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CONCEITO ACIDO E BASE • Dissociação de água: 1 molécula dissociada, para cada 10.000.000 de moléculas não dissociadas • Ácido: toda molécula que doa H+ e base é toda molécula que doa OH- • O pH é uma formula logarítimica O pH ideal do sangue varia de 7,35 a 7,45. Ele existe porque se não estiver adequado nada funcionará bem no organismo. Toda reação química tem o seu pKa. Se o pH estiver fora dessa margem, nenhuma reação vai acontecer de maneira correta, até abrirmos mão de mecanismos compensatórios. Quando fica < 6,85 ou > 7,95 já não é compatível com a vida. pH normal 7,35-7,45 pH em alcalemia > 7,45 pH em acidemia < 7,35 BALANÇO NORMAL O rim está nos dois lados da equação: ele elimina base, segura ácido ou perde ácido se for o caso (dependendo da anidrase carbônica) MECANISMOS REGULADORES DO pH O sistema tampão tem ação imediata, funciona em minutos, mas é finito; o sistema respiratório funciona em minutos a horas (tem maior capacidade que o sistema tampão, porém também acaba sendo finito); já o sistema renal demora dias porém é infinito se estiver funcionando adequadamente SISTEMA TAMPÃO Sem tampão, com um pouquinho de ácido o pH já despenca. O mais fomoso é o tampão bicarbonado. Por isso que quando temos acidose metabólica o bicarbonato fica baixo. Não é o único mas é o principal. Este mecanismo de tamponamento não impede, mas ameniza as variações do pH plasmático nos distúrbios acidobásicos. Um dos mecanismo da lesão óssea é a acidose persistente, visto que ocorre liberação de fosfato pelo osso na tentativa de tamponar a acidose A eficácia do sistema tampão extracelular é limitada. Após 2-3h, as células e os ossos passam a contribuir para o tamponamento nos distúrbios acidobásicos. As células e os ossos podem captar ou liberar H+, para auxiliar os tampões extracelulares a evitar grandes desvios do pH. Para isso, o H+ é trocado por outros íons, como o Na+ e o K+. Dentro das células, as proteínas e o fosfato são as principais substâncias com poder tampão. Nos ossos, a captação contínua de H+ se dá à custa da degradação progressiva do fosfato de cálcio (mineral ósseo), levando à desmineralização óssea, com as suas possíveis consequências clínicas: raquitismo e osteomalácia. REGULAÇÃO RESPIRATÓRIA DO PH Produção de CO2 O pH plasmático é determinado pela relação entre o bicarbonato (HCO3-) e o dióxido de carbono (CO2). Esta relação é expressa pela fórmula de Henderson- Hasselbach – abaixo. Toda vez que tem queda do pH o centro respiratório entende que precisa trabalhar mais para poder eliminar mais C02. Quando temos alcalose, o centro respiratório entende que precisa trabalhar menos (hipoventilar) Resposta compensatória nos distúrbios metabólicos: Esta resposta tem início quase imediato (em minutos). A variação do pH plasmático é captada por sensores de pH presentes no arco aórtico (quimioceptores), modulando impulsos aferentes pelo nervo vago que chegam ao centro respiratório bulbar. A redução do pH nas acidoses metabólicas agudas estimula o centro respiratório, levando à hiperventilação (respiração de Kussmaul). A hiperventilação elimina mais CO2, reduzindo a PCO2. O aumento do pH na alcalose metabólica inibe o centro respiratório, promovendo hipoventilação. O resultado é a retenção de CO2, aumentando a PCO.. Apesar de bastante eficaz, este tipo de resposta compensatória não é perfeito, não evitando que o pH varie de forma perigosa nos distúrbios metabólicos graves – ver adiante. Para funcionar não basta o centro respiratório enviar comandos, a barreira alveolar deve estar íntegra. Ex.: paciente com enfisema, ou com COVID que não tem uma membrana aolvéolo-capilar íntegra, não vai conseguir fazer as trocas corretamente, logo, não consegue ventilar como deveria. REGULAÇÃO RENAL DO PH Os rins precisam eliminar o excesso de H+ produzido diariamente pelo metabolismo proteico. São cerca de 50- 100 mEq de H+ produzidos por dia. O H+ é secretado pelo túbulo coletor, um processo bastante influenciado pela reabsorção de sódio e pela secreção de potássio. Para cada H+ secretado no lúmen tubular e eliminado na urina, 1 HCO3 é regenerado ao plasma. Por isso, este processo pode ser chamado de regeneração renal do bicarbonato. A célula do túbulo coletor possui em sua membrana luminal uma H+-ATPase, responsável pela secreção tubular deste íon, o que mantém o pH urinário mais ácido que o plasmático. A acidez máxima da urina é um pH = 4,50. A secreção tubular de H+ é necessária, mas não suficiente para eliminar os 50-100 mEq produzidos pelo metabolismo. A acidez urinária máxima (pH 4,50) equivale a uma concentração de H+ de apenas 0,04 mEq em cada litro de urina. Portanto, quase todo H+ é excretado ligado a bases urinárias, sendo a principal a amônia (NH3). A amônia liga-se ao H+ pela reação NH3 + H+ = NH4 + (amônio). A amônia é produzida e secretada pelas células tubulares proximais. Sua produção é regulada pelo pH plasmático e pode aumentar em até dez vezes nas acidoses e tornar-se suprimida nas alcaloses. Além de excretar o excesso de H+ , os rins também precisam reabsorver todo o bicarbonato filtrado pelo glomérulo (cerca de 3.300 mEq por dia). Este processo ocorre no túbulo proximal. A célula tubular secreta H+ em troca da reabsorção de sódio. Este H+ se combina com o HCO3 filtrado e, seguindo a reação, forma CO2 + H2 O. O CO2 passa livremente pela membrana da célula tubular e, no citoplasma, segue a reação inversa, convertendo-se em HCO3 + H+. O H+ é novamente secretado, enquanto que o HCO3 é reabsorvido. Resposta compensatória nos distúrbios respiratórios: Esta resposta é mais lenta, demorando 3-5 dias para se iniciar, pois depende dos rins. O pH das células tubulares acompanha o pH plasmático. Na acidose respiratória crônica, o pH das células encontra-se baixo, estimulando a excreção renal de H+ e a retenção de HCO3. O exemplo clássico de acidose respiratória crônica é o paciente com DPOC avançado – retentor crônico de CO2. A gasometria destes pacientes apresenta um pH baixo, mas uma PCO2 muito alta acompanhada de um HCO3 bastante elevado. Exemplo: pH = 7,34 PCO2 = 80 mmHg HCO3 = 38 mEq/L. Na alcalose respiratória crônica, o pH das células está alto, reduzindo a excreção renal de H+ e promovendo a perda de HCO3. BALANÇO ÁCIDO-BASE Imagine uma gasometria como essa balança. Quando temos uma diminuição da pCO2 teremos uma alcalemia e quando temos uma diminuição/consumo do HCO3 teremos uma acidemia. DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE PRIMÁRIOS COLETA DA GASOMETRIA Utilizamos heparina (uma mínima quantidade já é suficiente). Lembrando que normalmente colhemos a gasometria arterial ou venosa. O bicarbonato é praticamente o mesmo nas duas. Primeira escolha é a radial, depois é a braquial e a ultima escolha é a femoral. AVALIAÇÃO DA GASOMETRIA ACIDOSE RESPIRATÓRIA ACIDOSE METABÓLICA PCO2 > 45 mmHg pH < 7,35 HCO3 < 22 mEq/L pH < 7,35 ALCALOSE RESPIRATÓRIA ALCALOSE METABÓLICA PCO2 < 35 mmHg pH > 7,45 HCO3 > 26 mEq/L pH > 7,45 COMPORTAMENTO DO “EXCESSO DE BASE” Praticamente não serve para nada. É o excesso de base. Quando for positivo é porque tem muito bicarbonato, se for negativo é porque tem pouco. Para nossa estratégia de interpretaçãoe ele não vai servir para absolutamente nada. Se o BE for positivo e maior que + 3,0 mEq/L, significa que existe um aumento do total de bases, isto é, o organismo está retendo bases, devido a um distúrbio metabólico primário (alcalose metabólica) ou compensatório (retenção renal de HCO3 para compensar o aumento da PCO2 de uma acidose respiratória crônica). Se o BE for negativo, mais negativo do que – 3,0 mEq/L, significa que houve uma redução do total de bases, ou seja, o organismo perdeu bases,