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3_Apostila-Bacharel__Teologia-Sobre-Louvor-e-Adoracao

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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
PREFÁCIO 
 
A Teologia sobre Louvor e Adoração é um manancial de conhecimentos, que veio 
somar satisfatoriamente para o crescimento dos nossos obreiros. 
 
O Mestre na Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pb. Cleiton Vaz Chaves, 
esforçou-se exaustivamente por apresentar, em especial aos nossos obreiros, um 
trabalho bem elaborado, que vale a pena compulsá-lo. 
 
Companheiros e companheiras, alunos e alunas do nosso Seminário em Teologia 
a nível Bacharel, vamos crescer no conhecimento! e juntos faremos da nossa grande 
Igreja, uma potência mundial. 
 
 
Juntos somos fortes!! 
Bispo Cordeiro 
 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
SUMÁRIO 
 
1-TEOLOGIA SOBRE LOUVOR E ADORAÇÃO ............................................................................... 5 
1.1 Os Levitas ................................................................................................................................. 5 
1.2 Levar a arca da Aliança ............................................................................................................ 5 
1.3 Estar diante do Senhor .................... .......................................................................................... 6 
1.4 Para abençoar em seu Nome ..................................................................................................... 7 
1.5 De Jesus para crianças - Referência Mc 10.14, 16 .................................................................... 8 
2. CAUSAS QUE PODEM CONTRIBUIR PARA QUE O LOUVOR NÃO FLUA NOS CULTOS 
DA IGREJA ...................................................................................................................................... 
 
8 
3. CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE LOUVOR E ADORAÇÃO ............................................... 14 
3.1 Introdução ................................................................................................................................... 14 
3.2 O que é louvor? .......................................................................................................................... 15 
3.3 O que é adoração? ................................................................................................................... 15 
3.4 Ampliando a visão sobre adoração.............................................................................................. 15 
3.5 Algumas boas definições sobre adoração .................................................................................. 17 
3.6 O veículo da adoração ................................................................................................................ 17 
3.7 Algumas boas definições sobre adoração .................................................................................. 17 
3.8 Os principais obstáculos ao louvor e a adoração......................................................................... 18 
4. "DANÇA" ATITUDE DE LOUVOR " ............................................................................................ 20 
5. PLANEJADOS PARA AGRADAR A DEUS ................................................................................... 22 
5.1 Introdução ................................................................................................................................... 22 
5.2 A grande questão da vida ............................................................................................................ 22 
5.3 Por onde começar? ..................................................................................................................... 24 
5.4 Deus nos fez por um motivo ........................................................................................................ 24 
5.5 Planejado para agradar a Deus ................................................................................................... 24 
5.6 Adoração e Música ..................................................................................................................... 29 
5.7 Obstáculo à Adoração.................................................................................................................. 30 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
5.8 Conclusão .................................................................................................................................... 31 
6. TUDO, MUITO, POUCO OU NADA ............................................................................................... 33 
7. “UM CÂNTICO NOVO” ................................................................................................................. 35 
7.1 Coristas, conjuntos e solistas ....................................................................................................... 36 
8. ADORAÇÃO VERDADEIRA ......................................................................................................... 38 
9. DEUS PROIBIU ADORÁ-LO POR MEIO DE ALGUNS INSTRUMENTOS MUSICAIS? ........ 46 
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ....................................................................................................... 49 
AVALIAÇÃO .................................. ....................................................................................................... 51 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
 TEOLOGIA SOBRE LOUVOR E ADORAÇÃO 
 
 
1.1 Os levitas 
 
"Nesse tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da aliança do Senhor, para 
o servir, e para abençoar em seu nome..." (Dt 10.8) 
 
Levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó. Formavam 
uma tribo separada, sem território, sem herança terrena porque gozavam do alto privilégio de 
ter o Senhor como seu quinhão, sua posse (Dt 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), 
descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex 29.44; Nm 3.10). Isso quer dizer 
que todo sacerdote (cohen) era levita levi), mas nem todo levita era sacerdote (Nm 3.6s). 
 
Os levitas (leviim) tinham, entre outros privilégios: 
 Servir no santuário (Nm 3.6; 1Cr 15.2) ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na 
recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss; 
 Transportar a arca da aliança (aron haberith); 
 A responsabilidade do ensino da lei (Dt 31.9; 22.10); 
 Autoridade para abençoar. Grande privilégio pela associação como o Nome de 
Deus (Nm 6.27). 
 
Gozavam os levitas de alto prestígio, de elevada estima aos olhos do Senhor a ponto 
de lhes ser dito pelo Senhor, "... os levitas serão meus" (Nm 8.14b). Por esse motivo, no 
deserto, quando da apostasia do povo de Deus, os levitas puniram os apóstatas (Ex 32.25-29). 
 
Deuteronômio 10.8 resume o ministério levítico, e nos aponta de modo sugestivo um 
plano de trabalho para nós mesmos, levitas da Nova Aliança: levar a arca da aliança, estar 
diante do Senhor e abençoar em Seu Nome. 
 
1.2 Levar a arca da aliança 
 
O relato do Antigo Testamento dá uma descrição da arca (Ex 25.10ss). Era uma caixa 
de madeira de acácia medindo 1,40m x 0,84 cm x 0,84 cm, coberta de ouro e com uma tampa 
de ouro e com um tampo de ouro chamado de "propiciatório", em hebraico kapporeth (Ex 
25.17, 21; 26.34). 
 
Na arca, três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com Seu povo: 
· As duas tábuas de pedra onde se achava "escrita a aliança de Deus com o povo" (Ex 24.12;25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo 
de direção permanente da parte divina; 
5 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
 O pote de maná que recordava ao povo o cuidado e o sustento que vinham da parte 
de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma metáfora concreta do 
alimento permanente vindo de Deus; 
 O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova da sua divina 
indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio permanente pelo 
Senhor. 
 
A arca era um ponto catalizador das doze tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo 
dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus servos. Sinal visível e símbolo da 
presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6; 2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11). 
Era o próprio trono de Deus. 
 
Reputada como a "glória de Israel" (1Sm 4.21,22), santificava o lugar onde repousava 
(2Cr 8.11). Por esse motivo, quando a notícia de que havia sido tomada pelos filisteus chegou 
ao povo de Deus, a nora de Eli, o sacerdote, exclamou: "De Israel se foi a glória!" (1Sm 4.21). 
 
Pois uma das funções levíticas era transportar a arca, o que foi desempenhado até ter 
sido levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1), ocasião quando dita função foi 
transformada em ministério de serviço e de louvor (1Cr 23.25-32). 
 
Que lição tiramos para nós, os levitas de hoje? A de que para levar a arca é preciso ser 
escolhido. Outra importante lição é que se temos de levar a arca, temos que desempenhar esta 
obrigação de modo incansável, sacrificial, corajoso até. Afinal, a arca da aliança é um tipo de 
Jesus Cristo, segundo Apocalipse 11.19. 
 
1.3 Estar diante do Senhor 
 
Uma explicação mais detalhada está em Números 3.6-8, onde se percebe que "estar 
diante de..." é o mesmo que "dar assistência, servir". 
 
"Estar diante do Senhor" tem a ver com consagração. O Novo Testamento ensina que 
os filhos de Deus somos constrangidos pelo amor a viver para o Senhor que morreu e 
ressuscitou por nós (2Co 5.14). A base dessa consagração é o amor, e não pode haver 
consagração se não se sentir o amor do Senhor, e se não se amor o Senhor. 
 
O povo de Israel fora escolhido, mas só a tribo de Levi foi separada para ser a tribo de 
sacerdotes. Consagração na Antiga Aliança era algo exclusivo. Hoje, na dispensação da raça, 
todos somos sacerdotes, levitas, portanto (Ap 1.5, 6). Watchman Nee escreveu como oração: 
 
"Ó Senhor, sendo amado, que mais posso eu fazer além de me separar 
de todas as coisas Para poder servir-Te? Daqui em diante, Ninguém 
poderá usar minhas mãos, ou pés, ou boca, ou ouvidos; pois estas 
minhas mãos são para fazer as Tuas obras, meus dois pés para andar 
6 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
em Teu Caminho, minha boca para cantar os Teus louvores, e meus 
ouvidos para ouvir a Tua voz". 
 
A consagração visa a servir a Deus, como o faziam os levitas que tinham a função de 
"estar diante do Senhor". Quando nos tornamos crentes em Cristo, assumimos o compromisso 
o compromisso de servir a Deus por toda a vida. Um médico que é salvo pelo sangue de Jesus 
coloca a medicina em segundo lugar, pois para o primeiro lugar vai Jesus, seu Salvador. O 
mesmo com o comerciante, o soldado ou o bancário. Assim aconteceu com os primeiros 
discípulos: Mateus era fiscal de rendas; Pedro, André, Tiago e João eram pescadores que para 
"estar diante do Senhor" deixaram suas vocações para segundo plano. 
 
Para 'estar diante do Senhor" é preciso ser (2Cr 29.11). "Não sejais negligentes" diz 
este texto. Isso faz lembrar Samuel Brengle: "A santidade não tem pernas e não pode andar de 
um lado para outro visitante os preguiçosos". E continua lembrando que há dois empecilhos 
práticos à santidade: consagração imperfeita e fé imperfeita. 
 
Realmente a nada leva a consagração pela metade, a consagração parcial, a 
consagração às vezes, talvez, pode-ser, domingo-sim-domingo-não, semana-sim-semana-não. 
A nada leva a fé mais-ou-menos, a fé desde-que, até-certo-ponto, limitada, nem-sempre, com 
ressalvas. 
 
1.4 Para abençoar em seu Nome 
 
A história da bênção é antiga. Já a encontramos nos primeiros momentos da Criação 
(Gn 1.27, 28; 2.3). Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn 
12.1-3). 
 
O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de Deus. Ora, 
aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é falar em seu nome. Por essa 
razão há de haver cuidado com a bênção dada levianamente e sem discernimento (cf. Ex 
20.7). Excelente exemplo de abençoar em Nome do Senhor está em 2Samuel 6.18, quando a 
arca da aliança foi trazida da casa de Abinadabe (em Quiriate-Jearim) e a levaram para 
Jerusalém conquistada por Davi. 
 
Há bênçãos belíssimas: 
 
DE PARA REFERÊNCIA 
De Isaque Para Jacó - Referência Gn 27.27-29 
De Jacó Para filhos - Referência Gn 49.1-28 
De Moisés Para povo de Israel - Referência Dt 33 
De Sacerdotes Para Povo de Israel - Referência Nm 6.24-27 
De Jacó Para José (em seus filhos) - Referência Gn 48:15,16 
O Salmo 128 
7 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
 
1.5 De Jesus para crianças - Referência Mc 10.14, 16 
 
Na imensa maioria, destaca-se a marca do Nome do Senhor, ou seja, seu caráter, Sua 
personalidade e Seu poder. A vontade de Deus é colocada sobre aquele por quem se orar, pois que o 
Nome do Senhor protege e abençoa (Nm 6.27). Não é uma simples palavra, pois "Eu-Sou-O-Que-
Sou", ou seja, "Eu-Não-Mudo" (cf. Pv 18.10). 
 
Há que tomar em consideração um importante fato: para abençoar é preciso ser uma bênção. 
 
Em Números 16.9, a grande pergunta do Senhor é: "Acaso é pouco vós que o Deus de Israel vos 
tenha separado... para vos fazer chegar a si...?" Os levitas da Nova Aliança vivemos na disposição 
de continuar levando a arca, pois para tanto formos escolhidos; de lembrar ao povo a direção 
permanente de Deus; de recordar ao povo o pão dos céus, Jesus Cristo, o maná vivo; de ressaltar o 
apoio permanente no cajado de Arão agora brotando em Cristo Jesus. Vivemos, os levitas, na santa 
disposição de estar diante do Senhor, ou seja, de consagração contínua, efetiva, real, verdadeira 
baseada no amor, na disposição de ser. Vivemos na sagrada determinação de abençoar em Seu 
Nome, e para isso temos que ser uma bênção. 
 
 
2 CAUSAS QUE PODEM CONTRIBUIR 
PARA QUE O LOUVOR NÃO FLUA NOS CULTOS DA IGREJA 
 
Sempre que estou participando de seminários com dirigentes de cultos e com equipes 
que dirigem o louvor congregacional, a questão que todos querem saber é: O que bloqueia o 
fluir de Deus no culto da igreja? 
 
Os pastores, via de regra, apontam sempre numa direção: pecado no meio do grupo de 
louvor, alegam, como se não houvesse também pecado entre a equipe pastoral e demais 
ministros da igreja! Dias atrás tive que me deter no estudo do tema porque foi essa a acusação 
que os músicos ouviram do líder da igreja: O louvor não flui porque existe pecado entre 
vocês! Esse tipo de acusação deixa todo mundo desanimado e é um terreno fértil para a 
acusação de Satanás. Numa reunião em que fui convidado a ministrar para os músicos, 
estudamos juntos as várias possibilidades de um culto não fluir como todos gostaríamos. 
 
a. Pecado. Todos concordamos que o pecado é realmente um obstáculo para a 
manifestação de Deus, impedindo também que os músicos e dirigentes de louvor sintam-se à 
vontade. Se um dos pastores da igreja, se alguns dos que exercem liderança congregacional e 
se na equipe de louvor houver alguém que vive sistematicamente na prática do pecado, pode-
se pregar o mais eloqüente sermão, ter a melhor e mais afinada equipe de música, que nada 
acontecerá. Esses dias um pastorme procurou para que eu o ajudasse a resolver um pecado 
sério que havia na equipe de louvor: três rapazes da equipe estavam incorrendo em prática 
homossexual. É preferível ter um violão tocando em três acordes do que músicos em pecado. 
8 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
Em geral os demônios se sentem à vontade no meio de crentes pecadores e inflamam a igreja 
com o mesmo pecado que a liderança está praticando. Um exemplo: se começam a aparecer 
muitos casos de adultério, é bom examinar o que está acontecendo com a liderança! 
 
"Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados 
encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça" (Is 59.2). 
 
"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" 
(Am 5.23). 
 
"Aos retos fica bem louvá-lo" (Sl 33.1). 
 
"Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão..." (Sl 35.27). 
 
Como se vê, Deus olha mais para o coração do homem do que para seus talentos! A 
retidão, vida íntegra e sinceridade de coração são mais importantes para Deus que nossos 
melhores sacrifícios. 
 
b. Mas não apenas o pecado pode ser obstáculo ao fluir de Deus no culto. Um grupo de 
louvor pode viver consagrado a Deus e no entanto não consegue fluir pela falta de 
entrosamento entre os músicos. A Escritura não apresenta nenhum caso de falta de 
entrosamento, mas mostra que, quando há um perfeito entrosamento entre eles, Deus se faz 
presente na reunião. Em 2 Crônicas 5.11-14 os músicos e cantores estavam em perfeita 
sintonia musical e espiritual. Temos, então dois tipos de entrosamento: O natural, onde todos 
tocam e cantam em perfeita harmonia e o espiritual, quando todos estão afinados com a 
música do céu! Em Neemias vemos Matanias, dirigindo os louvores em perfeita sintonia com 
seus irmãos (Ne 11.17; 12.8). Ambos são importantes: afinados entre si e com o Espírito 
Santo! Noutro artigo quero focalizar a importância de encontrar o tom celestial, o tom de 
Deus! 
 
c. Um terceiro aspecto é a falta de entrosamento entre músicos e dirigente. Encontramos 
nos dias de Davi a Quenanias, chefe dos levitas músicos. Ele "tinha o encargo de dirigir o 
canto, porque era entendido nisso" (1 Cr 15.22). Todos os demais seguiam a orientação dele 
na grande celebração que se fez quando Davi levou a arca da aliança de volta para Jerusalém. 
Nos dias de Neemias, Jezraías era o maestro que dirigia os músicos e cantores do templo (Ne 
12.42). Não adianta ter bons músicos e um péssimo dirigente ou vice-versa. Deve haver uma 
perfeita coordenação entre eles. O dirigente comanda e a um sinal seu os músicos sabem em 
que direção devem seguir. 
 
d. Um quarto aspecto que deve ser analisado é a falta de entrosamento entre dirigente e 
congregação. Se a congregação não está acostumada ao dirigente e vice-versa, se não houver 
um perfeito entrosamento entre eles, o louvor também não flui. O povo conhece o seu 
dirigente de louvor. Sabe quando ele está num bom mood, se está bem ou não. O dirigente 
9 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
também conhece a congregação e pode detectar quando esta está cansada fisicamente, 
afadigada espiritualmente, etc. O dirigente levanta a mão, faz um gesto, usa o tom de voz, e o 
povo, que o conhece, segue suas orientações! Qualquer gesto seu é correspondido pelo povo 
que já se acostumou com ele! 
 
Esdras afirma que "os levitas ensinavam o povo na lei...dando explicações, de maneira 
que todos entendessem o que se lia" (Ne 8.7,8; 9.3-5). O dirigente ensina a congregação e esta 
passa a fluir com ele em tudo o que ele disser e fizer! 
 
"Gloriar-se-á no Senhor a minha alma; os humildes ouvirão e se alegrarão. 
Engrandecei o Senhor comigo e todos à uma lhe exaltemos o nome" (Sl 34.2,3). 
 
Juntos eles glorificam a Deus! "Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e de júbilo 
exultarão os seus fieis" (Sl 132.16). 
 
e. Um quinto aspecto que não deve ser desprezado é quando existe estafa, fadiga e 
canseira dos componentes do grupo. Aqui é bom discutir primeiramente a canseira física. 
Davi foi bastante sábio quando estabeleceu que cada grupo de louvor ficaria apenas uma hora 
no templo cantando e adorando a Deus (Veja 1 Crônicas 25). Mais de uma hora e começa a 
canseira. Imagine os músicos que às vezes tocam em vários cultos no mesmo dia! 
 
Existe também um tipo de situação que deixa os músicos abatidos. Eles se esforçam 
em fazer o melhor para Deus, mas a liderança pastoral não contribui adquirindo o 
equipamento que eles precisam. Existem pastores que não sabem investir numa boa 
aparelhagem de som, em retornos para a plataforma, numa boa bateria acoplada à mesa de 
som, teclados, instrumentos, etc. E essas coisas deixam os músicos desanimados! Nos dias de 
Neemias os levitas encarregados do serviço do templo, sentiram-se desanimados e foram cada 
um para sua cidade (Ne 13.10). Foram abandonados pela liderança! 
 
Sinto pena de alguns grupos de dirigentes de louvores que fazem o melhor que podem, 
mas não são correspondidos pela liderança da igreja. É triste quando se tem que fazer 
"muletas" ou festinhas e almoços para se angariar fundo para equipar a igreja de bons 
instrumentos e de um bom sistema de som. Isso jamais deveria ocorrer. A igreja deve 
contribuir e o tesoureiro abrir o cofre! Não é sem razão que muitos de nossos músicos 
"fogem" para os campos como aconteceu com os levitas no tempo de Neemias. O desânimo e 
a canseira, são obstáculos ao mover de Deus nas reuniões da Igreja! 
 
f. É necessário analisar um sexto aspecto: Estafa, fadiga e canseira da congregação. E a 
análise tem que ser feita no âmbito físico e espiritual. No âmbito físico, o povo pode andar 
emocionalmente abalado por problemas na congregação e no âmago espiritual o povo pode 
estar desgastado espiritualmente. O que desgasta espiritualmente uma congregação? Tempo 
muito prolongado no louvor; pregações muito grandes. Exigências demasiadas para que 
10 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
ofertem e contribuam além de suas posses. Falta de variedade nos temas bíblicos pregados, 
etc. 
 
Uma congregação que não tem expectativa do que vai ocorrer no culto e que já sabe na 
ponta da língua o que vem a seguir passa a viver dentro de uma rotina; e rotina cansa, tortura, 
mata e massacra espiritualmente a igreja. Quando o povo não tem mais expectativa de que 
algo novo pode ocorrer, alguma coisa está errada com a liderança pastoral. As ausências de 
milagres, de manifestações do Espírito Santo, de uma palavra viva, de conversões, de 
libertação deixam a igreja fadigada espiritualmente. Consequentemente o louvor não flui. 
Pode-se ter a melhor e mais treinada equipe de música, os melhores equipamentos, que nada 
ocorrerá! Lindos corais, muita coreografia e poucos resultados espirituais! 
 
"Algo novo vai acontecer; algo bom Deus tem para nós; reunidos aqui, só para louvar 
ao Senhor", diz o cântico traduzido do inglês. 
 
Deus é a fonte da motivação. Nos dias de Neemias o povo ofereceu grandes sacrifícios 
"e se alegraram; pois Deus os alegrara com grande alegria; também as mulheres e os meninos 
se alegraram, de modo que o júbilo de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12.43; 8.9-12). 
 
 
 
 
 
g. Este sétimo aspecto, apesar da semelhança com o anterior, tem outro sentido. A 
congregação vive alienada com tudo o que está ocorrendo. É possível que a turma do louvor 
esteja consagrada a Deus, jejuando, orando, estudando, ensaiando e chegue nos cultos com 
todo gás, mas a congregação não corresponde, porque não jejua, não ora, não estuda nem se 
consagra a Deus! São os alienígenas dominicais! 
 
Davi, os sacerdotes e os levitas bem como grande parte do povoestava participando de 
um grande avivamento espiritual. Desde os dias de Samuel não se experimentava um tipo de 
avivamento como o daqueles dias. Música, danças, ministrações, o reino se firmando, mas 
Mical, estava alienada de tudo! Enquanto Davi dançava com todas as suas forças, enquanto os 
sacerdotes tocavam as trombetas e sacrificavam e o povo jubilava, Mical desprezou tudo 
aquilo em seu coração. Ela desprezou a Davi (2 Sm 6.14-23). 
 
Mical representa algumas igrejas que ficam estéreis por toda vida por desprezarem o 
que Deus está fazendo em seu meio. Uma igreja estéril não frutifica, ano após ano continua 
igual. Engorda e envelhece sem gerar filhos! (Ver ainda 1 Crônicas 15.28,29). 
 
h. Um outro aspecto que precisamos observar são os cânticos difíceis de serem entoados 
pela congregação. Cânticos com letras truncadas, sem fluência poética, sem métrica; músicas 
cuja linha melódica é difícil de ser acompanhada, sem definição, etc. Há cânticos antigos com 
Donald Stoll escreveu o cântico, 
"Lançarei fora o espírito pesado; me vestirei 
com as vestes do louvor; e assim eu entrarei 
na presença do Senhor". 
11 
Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
SEMINÁRIO TEOLÓGICO MARCOS BATISTA - Curso Bacharel de Teologia 
melodias difíceis de serem entoadas, mas que têm definições, como Ao Deus de Abrão 
Louvai, Castelo Forte, e, no entanto, muitos dos novos cânticos têm uma melodia indefinida, 
truncada; e cânticos assim impedem o fluir do verdadeiro louvor. Nossos dirigentes de 
louvores precisam entender que nem todos os cânticos são congregacionais. Alguns cânticos 
são escritos para solistas, outros para corais, e outros, sim, para serem cantados por toda a 
congregação. O que percebo é que muitos dos cânticos trazidos para a congregação não 
servem para serem cantados por todos, e sim por solistas. Nem tudo o que aparece no 
mercado musical deve ser usado pela igreja. Isto pode ser evitado, escolhendo-se cânticos 
próprios para o povo cantar Um bom líder saberá definir o que o povo deve cantar. 
 
Outra coisa boa de se fazer é escolher cânticos de vários autores, e não apenas de um 
só compositor, pois estes têm a tendência de viciar-se na mesma linha melódica. Ouvir um Cd 
com músicas de um mesmo autor, às vezes, é enfadonho. 
 
"Então cantou Israel este cântico: Brota, ó poço! Entoai-lhe cântico!" (Nm 21.17). Se 
todo Israel cantou, por certo era de fácil compreensão e melodicamente aceito. 
"Então entoou Moisés, e os filhos de Israel, este cântico ao Senhor, e disseram: 
Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente" (Ex 15.1). Novamente um cântico 
acessível a todos. 
 
i. Hinos difíceis de serem tocados pelos músicos da igreja. Convenhamos: nem toda 
igreja tem músicos profissionais. A maioria de nossos conjuntos é feita de gente que se 
esforça, que quer aprender, que se esmera no que faz, mas não é formada em música. 
Consequentemente, determinadas músicas podem se tornar difíceis de serem executadas. 
Agregue-se a isso o fato de que muitos dos hinos modernos traduzidos do inglês ou gerados 
em solo estrangeiro são "incantáveis" pela média de nosso povo e "intocáveis" por nossos 
músicos! A começar pelas péssimas traduções ou versões em que, procurando ser fiéis à letra 
do idioma original os tradutores colocam diante de nós letras truncadas, sem poesia e sem 
beleza alguma! 
 
Muitas vezes visitando pequenas e grandes congregações pelo Brasil percebo a 
dificuldade dos músicos e dos irmãos que querem cantar músicas do Alvin, do Ron Kenoly, 
etc. São músicas que os americanos cantam muito bem em seus shows musicais, mas difíceis 
de serem tocadas por nossos músicos e cantadas pela igreja! 
 
"Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilo" (Sl 33.3). 
 
j. Um dos obstáculos maiores, no entanto, é a falta de sensibilidade dos músicos e dos 
dirigentes ao Espírito Santo. Não se pode escolher cânticos só porque gostamos daquele 
estilo, ou de sua melodia e letra. Precisamos estar atentos ao que o Espírito Santo quer para o 
culto da igreja. Muitas vezes um cântico começa a fluir deixando a igreja livre na presença de 
Deus, mas na lista do dirigente tem um outro que vem a seguir e, ele na ânsia de aproveitar o 
tempo e cantar todos aqueles hinos, tira a igreja do trilho certo. Um culto pode fluir em Deus 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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com poucos ou com muitos cânticos. O bom culto não precisa que o dirigente fique dando 
manivela. Ele começa bem e termina melhor ainda! 
 
Davi ouvia a Deus: "Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a 
Deus" (Sl 62.11). A abundância de cânticos, salmos e palavra era tanta que Paulo pergunta: 
"Que fazer, pois, irmãos...?" (1 Co 14.26). Como Paulo que queria ir para um lugar e o 
próprio Espírito o impedia, pode ocorrer também com os dirigentes de louvor: eles querem 
seguir numa direção, mas o Espírito Santo tem outro bem melhor (At 16.6-10). 
 
k. Falta de resposta da congregação ao dirigente. Não estou de forma alguma repetindo o 
item 4. Naquele caso é a falta de entrosamento entre o dirigente e a congregação. Nesse caso, 
o dirigente é excelente, mas a congregação não responde à altura o que o dirigente pretende. 
O dirigente está afinado, sensível a Deus, mas a congregação não corresponde ao que ele 
quer. Você deveria ver o que diz o Salmo 98. Ou o Salmo 103.19-22 onde o autor propõe aos 
anjos, aos ministros, às obras de Deus que levantem a voz em louvor, o Todo-Poderoso! 
 
Geralmente isto ocorre quando o avivamento na igreja não atinge a todos. Costumo 
dizer que houve um avivamento departamental. O pessoal do louvor anda a mil, mas a 
congregação reage a passos de lesma! Os jovens estão "pegando fogo" enquanto os demais 
sentam-se em bancos de geladeira. 
 
l. Falta de motivação da Igreja. Deus deve ser o grande Motivador da Igreja. Como diz 
Davi: "Tu és motivo para os meus louvores constantemente" (Sl 71.6). Ou como ele afirmou 
noutro lugar: "Os teus decretos são motivo dos meus cânticos, na casa da minha peregrinação 
(Sl 119.54). Davi instituiu a ordem levítica de adoração, baseado unicamente em Deus e nos 
seus gloriosos feitos (1 Cr 16.7-12). 
 
A motivação da igreja é Deus e não a música bonita, os bons músicos, os ótimos 
instrumentos e um ambiente propício de adoração. Vitrais coloridos e paramentos servem de 
inspiração para a carne, mas o verdadeiro louvor flui quando Deus é a fonte de todas as 
coisas! Deus é o grande inspirador e motivador. E o louvor pode fluir muito bem num antigo 
depósito transformado em lugar de culto sem muitos instrumentos musicais. Melhor ainda 
quando uma congregação tem tudo o que falei e tem também a Deus como inspirador de seus 
louvores. 
 
m. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo que os 
pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo no culto. Se os 
pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às vezes quando prego em algumas 
igrejas observo que os pastores ficam durante o tempo de louvor atendendo o celular, falando 
com algum obreiro, resolvendo questões da igreja completamente à parte do que está 
ocorrendo no culto. Um pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na 
hora de pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz questão 
de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos guerreiros 
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determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a seguir, o "bombeiro", 
como eles dizem, chega e apaga o fogo! 
 
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com problemáticas de 
sua própria congregação. Um participante de nosso seminário chegou a contabilizar "20 
obstáculos porqueo louvor não flui..." 
 
 
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE LOUVOR E ADORAÇÃO 
 
 1- Introdução. 
2- O que é Louvor? 
3- O que é Adoração? 
4- Ampliando a visão sobre adoração. 
5- Algumas boas definições sobre adoração. 
6- Uma definição prática da adoração. 
7- O veículo da adoração. 
8- Os principais obstáculos ao louvor e a adoração. 
 
3.1 Introdução 
 
Quando falamos em louvor e adoração, a primeira idéia que vem em nossas mentes é 
de estarmos cantando um hino ou um cântico na igreja. É normal pensarmos assim, pois, 
cantar é a maneira mais comum utilizada por nós, para expressarmos o nosso louvor e a nossa 
adoração a Deus. 
 
Mas o louvor e a adoração não se limitam apenas a estarmos cantando hinos ou 
cânticos ao Senhor nos cultos de domingo. Louvor e adoração são muito mais do que isto: O 
Louvor e a adoração devem ser encarados e praticados como um estilo de vida. O apóstolo 
Paulo escreveu: “Portanto quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo 
para a glória de Deus” (I Co. 10:31). Fundamentado nessa passagem, entendo que para o 
cristão cada ato da vida deve ser um ato de louvor e de adoração à Deus, ou seja, tanto o 
louvor quanto a adoração, devem estar presentes em tudo o que fizermos. Eles devem ser 
manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc., Porém, nos cultos da 
igreja atual, a forma mais popular de louvor e adoração é por meio de cânticos e hinos 
(Louvor cantado). 
 
Para nos ajudar a desenvolver este conceito, vamos ver o que as Escrituras nos 
ensinam sobre o louvor e a adoração: 
 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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3.2 O que é louvor? 
 
De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de agradecimento, elogio, 
valorização, glorificação, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez, fará) em nossa vida ou na 
dos outros. (Sl. 145:4; Sl. 147:12-13; Is. 25:01; Lc. 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por 
Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O 
louvor está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age (agiu, agirá) e seu povo O louva 
(agradece, exalta, elogia, etc.). Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo. 
Nosso louvor é centralizado em Cristo. Nossas canções são centralizadas em Cristo, sobre Ele 
e para Ele. Jesus é a razão do nosso louvor. 
Importante: É muito importante termos em mente que o louvor não liberta ninguém. 
Quem liberta é Jesus. A Bíblia diz: “E conhecereis a verdade[Cristo], e a verdade[Cristo] 
vos libertará”(Jo.8:32). O poder para libertar, curar, restaurar está em Jesus e não no louvor. 
O louvor é apenas a forma que usamos para expressarmos a nossa gratidão ao Senhor. 
 
3.3 O que é adoração? 
 
Qualquer tentativa de definir adoração será falha, devido ao enorme significado que 
ela abrange. Seriam necessários lermos vários livros para abordar tudo que precisamos 
compreender a respeito da adoração. O autor A. P. Gibbs em seu livro “Adoração”, escreveu: 
“A palavra adoração assim como outras palavras admiráveis como ‘graça’ e ‘amor’ podem ser 
mais facilmente experimentadas do que descritas. ” E ele tem razão. É muito mais fácil 
experimentarmos (praticarmos) a adoração do que descreve-la. Porém, passeando pela Bíblia, 
vemos que a adoração está associada freqüentemente com a ideia de culto (resposta), 
reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, 
Misericordioso, Imutável, etc.). (Sl.96:9; Ap. 4:8-11; Ap. 7:11-12; Ap. 11:16-17), ou seja, 
independente do que Deus faz, fez ou fará, nós O adoramos (cultuamos, reverenciamos, 
veneramos) por aquilo que Ele é, ou seja, sua pessoa (natureza, caráter e atributos). 
 
3.4. Ampliando a visão sobre adoração. 
 
Vamos aprofundar um pouco mais a nossa visão sobre a adoração examinando 
algumas palavras utilizadas na Bíblia relacionadas a ela: 
 
Proskuneo (Render-se) Originalmente significava “beijar”. Entre os gregos era um 
termo técnico que significava “adorar os deuses”, dobrando os joelhos ou prostrando-se. Em 
outras palavras, descrevia o gesto de curvar-se diante de uma pessoa e ir até o ponto de beijar 
os seus pés. Este gesto traduz o ato de reconhecer a insuficiência do adorador e a 
superioridade do objeto adorado, colocando-se à sua inteira disposição. Sua idéia básica é a de 
submissão. Na passagem de João 4:20-24, onde Jesus conversa com a mulher samaritana, a 
palavra “proskuneo” aparece 10 vezes em suas diversas formas. Outro exemplo da utilização 
desta palavra está em Mateus 4:9-10, onde Satanás tenta Jesus: “e lhe disse: Tudo isso te darei 
se, prostrado me adorares. Então Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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Senhor teu Deus adorarás (proskunesis), e só a Ele darás culto”. Adorar a Deus é antes de 
tudo render-se (submeter-se) ao Senhor. 
 
Latreia (Servir) Adorar é Servir. O sentido de servir aqui, significa cultuar e oferecer 
atos de adoração que agradem a Deus. Esse termo é usado por Paulo em Romanos 12:1, para 
descrever a dedicação de nossas vidas a Deus. Ofertar a Ele toda a nossa potencialidade, 
capacidade, inteligência, energia, experiência e devoção. Servir, como reconhecimento da 
transformação que Ele operou em nossa vida. Ele merece o melhor do nosso serviço como 
forma de gratidão. Outro exemplo de utilização desta palavra está em Mateus 4:10 na resposta 
de Jesus a Satanás: “[...] Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto 
(Latreia[servirás]). ” Dividir a lealdade, na tentativa de servir a dois senhores, deve ser 
reconhecido como “culto Falso”, como nos diz Mateus 6:24. Nosso ato de servir a Deus, 
requer que o sirvamos com exclusividade. 
 
Sebein (Reverenciar, Temer) outro vocábulo utilizado para traduzir adoração é Sebein. 
Ela significa reverenciar com temor. Na língua grega fora da Bíblia, as palavras que derivam 
da raiz (seb) transmitia o quadro característico do homem como religioso devotado a seus 
deuses para evitar as nefastas conseqüências do azar (Atos 17). Essa conotação religiosa grega 
impediu que estes vocábulos fossem muito usados para designar culto (adoração), na tradução 
do Antigo testamento, devido ao seu contexto pagão. O mesmo ocorreu com o Novo 
Testamento, onde estes vocábulos também são bem raros. Entretanto, com o passar do tempo, 
estas palavras passaram a expressar outro significado, ao ponto de serem utilizadas com 
bastante freqüência me 2 Pedro. João também mostrou esse novo conteúdo: “Sabemos que 
Deus não atente pecadores, mas pelo contrário se alguém teme a Deus (Theosebes) e pratica 
sua vontade, a este atende” (João 9:31). Ou seja, esse termo trata-se de um temor sadio, 
aquele que nos torna conscientes da santidade e da majestade de Deus, e nos exorta a viver 
uma vida santa diante do Todo-Poderoso. Em outras palavras, nós não vivemos 
“aterrorizados” pela presença de Deus, mas vivemos com uma reverente preocupação com as 
atitudes, pensamentos e comportamentos que agradam a Ele. 
 
Leitourgeo (Realizar Serviço Sacerdotal) Este vocábulo é composto por duas palavras 
gregas, “povo” (laos) e “Trabalho” (ergon). Significava originalmente fazer trabalho público, 
mas pagando sozinho as despesas. Mais tarde passou de origem secular para o religioso, de 
modo que os tradutores do Antigo Testamento também usaram freqüentemente este termo, 
para indicar o ministério sagrado dos sacerdotes. Por exemplo: o alto privilégio de Zacarias de 
ministrar no templo foi chamado de Leitourgia (Lucas 1:23). Como sabemos, o trabalho dos 
sacerdotes judeus no templo, consistia em oferecer os sacrifícios que era considerado um 
“serviço de adoração”. Esse trabalho, porém, foi superado com o sacrifício de Cristo (Sumo-
Sacerdote e o últimoCordeiro), ao morrer em nosso lugar na cruz. Entretanto, todo aquele que 
faz parte do Povo de Deus, foi designado como “Sacerdote”, com a função de proclamar as 
virtudes do Senhor e testemunhar de Cristo por onde for (I Pedro 2:9). Leitourgeo está 
intimamente ligado ao exercício de nossos dons espirituais, quando dedicamos nosso trabalho 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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ao Senhor, no contexto de nossas igrejas. Em outras palavras, quando os cristãos servem aos 
irmãos da fé, motivados pelo amor de Deus, exercem a “leitourgia”. 
 
3.5 Algumas boas definições sobre adoração 
 
Para nos ajudar a compreender um pouco mais a abrangência da adoração, vamos ver 
algumas boas definições sobre ela: 
 
a) Adoração é a ocupação do coração, não com suas necessidades nem sequer com suas 
bênçãos, mas com Deus mesmo. 
b) Adoração é o amor com que correspondemos ao amor de Deus. 
c) Adoração é o ato de dobrar nossa vontade para fazermos a vontade de Deus. 
d) Adoração é reconhecer, honrar e reverenciar a presença de Deus. 
e) Adoração é vida intensa com Deus. 
f) Adoração é uma comunhão diária com Jesus. 
g) Adoração é oferecer o melhor da nossa vida para Deus. 
h) Adoração é uma reação ativa a Deus, pela qual reconhecemos e declaramos a Sua 
dignidade. 
i) Adoração é avivar a consciência através da santidade de Deus, alimentar a mente com a 
verdade de Deus, purificar a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração ao amor 
de Deus, render a vontade aos propósitos de Deus. 
j) Adoração é o ato de tomarmos uma posição diante de Deus em relação ao sistema em 
que estamos vivendo. 
 
3.6. Uma definição prática de adoração 
 
Apesar das informações acima nos ajudarem a ter uma visão mais ampla sobre a 
adoração, na prática, podemos definir a adoração como sendo: “Tudo aquilo que fazemos que 
agrada a Deus”. Na verdade, de acordo com o escritor Rick Warren, adorar (agradar) a Deus, 
foi o primeiro propósito para o qual Deus nos criou. Ele escreveu: “O primeiro propósito da 
nossa vida é adorar (agradar) a Deus[...]. Deus não precisava criar eu e você, mas escolheu 
fazer-nos para a satisfação dEle. Nós existimos (fomos criados e planejados), primeiramente, 
para dar prazer à Deus, ou seja, trazer alegria ao Seu coração”. Sendo assim, podemos dizer 
que a adoração é melhor representada pela maneira como vivemos diante de Deus com nossas 
atitudes, comportamentos, testemunho, obediência, confiança, etc. (Jr.9:24; Hb.11:6; 
Sl.147:11; 1Sm.15:22; Sl.69:30,31), de forma que este viver traga alegria a Deus. Em resumo, 
adorar a Deus é viver para agrada-lo. 
 
3.7 O veículo da adoração 
 
Jesus nos ensina um princípio muito importante sobre a adoração, Em João 14:6, Ele 
disse: “...Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim. ”, ou 
seja, não existe outra maneira de entrarmos na presença de Deus senão através de Jesus. Este 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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princípio vale para todos os aspectos de nosso relacionamento com Deus, inclusive na 
adoração. Deus só aceita a nossa adoração quando a oferecemos por intermédio de Jesus. A 
Bíblia diz: “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre sacrifício de louvor [...]” 
(Hb.13:15). Jesus é o único caminho até Deus. 
 
Importante: A música não é um meio para se achegar a Deus. O único meio 
(caminho) é Jesus. A música é apenas um veículo de expressão. Ela serve apenas para tornar 
mais agradável a maneira de expressar o nosso amor, o nosso louvor e a nossa adoração ao 
Senhor. A Bíblia diz que Deus habita em meio aos louvores (Sl.22:3), mas não, que o louvor 
nos conduz a Deus. 
 
3.8 Os principais obstáculos ao louvor e a adoração. 
 
Naturalmente porque adoração é algo que alegra tanto o coração de Deus, e incomoda 
muito o inimigo das nossas almas, devemos ficar atentos, porque enfrentaremos obstáculos 
para que a verdadeira adoração aconteça. Contudo, é importante estarmos conscientes que 
nem todo obstáculo ao fluir da adoração é culpa do diabo. Em grande parte, a nossa natureza 
caída é a que mais apresenta resistência ao oferecer da adoração que Deus deseja de nós. 
Vejamos os principais obstáculos. 
 
Limitar-se ao Local da adoração: Este conceito é muito comum em nossas igrejas; 
achar que a adoração só deve ser exercida e praticada na igreja, e assim, nos esquecendo que 
também devemos louvar e adorar a Deus em casa, no trabalho, na escola, etc. Nós precisamos 
nos conscientizar de que adoração não é parte da nossa vida; ela é a nossa vida. A Bíblia diz: 
“Buscai o Senhor [...] buscai perpetuamente a sua presença” (Sl.105:4). Adorar a Deus deve 
ser a primeira atividade, assim que abrimos os olhos pela manhã, e a última atividade, ao 
fechá-los à noite. Adorar deve ser uma atividade constante na nossa vida. Adorar a Deus deve 
ser um estilo de vida. 
 
Falta de conhecimento de Deus: Este sem dúvida, é um dos maiores obstáculos à 
adoração a Deus; É impossível adorar a Deus sem conhece-lo. A Bíblia diz: “O meu povo está 
sendo destruído porque lhe falta o conhecimento”(Os.4:6). A adoração está intimamente 
ligada ao conhecimento que temos de Deus. Quanto mais conhecermos a Deus, mais profunda 
e consistente nossa adoração se torna. Por outro lado, quando falta conhecimento de Deus 
(relacionamento correto com Deus), nossa adoração será distorcida e doente. E 
consequentemente não agradará o coração de Deus. 
 
Amargura: Como podemos adorar a Deus “de todo coração”, se existe alguma mágoa 
corroendo nosso relacionamento com alguém? A Bíblia diz: “Portanto, se trouxeres a tua 
oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante 
do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a 
tua oferta” (Mt.5:23-24). Deus só aceita a nossa adoração (oferta de vida) quando dispomos 
de um bom relacionamento com os nossos próximos. 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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Pecado não confessado: A Bíblia diz: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação 
entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos 
ouça”(Is.59:2). Só podemos oferecer a verdadeira adoração a Deus após confessarmos os 
nossos pecados. 
 
Amor as coisas do mundo: Enquanto estivermos dando prioridade aos valores do 
mundo, nós nunca conseguiremos nos aprofundar em uma vida de adoração. As vaidades 
humanas, os prazeres e desejos malignos, pessoas e lugares inconvenientes, ações e 
pensamentos que tiram o primeiro lugar de Deus em nossas vidas, tudo isso são obstáculos 
que nos impedem de adorar ao Senhor. A Bíblia diz: “porque onde está o teu tesouro aí estará 
também o teu coração” (Mt.6:21), se o nosso tesouro não for Deus, nosso coração estará em 
outro lugar. 
 
Preguiça e Negligência: A preguiça e a negligência andam juntos. A conseqüência 
natural da preguiça é aumentar a negligência com as coisas de Deus. Quando começamos a 
perceber que estamos ficando negligentes em nossa vida com Deus, isso é um forte indicador 
de que estamos preguiçosos, e está na hora de irmos ter com a formiga (Pv.6:6-11). A 
preguiça e a negligência são um grande obstáculo à adoração a Deus. Podemos ver a 
negligência na adoração quando adoramos a Deus de qualquer jeito, sem nos preocuparmos se 
estamos agradando a Ele ou não. Jesus falou sobre a negligência dos fariseus em relação a 
adoração. Ele disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de 
mim; e em vão me adoram[...]” (Mt.15:8-9). 
 
Orgulho e Soberba: O orgulho e a soberba são sinônimos. Conforme o dicionário 
elas significam o elevado conceito que alguém faz de si próprio ou amor-próprio exagerado. 
Podemos ver o orgulho e asoberba em nossa vida quando estamos preocupados 
primeiramente em agradar a nós mesmos antes de Deus. Mas a Bíblia no ensina: “[...] digo a 
cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com 
moderação[...]” (Rm.12:3). Porém, orgulho e soberba não significam apenas pensar demais 
em nós mesmos. Orgulho e soberba podem ser vistos principalmente quando vivermos uma 
vida independente de Deus. Quando vivemos assim, isso se torna um grande obstáculo para 
que Deus aceite a nossa adoração. A Bíblia diz: “[...] revestir-vos de humildade, porque Deus 
resiste aos soberbos mas dá graça aos humildes” (1Pe.5:5, Tg.4:6). Orgulho é independência. 
Humildade é dependência. Quando vivemos com humildade, reconhecendo constantemente a 
nossa dependência de Deus, a nossa adoração subirá como um aroma suave ao Senhor. 
 
Rotina: Se a nossa adoração se torna algo mecânico e repetitivo, ela está condenada a 
se tornar um fardo para Deus. Deus se cansa da adoração de seu povo quando esta se torna 
uma mera rotina. Para que a adoração toque o coração de Deus, nós precisamos estar 
dispostos a mudar os nossos hábitos estéreis, e revitalizar à nossa maneira de adorar. A Bíblia 
diz que nós devemos “[...] andar em novidade de vida” (Rm.6:4). Isso serve também para a 
nossa adoração. 
 
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4. "DANÇA" ATITUDE DE LOUVOR 
 
Nos dias de hoje temos muitos conceitos sobre dança, sendo em sua maioria o de que 
ela induz a expressões carnais, o que não é verdade quando há uma atitude pura, feita no 
espírito diante do Senhor. 
 
A dança é o reflexo de sentimentos contidos em nosso ser e acontece em várias 
ocasiões: 
 
Quando Davi foi ungido por Samuel (I Sam 16:13), o Espírito do Senhor se apossou 
dele e desde aquele dia foi cheio do Espírito. 
 
Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa toda sua alegria dançando diante do Senhor 
por estar transportando a Arca para Jerusalém, que representava a presença de Deus no meio 
deles. 
 
"Então disseram a Davi: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o que 
tem, por causa da arca de Deus. Assim foi Davi, com alegria. Quando os que levavam a arca 
do Senhor tinham dado seis passos ele sacrificava bois e carneiros cevados. Davi dançava 
com todas as suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de 
linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao 
som de trombetas. 
Quando a arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava 
olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do Senhor, o 
desprezou no seu coração". 
 
Vemos aqui o exemplo de um homem segundo o coração de Deus, cheio do poder e do 
Espírito, expressando toda sua alegria dançando na presença do Senhor. 
 
Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma profetisa com muitas mulheres saírem com 
tamborins e com danças cantando ao Senhor pela vitória de Israel, pelo povo que saíra ileso 
do Egito, terra onde eram escravos. 
 
Miriã, a profetisa (os profetas eram pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou pela 
vitória do seu povo. 
 
"Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres 
saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao Senhor, 
pois sumamente se exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro". 
 
As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos; quando seus 
maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do combate pela vida e pela pátria, 
saíam elas ao seu encontro com danças de triunfo. 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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Nos nossos dias não deve ser diferente. Podemos e devemos também ser cheios do 
Espírito Santo de Deus e dançar diante dEle, extravasando a nossa alegria, saltando, dançando 
diante do Senhor pela vitória de Jesus na cruz derrotando todo principado, potestade e 
dominadores deste século que eram contra nós (Col. 2:15), nos libertando do mundo e nos 
transportando para um reino de luz, purificando nossa consciência pelo sangue do Cordeiro e 
nos dando a esperança da vida eterna. 
 
As danças não param por aí. Em I Samuel 18:6 e 7, temos outro exemplo: 
 
"Quando os soldados retornavam para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as 
mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando e dançando 
alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As mulheres, dançando, cantavam 
umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares". 
 
Jesus citou em uma parábola a dança como louvor e ações de graças por um filho que 
se havia perdido e foi achado (Lucas 15:25 - parábola do filho pródigo). 
 
Existe uma razão específica do povo de Deus em dançar: a de que Ele se alegra com 
isto. Deus se alegra de que seus filhos dancem na sua presença, pois Ele próprio promete 
restaurar as danças de seu povo: 
 
"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o 
meu povo... o povo que escapou da espada achou graça no deserto... com amor eterno te 
amei, também com amorável benignidade te atraí... ainda te edificarei e serás edificada, ó 
virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com coro de dança, e 
também os jovens e os velhos, e tornareis o seu pranto em júbilo e os consolarei; 
transformarei em regozijo a sua tristeza". (Jeremias 31: 1-4, 13) 
 
Se você nunca se expressou a Deus dançando, eu o convidaria a fazê-lo conforme as 
escrituras nos convidam: 
 
Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com 
tamborim e com harpa". 
 
Certamente quando você o adorar com sua dança, o próprio Deus te encherá com 
alegria, com cânticos, com toda sorte de bençãos e te mostrará a vitória. 
 
Experimente dançar na presença de Deus. 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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5. PLANEJADOS PARA AGRADAR A DEUS 
(Propósito da Adoração) “Uma vida com propósitos” 
 
1- Introdução. 
2- A grande questão da vida. 
3- Deus nos fez por um motivo. 
4- Planejados para agradar a Deus. 
5- Adoração e Música. 
6- Obstáculos à Adoração. 
7- Conclusão. 
 
5.1- Introdução 
 
Nada é mais importante do que conhecer os propósitos de Deus para a nossa vida, e 
nada pode compensar o prejuízo de não os conhecer. Rick Warren escreveu: “A maior de 
todas as desgraças não é a morte mais uma vida sem propósitos”. Sem propósitos a vida não 
tem significado, relevância ou esperança. Sem propósitos a vida é um movimento sem 
sentido, uma atividade sem direção e acontecimentos sem motivo. Sem propósitos somos 
como giroscópios, girando em um ritmo frenético sem jamais chegar a lugar algum. Sem 
propósitos, continuaremos a levantar domingo após domingo, vir a igreja, cumprir rituais 
religiosos e, muitas vezes, voltar vazio para as nossas casas; isso quando, não começarmos a 
mudar nossos rumos, relacionamentos, igreja e outras circunstâncias externas – na esperança 
de que cada mudança solucione a confusão e preencha esse vazio em nosso coração. 
 
Por outro lado, conhecer os propósitos de Deus para nós, dá sentido a nossa vida, 
direciona a nossa vida, estimula a nossa vida, simplifica a nossa vida e nos prepara para a 
eternidade. Não há nada tão potente e realizador como conhecer os propósitos de Deus para a 
nossa vida e cumpri-los. 
 
5.2- A grande questão da vida 
 
- Por que eu existo? 
- Qual o propósito da minha vida? 
- Por que eu nasci? 
 
Estas são perguntas que um dia todos nós já nos fizemos. A procura da resposta para 
essas perguntas tem intrigado as pessoas por milhares de anos, e muitas delas acabam orrendo 
sem descobrir a resposta.Isso porque normalmente essas pessoas, assim com nós, começamos 
pelo lado errado – nós mesmos. Este é o lugar errado para iniciar essa busca. Nós jamais 
descobriremos o propósito (sentido) da vida olhando para dentro de nós mesmos. Nós não 
criamos a nós mesmos, logo não há jeito de dizer para que fomos criados. 
 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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5.3- Por onde começar? 
 
Devemos começar em Deus. Tudo começa com Deus. Se nós quisermos saber por que 
fomos colocados neste planeta, deveremos começar por Deus, nosso criador. Nós nascemos 
de acordo com os propósitos de Deus e para cumprir os propósitos dEle. Nós fomos feitos por 
Deus e para Deus – e, enquanto não compreendermos essa verdade, a vida jamais terá sentido. 
É somente em Deus que descobrimos nossa origem, nossa identidade, o que significamos, 
nosso propósito, nossa importância e nosso destino. Deus é o ponto de partida. E Ele nos fez 
por um motivo. 
 
5.4- Deus nos fez por um motivo 
 
Nada na vida é casual – tudo foi feito em função de um propósito. 
Nós não somos um acidente. 
Nosso nascimento não foi um erro ou um infortúnio, e nossa vida não é um acaso da 
natureza. 
 
Nossos pais podem não nos ter planejado, mas Deus certamente o fez. Ele não ficou 
nem um pouco surpreso com nosso nascimento. Aliás, ele o aguardava. Muito antes de sermos 
concebidos por nossos pais, nós fomos concebidos na mente de Deus – Ele já pensava em nós 
antes de formar o mundo. Nós não estamos aqui por acaso, sorte, destino ou coincidência. Nós 
estamos aqui porque Deus quis criar-nos. Deus nunca faz nada por acaso, Ele não age de 
forma aleatória, e Ele nunca comete erros. Deus tem um motivo para tudo que Criou. Todas as 
plantas e animais foram planejados por Ele, e cada pessoa foi idealizada com um propósito. 
 
Então, afinal de contas: - Qual foi o propósito de Deus ter-nos criado? 
 
A Bíblia diz em Rm 11:36: “Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas 
[...]”. Esse mesmo versículo na Bíblia Viva diz assim: “Todas as coisas vêm única e 
exclusivamente de Deus. Tudo vive por seu poder, e tudo é para sua glória [...]”. 
 
Aqui está a resposta: “...para ele...” [para a Sua glória]. 
 
A razão de tudo o que existe, incluindo eu e você é demonstrar (refletir) a glória de 
Deus. Nós fomos criados para a glória de Deus. Na verdade, este é o objetivo fundamental de 
todo o universo: Demonstrar (refletir) a glória de Deus. Deus fez tudo para a glória dEle, 
desde a menor forma de vida microscópica até a via láctea. Tudo foi criado para a glória de 
Deus. Se não fosse a glória de Deus não haveria nada. 
 
Pois bem, uma vez que o propósito principal de Deus ter-nos criado foi a Sua glória, 
então, viver para glória de Deus (refleti-la) é a maior realização que podemos alcançar em 
nossa vida. Refletir a glória a Deus deve ser o objetivo supremo da nossa vida. 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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Agora a questão é: - Como podemos refletir a glória de Deus? 
 
Qualquer coisa na criação reflete a glória de Deus (Glorifica a Deus) quando cumpre o 
propósito para o qual foi criado. Por exemplo, Os pássaros glorificam a Deus ao voar, gorjear 
(cantar), fazer ninho e ao realizar outras atividades próprias dos pássaros, conforme Deus 
planejou. Da mesma forma, eu e você, glorificamos a Deus quando cumprimos os propósitos 
para o qual Deus nos Planejou... Tudo glorifica a Deus quando cumpre o seu propósito. Deus 
estabeleceu vários propósitos para nós, mas eu gostaria de falar sobre o primeiro propósito 
para o qual nós fomos criados...Eu e você fomos planejados para agradar a Deus. 
 
 
5.5- Planejado para Agradar a Deus 
 
Agradar a Deus é o que chamamos de “adorar. ” Você e eu fomos planejados para 
adorar (agradar) a Deus. Deus não precisava criar eu e você, mas escolheu fazer-nos para a 
satisfação dEle. Nós existimos (fomos criados e planejados), primeiramente, para dar prazer à 
Deus – trazer alegria ao Seu coração. Esse é o primeiro propósito da nossa vida: Adorar 
(agradar) a Deus. 
 
Uma vez que adorar (agradar) a Deus é o primeiro propósito da nossa vida, nossa mais 
importante tarefa é descobrir como fazer isso... 
 
Existem diversas maneiras de adorarmos (agradarmos) a Deus... Nós adoramos 
(agradamos) a Deus quando... 
 
...Amamos verdadeiramente Ele acima de qualquer coisa. Deus nos criou não 
apenas para sermos alvo do Seu amor, mas também para que correspondêssemos a esse amor, 
ou seja, Deus também nos criou para amá-lo. Apesar de suficiente em Si mesmo, Deus deseja 
o nosso amor, e quando O amamos isso traz uma enorme alegria ao Seu coração. Amar a 
Deus agrado-o profundamente. Amar a Deus deve ser o maior objetivo da nossa vida; nada se 
compara em importância. Jesus o chamou de o maior mandamento. Ele disse: “Ame o Senhor, 
o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o 
primeiro e maior mandamento. ” 
 
De um modo geral, o amor é um princípio que faz com que um ser moral queira outro, 
e tenha prazer nele. É isso que Deus deseja de nós: que tenhamos prazer Nele – que O 
amemos por aquilo que Ele é – que nos regozijemos com Sua pessoa. O amor que Deus deseja 
de nós, deve envolver tanto nossas emoções quanto o nosso intelecto, ou seja, Deus quer que 
nós O amemos tanto com o coração quanto com a cabeça. Foi por isso que Deus nos dotou de 
emoções, para que pudéssemos amá-lo com intensidade, e nos dotou de inteligência, para que 
pudéssemos amá-lo com entendimento e sabedoria. Porém, não podemos amar a Deus sem 
conhecê-lo. E para conhecê-lo devemos desenvolver um relacionamento com Ele. 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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.... Temos um relacionamento íntimo com Ele. Eis o que Deus mais quer de nós: um 
relacionamento. 
 
Essa é a mais espantosa verdade do universo. O nosso Criador, o Deus Todo-
Poderoso, o Senhor de todas as coisas, anseia por ser nosso amigo – deseja ter um 
relacionamento íntimo com nós. É difícil imaginar uma amizade íntima entre um Deus 
perfeito e onipotente e um ser humano limitado e pecador. Mas a Bíblia diz que Deus zela 
ardentemente por um relacionamento conosco. Na verdade, este foi uma das principais razões 
para o qual Deus nos criou: para termos comunhão com Ele. E não há nada no mundo que dê 
tanto prazer à Deus quanto o nosso relacionamento (nossa amizade) com Ele. Deus diz: “Se 
alguém quiser se orgulhar, que se orgulhe de me conhecer e de me entender [...] Estas são as 
coisas que me agradam. ” 
 
A exemplo de qualquer amizade, nós devemos nos esforçar para desenvolver uma 
amizade com Deus. Isso não acontecerá por acidente. É necessário querer, ter tempo e 
energia. Nós jamais cultivaremos um relacionamento íntimo com Deus apenas indo à igreja 
uma vez por semana. Uma amizade com Deus é construída basicamente com três elementos: 
Palavra, Oração e Fé? Palavra: É impossível ser amigo de Deus deixando de lado o 
conhecimento de quem Ele é, fez e disse. Não podemos conhecer a Deus sem conhecer a Sua 
Palavra – devemos estudar e meditar nela. A leitura da Bíblia não apenas nos revela mais 
sobre Deus, mas também nos mantém ao alcance da Sua voz, pois é através dela que Ele fala 
conosco? Oração: Estabelecer uma amizade com Deus requer também que conversemos com 
Ele. É através da oração que falamos com Deus, que partilhamos com Ele todas as nossas 
experiências, necessidades e desejos? Fé: Outro ingrediente essencial no nosso 
relacionamento com Deus é a fé. Não adianta lermos a Bíblia e orarmos se não cremos de fato 
que Deus está falando conosco ou nos escutando. A fé aprofunda a nossa amizade com Deus. 
 
Quanto mais confiamos (cremos) na sabedoria de Deus, mais intensa a nossa amizadese torna. Não há nada – absolutamente nada – mais importante do que desenvolver uma 
amizade com Deus. Esse é o relacionamento que durará para sempre. 
 
IMPORTANTE: Ter amizade com Deus só é possível por causa da graça de Deus e 
do sacrifício de Jesus. Nós fomos feitos para viver continuamente na presença de Deus, 
desfrutando de uma íntima e perfeita comunhão com Ele, mas após a queda do homem aquele 
relacionamento ideal foi perdido 
 
Então, Jesus mudou a situação. Quando Ele pagou nossos pecados na cruz, o véu do 
templo, que simbolizava nossa separação de Deus, foi rasgado de cima para baixo; indicando 
que o acesso direto à Deus estava novamente disponível. É somente através de Jesus que 
podemos ter um relacionamento com Deus. Não existe outro caminho. 
 
.... Usamos nosso tempo para ficar ao lado dEle. A importância das coisas pode ser 
medida pelo tempo que estamos dispostos a investir nelas. Quanto maior o tempo dedicado a 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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alguma coisa, mais demostramos a importância e o valor que ela tem para nós. Se quisermos 
conhecer as prioridades de uma pessoa, devemos observar a forma como ela utiliza o seu 
tempo. Da mesma forma, se quisermos saber quanta prioridade Deus tem para nós – quanto 
nos importamos e valorizamos a Deus – basta observamos quanto tempo “passamos” com 
Ele. 
 
Um conceito errôneo bastante comum é de que “passar um tempo com Deus” significa 
estar sozinho com Ele. É claro que como no exemplo dado por Jesus, nós precisamos de um 
tempo a sós com Deus; é muito importante estabelecer o hábito de um momento diário 
consagrado a Deus, mas isso se refere somente a uma parte do período que nós passamos 
acordados. Tudo que nós fazemos pode ser “passar nosso tempo com Deus”, se Ele for 
convidado para tomar parte e nós estivermos conscientes de Sua presença. Hoje em dia, 
freqüentemente sentimos que precisamos “escapar” de nossa rotina para adorar a Deus; mas 
isso somente porque não aprendemos a praticar Sua presença durante todo o tempo. Praticar a 
presença de Deus nada mais é do que manter uma conversa contínua e ilimitada com Ele ao 
longo do dia, é incluí-lo em todas as atividades, todas as conversas, todos os problemas e até 
mesmo em todos os pensamentos. Em outras palavras é estarmos conscientes da Sua presença 
em tudo o que fazemos. Toda vez que praticamos a presença de Deus trazemos alegria ao Seu 
coração. 
 
.... Nós entregamos totalmente a Ele. Entregar-se a Deus é conhecido de muitas 
formas: consagração, fazer Jesus o nosso Senhor, morrer para si próprio, submeter-se ao 
Espírito Santo, etc. Não importa como nós chamamos este ato, o que interessa é faze-lo. Pois 
isso agrada a Deus. 
 
O nosso maior exemplo de uma vida totalmente entregue a Deus é Jesus. Jesus viveu 
toda a sua vida aqui na terra em função de fazer a vontade do Pai, e não a sua. Ele dependeu 
do Pai, ofereceu-se ao Pai, viveu para cumprir os propósitos do Pai, rendeu-se aos planos do 
Pai e, acima de tudo, submeteu-se à vontade do Pai. Jesus foi modelo em tudo. Uma das 
passagens que mais reflete a entrega total de Jesus ao Pai, foi na noite anterior a crucificação 
quando ele orou: “Pai, tudo te é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que 
eu quero, mais sim o que tu queres. ” 
 
Porém, entregar-se a Deus não é um trabalho fácil. No caso de Jesus, Ele ficou tão 
angustiado com os planos de Deus que suou sangue. Em nosso caso, é uma intensa guerra 
contra nossa natureza egoísta e orgulhosa. Contudo, não existe nada mais poderoso do que 
uma vida entregue nas mãos de Deus. A vida de Josué é um exemplo disso. Quando Josué se 
aproximou da maior batalha da sua vida, ele deparou com Deus, prostrou-se em adoração 
perante Ele e entregou-se aos Seus planos. Tal entrega levou a uma esmagadora vitória em 
Jericó. Pessoas entregues a Deus são exatamente aquelas usadas por Deus. Willian Booth, 
fundador do Exército da Salvação, disse: “A grandeza do poder de um homem está na medida 
de sua entrega a Deus. ” 
 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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Entregar-se a Deus não é um tolo impulso emocional, mas um ato inteligente e 
racional; é uma atitude natural, em resposta ao maravilhoso amor e misericórdia de Deus. Nós 
nos entregamos a Deus não por medo ou obrigação, mas por amor, porque Ele nos amou 
primeiro. A maior expressão desse amor é a morte de Seu Filho por nós. Quando nos damos 
conta do que Jesus fez por nós na cruz, não existe outra coisa a fazer, a não ser nos 
entregarmos totalmente a Ele – vivermos para Ele. A entrega se manifesta mais claramente na 
obediência e na confiança. 
 
IMPORTANTE: Todo mundo, com o tempo, se entrega a algo ou a alguém. Se não 
for a Deus, nós nos entregaremos às opiniões ou expectativas de outros, ao dinheiro, ao 
rancor, ao medo ou ao orgulho próprio, luxúria ou ego. Nós fomos feitos para adorar a Deus e, 
se fracassarmos em adorá-lo, criaremos outras coisas (ídolos) para os quais entregaremos a 
nossa vida. Entregar-se a Deus não é a melhor forma de viver, é a única maneira de viver. 
Todas as outras vias levam à frustração, decepção e autodestruição. Nós somos livres para 
escolhermos a quem nos entregaremos, mas não somos livres das conseqüências dessa 
escolha. 
 
.... Confiamos nEle completamente. Confiar em Deus é um ato de adoração. Assim 
como os pais se agradam dos filhos que confiam em seu amor e sabedoria, a nossa fé deixa 
Deus feliz. A Bíblia diz: “Sem fé é impossível agradar a Deus. ” Fé não é a presunção de que 
Deus fará o que desejamos. É a certeza de que Deus fará o que é melhor para nós. Confiar 
completamente em Deus é exatamente isso: crer que Ele fará o que é melhor para nós – 
mesmo que muitas vezes, essa confiança, não faça sentido para nós. Quando confiamos em 
Deus completamente fazemos Deus sorrir. A Bíblia diz: “O Senhor se agrada daqueles que o 
adoram e confiam no seu amor. ” Confiar em Deus está intimamente ligado ao conhecimento 
que temos dEle. Nós não iremos confiar completamente em Deus até que O conheçamos 
melhor. 
 
...Obedecemos a Ele Incondicionalmente. Qualquer ato de obediência a Deus é um 
ato de adoração. 
 
Obedecer a Deus é fazermos tudo o que Ele manda sem duvidarmos nem hesitarmos, e 
até mesmo, muitas vezes, sem compreendermos. Todo pai sabe que obediência atrasada é na 
verdade desobediência. Deus não nos deve explicação ou motivo para tudo que nos manda 
fazer. A compreensão pode esperar, mas a obediência não. A obediência imediata nos 
ensinará mais sobre Deus do que uma vida inteira de discussões bíblicas. Na verdade, nós 
jamais compreenderemos algumas ordens sem que as tenhamos obedecido primeiro. Nós 
também, freqüentemente, tentamos oferecer a Deus uma obediência parcial. Queremos 
escolher as ordens a que obedecemos. Por exemplo: “Vou à igreja, mas não vou dar o dízimo. 
Vou ler a Bíblia, mas não perdoarei à pessoa que me magoou”, e assim por diante. Todavia, 
obedecer parcialmente é também desobedecer. Por outro lado, quando obedecemos a Deus 
nós O agradamos. A Bíblia diz: “O que agrada mais ao Senhor: holocausto e sacrifícios ou 
obediência à sua palavra? É melhor obedecer do que sacrificar. ” A obediência agrada a Deus 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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porque ela prova que realmente O amamos. Jesus disse: “Se vocês me amam, obedeçam aos 
meus mandamentos. ” Jesus também deixou bem claro que a obediência é também uma 
condição para obter intimidade com Deus. Ele disse: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o 
que eu lhes ordeno. ” 
 
.... Vivemos com um coração cheio de louvor e ações de graça. Poucas coisas 
trazem uma alegria tão grande ao coração de Deus quanto isso – quando seus filhos vivem 
com um coração cheiode louvor e ações de graças. Davi sabia disso. Ele disse: “Louvarei o 
nome de Deus com cânticos e proclamarei a sua grandeza com ações de graças; isso agradará 
o Senhor. ” Gratidão a Deus é uma atitude básica na vida de adoração. É algo que deve ser 
praticado em todo o tempo e em todas as circunstâncias. A Bíblia diz: “Dêem graças em todas 
as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus. ” Note que Deus 
nos manda dar graças “em” todas as circunstâncias, e não “por” todas as circunstâncias. Deus 
não espera que nós sejamos agradecidos pelo mal, pelo pecado, pelo sofrimento ou por suas 
conseqüências dolorosas neste mundo. Em vez disso, Deus quer que nós sejamos gratos por 
Ele usar os problemas que nos afligem para o cumprimento de seus propósitos. Por exemplo: 
Deus usa os problemas para trazer-nos mais para perto de Si, para desenvolver (moldar) o 
nosso caráter, para aprendermos a dar mais valor ao nosso próximo, enfim, é nisso que Deus 
quer que sejamos agradecidos. 
 
Porém, quando as circunstâncias não são agradáveis não é fácil vivermos com um 
coração cheio de gratidão. Quando isso acontecer devemos: 
 
a) Lembrar que Deus tem sempre um propósito por trás de cada problema. 
b) Nos concentrar em quem Deus é, na sua natureza imutável – “as circunstâncias não 
podem mudar o caráter de Deus”. Deus é absolutamente imutável. Seu amor será sempre Seu 
amor, Sua bondade será sempre a Sua bondade, Sua fidelidade será sempre a Sua fidelidade, 
etc.; 
c) Confiar que Deus cumprirá as promessas – “Nunca duvide na escuridão o que Deus 
lhe disse na luz”. Deus prometeu: “Eu jamais o abandonarei ou rejeitarei. ”. Por pior que 
pareça as circunstâncias que nos cercam, Deus sempre estará conosco; 
d) Lembrar do que Deus já fez por nós – Ele entregou o Seu Filho para morrer por nós. 
Este é o maior de todos os motivos para adorar a Deus e vivermos com um coração cheio de 
louvor e ações de graças. Jesus morreu por nós para que pudéssemos ser poupados da 
eternidade no inferno e para que pudéssemos partilhar de Sua glória para sempre. Somente 
isso já vale o nosso agradecimento e louvor contínuo. Nós nunca mais deveríamos nos 
perguntar por que motivo deveríamos ser gratos. 
 
...Honramos a Ele com a nosso viver. Apesar da nossa fé deixar Deus feliz, nós 
agradamos a Deus não somente pelo que cremos, mas também pelo que somos e fazemos. É 
isso que a Bíblia nos ensina: que a vida cristã não se limita apenas a credos e convicções; ela 
inclui conduta e caráter. Deus quer que tenhamos fé, porém Ele também está preocupado em 
que nos tornemos santos – que assumamos valores, atitudes e caráter iguais ao dEle, em tudo 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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o que fizermos. A Bíblia diz: “[...] segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos 
também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: sede santos, porque 
eu sou santo. ” Deus quer que o nosso viver seja um viver santo. Ele quer que a nossa fé vá 
mais fundo do que o “correto pensar” para chegar ao “correto agir” e ao “correto viver”. Em 
outras palavras, o que agrada ao coração de Deus, é o viver em santidade de vida. 
 
IMPORTANTE: Adoração não é parte da nossa vida; ela é a nossa vida. Adoração 
não é algo que deve ser praticado apenas nos cultos da igreja, mas uma atividade constante. 
Adorar é um estilo de vida. A Bíblia diz: “Buscai o Senhor [...] buscai perpetuamente a sua 
presença. ” Adorar a Deus deve ser a primeira atividade, assim que abrimos os olhos pela 
manhã, e a última atividade, ao fechá-los à noite. Contudo, essas atividades só serão 
transformadas em atos de adoração se as fizemos para louvar, glorificar e agradar a Deus. 
Toda atividade se torna adoração quando dedicamos a Deus. Este é o segredo de um estilo de 
vida em adoração – fazer todas as coisas como se fossem para Jesus. 
 
.... Somos nós mesmos. Nós não agradamos a Deus somente quando estamos 
envolvidos em atividades “espirituais” – tais como ler a Bíblia, assistir aos cultos na igreja, 
orando ou compartilhando a nossa fé. Deus não é indiferente às outras áreas da nossa vida. Na 
verdade, Deus gosta de atentar para cada detalhe dela, esteja nós trabalhando, brincando, 
descansando ou comendo. Deus tem prazer até mesmo em observar o nosso sono. Quando 
estamos dormindo, Ele fica a nos contemplar com amor, pois nós fomos idéia dele. Nenhuma 
outra criatura proporciona tanto prazer ao coração de Deus como nós. Porém, Deus gosta 
especialmente de observar-nos enquanto nós utilizamos os talentos e habilidades que Ele nos 
deu. Deus intencionalmente nos dotou de maneira distinta para o seu deleite. Ele fez que 
alguns fossem atléticos e outros fossem intelectuais. Nós podemos ser talentosos em 
mecânica, matemática, música ou em milhares de outras habilidades, e todas elas podem 
trazer alegria a Deus. Nós não agradamos a Deus escondendo nossas habilidades ou tentando 
ser outra pessoa. Nós agradamos a Deus sendo nós mesmos. Sempre que desprezamos uma 
parte de nós mesmos estamos desprezando a soberania e a sabedoria de Deus ao criar-nos. 
 
IMPORTANTE: Quando adoramos (agradamos) a Deus, Ele está mais preocupado 
com a postura (atitude) do nosso coração e com a nossa paixão e empenho, do que com forma 
ou o meio que utilizamos para expressar a nossa adoração. Podemos adorar a Deus de modo 
imperfeito, mas não podemos adorá-lo sem sinceridade em nosso coração. Nossa adoração 
deve ser autêntica. 
 
5.6- Adoração e Música 
 
Para muitas pessoas adorar é apenas sinônimo de música. Esse é um grande mal-
entendido. Na verdade, a adoração é anterior a música. Adão adorou no jardim do Éden, mas 
não há nenhuma menção de música antes de Gênesis 4:21, com o nascimento de Jubal (este 
foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta). Se adoração fosse somente música, então os 
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Teologia Sobre Louvor e Adoração. 
 
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que nunca se utilizaram da música jamais adoraram. Adoração é muito mais do que música. 
Como vimos, a adoração é um estilo de vida. 
 
- Então, por que, em nossos cultos, usamos mais freqüentemente a música para 
expressar a nossa adoração a Deus? 
 
O motivo é que a música torna mais agradável a maneira de nos expressarmos ao 
Senhor. Mas ela não é a única forma. Todos os momentos do culto são um ato de adoração: a 
oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, os testemunhos, as ofertas, etc. 
 
Adoração também não tem relação nenhuma com o estilo, volume ou andamento da 
música. Deus ama todos os tipos de música – rápidas e lentas, altas e suaves, antigas e 
modernas. É provável que nós não gostemos de todas, mas Deus gosta! Se ela é oferecida a 
Ele em espírito e em verdade, então é um ato de adoração. O estilo musical que nós 
preferimos diz mais sobre nós (nossa personalidade e formação cultural) do que sobre Deus. 
A música de um grupo étnico pode soar barulho para outro. Mas Deus gosta de diversidade e 
aprecia a todas. 
 
IMPORTANTE: Não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma 
música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu 
estilo, ritmo ou melodia. Por exemplo: se eu tocasse uma música sem a letra, não haveria 
como saber se é uma canção cristã ou não. 
 
 
5.7- Obstáculos à Adoração 
 
Naturalmente porque adoração é algo que alegra tanto o coração de Deus, 
enfrentaremos obstáculos para que a verdadeira adoração aconteça. É bom estarmos atentos, 
porque é um tema que incomoda o inimigo das nossas almas. Os obstáculos podem ser: 
 Incoerência de vida. 
 Exterioridade e Tradicionalismo. 
 Amargura. 
 Rotina/Ritual. 
 Mundanismo. 
 Pecados não confessados. 
 Ingratidão. 
 Preguiça e Negligência 
 Desinteresse. 
 Orgulho e soberba. 
 Falta de conhecimento de Deus. 
 
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Teologia

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