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Obrigações de fazer

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Prestação fungível e infungível
1. A prestação de fato (serviço) é fungível quando puder ser realizada por outro que não aquele com quem a obrigação foi pactuada. Ex.: se contrato o serviço de um pedreiro, na hipótese de esse não poder realizar um determinado serviço, outro pode fazer.
2. A prestação de fato é infungível quando puder ser realizada apenas por aquele com quem a obrigação foi pactuada. Ex.: se contrato um cantor para o meu aniversário, apenas ele pode satisfazer a prestação. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
3. O artigo se refere à obrigações infungíveis. Se contrato um cantor para meu aniversário, apenas este poderá realizar a prestação, caso se recuse, terá que me pagar perdas e danos.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
4. O artigo se refere a obrigações fungíveis. Mora, grosso modo, significa demora. Havendo recusa ou demora para o devedor executar o serviço, pode o credor exigir judicialmente a execução, a custas do devedor. 
5. Quanto ao parágrafo único, imagine a hipótese de contratação de uma empresa para fazer a laje de concreto de um prédio, procedimento que requer tempo e época precisos. Caracterizada a recusa e a mora, bem como a urgência, aguardar uma decisão judicial, inda que liminar, no caso concreto, poderá causas prejuízo de difícil reparação.
Referências:
GAGLIANO, Pablo Stolze. FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo curso de direito civil, volume 2. 21 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

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