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@gabiviieira Aleitamento Materno à Amamentacao • “Em um mundo repleto de desigualdades, crises e pobreza, a amamentação é o alicerce da boa saúde ao longo da vida para as crianças e mães” • Vantagens da amamentação para a mãe: • Vantagens da amamentação para o bebê: Ø OMS: leite materno exclusivo até 6 meses de idade, e deverá ser continuado após a introdução adequada de alimentos apropriados até 2 anos de idade ou mais (2001). Ø Importância do aleitamento materno: • Evita mortes infantis, diarreia e infecções respiratórias. • Reduz risco de alergias, de HAS, hipercolesterolemia, diabetes e de obesidade. • Melhora a nutrição, desenvolvimento cognitivo da criança e o desenvolvimento da cavidade bucal – exercício durante as mamadas leva ao desenvolvimento adequado da musculatura e dos dentes. • Efeito protetor contra CA de mama • Melhora a qualidade de vida. Ø Leite materno, muito além da excelência nutricional: • Ele está associado a menor risco de infecções respiratórias e gastrointestinais. Ø Definições: • Aleitamento materno exclusivo: somente leite humano (mama, ordenhado) • Aleitamento materno predominante: além do LM, recebe água, chás, sucos. • Aleitamento materno complementado: qualquer alimento sólido ou semi-sólido para complementar. • Aleitamento materno misto ou parcial: LM + outros tipos de leite, formulas ou não. @gabiviieira è Início da amamentação: • Durante a gestação – pré natal (orientações) • Primeiro contato – na sala de parto, logo ao nascer. è Fisiologia da lactação: • A lactogênese possui três fases: o Fase 1: preparação da mama para lactação ocorre durante a gestação o Fase 2: após o nascimento o Fase 3: galactopoiese (perdura por toda a lactação, é de controle autócrino e depende da sucção e esvaziamento das mamas) • A composição não varia com a raça, cor ou tipo de alimentação materna. Apenas as mulheres com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado tanto quantitativamente como qualitativamente. • O leite é homogêneo. è Composição do leite materno: • LM sofre variações no decorrer dos dias, logo após o nascimento e durante a mamada: o Colostro (leite dos primeiros dias) / leite de transição / leite “maduro” - Colostro: entre 1-7 dias após o parto, leite especial de aspecto espesso e amarelo outro. Rico em proteínas com menos gordura e rico em anticorpos (IgA) - Leite de transição: 7-14 dias, sua composição se modifica de forma gradual e progressiva. Inicia o ingurgitamento mamário. - Leite maduro: a partir do 14º dia do nascimento. o Leite anterior (inicio da mamada) / leite posterior - Leite anterior: inicio da mamada, rico em proteínas, anticorpos, vitaminas, minerais e água. - Leite posterior: é mais amarelado pela presença de betacaroteno, mais gordura e maior valor calórico. o Quantidade, aumenta de cerca de 100ml/dia no inicio da lactação para cerca de 600ml no 4º dia e cerca de 850ml no 6º mês. • Composição do colostro, do leite materno e do leite de vaca: • Fases do leite materno: @gabiviieira è Técnica de amamentação: o Pega: - Aréola um pouco mais visível acima da boca do bebê - Boca bem aberta - Lábio virado para fora (boca de peixe) - Queixo tocando a mama • A importância da “pega” correta: o Permite melhor esvaziamento da mama o Mantém a produção do leite o Permite obtenção de leite anterior e posterior (leite mais rico em gordura) o Menor risco de trauma e lesões nos mamilos. • Dicas para conseguir uma boa pega: o Pega assimétrica o “Preguinha” o Ativação de reflexos o Suporte das mamas o Posicionamento • Posições para amamentar: • Como terminar a mamada: o Deixar o bebê soltar espontaneamente o Colocar o dedo mínimo na boca do bebê para que ele solte o mamilo. • Posições para “arrotar”: è Uso de mamadeira, chupetas, bicos – contraindicações: • Risco de contaminação • Confusão de bicos • Pode modificar posição dos dentes, desenvolvimento da musculatura da face e da mastigação • Pode prejudicar fala e respiração • Uso da mamadeira: + trabalho + caro Ø Recomendações: • Sucção precoce – sala de parto • Livre demanda • Duração: o suficiente para esvaziar a mama • Evitar suplementos (água, chá, LV) • Chupetas: desaconselhadas • Dieta adequada para nutrir (suplementação de vitaminas e minerais até o 3º mês) • Pontos chaves para uma boa técnica de amamentação: o Posicionamento: - Rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz em oposição ao mamilo - Corpo do bebê próximo ao da mãe - Bebê com a cabeça e o tronco alinhados (pescoço não torcido) - Bebê bem apoiado @gabiviieira è Técnica de translactação: • Maneira de manter o vínculo e alguns benefícios da amamentação para as mães que querem muito amamentar e não tem produção suficiente de leite. è Tamanho e volume do estômago do recém-nascido è Monitorização do ganho de peso • Parâmetro de uma boa estratégia de amamentação: o Ganho adequado de peso: - ↑ 20 - 30 g/dia – primeiro trimestre - ↑ 15 - 20 g/dia – segundo trimestre - ↑ 10 -15 g/dia – terceiro trimestre - ↑ 5 – 10 g/dia – quarto trimestre è Problemas com a mama puerperal: • Fissura mamilar • Candidíase • Ingurgitamento mamário • Ductos bloqueados • Mastite • Abscesso mamário • Maioria: técnica e esvaziamento inadequados. è Fatores associados com menor duração do aleitamento materno • Falta de informações adequadas • Mães adolescentes • Primigesta • Gemelaridade • Menor escolaridade materna • Prematuridade e/ou baixo peso ao nascer • Experiência prévia desfavorável com a amamentação • Trabalho materno fora de casa • Uso de chupetas ou mamadeiras • Início precoce de introdução alimentar complementar è Crianças que não recebem leite materno • Diante da impossibilidade de LM, deve-se usar fórmula infantil • Todas as fórmulas infantis e fórmulas de seguimento disponíveis no Brasil são consideradas seguras – seguem as resoluções da ANVISA • Para estas crianças, a introdução de alimentos não lácteos deverá seguir o mesmo preconizado para aquelas em aleitamento materno exclusivo: a partir de 6 meses • Adequação das fórmulas em relação ao acréscimo de ácidos graxos essenciais (linoleico e alfa- linoleico), contém lactose ou associação de lactose com polímeros de glicose (maltodextrina), proteínas @gabiviieira poliméricas ou parcialmente hidrolisadas, adequação de minerais. è Por que não a introdução precoce de outros alimentos: • Maior número de episódios de diarreia • Maior número de hospitalizações por doenças respiratórias • Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores • Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como ferro e o zinco. • Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional • Menor duração do aleitamento materno è Contraindicação ao aleitamento materno • Mães portadoras de HIV, que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos, criança portadora de galactosemia. • Contraindicação temporária: o Infecção herpética com lesões na mama o Varicela materna com lesões 5 dias antes do parto (criança receberá imunoglobulina humana anti varicela zoster) o Fase aguda da doença de chagas, consumo de drogas. è Comparação entre LM, LV e fórmulas • Desvantagens do leite de vaca: o Gorduras: ↓ácido linoleico (ácidos essenciais. Orientação: acréscimo de óleo de milho) o Carboidratos: insuficiente o Proteínas: taxas elevadas e relação caseína/proteínas do soro inadequada, dificultando a digestão e absorção o Minerais: ↓ de ferro e ↑ de sódio (anemia ferropriva e sobrecarga renal) oVitaminas: ↓ vitaminas C, D e E o Oligoelementos: teores insuficientes o Menor quantidade de água (quase 90% no leite materno) • Fórmulas infantis: @gabiviieira Ø Capacidade gástrica nos lactentes é de aproximadamente 20-30 ml/kg Ø Suplementações recomendadas: • Vitamina K – dada ao nascimento 1 mg IM • Vitamina D – leite materno oferece 20- 40 UI/L – necessidade é de 400 UI/ dia até 1 ano • Vitamina A – 1.500 a 2.000 UI/ dia è Profilaxia de anemia ferropriva (SBP) • Grupos de risco para anemia ferropriva: o Risco de depleção dos depósitos ao nascimento: deficiência de ferro na gestação e doenças maternas como hipertensão arterial e diabetes mellitus, baixo peso ao nascer e prematuridade (ausência de acúmulo fetal), clampeamento precoce do cordão umbilical; o Na infância (a faixa etária mais vulnerável são as crianças menores de 5 anos) e adolescência: interrupção precoce do aleitamento materno, baixo nível socioeconômico, fraco vínculo mãe-filho, consumo inadequado de alimentos fonte (consumo de leite de vaca em menores de 1 ano de idade e nas dietas restritivas como vegetarianismo)
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