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Absorção de Fármacos

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1 Absorção de Medicamentos Gabriella Almeida XXIV 
Absorção de Fármacos 
Objetivos: 
• Revisar o conceito de Farmacocinética. 
• Definir absorção de fármacos a partir das formas 
farmacêuticas. 
• Reconhecer os itens analisados no estudo da 
absorção dos fármacos. 
• Discutir os fatores que influenciam na absorção 
de fármacos. 
• Conhecer os mecanismos envolvidos no 
movimento das moléculas de fármacos através 
das barreiras celulares. 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Estuda o trajeto do fármaco desde sua 
introdução até a absorção, distribuição, 
redistribuição, metabolização e a eliminação. 
 Além disso, a farmacocinética elucida que o 
organismo pode modificar o efeito de um 
fármaco. 
 
 
ABSORÇÃO: 
• Passagem do fármaco do seu local de aplicação 
até a corrente sanguínea. 
 
Itens analisados no estudo da absorção dos fármacos: 
• Membranas biológicas; 
• Propriedades físico-químicas das moléculas 
farmacologicamente ativas; 
• Forças responsáveis pela passagem através das 
membranas; 
• Modalidades de absorção; 
• Locais de absorção; 
• Vias e sistemas de administração. 
 
Fatores envolvidos na absorção: 
 Ligados ao medicamento: 
o Lipossolubilidade; 
o Peso molecular; 
o Grau de ionização; 
o Concentração. 
 Ligados ao Organismo: 
o Vascularização do local; 
o Superfície de absorção; 
o Permeabilidade capilar. 
 
• A ação de qualquer fármaco exige uma 
concentração adequada no líquido que banha o 
tecido-alvo. 
• Os dois processos fundamentais que determinam 
a concentração de um fármaco em dado 
momento e em qualquer região do corpo são: 
o Translocação das moléculas do fármaco; 
o Transformação química. 
 
Translocação das moléculas de fármacos: 
 As moléculas de fármacos movem-se de duas 
maneiras pelo corpo: 
o Por transferência através do fluxo de massa 
(Corrente sanguínea); 
o Por transferência difusional (molécula por 
molécula, por curtas distâncias). 
 A natureza química do fármaco não tem nenhum 
efeito na sua transferência por fluxo de massa, 
depende somente do sistema cardiovascular. 
 As características difusionais diferem muito entre 
os diferentes fármacos. 
 O movimento entre os compartimentos envolve 
a penetração de barreiras de difusão não-aquosa, 
que determina onde e por quanto tempo a droga 
irá permanecer no organismo após a sua 
administração. 
 Para atravessar as barreiras celulares (p.ex.: 
mucosa gastrointestinal, túbulo renal, barreira 
hematoencefálica, placenta) é necessário que os 
fármacos atravessem membranas lipídicas. 
 A capacidade de atravessas barreiras 
hidrofóbicas de difusão, de maneira passiva, é 
fortemente determinada pela natureza da 
polaridade – LIPOSSOLUBILIDADE. 
 A velocidade de difusão de uma substância 
depende também, do seu TAMANHO 
MOLECULAR, sendo o coeficiente de difusão para 
pequenas moléculas inversamente proporcional 
à raiz quadrada do peso molecular. 
 
As barreiras entre os compartimentos aquosos do 
corpo são constituídas de membranas celulares. 
• Existem 4 maneiras principais pelas quais 
pequenas moléculas atravessam as membranas 
celulares: 
 
2 Absorção de Medicamentos Gabriella Almeida XXIV 
1. Por difusão direta através do lipídio (depende 
da área, gradiente de difusão, coeficiente de 
difusão e solubilidade); 
2. Por difusão através de poros aquosos que 
atravessam o lipídio (muito pequena; uso 
dependente); 
3. Por combinação com proteínas transportadora 
(específica; saturável; Fe no estômago; L-DOPA 
na BHE); 
4. Por pinocitose (insulina no SNC; toxina 
botulínica no estômago). 
 
 
 
Difusão Através de Lipídios 
 Substâncias na forma não carregada (não 
ionizada ou não-polares) atravessam membranas 
mais facilmente através da difusão passiva. 
 Dois fatores físico-químicos contribuem para a 
permeabilidade (solubilidade) na membrana: 
o Coeficiente de partição – SOLUBILIDADE (para 
a substância distribuída entre a fase da 
membrana e o ambiente aquoso); 
o Coeficiente de difusão – DIFUSIBILIDADE 
(medida da mobilidade das moléculas no 
interior do lipídio). 
 
Efeito do pH na difusão de fármacos: 
 A maioria dos fármacos são ácidos ou bases 
fracas, podendo existir na forma ionizada ou não 
ionizada, variando a razão entre as duas formas 
com o pH. 
 Os fármacos ácidos (HA) liberam H+ causando 
formação de um ânion, carregado negativamente 
(A-): 
HA ↔ H+ + A- 
 
 As bases fracas (BH+) também podem liberar H+, 
entretanto a forma protonizada dos fármacos 
básicos é em geral carregada, e a perda de um 
próton libera a base neutra (B): 
BH+ ↔ B + H 
 
 Um fármaco atravessa membranas mais 
facilmente se estiver na forma não-carregada 
(não-ionizada). 
o Ácido: forma HA não-ionizada pode permear 
membranas, já A- não. 
o Base fraca: forma não-carregada B atravessa a 
membrana celular, mas não a forma BH+. 
 Então: a espécie ionizada (BH+ ou A-) possui 
lipossolubilidade muito baixa, sendo 
praticamente incapaz de atravessar as 
membranas, exceto quando existe um 
mecanismo específico. 
 
 A concentração da forma difusível de cada 
fármaco em seu local de absorção é determinada 
pelas concentrações relativas das formas 
carregadas e não-carregada. 
 A relação entre as duas formas é determinada 
pelo pH local e pela força do ácido, ou da bse, que 
é representada pelo pKa. 
 
 
 
 
 
 
3 Absorção de Medicamentos Gabriella Almeida XXIV 
 pKa (constante de dissociação) é a medida da 
força da interação de um composto com um 
próton. Quanto mais baixo o valor de pKa de um 
fármaco, mais forte é o ácido. Inversamente, 
quanto mais alto o pKa, mais forte a base. 
 
 
Transporte mediado por transportadores 
 Muitas membranas celulares possuem 
mecanismos de transporte especializados, que 
regulam a entrada e a saída de moléculas 
fisiologicamente importantes como carboidratos, 
aminoácidos, neurotransmissores e íons de 
metais. 
Molécula transportadora = Proteína transmembrana

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