucionar questões 
passionais. São sujeitos exaltados. 
Quanto ao Correcionalismo Penal, também chamado de Escola Correcionalista, surgiu na Alemanha, em 
1839, com a publicação da obra “Comentatio na poena malum esse debeat”, de Karl David August Röeder, 
professor da Universidade de Heidelberg. 
Esse posicionamento surgiu de forma inovadora e revolucionária em relação às tendências da época, 
submetendo a uma detalhada análise as teorias fundamentais sobre o delito e a pena. Para Röeder, a pena 
tem a finalidade de corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, dessa forma, não pode ser fixa e 
determinada, como na visão da Escola Clássica. 
 
Ao contrário, a sanção penal deve ser indeterminada e passível de cessação de sua execução quando se 
tornar prescindível. Este foi o grande mérito do jurista: ter lançado no Direito Penal a semente da 
sentença indeterminada. Com efeito, o fim da pena jamais seria a repressão ou a punição, afastando 
destarte as teorias absolutistas. Também não seria a prevenção geral, mas apenas a prevenção especial. 
Destaca-se a célebre frase de Concépcion Arenal: “não há criminosos incorrigíveis, e sim incorrigidos”. 
Busca-se, assim, a emenda de todos os delinquentes. Curioso anotar que o penalista alemão não ganhou 
partido em seu país. Contudo, sua teoria disseminou-se pela Europa, principalmente na Espanha, com 
importantes cultores, destacando-se Pedro Dorado Montero, Concepción Arenal, Alfredo Calderón, Giner 
de los Rios, Romero y Girón e Rafael Salillas. 
Já o Tecnicismo Jurídico iniciou-se na Itália. Arturo Rocco delimitou o método de estudo do Direito Penal 
como o positivo, restrito às leis vigentes, dele abstraindo o conteúdo causal-explicativo inerente à 
antropologia, sociologia e filosofia. 
O mérito do movimento, atualmente dominante na Itália e abraçado pela maioria das nações, foi excluir 
do Direito Penal toda carga de investigação filosófica, limitando-o aos ditames legais. Com efeito, o jurista 
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deve valer-se da exegese para concentrar-se no estudo do direito positivo. As preocupações causais 
explicativas pertencem a outros campos, filosóficos, sociológicos e antropológicos, que se valem do 
método experimental. 
Por sua vez, o Direito Penal tem conteúdo dogmático, razão pela qual seu intérprete deve utilizar apenas 
o método técnico-jurídico, cujo objeto é o estudo da norma jurídica em vigor. Em sua origem, o tecnicismo 
jurídico, liderado por Arturo Rocco, Vicenzo Manzini, Massari e Delitala, entre outros, todos eles 
inspirados nos estudos de dogmática jurídico-penal elaborados por Karl Binding, negava a abordagem do 
livre-arbítrio, bem como a existência do direito natural, sustentando ser a sanção penal mero meio de 
defesa do Estado contra a periculosidade do agente. Assim, Aníbal Bruno concluiu que o tecnicismo 
jurídico “é uma forma de classicismo, grandemente influenciada pela doutrina alemã, sobretudo depois de 
Binding”. Entretanto, em uma segunda etapa, mais moderna, capitaneada por Maggiore, Giuseppe Bettiol, 
Petrocelli e Giulio Battaglini, o tecnicismo jurídico acabou acolhendo a existência do direito natural, 
admitindo o livre-arbítrio como fundamento do direito punitivo, voltando a pena a assumir sua índole 
retributiva. 
 
No estudo do DireitoPenal, há três ordens de pesquisa e investigação. A primeira delas é a exegese, na 
opinião de Rocco utilizada sempre de forma restrita e limitada ao aspecto gramatical, ao passo que se 
deveriam buscar o alcance e a vontade da lei. 
A segunda é a dogmática, que, responsável pela exposição dos princípios fundamentais do direito 
positivo, oferece critérios para a integração e criação do Direito pela sistematização dos princípios. 
Constitui-se na conjunção sistemática das normas jurídicas postas em relações recíprocas, abstraindo 
conceitos até o mais geral, retornando, em seguida, ao particular. 
Por último, a terceira ordem de pesquisa e investigação apontada é a crítica, que estuda o Direito como 
ele deveria ser, buscando a sua construção e apresentando propostas de reforma. Atua em dois âmbitos, 
quais sejam, direito penal positivo vigente e política criminal, com os contornos da filosofia do Direito. 
 
Para Arturo Rocco, o tecnicismo jurídico seria o equilíbrio resultante do embate entre a lenta evolução da 
Escola Clássica e a violenta reação da Escola Positiva. 
 
O tecnicismo jurídico representou um movimento de restauração metodológica sobre o estudo do Direito 
Penal. Dessa forma, não constituiu uma nova Escola Penal, haja vista que não se preocupou com as 
questões inerentes à etiologia do delito, à natureza da criminalidade e ao fundamento da 
responsabilidade penal, nem com o conceito acerca da pessoa do delinquente. 
 
Para fecharmos esta parte, vou falar um pouco sobre a Defesa Social, cabe lembrar que na próxima aula 
falarei sobre Sociologia Criminal! A verdadeira ideia de defesa social surgiu no início do século XX, em 
decorrência dos pensamentos da Escola Positiva do Direito Penal. Ou melhor, não é possível conceber 
uma teoria da defesa social sem considerar a revolta positivista. 
 
Entretanto, a defesa social não se confunde com a doutrina positivista e, como teoria autônoma, não se 
inclui nos ensinamentos do Positivismo. Em verdade, surge como uma reação anticlássica, reforçada pelas 
ideias delineadas pelos representantes do Positivismo: Lombroso, Ferri e Garofalo. 
 
Era uma doutrina preocupada unicamente com a proteção da sociedade contra o crime. Nesse sentido, os 
positivistas falam em “movimento da defesa social”. 
Essa função de defesa social deveria ser garantida da forma mais eficaz e integral possível, repudiando a 
imposição de penas insuficientes, rotineiramente abrandadas pela indulgência dos tribunais. O combate à 
periculosidade tornara-se a principal finalidade do Direito Penal. 
Pessoal, para reforçar mais um pouco, vou abordar, agora, um tópico ligado, também, a criminologia 
contemporânea, e que pode ser abordado na prova de vocês. Lembrando que na criminologia 
contemporânea temos o salto qualitativo consubstanciado na passagem de um paradigma baseado na 
investigação das causas da criminalidade a um paradigma baseado na investigação das condições da 
criminalização, que se ocupa hoje em dia, fundamentalmente, da análise dos sistemas penais vigentes 
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(natureza, estrutura e funções). 
 
Outra coisa, a criminologia contemporânea desenvolvida na base deste paradigma, especialmente a 
criminologia crítica, tende a transformar-se, assim, de uma teoria da criminalidade em uma teoria crítica 
e sociológica do sistema penal, conforme estudamos acima. 
Naquela ideia, ou seja, sobre o tópico a mencionar, é preciso destacar o Bullying! Essa palavra tem sido 
utilizada para descrever o comportamento agressivo nas instituições de ensino. São agressões físicas, 
assédios, ofensas, etc. É preciso ressaltar que esse tipo de "criminalidade" não se limita a menores em 
estabelecimento de ensino. 
 
Pode surgir no trabalho, ambiente familiar, etc. Assim, o bullying pode ser praticado de muitas formas. A 
violência pode ser física, como chutes, socos, empurrões, etc. Os desdobramento dessa prática criminosa 
variam conforme o caso e a vítima. 
Algumas pessoas apresentam sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça, náuseas, cansaço, 
tonturas, e tensão muscular que se manifestam de maneira isolada ou múltipla. 
Não esqueçam que existe, também, o cyberbulling, que é o bullying praticado na internet. Esta forma de 
violência apresenta uma peculiaridade que a torna difícil de combater, o anonimato! 
Pois os bullies se valem de apelidos, nomes de personalidades ou de outras pessoas. 
 
 
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Etapas evolutivas do 
pensamento criminológico 
 
Introdução 
 
Segundo Sampaio, a sociologia criminal, em seu início e postulados, confundiu-se com certos preceitos da 
antropologia criminal, uma vez que buscava a gênese delituosa nos fatores biológicos, em certas 
anomalias cranianas, na “disjunção” evolutiva. 
 
O próprio Lombroso, no fim de seus dias, formulou o pensamento no sentido de que não só o crime surgia 
das degenerações, mas também certas transformações sociais afetavam os indivíduos, desajustando-os. 
Todavia, a moderna sociologia partiu para uma divisão bipartida, analisando as chamadas teorias 
macrossociológicas, sob enfoques consensuais ou de conflito. 
Nessa perspectiva macrossociológica, as teorias criminológicas contemporâneas não se limitam à análise 
do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas sim da sociedade como um todo. 
 
O pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões: 
✓ Uma de cunho funcionalista, denominada teoria de integração, mais conhecida por teorias de 
consenso; 
✓ Uma de cunho argumentativo, chamada de teorias de conflito. 
 
São exemplos de teorias de consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da 
anomia e a teoria da subcultura delinquente. 
 
De outro lado, são exemplos de teorias de conflito o labelling approach e a teoria crítica ou radical. 
Sampaio, afirma ainda, que as teorias de consenso entendem que os objetivos da sociedade são atingidos 
quando há o funcionamento perfeito de suas instituições, com os indivíduos convivendo e 
compartilhando as metas sociais comuns, concordando com as regras de convívio. 
Aqui os sistemas sociais dependem da voluntariedade de pessoas e instituições, que dividem os mesmos 
valores. As teorias consensuais partem dos seguintes postulados: toda sociedade é composta de 
elementos perenes, integrados, funcionais, estáveis, que se baseiam no consenso entre seus integrantes. 
Por sua vez, as teorias de conflito argumentam que a harmonia social decorre da força e da coerção, em 
que há uma relação entre dominantes e dominados. 
Nesse caso, não existe voluntariedade entre os personagens para a pacificação social, mas esta é 
decorrente da imposição ou coerção. Os postulados das teorias de conflito são: as sociedades são sujeitas 
a mudanças contínuas, sendo ubíquas, de modo que todo elemento coopera para sua solução. Haveria 
sempre uma luta de classes ou de ideologias a informar a sociedade moderna (Marx). 
 
Os sociólogos contemporâneos afastam a luta de classes, argumentando que a violação da ordem deriva 
mais da ação de indivíduos, grupos ou bandos do que de um substrato ideológico e político. 
 
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Sociologia Criminal ou 
Teorias Macrossociológicas 
 
A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância para o estudo da criminalidade urbana. As 
teorias estabelecidas por seus seguidores – sociólogos durante aquele período influenciaram estudos 
urbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos e Inglaterra. Sua atuação foi 
marcada pelo pragmatismo, e, dentre outras inovações que preconizou, destacam-se o método da 
observação participante e o conceito de ecologia humana. 
As 4 principais teorias da Escola de Chicago são: 
 
1. TEORIA ECOLÓGICA; 
Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social – 1920/1940: Segundo estateoria, a ordem social, 
estabilidade e integração contribuem para o controle social e a conformidade com as leis, enquanto a 
desordem e a má integração conduzem ao crime e à delinquência. Tal teoria propõe ainda que quanto 
menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo a comunidade ou a sociedade, maiores 
serão os índices de criminalidade. 
A teoria ecológica explica o efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de 
desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos e, sobretudo, invocando o 
debilitamento do controle social desses núcleos. Com a escola de Chicago, a Criminologia abandonou o 
paradigma até então dominante do positivismo criminológico, do delinquente nato de Lombroso, e girou 
para as influências que o ambiente, e no presente caso, que as cidades podem ter fenômeno criminal. 
Ganhou-se qualidade metodológica. Com os estudos da escola de Chicago criou-se também o ambiente 
cultural para as teorias que se sucederam e que são a feição da moderna criminologia. 
 
2. TEORIA ESPACIAL; 
Já a Teoria Espacial foi criada na década de 1940 e trata da reestruturação arquitetônica e urbanística das 
grandes cidades como medida preventiva da criminalidade. 
 
3. TEORIA DA JANELAS QUEBRADAS; 
A Teoria das Janelas Quebradas defende a repressão dos menores delitos para inibir os mais graves, 
incutindo assim a política da tolerância zero. O seu objetivo é promover a redução dos índices de 
criminalidade. 
 
4. TEORIA DA TOLERÂNCIA ZERO; 
Com relação à Teoria da Tolerância Zero é uma filosofia jurídico-política, baseada em decisões 
desprovidas de discricionariedade por parte das autoridades policiais de uma organização, as quais agem, 
seguindo padrões predeterminados no que se refere à atribuições de punições, independentemente da 
culpa do infrator ou de situação peculiar que se encontre. 
 
5. TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL; 
Parte da ideia segundo a qual o crime não pode ser definido simplesmente como disfunção ou 
inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele exclusividade dessas. A vantagem 
dessa teoria é que, ao contrário do positivismo, que estava centrado no perfil biológico do criminoso, tal 
pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva social. O homem aprende a conduta 
desviada e a associa como referência. 
Há, em verdade, inúmeras teorias englobadas dentro da terminologia, talhada por Edwin Sutherland, 
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representante mais conhecido dessas teorias e a quem de atribui o nome teoria da associação diferencial 
propriamente dita. Partindo dos preceitos de Chicago, Sutherland notabilizou-se por buscar uma 
explicação para a criminalidade de colarinho branco. Segundo ele, os conceitos de desorganização social, 
falta de controle social informal e distribuição ecológica não seriam capazes de explicar a criminalidade 
dos poderosos, uma vez que estes residiam nas melhores regiões da cidade e não tinham qualquer 
desadaptação social ou cultural. 
A transição de modelos econômicos, conclusivamente, poderia indicar uma situação tal que não 
permitisse ao homem de negócio compreender os limites do ético e do ilícito. De qualquer forma, esse 
negociante não poderia ser entendido com inadaptado socialmente tampouco como ecologicamente 
desfavorecido como pretendiam os sociólogos de Chicago. 
 
6. TEORIA DA ANOMIA; 
É uma das mais tradicionais explicações de cunho sociológico acerca da criminalidade é a teoria da 
Anomia, de Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a delinquência decorreria da 
impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. 
É uma situação social onde falta coesão e ordem, especialmente no tocante a normas e valores. Então as 
normas são definidas de forma ambígua ou são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por 
exemplo, uma calamidade como a guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria uma situação em 
que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se um sistema é organizado de tal maneira que 
promove o isolamento e a autonomia do indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais com 
seus próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade como um todo. 
A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. Existem dois autores que falam sobre 
anomia: Émile Durkheim e Robert Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas 
como funcionalistas. 
O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo orgânico, que tem uma articulação 
interna. Sua finalidade é a reprodução através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. 
Isto pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da sociedade e que 
compartilhem os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem as regras sociais vigentes e se comportem de 
forma adequada às mesas. 
Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas maneiras diferentes. Designa ora um sistema de 
movimentos vitais, abstração feita de suas consequências, ora a relação de correspondência que existe 
entre estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
Tais acertivas oriundas da análise orgânica do ser humano foram transpostas para as ciências sociais. A 
"maquina social" deve encontrar meios de autopreservação; toda vez que não encontrar, no entanto, 
estar-se-á diante de uma disfunção. Em face dessa disfunção, a sociedade deve reagir para que a falha 
desse sistema seja corrigida e para que se possa voltar ao normal funcionamento da sociedade como um 
todo. O interessante dessa perspectiva é que o combate à disfunção far-se-á não pelo estudo de suas 
causas, mas sim pelo exame de suas consequências exteriores. 
 
7. TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE; 
Desenvolvida por Wolfgang e Ferracuti (1967), esta teoria defende a existência de uma subcultura da 
violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver 
os conflitos sociais. Mais que isso, sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, 
assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam de cumprir as leis, a subcultura 
violenta pune com o ostracismo, o desdém ou a indiferença os indivíduos que não se adaptam aos 
padrões do grupo. É uma cultura associada a sistemas sociais e categorias de pessoas. As teorias 
subculturais sustentam três ideias fundamentais: o caráter pluralista e atomizado da ordem social, a 
cobertura normativa da conduta desviada e a semelhança estrutural, em sua gênese, do comportamento 
regular e irregular. A premissa dessas teorias subculturais é, antes de tudo, contrária à imagem 
monolítica da ordem social que era oferecida pela criminologia tradicional. 
 
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8. TEORIA DO LABELLING APROACH OU ETIQUETAMENTO; 
Essa teoria considera que as questões centrais da teoria e da prática criminológicas não se relacionam ao 
crime e ao delinquente, mas, particularmente, ao sistema de controle adotado pelo Estado no campo 
preventivo, no campo normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. No lugar de se indagar 
os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-se buscar explicações sobre os motivos 
pelos quais determinadas pessoas são estigmatizadas como delinquentes, qual a fonte da legitimidade e 
as consequências da punição imposta a essas pessoas. São os critérios ou mecanismos de seleção das 
instâncias de controle que importam, e não dar primazia aos motivos da delinquência. A tese central 
dessa corrente pode ser definida, em termos muitos gerais, pela afirmação de que cada um de nós se 
torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com essa mecânica, a prisão cumpre uma função 
reprodutora: a pessoa rotulada como delinquente assume, finalmente, o papel que lhe é consignado, 
comportando-se de acordo com o mesmo.Todo o aparato do sistema penal está preparado para essa 
rotulação e para o reforço desses papéis. 
 
9. TEORIA CRÍTICA OU RADICAL; 
A criminologia radical recusa o estatuto profissional e político da criminologia tradicional, considerada 
como um operador tecnocrático a serviço do funcionamento mais eficaz da ordem vigente. O criminólogo 
radical se recusa a assumir esse papel de tecnocrata, desde logo porque considera o problema criminal 
insolúvel numa sociedade capitalista; depois, e sobretudo, porque a aceitação das tarefas tradicionais é 
absoluto incompatível com as metas da criminologia radical. Como poderiam os criminólogos propor-se a 
auxiliar a defesa da sociedade contra o crime, se o seu último propósito é defender o homem contra esse 
tipo de sociedade. 
 
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Questões 
 
1) (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) É considerado pai da criminologia, por ter 
utilizado o método empírico em suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos da 
criminalidade. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
A) Adoiphe queteiet 
B) Cesare Bonesana 
C) emiie Durkheim 
D) Enrico Ferri 
E) Cesare Lombroso 
 
2. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, 
pertenceu à seguinte escola dos estudos da criminologia: 
A) Positiva. 
B) política criminal ou moderna alemã. 
C) Clássica. 
D) Terza scuola italiana. 
E) Moderna. 
 
3. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Dos autores a seguir, o que pertenceu à Escola 
Positiva da criminologia e foi chamado de “discípulo de Lombroso” foi: 
A) James Wiison. 
B) Hans Gross. 
C) Francesco Carrara. 
D) Enrico Ferri. 
E) Giovanni Carmignani. 
 
4. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) O fundador da escola denominada “positivismo 
criminológico” e o teórico inspirador da Teoria da Anomia são, respectivamente, 
A) V. Lizt E Kardec. 
B) Carrara E Parsons. 
C) Beccaria E Ohiin. 
D) Feuerbach E Merton. 
E) Lombroso E Durkheim. 
 
5. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A escola criminológica que surgiu no século XIX, tendo, 
entre seus principais autores, Rafaelle Garófalo, e que pode ser dividida em três fases 
(antropológica, sociológica e jurídica) é: 
A) Escola Positiva. 
B) Terza Scuola Italiana. 
C) Escola De Política Criminal Ou Moderna Alemã. 
D) Escola Clássica. 
E) Escola De Lyon. 
 
6. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A obra Dos Delitos e Das Penas de 1764 foi escrita por: 
A) Adolphe Queteiet. 
B) Francesco Carrara. 
C) Giovanni Carmignani. 
D) Cesare Bonesana. 
E) Cesare Lombroso. 
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7. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A distinção entre imputáveis e inimputáveis, a 
responsabilidade moral baseada no determinismo, o crime como fenômeno social e individual e a 
pena com caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social, são característica da; 
A) Terza Scuola Italiana. 
B) Escola Moderna Alemã. 
C) Escola Positiva. 
D) Escola Clássica. 
E) Escola Tradicional. 
 
8. Médico legista, psiquiatra e antropólogo brasileiro, considerado o Lombroso dos Trópicos. 
A personalidade mencionada refere-se a: 
A) Luís Da Câmara Cascudo. 
B) Raimundo Nina Rodrigues. 
C) Mário De Andrade. 
D) Oswaldo Cruz. 
E) Fernando Ortiz. 
 
9. Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani foram autores da corrente 
doutrinária da história da Criminologia denominada: 
A) Escola Clássica. 
B) Terza Scuola Italiana. 
C) Escola Moderna Alemã. 
D) Escola Positiva. 
E) Escola De Chicago. 
 
10. A expressão “Criminologia” foi empregada pela primeira vez por: 
A) AdoIphe QueteIet e divuIgada internacionaImente por Cesare Bonesana, em sua obra intituIada Dos 
deIitos e das penas. 
B) Cesare Lombroso e divuIgada internacionaImente por RaffaeIe GarofaIo, em sua obra intituIada 
CriminoIogia. 
C) PauI Topinard e divuIgada internacionaImente por Cesare Bonesana, em sua obra intituIada Dos 
deIitos e das penas. 
D) Cesare Lombroso e divuIgada internacionaImente por AdoIphe QueteIet, em sua obra intituIada O 
homem médio. 
E) PauI Topinard e divuIgada internacionaImente por RaffaeIe GarofaIo, em sua obra intituIada 
CriminoIogia. 
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) A obra O homem delinquente, publicada em 1876, 
foi escrita por: 
A) Cesare Lombroso. 
B) Enrico Ferri. 
C) Rafael Garófalo. 
D) Cesare Bonesana. 
E) Adolphe Queteiet. 
 
12. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) São considerados autores que desenvolveram 
trabalhos na Escola Clássica: 
A) Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani. 
B) Franz von Lizst, AdoIphe Prins e Von HammeI. 
C) Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Marquês de PombaI. 
D) Cesare Lombroso, PauI Topinard e RafaeI GarófaIo. 
E) ManueI CarnevaIe, Bernardino AIimena e João ImpaIIomeni. 
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13. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) A história da Criminologia conta com grandes autores 
que, com suas obras, contribuíram significativamente na construção desse ramo do conhecimento. 
É correto afirmar que Cesare Bonesana (1738-1794) vulgo Marquês de Beccaria, foi autor da obra: 
A) O Homem DeIinquente. 
B) Dos DeIitos e das Penas. 
C) AntropoIogia CriminaI. 
D) O Ambiente CriminaI. 
E) SocioIogia CriminaI. 
 
14. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) Cesare Lombroso (1835-1909), médico e cientista 
italiano foi considerado um dos expoentes da corrente de pensamento denominada: 
A) Escola Positiva. 
B) Escola Clássica. 
C) Escola Jusnaturalista. 
D) Terza Scuola Italiana. 
E) Escola Moderna Alemã. 
 
15. (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela negação do Livre arbítrio, pela 
crença no determinismo e pela adoção do método empírico- indutivo, ou indutivo-experimental também 
apresentado como indutivo- quantitativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, 
independentemente do conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade 
axiológica da ciência. 
 
16. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias criminológicas e a 
finalidade da pena, julgue os itens. 
A ideologia do tratamento durante a execução penal, a ideia de que a pena tem a finalidade de prevenção 
especial e a valorização do Livre-arbítrio são resquícios das teorias criminológicas positivistas do século 
XIX, encabeçadas por Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. 
 
17. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias criminológicas e a finalidade 
da pena, julgue os itens. 
As discussões sobre a Legitimidade do direito de punir, o controle dos abusos praticados pelas 
autoridades, a ideia de prevenção geral da pena e o estudo do delinquente estiveram entre as principais 
preocupações da escola criminológica clássica, representada, dentre outros, por Cesare Beccaria e 
FrancescoCarrara. 
 
18) (FCC - 2012 - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento das Teorias Sociológicas da 
Criminalidade (ou Teorias Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição marcante das 
pesquisas criminológicas em dois grupos principais. 
Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma como os sociólogos encaram a composição da 
sociedade: Consensual (Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração) ou Conflitual (Teorias do 
conflito social). 
 Neste contexto são consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e Escola de Chicago. 
E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria da Anomia. 
 
 
19) (FCC - 2013 - AL-PB – Procurador) A avaliação do espaço urbano é especialmente importante 
para compreensão das ondas de distribuição geográfica e da correspondente produção das 
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condutas desviantes. Este postulado é fundamental para compreensão da corrente de 
pensamento, conhecida na literatura criminológica, como: 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
 
20) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens abaixo. 
A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile Durkheim no século XIX, 
contrapunha à ideia da propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do desvio como 
fenômeno social, podendo ser situada no contexto da guinada sociológica da criminologia, em que se 
origina uma concepção alternativa às teorias dê a orientação biológica e caracterológica do delinquente. 
 
21) (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – 2014 – VUNESP) Assinale a alternativa que completa as 
lacunas do texto. Os estudos de Sociologia Criminal de Sutherland (Teoria da Associação 
Diferencial) estão principalmente ligados aos crimes de e tiveram como foco: 
A) genocídio ... a Alemanha 
B) organizações criminosas ... a Itália 
C) jogo ilegal ... a atual Rússia (ex-URSS) 
D) discriminação de gênero ... países do Oriente Médio 
E) colarinho branco ... os Estados Unidos da América 
 
22) (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – 2014 – VUNESP) Escola Criminológica que tem como 
expoente Albert Cohen, e que procura equacionar por meio de respostas não criminais e não 
punitivas o comportamento geralmente juvenil que desafia os modelos de produção consumista. 
A) Escola da Contracultura Contemporânea. 
B) Teoria da Subcultura Delinquente. 
C) Escola Socialista Cultural. 
D) Teoria do Comunismo Consciente. 
E) Teoria do Socialmente Razoável. 
 
23) (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – 2014 – VUNESP) A Reforma Penal de 1984, que alterou 
integralmente a Parte Geral do Código Penal e editou a Lei de Execução Penal, especialmente em 
dispositivos como o cumprimento progressivo da pena privativa de liberdade, bem como a Lei n.º 
9.714/98, que reformulou o sistema de penas alternativas, são exemplos concretos da aplicação 
da teoria sociológica da criminalidade conhecida como: 
A) justiça restaurativa. 
B) gradient tendency. 
C) labbelling approach. 
D) teoria da anomia. 
E) terceira escola. 
 
24) (INVESTIGADOR – PCSP – 2014) A corrente do pensamento criminológico, que teve por 
precursor Filippo Gramatica e fundador Marc Ancel, a qual apregoa que o delinquente deve ser 
educado para assumir sua responsabilidade, para com a sociedade, a fim de possibilitar saudável 
convívio de (pedagogia da responsabilidade), é denominada: 
A) Janelas Quebradas (Broken Windows). 
B) Escola Antropológica Criminal. 
C) Nova Defesa Social. 
D) Criminologia Crítica. 
E) Lei e Ordem. 
 
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25) (INVESTIGADOR – PCSP – 2014) A explicação acerca das causas da conduta delitiva possui 
fundamentos biológicos, dentre outros. Assinale a alternativa que corresponde a uma das teorias 
biológicas da criminalidade: 
A) Teoria Das Funções. 
B) Teoria Analítica. 
C) Estrutural-Funcionalismo. 
D) Teoria Dos Instintos. 
E) Teoria Do Consenso. 
 
26) (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) A teoria do neorretribucionismo, com origem nos 
Estados Unidos, também conhecida por “lei e ordem” ou “tolerância zero”, é decorrente da teoria: 
A) “Positiva” 
B) “Janelas Quebradas” 
C) “Clássica” 
D) “Cidade Limpa” 
E) “Diferencial” 
 
27) (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) A moderna Sociologia Criminal possui visão 
bipartida do pensamento criminológico atual, sendo uma de cunho funcionalista e outra de cunho 
argumentativo. Trata-se das teorias: 
A) indutiva e dedutiva. 
B) do consenso e do conflito 
C) absoluta e relativa. 
D) moderna e contemporânea. 
E) abstrata e concreta. 
 
28) (PERITO CRIMINAL – 2014 – VUNESP) A Teoria do labelling approach, a qual explica que a 
criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em 
que se atribui tal estigmatização, também é denominada teoria: 
A) da desorganização social. 
B) da rotulação ou do etiquetamento. 
C) da neutralização. 
D) da identificação diferencial. 
E) da anomia. 
 
29) (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2013 – VUNESP) A teoria entende que indivíduos, principalmente 
os mais jovens, aprendem comportamentos delinquentes mediante convívio com outros 
indivíduos que já são criminosos. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
A) da criminologia crítica 
B) do labelling approach 
C) da criminologia radical 
D) da identificação diferencial 
E) da associação diferencial 
 
30) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – 2013 – VUNESP) Este autor foi o criador da chamada “sociologia 
criminal”. Para ele, a criminalidade derivava de fenômenos antropológicos, físicos e culturais. 
Trata-se de: 
A) Francesco Carrara. 
B) Cesare Lombroso. 
C) Rafael Garófalo. 
D) Enrico Ferri. 
E) Franz Von Lizst. 
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31) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – 2013 – VUNESP) De acordo com a Sociologia Criminal, pode-se 
citar como exemplo da Teoria de Consenso: 
A) a Teoria crítica. 
B) a Teoria radical. 
C) a Teoria das janelas quebradas. 
D) a Teoria da associação diferencial. 
E) a teoria do conflito 
 
32) (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – 2013 – VUNESP) Uma das mais importantes teorias do conflitos; 
surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1960, e seus principais expoentes foram Erving Goffman e 
Howard Becker. Trata-se da: 
A) Teoria do labelling approach. 
B) Teoria da subcultura delinquente. 
C) Teoria da desorganização social. 
D) Teoria da anomia. 
E) Teoria das zonas concêntricas. 
 
33) (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – 2013 – VUNESP) Veículos de comunicação em massa de todo o país 
noticiaram, em 12 de junho de 2012, que a região dorsal da estátua do Cristo Redentor de Belo 
Horizonte foi pichada naquela madrugada por dois homens, com a inscrição “...... RONADINHO 49” 
(sic), em homenagem ao novo craque do Clube Atlético Mineiro. 
O comportamento desses indivíduos é relacionado à teoria sociológica: 
A) da cifra dourada. 
B) do conflito cultural 
C) das áreas criminais. 
D) da subcultura delinquente. 
E) do “labelling approach”. 
 
34) (INVESTIGADOR DE POLÍCIA – 2013 – VUNESP) A Teoria do Etiquetamento ou do labelling 
approach inspirou no Direito Penal Brasileiro a instituição: 
A) da Lei de Segurança Nacional. 
B) do Código Penal Militar. 
C) da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. 
D) da Teoria do Direito Penal do Inimigo. 
E) da Lei dos Crimes Hediondos. 
 
35) (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens, com base na 
Criminologia. 
O surgimento das teorias sociológicas em criminologia marca o fim da pesquisa etiológica, própria da 
escola ou do modelo positivista. 
 
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Gabarito 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 
E C D E A D A B 
9 10 11 12 13 14 15 16 
A E A A B A C E 
17 18 19 20 21 22 23 24 
E A B C E B C C 
25 26 27 28 29 30 31 32 
D B B B E D D A 
33 34 35 36 37 38 39 40 
D C E

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