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Integração Cirúrgico-Ortodôntica

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Integração Cirúrgico-Ortodôntica 
 CIRURGIAS BUCOMAXILOFACIAIS COM 
 FINALIDADE ORTODÔNTICA 
 - Ulotomia/Ulectomia 
 - Exodontia de dentes decíduos 
 - Exodontia de dentes permanentes 
 - Exodontia de dentes inclusos 
 - Exodontia de dentes supranumerários 
 - Colagem de dispositivo de tração ortodôntica 
 - Frenectomia labial 
 - Frenectomia lingual 
 - Patologias diversas (odontomas, cistos etc) 
 - Implantes dentários/Ancoragem rígida 
 - Expansão rápida da maxila cirurgicamente assistida 
 - Cirurgia ortognática 
 ULECTOMIA 
 Consiste na retirada de fibromucosa (ou porção desta) que 
 recobre a coroa de um dente incluso, no intuito de facilitar a 
 erupção, que pode ocorrer espontaneamente ou através de 
 tração ortodôntica. 
 A ulotomia é uma incisão sem retirada da fibromucosa e a 
 ulectomia são duas incisões elípticas, formando uma 
 retirada em forma de cunha, em que se retira um 
 fragmento da fibromucosa para expor a superfície 
 incisal/oclusal do dente. Isso facilita a erupção do dente, 
 pois a fibromucosa normalmente está mais espessa, 
 servindo como um obstáculo para essa erupção. 
 A ulotomia é feita quando o dente já está bem próximo ao 
 seu local de erupção. 
 Indicações 
 - Dente em inclusão vertical favorável à erupção 
 - Ampla faixa de gengiva inserida 
 - Pacientes jovens 
 - Existir espaço no arco para erupção 
 - Cistos de erupção 
 - Caninos por palatino 
 - Incisivos impedidos de erupcionar devido à perda precoce 
 dos decíduos (espessamento da fibromucosa) 
 Se tiver muita gengiva não queratinizada, é melhor abrir 
 (sem remover a fibromucosa), colar um dispositivo de 
 tração e fechar. Se remover toda a fibromucosa, pode ficar 
 sem gengiva queratinizada no colo do dente depois. 
 Técnica Cirúrgica 
 - Duas incisões semi-elípticas que se unem (cunha) 
 - Remoção da fibromucosa 
 - Exposição do bordo incisal ou cúspide do dente 
 - Osteotomia (raramente necessária) 
 - Sutura (raramente necessária) 
 - Cimento cirúrgico (se necessário) 
 Pode-se fazer também um pouco de luxação para saber se 
 o dente está liberado para erupcionar. 
 Vantagens 
 Ancoragem ortodôntica posterior sem sangramento, se o 
 dente não erupcionar espontaneamente. 
 Complicações 
 Retrações gengivais, bolsas periodontais e danos às fibras 
 do ligamento periodontal na região cervical. 
 EXODONTIA DE DENTES DECÍDUOS 
 Indicação Ortodôntica 
 - Retenção prolongada 
 - Anquilose 
 Cronologia de erupção dos dentes permanentes 
 Dentes 
 superiores 
 Dentes 
 Inferiores 
 IC 7-8 anos 6-7 anos 
 IL 8-9 anos 7-8 anos 
 Caninos 11-12 anos 9-11 anos 
 1º PM 10-11 anos 9-11 anos 
 2º PM 10-12 anos 10-12 anos 
 Etiologia para a Retenção Prolongada 
 Fatores Hereditários ou Congênitos padrão de erupção e 
 esfoliação dentária e crescimento craniofacial, trissomia do 
 cromossomo 21 e displasia cleidocraniana. 
 Fatores Ambientais deficiências nutricionais e alterações 
 metabólicas, processos febris agudos e hipoteoidismo. 
 Fatores Locais infecção dos molares decíduos, germe 
 permanente ectópico, rigidez do periodonto, falta de 
 sincronia entre rizólise e rizogênese, anquilose dentária e 
 alguns cistos e tumores. 
 Para decidir a conduta terapêutica, é preciso verificar se 
 realmente há um atraso na cronologia de erupção e 
 comprovar a presença do dente permanente. O 
 ortodontista precisa manter o espaço com aparelhos para a 
 erupção do permanente. Também é feito o controle 
 radiográfico do processo de erupção durante o tratamento. 
 Anquilose de Dentes Decíduos 
 Opções de Tratamento 
 - Exodontia 
 - Proservação clínica/radiográfica 
 O tratamento depende de fatores como: 
 - Idade do paciente 
 - Grau de infra-oclusão dentária 
 - Comprometimento da oclusão 
 - Presença e localização do sucessor permanente 
 - Estágio de desenvolvimento do sucessor 
 - Severidade dos danos causados pela anomalia 
 - Condição sistêmica do paciente 
 A infra-oclusão pode causar mesialização e distalização 
 dos dentes contíguos e extrusão do antagonista. 
 EXODONTIA DE DENTES PERMANENTES 
 ERUPCIONADOS 
 Indicação Ortodôntica 
 - Obtenção de espaço no arco 
 - Dentes ectópicos 
 Pede-se ao ortodontista que remova ou segmente o arco e 
 remova o braquete do dente. Deve-se solicitar por escrito o 
 encaminhamento do ortodontista, discutir os casos com o 
 ortodontista quando duvidar da indicação exodôntica e 
 documentar no prontuário do paciente. 
 Dentes Erupcionados em Posição Ectópica 
 Indicação Ortodôntica - É preciso avaliar: 
 - Falta de espaço no arco 
 - Importância estética e funcional 
 - Possibilidade de posicionamento 
 Muitas vezes, é preferível extrair o dente mal alinhado ou 
 ectópico que outro em correta posição na arcada dentária. 
 Cuidados 
 - Não lesar tecidos moles 
 - Evitar movimentos bruscos e intempestivos 
 - Prevenir fraturas coronárias ou radiculares 
 - Prevenir fraturas das paredes alveolares 
 - Evitar osteotomias e optar por odontossecção 
 - Prioridade: preservar tecido ósseo 
 - Sutura firme, mas manter diâmetro da abertura alveolar 
 EXODONTIA DE DENTES RETIDOS 
 Indicação Ortodôntica 
 - Dentes inclusos sem espaço para erupção 
 - Dentes inclusos com impossibilidade de tracionamento 
 - Exodontia de dentes supranumerários retidos 
 - Exodontia de 3º molares para distalização dos 2º molares 
 - Exodontia de 3º molares molares para erupção dos 2º 
 - Apinhamento dentário inferior (discutida) 
 Previsão de Erupção dos Terceiros Molares 
 Em tratamento de adolescentes, a avaliação da presença 
 de terceiros molares deve ser realizada em radiografias 
 panorâmicas aos 12 anos . Se nesta idade não houver 
 visualização dos germes destes dentes, o profissional tem 
 boa margem de segurança para acreditar que eles não se 
 formarão. 
 Os terceiros molares retidos são responsáveis pelo 
 apinhamento dos incisivos? 
 O apinhamento ântero-inferior é um fenômeno contínuo 
 após os 20 anos. A presença, ausência, impacção ou 
 erupção dos terceiros molares parece ter pouco ou nenhum 
 efeito na ocorrência ou no grau de apinhamento dos 
 incisivos inferiores. 
 A idade em que os terceiros molares erupcionam coincide 
 com a fase em que se inicia a diminuição do comprimento 
 do arco no adulto, por volta dos 20 anos. Há uma tendência 
 de associar estes fatos, que ainda não foram elucidados. 
 O apinhamento dos incisivos inferiores devido aos terceiros 
 molares não possui evidência suficiente para ser indicada a 
 remoção dos mesmos. 
 Etiologia de Apinhamento Dentário Ântero-Inferior 
 - Diminuição do comprimento e perímetro do arco 
 - Diminuição da distância intercaninos 
 - Desarmonia entre base óssea e tamanho dentário 
 - Movimento mesial fisiológico 
 - Vetores mesiais de contração muscular 
 - Quantidade e direção do crescimento mandibular tardio 
 - Padrões de crescimento complexo 
 - Maturação do tecido mole 
 - Fatores oclusais 
 - Morfologia dentária 
 - Forças periodontais 
 - Alterações teciduais degenerativas 
 Exodontia de Terceiros Molares 
 1. Os terceiros molares são importantes para o 
 ortodontista. O diagnóstico e o plano de 
 tratamento não podem ser realizados sem 
 determinar sua presença e posição. 
 2. Nenhum tratamento ortodôntico deve ser 
 considerado completo até que estes dentes 
 tenham erupcionado ou sido removidos. 
 3. Não há evidências de que os 3º molares são 
 necessários para o desenvolvimento dos ossos 
 basais da maxila e da mandíbula. 
 4. Se a mecânica ortodôntica for distal, pode haver 
 impacção dos 3º molares e sua remoção deve ser 
 considerada antes damecânica ser realizada. 
 5. Pacientes mais jovens apresentam um 
 pós-operatório mais ameno. 
 6. A remoção dos 3º molares como medida 
 profilática de impacção, baseada em medidas 
 realizadas aos 7 ou 8 anos de idade é inaceitável. 
 7. Os 3º molares sintomáticos devem ser removidos. 
 Não se esquecendo de que se o antagonista ficar 
 sem contato oclusal, há indicação para sua 
 remoção também. 
 8. Os 3º molares em desenvolvimento devem ser 
 acompanhados de dois em dois anos até os 18 
 anos de idade, após esta idade o paciente deve 
 ser acompanhado anualmente. 
 9. Os pacientes devem ser informados dos possíveis 
 riscos cirúrgicos como inchaço, hemorragia, dor, 
 alveolite, trismo ou comprometimento da 
 inervação. 
 COLAGEM DE DISPOSITIVO DE TRAÇÃO 
 ORTODÔNTICA 
 O melhor momento de intervir é em pacientes jovens, 
 quando a força eruptiva e o osso alveolar estão em 
 desenvolvimento. 
 Princípios Gerais para Tratamento Orto-Cirúrgico de 
 Dentes Inclusos 
 - Estabelecer a localização por exames de imagem 
 - Criar espaço para o dente incluso 
 - Acesso cirúrgico 
 - Fixar o dispositivo de tração 
 - Instalar a tração ortodôntica 
 Indicação 
 Alinhar no arco um dente que esteja posicionado em 
 direção incorreta de erupção. 
 O prognóstico deve ser baseado na extensão do 
 deslocamento do dente incluso e no trauma cirúrgico 
 necessário para a sua exposição. O ortodontista precisa ver 
 qual é o trajeto de erupção e se esse dente não vai 
 reabsorver raízes durante esse trajeto. 
 Documentação 
 - Radiografia panorâmica 
 - Radiografias periapicais 
 - Técnicas de localização radiográfica 
 - Modelo de estudo 
 - Encaminhamento por escrito feito pelo ortodontista 
 Fatores a Considerar 
 - Idade do paciente 
 - Posição do dente no arco alveolar - dificuldade do acesso 
 - Existência de espaço 
 - Possibilidade de colocação do aparelho fixo (custo) 
 - Complexidade da técnica de colagem com adesivo e RC 
 - Eleição do melhor ângulo para colagem 
 - Presença do ortodontista durante o procedimento 
 - Tempo de tratamento 
 Técnica Cirúrgica 
 - Anestesia 
 - Incisão de acordo com o acesso selecionado 
 - Descolamento mucoperiosteal 
 - Osteotomia para acesso à coroa do dente incluso 
 - Ataque ácido na coroa do dente incluso 
 - Lavagem abundante 
 - Colagem do dispositivo com sistema adesivo 
 - Instalação da tração ortodôntica 
 - Reposicionamento do retalho 
 - Sutura 
 A tração ortodôntica pode ser feita com fio de aço retorcido 
 ou não (um ou dois), elástico em cadeia ou corrente. 
 Dispositivos de Colagem para Tração Ortodôntica 
 Braquete, botão lingual, tela ortodôntica, fio de aço/resina, 
 gancho lingual e corrente de ouro. 
 Considerações sobre Incisivos Inclusos 
 Os dentes supranumerários, presença de processos 
 patológicos (como cistos), pelo obstáculo mecânico que 
 representam, constituem uma possível etiologia das 
 inclusões dos incisivos. Há inclusões que decorrem de 
 injúrias traumáticas causadas na dentição decídua, tendo 
 como principais consequências, dilacerações radiculares, 
 alteração na erupção dental etc. 
 Os tratamentos consistem em remoção da causa, 
 recuperação de espaço e ancoragem para tracionamento ou 
 a própria exodontia do incluso. É importante avaliar 
 previamente a magnitude do ângulo entre a coroa e a raiz 
 dos dentes dilacerados para evitar insucesso. 
 A remoção cirúrgica está indicada principalmente naqueles 
 casos em que a formação radicular seja deficiente ou 
 ausente, visto que, mesmo se conseguindo acesso cirúrgico 
 e tracionamento ortodôntico, a ausência de raiz implicaria a 
 não-sustentação do dente tracionado. 
 Considerações sobre Caninos Superiores Inclusos 
 - Completa a forma da arcada 
 - Contorno da boca 
 - Sustentação do lábio 
 - Harmonia e simetria da relação oclusal 
 - Suporta os movimentos de lateralidade e a carga oclusal 
 A opção pela extração ou tracionamento deve ter como 
 base o estudo do paciente, da área do dente incluso 
 (dilaceração, posição de difícil acesso, anquilose). Sempre 
 que possível deve-se optar pelo tracionamento. 
 Etiologia 
 Discrepância entre dentes e arcada, hereditariedade, 
 deficiências endócrinas, doenças febris, irradiação, retenção 
 prolongada do canino decíduo, fenda alveolar (fissurados), 
 mucosa alveolar espessa e resistente, traumatismos, 
 dilaceração da raiz, anquilose, iatrogenias e idiopatias. 
 Diagnóstico Clínico 
 - Atraso na irrupção após os 14 anos 
 - Retenção prolongada do canino decíduo 
 - Elevação da mucosa vestibular ou palatina 
 - Migração do incisivo lateral 
 Diagnóstico Radiográfico e Tomográfico 
 Os exames que podem e devem ser utilizados são 
 panorâmico, oclusal, periapical, telerradiografia lateral, 
 técnica de dissociação de Clark e TCFC. 
 Quando manter? Quando tracionar? Quando extrair? 
 Considerando as funções estéticas e oclusais dos caninos 
 superiores, preferencialmente e sempre que possível, 
 deve-se optar pela conduta de tracionamento ortodôntico. 
 No entanto, alguns fatores, como posição alta e/ou 
 horizontal do canino (e consequente dificuldade no acesso 
 cirúrgico), presença de anquilose, grande dilaceração 
 radicular e idade do paciente, influenciam no prognóstico 
 de cada caso e devem ser informados para o paciente 
 sobre a possibilidade de insucesso no tracionamento. 
 A indicação de remoção cirúrgica deve recair somente nos 
 casos em que a utilização de métodos de tracionamento 
 não seja possível, seja por questões financeiras ou técnicas. 
 Em alguns casos, a exodontia de caninos deve ser 
 considerada: quando se apresenta anquilosado e 
 impossibilita o tracionamento, quando se apresenta com 
 reabsorção radicular externa ou interna, quando há 
 dilaceração radicular severa, quando há impactação grave 
 (p. ex. canino localizado entre as raízes dos incisivos central 
 e lateral), se a oclusão for aceitável, com o primeiro 
 pré-molar ocupando a posição do canino e; quando há 
 alterações patológicas e o paciente se recusa a realizar um 
 tratamento ortodôntico. 
 Riscos do Tracionamento 
 - Anquilose 
 - Perda de vitalidade do dente 
 - Reabsorções radiculares 
 - Perda de tecido de sustentação (tração rápida) 
 - Longo tempo de estabilidade 
 FRENECTOMIA LABIAL 
 Freios ou Frênulos Bucais 
 Os freios ou frênulos bucais são estruturas de origem 
 congênita, consistem em cordões de tecido conjuntivo 
 fibroso, muscular ou ambos, recobertos por membrana 
 mucosa e localizados na linha média. Unem o lábio e a 
 língua ao rebordo alveolar. Desempenham a função de 
 delimitar os movimentos labiais, estabilizando-os na linha 
 média e impedindo a excessiva exposição da mucosa 
 gengival. 
 Classificação de Acordo com a Localização 
 - Freio labial superior 
 - Freio labial inferior 
 - Freio lingual 
 Freio Labial 
 Classificação Quanto à Forma 
 Freio labial normal e suas variações: 
 A - freio simples 
 B - freio simples com apêndice 
 C - freio simples com nódulo 
 Freio labial anormal: 
 D - freio bífido 
 E - freio com recesso (depressão no centro) 
 F - freio teto persistente (inserção muito baixa) 
 G - freio duplo 
 H - combinação entre 2 ou mais tipos 
 As condições anormais podem causar algum tipo de 
 alteração na função, dificultando o movimento do lábio ou 
 dificultando a higienização, podendo causar um diastema. 
 Indicações 
 - Problemas ortodônticos e ortopédicos 
 - Dificuldade de escovação dentária 
 - Lábio curto 
 - Limitação do movimento do lábio 
 - Problemasprotéticos 
 - Alterações fonéticas 
 - Problemas periodontais (recessão gengival) 
 O freio labial pode estar hipertrófico ou pode ter uma 
 inserção inadequada (marginal) mesmo não sendo 
 hipertrófico, causando um diastema interincisal. Algumas 
 vezes, também pode causar giroversão de dentes e 
 recessão gengival. 
 Diastema Interincisal na Dentição Decídua 
 Observar 
 - Diastemas fisiológicos 
 - Freio hipertrófico ou inserção inadequada 
 - Irrupção dos incisivos permanentes 
 O freio firme, tenaz, forte, pode atuar como uma barreira à 
 migração mesial dos incisivos durante a erupção. É 
 necessário acompanhar, mas nem sempre será preciso 
 realizar uma frenectomia na dentição decídua. 
 Frenectomia na Dentição Mista 
 Para realizar a frenectomia na dentição mista, pode-se 
 aguardar a erupção dos caninos. O diastema pode fechar 
 com essa erupção. 
 O freio labial está relacionado com o diastema quando ele 
 tem uma inserção muito baixa e está hipertrófico. É preciso 
 realizar uma radiografia para ver se tem algo mais 
 causando esse diastema (p. ex. presença de mesiodens, 
 odontoma ou cisto). 
 Técnicas Cirúrgicas 
 Frenectomia remoção do freio ou uma parte dele 
 - Técnica do pinçamento único 
 - Técnica do pinçamento duplo 
 Frenulotomia secção do freio 
 - Técnica da simples secção 
 - Técnica da incisão em Z (zetaplastia) 
 Reinserção do Freio 
 - Técnica de Ries Centeno 
 Para os procedimentos cirúrgicos dos freios, é importante a 
 mobilização dos lábios e a tração simétrica bidigital por um 
 auxiliar. Pode-se realizar a anestesia regional ou terminal 
 infiltrativa a cada lado do freio, respeitando uma distância 
 de aproximadamente 1 cm para prevenir a distorção do 
 mesmo. No superior, a nasopalatina deve ser considerada 
 e, no inferior, a lingual parcial também. 
 frenectomia: 
 técnica do pinçamento único 
 Tem mais domínio do freio e da quantidade de tecido que 
 quer remover. 
 Faz-se uma anestesia terminal infiltrativa a cada lado do 
 freio (aproximadamente 1 cm do freio) e na papila incisiva. 
 O auxiliar, posicionado atrás do paciente, precisa fazer uma 
 tração simétrica do lábio. Faz um pinçamento único na 
 bissetriz do freio (entre o lábio e o rebordo alveolar), 
 tracionando-o para um dos lados. A partir disso, faz-se 
 uma incisão adjacente ao freio a expensas do rebordo 
 alveolar. Depois traciona o freio para o outro lado, fazendo 
 outra incisão adjacente ao freio a expensas do rebordo 
 alveolar, unindo-o na porção entre incisivos próximo à 
 papila incisiva. Depois, faz a desinserção das fibras 
 aderidas no rebordo alveolar, traciona o freio para frente, 
 fazendo a sua exérese ou remoção por meio de uma incisão 
 adjacente à pinça às expensas do lábio com uma lâmina de 
 bisturi ou tesoura. Quanto mais distante da pinça, maior 
 será a ferida cirúrgica. Como o tecido está sob tensão, é 
 necessário divulsionar os bordos da ferida liberando a 
 mucosa da submucosa. Sutura com pontos isolados. O 
 primeiro ponto é feito próximo ao fundo do vestíbulo e 
 fecha o restante da incisão. Coloca-se cimento cirúrgico na 
 área cruenta se necessário. 
 frenectomia: 
 técnica do pinçamento duplo (técnica de archer) 
 Tem profissionais que acham mais fácil, porém é menos 
 refinado que a técnica do pinçamento único. Nessa técnica, 
 coloca uma pinça adjacente ao lábio e outra adjacente ao 
 rebordo. A pinça pode atrapalhar um pouco na visão, 
 normalmente tirando mais tecido do que precisa. 
 Técnica Cirúrgica 
 Anestesia terminal infiltrativa a cada lado do freio e na 
 papila incisiva. Tração simétrica do lábio. Pinçamento duplo 
 (nas extremidades labial e alveolar do freio). Incisão 
 adjacente às pinças a expensas do rebordo e do lábio. 
 Exérese ou eliminação do freio. Desinserção das fibras 
 inseridas no osso alveolar. Divulsão da mucosa labial nas 
 bordas da incisão. Sutura com pontos isolados. Colocação 
 de cimento cirúrgico em áreas cruentas, se necessário. 
 frenulotomia: 
 técnica da simples secção 
 Secciona-se o freio com tesoura o bisturi. Um “pique” na 
 porção mediana do freio distendido promove a liberação do 
 freio. 
 frenulotomia: 
 técnica da incisão em Z (zetaplastia) 
 Muito utilizada para correção de cicatrizes em cirurgias 
 plásticas, por meio da diminuição da sua contratura. 
 Consiste em uma incisão longitudinal ao longo do freio 
 (contractural) e duas incisões oblíquas opostas a partir de 
 cada extremidade dessa incisão longitudinal. A mucosa é 
 então divulsionada junto às incisões, dando origem a dois 
 retalhos triangulares. Depois, faz-se uma inversão dessas 
 pontas e sutura com pontos isolados. A incisão que era 
 longitudinal passa a ser transversal. Esse procedimento tira 
 a força do freio. É uma cirurgia mais extensa e uma 
 remoção adicional da porção próxima à papila incisiva pode 
 ser necessária. 
 reinserção do freio: 
 técnica de ries centeno 
 Faz-se uma anestesia terminal infiltrativa a cada lado do 
 freio e na papila incisiva. Tração simétrica do lábio. Duas 
 incisões paralelas, traçadas lateralmente ao freio. Outra 
 incisão, perpendicular às anteriores, unindo-as na porção 
 mais próxima ao rebordo. Descolamento mucoperiosteal do 
 retalho. Reposicionamento superior do retalho. Sutura. 
 Colocação de cimento cirúrgico, se necessário. 
 frenectomia labial a laser 
 Sequência Cirúrgica 
 - Anestesia tópica 
 - Dependendo do tipo de freio: anestesia infiltrativa 
 - Frenectomia a laser 
 Se o freio for muito fino, as vezes só o anestésico tópico 
 resolve. 
 Vantagens 
 - Diminuição do tempo operatório 
 - Maior precisão do corte (?) 
 - Ausência de sangramento 
 - Não necessita de sutura nem de cimento cirurgico 
 - Pós-operatório imediato com ausência de edema e dor 
 Desvantagens 
 - Área de necrose tecidual (cicatrização por 2ª intenção) 
 - Necessita de equipamento especial (laser) 
 - Maior custo 
 FRENECTOMIA LINGUAL 
 Quando hipertrófico, o freio lingual pode inserir-se na crista 
 do rebordo alveolar, provocando um diastema entre os 
 incisivos centrais inferiores (anomalia hereditária), 
 giroversão do dente e retração gengival. 
 A idade ideal para se realizar a frenectomia lingual 
 depende da perturbação que o freio está provocando: 
 quando o freio limita os movimentos linguais, deve-se 
 intervir em idade precoce, bastando um simples corte com 
 tesoura. Se interferir com a prótese ou com a ortodontia, a 
 cirurgia deve ser realizada antes desses tratamentos serem 
 iniciados. 
 Técnica Cirúrgica 
 A língua deve ser imobilizada e tracionada em direção ao 
 palato, mantendo-se o freio lingual tenso. Para isto, 
 pode-se realizar uma glossorrafia com a transfixação da 
 ponta da língua com fio de seda, algodão ou nylon, preso 
 por uma pinça hemostática para tornar possível, com 
 segurança, o tracionamento e a imobilização da língua, 
 expondo o campo cirúrgico. 
 Faz um pinçamento único na bissetriz do freio. Secciona-se 
 o freio com tesoura ou bisturi, um pique na porção mediana 
 do freio distendido ou remoção do freio em forma 
 triangular na sua porção mais central, obtendo-se uma via 
 cirúrgica para divulsionar as estruturas do freio, liberando a 
 funcionalidade da língua. 
 Na sutura, ter o máximo de cuidado para não provocar o 
 aparecimentode um cisto de retenção (p. ex. rânula) com o 
 fechamento do ducto excretor da glândula sublingual na 
 região de carúncula lingual. 
 A frenectomia lingual também pode ser feita pela técnica 
 do pinçamento duplo. 
 PATOLOGIAS DIVERSAS 
 Odontoma e cisto dentígero podem impedir a erupção de 
 dentes permanentes. 
 IMPLANTES DENTÁRIOS/ANCORAGEM RÍGIDA 
 Ortodontia e Implantodontia 
 Implantodontia 
 Ancoragem para tratamentos ortodônticos mais rápidos, 
 eficazes e previsíveis. Preenche espaços edêntulos 
 presentes devido a agenesias. 
 Ortodontia 
 Movimentação dentária tornando possível a colocação de 
 implantes. 
 Fatores a considerar 
 I - Espaço necessário para a colocação do implante 
 - Proporção entre o tamanho dos dentes (mesma arcada) 
 - Tamanho do implante baseado no tamanho da crista 
 - Preservar, no mínimo, 1 mm de osso nas faces proximais 
 - Paralelismo entre as raízes 
 - Descompensações ortodônticas 
 II - Idade mínima para a colocação de implantes 
 - Indicada quando não houver mais crescimento facial 
 - Por volta dos 18-20 anos (sexo masculino) 
 - Por volta dos 16-17 anos (sexo feminino) 
 Durante o crescimento, existe aposição óssea no sentido 
 vertical, significando o ganho de altura, fazendo com que 
 os dentes erupcionem para a acompanhar este aumento. O 
 implante, como corpo rígido, não acompanha o 
 crescimento, ficando submerso ou em infraoclusão. 
 III - Substituição de dentes anquilosados 
 IV - Implantes como ancoragem ortodôntica 
 - Fator auxiliar de ancoragem mecânica 
 - Pilar para movimentação ortodôntica 
 - Podem ser restaurados posteriormente de acordo com a 
 nova oclusão 
 A ancoragem esquelética não permite a movimentação da 
 unidade de reação frente à mecânica ortodôntica, 
 tornando-se uma opção mais segura e previsível. 
 Podem atuar como ancoragem 
 Implantes, mini-placas, mini-implantes e parafusos de 
 titânio ou pinos. 
 Dispositivo de Ancoragem Temporária (DAT) 
 Todos eles. São chamados assim, pois são instalados 
 especificamente para promover ancoragem ortodôntica e 
 são removidos após a terapia biomecânica. 
 Seleção do Comprimento e Diâmetro dos Mini-Implantes 
 Avaliação individualizada do caso a ser tratado: 
 - Disponibilidade óssea presente 
 - Densidade óssea no local da instalação 
 - Estabilidade primária alcançada 
 - Demanda ortodôntica presente 
 - Preservação da integridade das estruturas anatômicas 
 Avaliação Clínica da Estabilidade do Mini-Implante 
 - Mobilidade 
 - Falta de travamento 
 - Isquemia da mucosa 
 Complicações 
 - Perda de estabilidade 
 - Mucosite peri-implantar 
 - Lesão da mucosa 
 - Lesão das raízes 
 - Fratura do mini-implante 
 É comum ter perda de estabilidade quando o ortodontista 
 coloca mais força do que o implante e o osso suporta. 
 As mini-placas oferecem uma ancoragem maior do que a 
 do mini-implante. A instalação deve ser em algum local 
 que possui mais resistência (pilar canino, pilar zigomático, 
 linha oblíqua, mento etc). 
 Vantagens 
 - Ancoragem mínima 
 - Não depende da cooperação do paciente 
 - Substitui aparelhos extra-orais 
 - Utilização contínua 24 horas por dia 
 - Reduz o tempo de tratamento 
 - É mais estético que alguns sistemas de ancoragem 
 - Tratamentos mais previsíveis 
 Desvantagens 
 As fases cirúrgicas podem ser temidas por alguns 
 pacientes e o custo. Implantes diretos não são um custo 
 acrescido. A redução do tempo de tratamento pode 
 compensar os custos inerentes à colocação e remoção do 
 implante.

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