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Conceito Cesare Vivante: “documento necessário ao exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”. Foi adotado pelo CC, art. 887: “o título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei”. Princípios Cartularidade: o qual se entende que o exercício de qualquer direito representado no título pressupõe a sua posse legítima. O direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido sem a sua tradição e não pode ser exigido sem a sua apresentação. Também conhecido como Princípio da incorporação: o direito de crédito materializa-se no próprio documento, não existindo o direito sem o respectivo título. Literalidade: o título de crédito vale pelo que nele está escrito. A exata correspondência entre o teor do título e o direito que ele representa. Autonomia: o título de crédito configura documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. O legítimo portador do título pode exercer seu direito de crédito sem depender das demais relações que o antecederam. IMPORTANTE: Princípio da inoponibilidade das exceções pessoais: - Decorre do princípio da isonomia; - Significa que os vícios relativos à relação que originou o título NÃO SÃO OPONÍVEIS contra o TERCEIRO DE BOA-FÉ que RECEBEU O TÍTULO LEGITIMAMENTE. - Não demonstrada a má-fé, todavia, as exceções pessoais, são inoponíveis ao terceiro de boa-fé, que exercerá seu direito de crédito sem ser atingido por nenhum vício ligado a relações anteriores. Independência: autossuficientes, não dependem de outro doc. p/ completa-los. Legalidade: pois tratam-se de documentos definidos em lei. Características Natureza comercial: finalidade clara de conferir aos títulos de crédito a circulação de riqueza com segurança; Documentos formais: precisarem observar os requisitos essenciais previstos na legislação cambiária; Crédito Bens móveis: sujeitam-se aos princípios que norteiam a circulação desses bens (posse boa fé = propriedade); Títulos de apresentação: documentos necessários ao exercício dos direitos neles contido. Títulos executivos extrajudiciais: obrigação liquida e certa. Classificação 1. Quanto à forma de transferência ou circulação: a) Título ao portador: - Circula pela mera tradição (art. 940 CC); - A identificação do credor NÃO é feita de forma expressa; - Qualquer pessoa com a simples posse do título é considerada titular do crédito. b) Titulo nominal: - Identifica expressamente o seu titular; - Não depende apenas da mera entrega do documento (cártula) é preciso, além disso, praticar um ato formal. C) Títulos nominativos: - Art. 921 CC; - São aqueles emitidos em favor de pessoa determinada, cujo NOME CONSTA DE REGISTRO específico mantido pelo emitente do título; - A transferência só se opera validamente por meio de termo no referido registro o qual deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título; 2. Quanto ao modelo; a) Título de modelo livre: - Aquele para o qual a lei NÃO ESTABELECE uma padronização obrigatória; - A sua emissão não se sujeita a uma forma específica preestabelecida. b) Título de modelo vinculado: - Se submete a uma rígida padronização legal; - Só produz efeitos após preenchidas as formalidades legais.
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