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PROCESSO LEGISLATIVO BRASILEIRO

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PROCESSO LEGISLATIVO 
BRASILEIRO
CONCEITO
O Processo Legislativo é a função típica do Poder Legislativo.
O Poder Executivo e o Poder Judiciário também podem exercer de forma atípica a Função
Legislativa. O Poder Judiciário exerce a Função Legislativa de forma atípica quando por exemplo
elabora o seu regimento interno. O Poder Executivo, por sua vez, exerce a Função Legislativa de
forma atípica na hipótese da elaboração da Medida Provisória, do Decreto Autônomo e da Lei
Delegada. 
O Processo Legislativo é um conjunto de regras procedimentais que estão previstas na Constituição,
para elaboração das espécies normativas. Essas regras devem ser rigidamente observadas por
aqueles que estão envolvidos dentro desse processo.
Vale lembrar que a fiscalização também é uma função típica do Poder Legislativo. 
CLASSIFICAÇÃO
Quanto a organização política
O Processo Legislativo pode ser Autocrático, Indireto, Semidireto ou Direto. 
É importante não confundir o Processo Legislativo Indireto adotado no Brasil com o Regime
Democrático Indireto, que não é adotado no Brasil. O Brasil adota o Regime Democrático
Semidireto, pois há a participação popular.
O Brasil é uma democracia mista ou semidireta, pois utiliza elementos da democracia indireta e
elementos da democracia direta.
Processo Legislativo Autocrático: é aquele que não tem participação popular.
Processo Legislativo Indireto: é aquele em que as propostas são votadas por representantes. É o
formato adotado pelo Brasil.
Processo Legislativo Semidireto: é aquele em que os representantes elaboram as propostas, porém,
elas entram em vigor apenas após a participação do povo. Por exemplo, por meio de um referendo.
Processo Legislativo Direto: é aquele em que o povo, sem intermediários, discute e vota a proposta.
Quanto as fases procedimentais
O Processo Legislativo pode ser Comum (ou ordinário), Especial ou Sumário.
Processo Legislativo Comum ou Ordinário: é o mais apto a elaborar Leis Ordinárias.
Processo Legislativo especial: visa elaboração de algumas espécies normativas, como por exemplo,
as Leis Orçamentárias.
Processo Legislativo Sumário: é aquele em que o Chefe do Executivo em projeto de sua iniciativa
solicita urgência. Após solicitar urgência na Câmara dos Deputados (casa iniciadora do projeto de lei),
tem 45 dias para votar o projeto de lei, após, segue para o Senado Federal (casa revisora), quem
também vai ter 45 dias para votar o projeto de lei. Existindo modificação do projeto na casa revisora,
retorna o projeto para a casa iniciadora, que desta vez, vai ter 10 dias para apreciar as emendas.
Caso não seja cumprido o prazo, ocorre o trancamento da pauta. Trata-se do sobrestamento de todas
as deliberações, exceto quanto as que tenham prazo constitucional determinado.
Processo Legislativo Ordinário
A Doutrina majoritária divide o Processo Legislativo Ordinário em 3 fases: Fase Introdutória, Fase
Constitutiva e Fase Complementar.
1. Fase Introdutória: é consagrada pela iniciativa do projeto de lei. A iniciativa é a capacidade
atribuída a determinados órgãos para deflagrar o Processo Legislativo. A iniciativa pode ser geral,
reservada, concorrente ou popular.
Iniciativa geral: capacidade de se propor o projeto de lei sobre temas não delimitados pela
Constituição.
Iniciativa reservada/ privativa exclusiva: trata-se da capacidade de propor o projeto de lei sobre temas
delimitados pela Constituição.
Iniciativa concorrente: a Constituição atribui competência alternativa a determinados entes.
Iniciativa popular: Art. 61, parágrafo 2°
2. Fase constitutiva: nessa fase ocorre a deliberação, a sanção e no final a sanção/veto do
Presidente da República.
Na deliberação, comissões temáticas e a casa de constituição e justiça (CCJ) vão avaliar e discutir o
projeto de lei
3. Fase complementar: ocorre a promulgação e publicação da lei.
PROCEDIMENTO
Casa Iniciadora: Será a Câmara dos Deputados quando o projeto de lei for apresentado pela
iniciativa popular, pelo Presidente da República, pelo Procurador-geral da República, entre outros).
Em regra, a casa iniciadora será a Câmara dos Deputados, entretanto, vai poder ser o Senado
Federal quando, por exemplo, o Senador ou a Mesa do Senado apresentar o projeto de lei.
Cláusula de Irrepetibilidade: poderá ser absoluta ou relativa. Absoluta vale para Emenda
Constitucional e Medida Provisória. Relativa vale para Lei Complementar e Lei Ordinária.
Na casa iniciadora o projeto de lei poderá ser aprovado, e nesse caso, segue para a casa revisora. Ou
ser rejeitado, nesse caso, ele será arquivado, podendo voltar na mesma sessão legislativa pelo voto
da maioria absoluta de qualquer das casas. E vai poder voltar em sessão legislativa distinta, se foi o
caso de Emenda Constitucional.
Diante de uma Cláusula de Irrepetibilidade Relativa, poderá o projeto de lei rejeitado ser
reapresentado por maioria absoluta de qualquer das casas. Em paralelo, diante de uma Cláusula de
Irrapetibilidade Absoluta, poderá o projeto de lei rejeitado ser reapresentado em sessão legislativa
distinta.
Encaminhado à Casa Revisora, poderá o Projeto de Lei ser Rejeitado (sendo arquivado), ser
Aprovado Integralmente (seguindo para a sanção/veto do Presidente da República). Poderá também
ser Aprovado Parcialmente sem Emendas (seguindo para a sanção/veto do Presidente da República),
Aprovado Parcialmente com Emendas (necessário analisarmos a natureza das emendas)
EMENDAS
Aditiva (acrescenta alguma coisa ao projeto de lei) 
Supressiva (retira alguma coisa do projeto de lei)
Aglutinadora (junta dispositivos fracionados)
Modificadora (altera o projeto de lei de forma não substancial)
Substitutiva (altera o projeto de lei de forma substancial)
Em todos esses casos, as emendas retornam à casa iniciadora, que deverá analisar apenas as
emendas em bloco. Ou seja, aprova todas ou não aprova todas, salvo se houver pareceres contrários
das comissões ou destaque. E no caso das emendas retornarem à casa iniciadora, ela poderá aceitá-
las e enviar o projeto de lei ao Presidente da República com as respectivas emendas, ou poderá
rejeitá-las, retirando-as e enviando o projeto de lei ao Presidente da República sem as emendas.
A casa iniciadora vai poder retirar as emendas e enviar o projeto em seu formato genuíno, ou seja,
sem as emendas. Por esse motivo, alguns doutrinadores entendem que a casa iniciadora tem
preponderância no Processo Legislativo.
E daí o projeto segue para a sanção ou veto do Presidente da República.
SANÇÃO OU VETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A sanção é o ato do Chefe do Executivo que implica na aprovação do projeto. Significa dizer que
o Presidente da República concorda com o projeto de lei, autorizando o seguimento para fase
posterior, que é a promulgação e publicação.
O Presidente, entretanto, vai poder discordar politicamente (veto político) ou juridicamente (veto
jurídico). Ele pode discordar do todo ou de parte do projeto de lei apresentado.
O veto possui algumas características: ele é irretratável, expresso (o silêncio vai acarretar sanção
tácita), formal (escrito), motivado (uma vez vetado o projeto total ou parcialmente, o Presidente
tem 48 horas para comunicar os motivos do veto. Desrespeitado esse prazo de 48 horas, ocorre
também a sanção tácita), supressivo (não se trata de uma emenda, aqui o Presidente só retira, ele
nunca acrescenta nada ao projeto), superável (vai ser apreciado em sessão conjunta e ele pode
ser derrubado pela maioria da Câmara dos Deputados e pela maioria do Senado Federal)
Existe um prazo de 15 dias para o Presidente da República sancionar ou vetar o texto. Em caso de
silêncio, ocorre a “Sanção Tácita”. 
No veto parcial, o Presidente da República não poderá vetar palavra ou expressão isolada. Deve o
Presidente vetar artigo, parágrafo ou alínea. O Presidente da República, por meio do veto jurídico,
exerce o Controle de Constitucionalidade Preventivo Político (é preventivo porque ocorre durante o
projeto de lei e político porque não é exercido pelo poder judiciário)
Além disso, pode o presidente também entenderseu projeto de lei contrário a esse público, e nesse
caso ocorre o veto político.
PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
Promulgação: atestado formal de existência da lei. Será realizada no prazo de 48 horas pelo
Presidente da República. Caso não seja realizada pelo Presidente da República, será realizada em
48 horas pelo Presidente do Senado Federal. E no caso de não ser realizada pelo Presidente do
Senado Federal, será realizada pelo Vice-presidente do Senado Federal, sob pena de
responsabilização.
Publicação: ato que traz vigência e eficácia à lei.

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