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PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS REMOÇÃO DE DENTES ANQUILOSADOS: Tenta-se primeiramente o uso de alavancas e fórceps. - Se não for obtida a luxação dentária, pode realizar a remoção de osso ao redor do dente anquilosado (osteotomia).- Nos casos em que não é possível diferenciar o limite ósseo e o dentário, pode realizar a dissecção em bloco.- REMOÇÃO DE DENTES SUPRANUMERÁRIOS: Dentes supranumerários são dentes a mais na cavidade bucal;- Em 90% arco maxilar preferencialmente em homens (2:1) e na linha média (mesiodens). - Para planejamento cirúrgico deve ser realizada radiografia para investigar sua localização: ARCO MAXILAR - indica-se a técnica de Clark; ü ARCO MANDIBULAR - indica-se a técnica de Miller Winter. ü - A técnica cirúrgica empregada vai depender da localização do dente supranumerário.- FRENECTOMIA LABIAL O freio labial está presente a partir do 3º mês de vida intrauterina.- É formando por tecido epitelial pavimentoso estratificado superficial. - No recém-nascido o freio estende-se do lábio superior até a papila incisiva modificando a sua posição para o vestíbulo com o crescimento ósseo e erupção dentária. - Quando permanece com inserção baixa é chamado de freio labial teto persistente. - Clinicamente, a baixa inserção é vista pela presença de diastema entre os incisivos e isquemia do freio e papila ao realizar o tracionamento do lábio superior. - Nesses casos, indica-se seu reposicionamento ou remoção.- A técnica cirúrgica consiste em anestesia da região (infiltrativa bilateral no fundo de sulco + intrapapilar e por palatina),- Incisão em forma de losango (duas incisões ao longo da brida formada pelo freio labial), - Remoção do tecido e das fibras. - Se for realizada sutura essa deve permanecer por 5 a 7 dia, - Se for colocado cimento cirúrgico ele deve permanecer por no mínimo 72 horas. - Nova inserção é verificada em cerca de 21 dias.- FREIO LINGUAL: A anquiloglossia também conhecida como “língua presa”.- É uma alteração de desenvolvimento que pode ser ocasionada por alterações funcionais no M. Genioglosso ou por um freio lingual curto. - Atualmente preconiza-se as técnicas de Frenotomia ou Frenoplastia (mais conhecida como "pique"). FRENOPLASTIA - após anestesia local (tópica ou infiltrativa) é realizado um corte no freio com auxílio de uma tesoura (não necessita sutura). 1. FRENECTOMIA - anestesia, incisão e divulsão e sutura, geralmente por volta dos 5 a 6 anos. Essa técnica requer bloqueio anestésico bilateral e possui um pós-operatório mais desconfortável.ü 2. - ULECTOMIA E ULOTOMIA: São técnicas são usadas quando a erupção dentária está atrasada, ou seja, o dente permanente não erupcionou pelo menos 12 meses após a esfoliação do temporário. ULOTOMIA - é feita apenas uma incisão na gengiva com imediata exposição do bordo incisal ou da superfície oclusal. A técnica cirúrgica envolve uma incisão linear latero-lateral sobre o bordo gengival fibroso.ü 1. ULECTOMIA - envolve a exérese (remoção) do tecido gengivo-fibroso (você faz a incisão e remove aquele tecido). A técnica envolve incisões elípticas, circulares ou ovais. Deve permitir a exposição do bordo incisal ou da face oclusal do dente, seguida de curetagem. ü Recomenda-se um tamponamento da ferida com cimento cirúrgico. ü 2. - No caso dos cistos de erupção e lesões gengivais recomenda-se a ulectomia, que permite a obtenção de tecido para o exame histopatológico. - EXODONTIAS Para a realização de cirurgias em Odontopediatria é preciso considerar alguns aspectos peculiares à ANATOMIA INFANTIL: Grau de INTIMIDADE do dente decíduo com o permanente (proximidade);1) Estágio de RIZÓLISE (reabsorção) do decíduo;2) Estágio de RIZOGÊNESE (formação da raiz) do permanente;3) Existência de DOENÇA ÓSSEA regional.4) Þ Quando citamos o GRAU DE INTIMIDADE do dente decíduo com o permanente devemos considerar: A LOCALIZAÇÃO de formação dos dentes decíduos: DENTES PERMANENTES ANTERIORES - localizam-se na lingual dos dentes decíduos, durante a sua formação.ü DENTES PERMANENTES POSTERIORES - formam-se entre as raízes dos dentes decíduos posteriores.ü 1. Os MOVIMENTOS executados durante a luxação na extração dentária.2. Ä NUNCA deve ser realizado o movimento de PRESSÃO APICAL por risco de dano ao germe permanente. DENTES UNIRRADICULARES (anteriores) - lateralidade, pendulares e de rotação; ü DENTES MULTIRRADICULARES (posteriores) - lateralidade e/ou pendulares (vestibular para lingual). ü Þ Nos casos que precisem de ODONTOSSECÇÃO (anquilose e fratura dentária), a remoção óssea deve ser realizada: INFERIORES - de vestibular para lingual (realiza o corte com a broca e a clivagem final é feita com a alavanca); ü SUPERIORES - formato de Y (possuem 3 raízes).ü Þ A OSTEOTOMIA não é uma manobra de rotina na odontopediatria, é indicada para: Dentes não-irrompidos;ü Dentes anquilosados;ü Acesso a raízes residuais.ü Þ A CURETAGEM do alvéolo deve ser feita sempre que após a exodontia, se constatar a presença dentro do espaço alveolar de lesão patológica: Lesão patológica após a extração do dente decíduo - a curetagem deve ser realizada de forma cuidadosa pela proximidade do germe permanente. ü Þ Em odontopediatria o FIO DE SUTURAmais utilizado é o de SEDA 3-0 ou 4-0 por ser bem tolerado e não desatar facilmente e então indica-se SUTURA geralmente quando: A passagem da agulha não venha a causar esgarçamento do tecido gengival e não possa lesar as porções mais superficiais o germe do sucessor; ü Em exodontias múltiplas por contribuir para a imobilidade dos tecidos.ü Þ Caso, durante a exodontia de um dente decíduo, seja REMOVIDO O GERME do sucessor permanente, indica-se: Seu reposicionamento dentro do alvéolo, seguido de sutura. ü Devem ser prescritos anti-inflamatório e antibiótico; ü Realizar o controle radiográfico. ü Em caso de insucesso, o germe reimplantado deve ser removido.ü Þ INDICAÇÕES Quando o dente estiver relacionado a presença de cisto ou tumor;ü Quando estiver associado a repetidas reações locais de natureza inflamatória;ü Interferir no tratamento ortodôntico;ü Estar relacionado como causa de dano aos tecidos periodontais ou mesmo das estruturas mineralizadas de um dente irrompido e posicionado na arcada; ü O dente ser portador de lesão de cárie ou reabsorção interna;ü Previamente ao tratamento regional por irradiação.ü INDICAÇÕES Quando impedem a erupção de um dente permanente;ü Quando estão relacionados a presença de um cisto dentígero;ü Quando resultam em mal posicionamento dentário na arcada;ü Quando participam da formação de um diastema.ü INDICAÇÕES A presença de diastema interincisivos não fisiológico;ü A presença de freio tetolabial persistente;ü Dificuldade de realização da escovação (traumatiza o freio);ü Tensão direta do freio sobre a mucosa.üINDICAÇÕES Remoção de dentes supranumerários;• Não existirem recursos de terapêutica conservadora a serem usados;• Favorecer a resolução terapêutica de doença local e/ou sistêmica;• Possibilitar a correção de anormalidade funcional das arcadas;• Comprometimento pulpar e já tiver ocorrido o rompimento da cripta do germe do sucessor;• Fraturas dentárias;• Dentes com alveólise;• Dentes com raízes fraturadas;• Dentes anquilosados e submersos;• Correção do posicionamento dos freios labial e lingual.• Dentes com rizólise completa;ü Dentes natais ou neonatis com mobilidade;ü Destruição coronária extensa que impossibilite tratamento restaurador; ü Dentes decíduos com retenção prolongada;ü Reabsorção interna ou externa, restando apenas UM TERÇO (1/3) DE RAIZ (sem possibilidade de endodontia); ü Rizólise irregular;ü Dentes anquilosados com sucessores permanentes;ü Raiz residual;ü Indicação ortodôntica.ü Cirurgia 25/02/2022
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